Sobre o livro

Em primeiro lugar, eu não ia escrever esse livro. Mas me senti compelida a compartilhar a necessidade de tratarmos os animais com mais respeito. 

Não havia nem uma estória,  a princípio,  que eu achasse que fosse dar certo. Mas esse sentimento não me largou e me fez encontrar alguns caminhos.

Em se tratando de aventura, romance e jogos, sempre gostei de reality shows de viagens. Sou fã do The Amazing Race. Há mais de vinte anos não perco um episódio. É um dos realities mais duradouros da história da TV, no segmento aventura. Acompanhei participantes viajarem pelo mundo a fim de conquistar um milhão de dólares. E eles estiveram até no Brasil, escalando prédios em São Paulo (entre outras provas radicais e exóticas).

O livro concilia a questão dos protetores e sua luta pelos direitos dos animais e os realities de aventura. [Sinto-me como Glória Perez conciliando clones e muçulmanos, ou barrigas de aluguel, e/ou ciganos, juízes e ETs]

Este livro foi escrito e organizado muito antes de estourar a Guerra na Ucrânia. Decidi manter a pesquisa, os lugares e eventos, já que a trama se passa em 2021, durante a reabertura econômica pós-pandemia. Foi escrito ao mesmo tempo em que À Sombra da Bolha e Forseti (todos os 4 volumes). Mas somente Escape Game e À Sombra da Bolha incorporaram as incertezas da pandemia. Que, por sinal, não acabou.

Foi camuflada para atender aos interesses capitalistas.

O mundo não aproveitou o ano da quarentena para aprender a funcionar de maneira diferente. Algumas pessoas se reinventaram, é verdade. Pensaram fora da caixinha. Mas a maioria não.

Infelizmente quem teimou em enfiar a cabeça na terra para não ter que ver, nem mudar... Bem, uma vez mentalidade de gado, sempre gado, parafraseando a canção de Zé Ramalho.

https://youtu.be/YwqoeKlaJQs

E enquanto o gado pega ônibus de janelas fechadas (ônibus sujos, que não passam por desinfecção, lotados, com pessoas que andam sem máscara, fazendo chuveirinho de espirros e tosses de boca aberta em cima dos outros), os patrões e altos funcionários se previnem, fazendo trabalho remoto e furando a fila da vacina.

Gladiadores, prestem tributo a Roma. Façam um bom espetáculo e morram bem, para divertir a plateia.

Não nos iludamos. Quem maltrata os animais, é capaz, e definitivamente faz  coisas horríveis com o seu semelhante. O gado humano e o gado animal, para os poderosos, têm o mesmo valor.

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Quanto aos protetores de animais, considero-os verdadeiros heróis. Mas confesso que eu temia não lhes fazer justiça.

Eu sei que não consigo narrar os sofrimentos dos animais. É demais para mim. Está além da minha capacidade. Sei que essa minha impossibilidade torna o livro superficial. Isto é, sei que não consegui dar a profundidade que o tema merecia.

Paciência. A ideia aqui é convidar o meu leitor a conhecer este universo e ajudar os animais, dentro de suas possibilidades.  Uma corrente do bem. O livro não têm importância.  O propósito é que vale.

https://youtu.be/6fnRk70iL7U

Bem, essa é a história de duas irmãs que lutam pelos seus sonhos. Mas não só. Temos, ainda, personagens que desejam apenas uma segunda chance... E temos aquelas que tomam a justiça nas mãos.

Temos personagens teimosas e persistentes e temos os próprios anjos, que vêm à este mundo em quatro patas.

Escape Game é sobre uma competição, mas também é sobre saber quem você é neste mundo.

Qual a sua ética...?

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Eu acabei criando um atobá extra para este enredo. Lucas é o cara mais enigmático e "na dele", que já criei... nem eu sei o que se passa na cabeça desse homem. Mas sei que ele não se sentia mais satisfeito nas forças armadas.

Por desejar construir uma nova carreira, ele resolveu tirar a teia de aranha do diploma de medicina veterinária.

Mas daí surgiu Afonso e meu coração ficou dividido. O fazendeiro pacífico e benquisto aparentemente possuía um lado pouco ortodoxo. Aos poucos foi conquistando seu espaço na trama.

Cada um tenta fazer o certo, do seu jeito, seguindo os próprios valores.

Mestre Manolo foi inspirado em Mestre Shapiro, um simpático cabrito que vive no Santuário Vale da Rainha, mencionado em "A causa".

Aliás, cada um dos personagens de quatro patas foi inspirado em animais da vida real:

The Rock, Esperança, Lampião, entre outros.

Menina e Pepita interpretam a si mesmas.

O episódio dos búfalos abandonados para morrer foi inspirado em fatos reais. E não aconteceu só uma vez.

O sistema é complicado, falho e injusto. Capaz de tratar com amor e carinho aqueles que têm dinheiro para acessar bons advogados. Políticos safados, assassinos de crianças, assassinos e estupradores de mulheres... Imagina se neste país vão se preocupar com os pobres animais?

A não ser, talvez, se o animal em questão for um milionário.

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