Único
Eu estava odiando aquele lugar.
Estava sentado no sofá daquela enorme sala de estar. A garota que havia preparado a festa era, por acaso, minha colega de faculdade. Todos eram. Eu estava curtindo até então, mas minha energia já tinha acabado. Eu só queria ir para casa.
Para minha sorte, a anfitriã permitiu convidados, então pude trazer meu namorado e amigos. Esses que eu já tinha perdido por aí. A casa, em si, era enorme. De fato, uma mansão.
Alguns alunos estavam de guerrinha dentro da piscina. Do lado de fora. À noite.
Essa não foi a única ideia estúpida daquele lugar. Outros misturavam cerveja com Pepsi e vodka e viravam a garrafa na boca ao som de torcidas vai, vai, vai!!
Eu gostava de festas. Pedia para ir, muitas vezes. Mas quando a bateria social pedia arrego, não tinha como continuar. Respirei fundo e levantei daquele sofá depois de observar tudo ao meu redor, torcendo para encontrar Leon. E ele era um dos torcedores "vai, vai, vai" da mistureba de cerveja, Pepsi e vodka.
- É sério isso? - Perguntei decepcionado.
- Eu já tô entediado também, Franz. Eu quero me divertir vendo alguém vomitando - e continuou com seu vai, vai, vai.
- Tá, tanto faz. Cadê o Larry e o Jimmy?
- Ah, eu sei lá. Por aí - abanou a mão com descaso, concentrado no rapaz virando uma garrafa dois litros. Revirei os olhos e saí. Fui até as escadas caracol e as subi com as mãos nos bolsos. Eu queria tanto ir embora.
Ao chegar no andar de cima, logo me deparei com um casal hétero aos amassos no canto da parede. A garota estava tão prensada que já se ouvia as rachaduras do reboco contra ela. Minha cara fechada seguiu e passei por eles constrangido e irritado.
Andando por aquele corredor, logo vi Jimmy com um cara. Ele estava claramente desconfortável com o jeito invasivo que aquele homem conversava. Acariciava seus ombros, balançava sua taça de vinho, sorria malicioso enquanto encarava a boca dele.
Me aproximei e o empurrei pelo ombro.
- Qual foi, deixa o meu namorado em paz - menti para livrá-lo da situação, com um tom exaltado.
- Você é o namorado dele? - Claramente bêbado, perguntou sem nenhuma surpresa, mas infelicidade, apontando para nós dois.
- Claro que sou, e se eu ver você de agarra-agarra com ele mais uma vez, a coisa vai ficar feia por aqui - ameacei. - Mete o pé - gesticulei para ele ir embora e assim me obedeceu, sem deixar de olhar com desprezo para Jimmy antes de sair. - Tudo bem? - Me virei para ele e toquei seu ombro.
- Tá, valeu - sorriu. - Eu já não suportava ele aqui. Aliás, tinha um cara fazendo a mesma coisa com o Leon, ele já se livrou do encosto?
- Ele tá lá embaixo vendo um cara se envenenar - sorri brincalhão. - Cadê o Larry?
- Foi ajudar uma tal de Agatha a consertar a porta do guarda-roupa. Você acredita que invadiram o único quarto que estava restritamente proibido de entrar?
- Babacas.
- Ela chegou aqui em desespero, coitada - disse. Quando o assunto morreu, ficamos ali em silêncio por um tempo. - Mas por que tá procurando ele? Já tá querendo ir embora, por acaso? - Pergunta e bebe do seu copo de refrigerante.
- A verdade? Quero, sim - ri. - Mas eu fico aqui se vocês quiserem passar mais um tempinho.
- Ah, não, Deus me livre - respondeu quase com súplica. - Chama logo ele pra gente ir, eu vou descer e ficar lá com o Leon.
- Beleza, pega uma bebida pra mim?
- Cerveja? - Perguntou já passando por mim. Eu analiso a possibilidade e cogito negar, mas relevo.
- Vai, pode ser - respondi com descaso, dei as costas para Jimmy e segui pelo corredor na busca por Larry.
Passando por uma porta, ouvi a voz chorosa de uma mulher. Brechei pela fresta e a vi sentada na cama com as mãos no rosto.
- Meus pais vão me matar - lamuria. - Não era pra ninguém ter entrado aqui!
Meio receoso, bati na porta e a abri fingindo inocência.
- Tudo bem aqui?
Ambos olharam para mim. A garota olhou assustada enquanto Larry me encarou sorrindo.
- Quebraram o guarda-roupa dela, eu tô tentando consertar aqui - explica. Fingi cara de surpreso. - Alguma ajuda? - Sorriu torto, implorando sutilmente.
Entrei no quarto e fechei a porta.
- Claro, ajudo.
- Aliás, a gente já podia ir embora depois daqui, né? - Disse mais baixo para a garota não ouvir. Eu sorri, achando engraçado o fato de todos estarmos em sintonia: querendo ir embora. Assenti com um gesto de cabeça.
Mais tarde, conseguimos consertar o guarda-roupa de Agatha. Ela ficou extremamente grata pela ajuda e nos abraçou múltiplas vezes. Larry ficou feliz por ela. Eu também, embora minha cara dissesse o contrário. Os únicos abraços que eu aceitava sem nenhuma relutância eram os de Leon. Era desconfortável ser abraçado por outras pessoas.
Saímos do quarto e descemos as escadas. No trajeto, Larry foi agarrado por uma menina bêbada. Deixei ele e a sorte e continuei meu caminho. No salão, ouvi alguns caras cochichando sobre alguma bebida que pegaram na geladeira escondido. Não entendi muito bem do que se tratava, e sinceramente, não estava dando a mínima. Fui para a ilha da cozinha, onde haviam alguns copos. Uns cheios, outros caídos e derramando bebidas.
As luzes piscantes daquele lugar não me permitiam analisar qual bebida era a minha. Àquela altura, eu tomei uma atitude imprudente: peguei um copo qualquer - mais especificamente, um copo perto de onde Leon estava no momento daquela mistureba de bebidas - que tinha uma líquido gaseificado e virei na boca, voltando para a sala.
Meu olhar procurava por Leon, ou Jimmy, pelos arredores daquele lugar. Enquanto procurava fui agarrado por uma garota, mas a dispensei. Talvez com grosseria, talvez não. No estado de tédio que eu me encontrava, estava incapaz de julgar. Ouvi um grito familiar, olhei para o lado e vi que Leon tinha sido jogado na piscina e um cara estava o assediando. Meu sangue ferveu.
Me aproximei da piscina à medida que ele se aproximava do meu namorado.
- Ow - engrossei a voz -, sai de perto - ordenei. Leon me encarou aliviado. O rapaz nem hesitou em ir embora. Me agachei na borda da piscina e vi Leon se aproximar de mim, com um sorriso no rosto. - Tudo bem? - Perguntei quando ele apoiou os cotovelos onde eu estava.
- Tô, sim - respondeu doce. Não contive o sorriso ao ouvi-lo falar comigo me olhando daquele jeito amável. Ele se debruçou e fez um biquinho. O beijei. - Já achou o Larry? O Jimmy tava comigo, disse que você pediu uma cerveja. Desde quando você bebe?
- Só maluco pra aguentar ficar nesse lugar por mais 10 minutos - ironizo. Leon ri.
- O Jimmy foi procurar pelo Larry. Acho que ele não colocou a sua cerveja ainda.
- Acho que já colocou, sim - respondo, balançando o copo na frente de Leon.
- Err... não - respondeu desconfiado. - A gente foi ver o cara passar mal e vomitar. O carinha da mistureba - ri. - Ele não colocou nada pra você.
Fiquei confuso, logo o remorso de ter bebido algo que não sabia o que era bateu.
- Eu... vou procurar por ele - me levanto.
- Eu vou ficar por aqui - se desencostou e se afastou, nadando de costa. - Quando você juntar todo mundo, me chama.
- Beleza - dei as costas e fui embora.
Caminhando, toquei meu estômago. Senti uma queimação no pé da barriga, uma sensação estranha. Cogitei a possibilidade de já estar passando mal pela bebida misteriosa. Ignorei os sinais do meu corpo e continuei minha busca por Jimmy.
Quando passei pelo sofá, um garoto esbarrou em mim e riu. Era Jimmy.
- Franz, o Larry tava correndo da bêbada! - Disse em uma crise de riso.
- Jimmy, falando em bebida - hesitei -, você colocou a cerveja pra mim? - Perguntei enquanto, por mais constrangedor que fosse, sentia um formigamento na minha virilha.
- Não - respondeu com a testa franzida. Ergui o copo que segurava. Jimmy o puxou da minha mão e cheirou. O cheiro forte que aparentemente sentiu o fez arregalar os olhos. - Franz... você bebeu isso?
- Sim...? - Respondi já assustado.
- Você é maluco?! - Rosnou. - Tinham avisado pra gente dessa bebida!
- Quem avisou?
- Os caras que tavam misturando bebida! Você não ouviu? Isso é estimulante! - Bateu na testa. Eu arregalei os olhos e corei imediatamente. Estava explicado aquela queimação e o formigamento. - Acho melhor você encontrar um lugar reservado e se aliviar. Antes que alguém veja quando acontecer - suspirou. - Eu vou chamar o Larry pra gente ir embora. O Leon ainda tá perto da piscina?
- T-Tá... - respondi aéreo, ainda em choque.
- Você se resolve na sua casa - ele passa por mim. - Volto já, fica por perto.
Um pânico tomou conta de mim. Era o auge, eu não poderia ficar com tesão em uma festa de faculdade, no meio de tanta gente!
Pensei em ir para um quarto, mas seria vergonhoso demais. E o ambiente estaria apto para a situação, então não! Como um vislumbre, vi pelo reflexo da janela uma jacuzzi. Em um lugar isolado, onde quase ninguém ia. E quando iam.
Se tinha um lugar que ia disfarçar bem meus estímulos, era aquele!
Corri para o lado de fora e pela primeira vez senti de verdade o frio daquela noite. Aproximei da jacuzzi e, com roupa e tudo, entrei na água. Tombei a cabeça para trás, encostando na borda, e observei o lugar. Era cheio de verde, naturalizado. Ficava nos fundos da casa, o que deduzia que intenção da jacuzzi era exatamente ter privacidade.
Ofeguei por estar ali, sentindo percorrer no meu corpo uma sensação esquisita, talvez calor, mesmo com o vento frio batendo no meu pescoço. Naquele momento, colocou as mãos no rosto. Aquilo não podia estar acontecendo. A única coisa que vinha na minha cabeça era Leon. A imagem de Leon ali. Seu rosto em cenas obscenas. Me envergonhei instantaneamente. Não para menos, senti algo crescer entre minhas pernas.
Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. NÃO!!
Pensar em Leon era um erro.
Tentei desviar minha atenção para outra coisa. Mas não conseguia... Eu só o queria ali. Sentir o corpo quente dele. Beijá-lo.
Apertei minhas pernas. Estava doendo.
Queria que Leon estivesse ali para resolver...
Não!
Isso é horrível!
Eu estava pensando no Leon como um pedaço de carne, sério? Argh! Isso tudo obra de um estimulante sexual?
Quanto mais eu pensava nele, mais minha virilha doía. Eu ainda estava relutando com a ideia de me tocar em uma jacuzzi.
- Argh! - Rosnei com agonia. Aquelas sensações eram terríveis, torturantes. Era algo imediato, ansioso, que eu sentia.
- Franz? - Me assustei ao ouvir aquela voz suave. Leon. - Franz, você tá aqui? - ouvi sua voz se aproximar. Não o respondi, torcendo para ele ir embora. Não demorou muito para eu vê-lo caminhando a minha procura à esquerda. Seu olhar vasculhava tudo, e ao se dirigir ao meu, ele sorriu e acenou.
Leon, acredite, essa não é a melhor hora!
- Caramba, eu tava te procurando! - Disse ao se aproximar de mim. - Eu vi o Jimmy passando, então queria te avisar - me encarou na jacuzzi. - O que tá fazendo aqui?
Eu não o respondi, apenas o observei detalhadamente: seu cabelo molhado estava pingando, sua camisa vermelha estava molhada e por isso colada ao seu corpo, sua calça jeans preta rasgada não estava diferente. Ele jogou a mecha de cabelo que tinha caído em seu rosto para trás. Aquele movimento foi estranhamente sexual demais para mim.
- Entra aqui - pedi sem pensar.
- Ah, fala sério, né? - Ri. - Saí de uma piscina gelada agora pra entrar em outra? - Se inclinou e tocou a água. - Tá ao menos quente essa água? - Ao perguntar, assenti. Ele se sentou de joelhos ali na beirada, bem na minha frente. - Mas ainda não respondeu o que eu perguntei: o que tá fazendo aqui? - Sorri.
- Relaxar - respondi travado, nervoso. Ele comprou a ideia e continuou ali, sentado de joelhos tocando a água. Vê-lo assim me provocava tanto...
Não consegui tirar os olhos dele nem por um segundo, principalmente depois que ele pegou a barra de sua blusa e a torceu para tirar o excesso de água. Me aproximei um pouco mais dele e toquei seu pulso.
- Entra, por favor - pedi, puxando-o levemente.
- Tudo bem, senhor apressadinho - brincou. Ele segurou minha mão e foi devagar entrando. Ele suspirou satisfeito ao sentar. - Tá quentinho... - disse sussurrado. Virei a cabeça para o lado e coloquei uma mão na boca, vermelho. Uma frase suja havia se passado na minha cabeça.
Tentei me desconcentrar de tudo aquilo até sentir a água se mexer. Virei o rosto para a frente e vi Leon se proximando de mim.
- Vamos?
Hesitei em respondê-lo, perdido na visão de seu rosto. Demorei para entender que ele estava se referindo a ir embora para casa.
- Vamos ficar aqui mais um pouquinho, pode ser? - Sorri e acariciei seus ombros. - Eu tô precisando ficar aqui por mais alguns minutos. Eles vão encontrar a gente - garanti.
- Ué, por que você precisa estar aqui por mais alguns minutos? - Soa desconfiado.
- Eu... - desviei o olhar. Não teria como fugir da situação. Não com ele na minha frente. Não com eu prendendo minhas pernas contra minha própria genital para tentar disfarçar, além da sensação latejante, a ereção. Não com meus pensamentos sujos. - Eu bebi algo que não devia...
- Eu falei pra você que aquilo não era sua cerveja! - Soltou vitorioso, como quem acabava de ganhar uma aposta. - O que você bebeu? Você tá com dor ou algo assim?
- Olha... eu bebi um...
- Fanta-Whisky-Sprit? - Gargalha.
Porra, aquela risada linda não tava ajudando em merda nenhuma! Eu só quis pular nele naquele momento!
Respirei fundo e fechei os olhos.
- Um afrodisíaco! - Soltei em uma só voz. Escondi o rosto. Leon parou de falar.
- O quê? - Perguntou descrente. - Não, você não fez isso.
- Sim, eu fiz isso.
- Você bebeu daquele copo que tava em cima da mesa?! Franz, você é maluco?! - Perguntou irritado e se levantou, pondo as mãos na cintura.
- Eu não sabia, tá bom?! - Respondi na defensiva. - Eu peguei o que achei que era meu!
- Você sendo você pegou uma bebida sem saber o que tinha nela? - Ironizou. - E se tivesse algum tipo de droga ali, Franz? E aí? Se tivesse um Boa noite, Cinderela? - Sussurrou a última pergunta.
- Eu não pensei, ok?! Não pensei nisso! Eu só queria ir embora. Acabou com o sermão? - Retruquei já irritado. Odiava que passassem na minha cara erros que eu sabia que tinha cometido. Leon suspirou e esfregou os olhos para manter a calma, então olhou para os lados para garantir que estávamos sozinhos.
- E aí, como você tá? - Sussurrou. Eu entendi exatamente ao que ele estava se referindo. Fiquei com vergonha de responder. - Entendi.
Desviei o olhar, estando corado. Ele se agachou e se aproximou de mim em um nado. Eu, que estava sentado, senti ele subir em meu colo e enlaçar seus braços sobre meus ombros.
- Bebeu isso há quanto tempo? - Sussurrou perto do meu rosto. Eu queria tanto beijá-lo, porra.
- Não faz nem 10 minutos.
- Quer ajuda com isso? - Perguntou sério.
- O-O-O quê?! - Assustei.
- Você me ouviu - respondeu. - Vamos torcer pra nem Larry nem Jimmy virem aqui e verem a gente - olhou para os lados mais uma vez, inseguro.
- Sério que você vai fazer isso? - Arqueei uma sobrancelha.
- Ué, e por que não? - Deu de ombros.
- Talvez porque tem literalmente gente ao redor? Porque estamos literalmente em uma festa? Porque alguém literalmente pode nos ver? - Ironizei.
- E eu vou literalmente fazer isso por você. Tá reclamando por quê?
- Eu não tô reclamando, tô questionando.
- Você tá agoniado com isso, não posso deixá-lo assim.
- Como sabe?
- Eu tô sentindo você prendendo suas pernas.
Constrangido, relaxei as pernas e permiti assim que ele ficasse mais confortável no meu colo. Minhas mãos, na cintura dele, deslizaram por sua blusa ensopada. Ele suspirou de olhos fechados e imediatamente os abriu.
- Agora, sim, campeão - debochou, se referindo ao fato de eu ter relaxado as coxas. Sorri irônico para ele, que ri e me beija. Suas mãos passeavam entre meus cabelos e as minhas por sua cintura. Afoito, introduzi a língua. Eu estava tomando mais atitudes impulsivas. Ouvi Leon gemer surpreso, mas logo aceitar. Minhas mãos desceram para seus quadris e ele separou o beijo. - Parece que alguém se empolgou com a ideia - sorriu safado.
- Ah, cala a boca - o beijei de novo e levei uma mão a sua nuca para que não pudesse se desvencilhar tão facilmente. Eu estava me sentindo muito atirado, mesmo com o afrodisíaco correndo pelo sangue e mexendo com meus hormônios. Senti Leon rebolar no meu colo. Apertei seu quadril com força. Ele estava fazendo para provocar. - Leon, você pare com isso.
- Uh, você tá perigoso assim? - Debochou. - Tá descontrolado, por acaso? - O sorriso que ele mantinha no rosto fez uma raiva crescer em mim. Apertei mais seu quadril. Ele sentiu e gemeu de olhos fechados. Logo voltou a encarar e a sorrir com meu semblante sério.
- Tá achando engraçado? - Perguntei com raiva.
- Você nem sabe o quanto - revirou os olhos. Com seus braços, trouxe meu rosto para mais perto do dele. - Quer se aliviar logo? Então tenha iniciativa, nesse momento eu só vou obedecer - senti seu hálito quente no meu ouvido. - E aproveite, você sabe que eu sou teimoso - disse em tom de desafio. Quando ele falou isso, não consegui conter o sorriso lateral que crescia aos poucos.
Aproveitei que minhas mãos estavam em seu quadril e puxei para cima a barra de sua blusa, tirando-a de seu corpo. Sem perder tempo, a joguei longe e ouvi aquele som abafado de pano molhado contra o chão. Não dei importância, estava, naquele momento, olhando para o corpo esbelto do meu namorado.
O sorriso de Leon cresceu ao me ver fascinado por ele daquela forma. Senti meu apetite sexual aumentar com seu corpo (quase) nu.
- Agora falta a calça, se quiser brincar direito - sussurrou em meu ouvido e riu. Ri também e me dirigi ao seu pescoço, beijando com delicadeza ali. Senti seu suspiro deleitoso acompanhado de um arrepio. Desci mais um pouco minhas mãos e fui ao botão de sua calça e desabotoei. Ele se ajoelhou para que eu conseguisse tirar aquela peça pesada de água.
Ouvimos um barulho de algo se mexendo nas folhas e paramos na hora, olhando para o mesmo lugar com medo.
- Ouviu isso? - Sussurrei assustado.
- Ouvi - respondeu, também baixo. O vi olhar para mim e sorrir travesso. - E se eu pedir pra gente parar agora?
- Eu te dou um belo foda-se e continuo - sorri irônico. Ele gargalhou.
- Isso tudo é pressa pra transar? A gente tem casa, sabia?
- Leon, eu tomei a porra de um estimulante achando que era cerveja nessa festa de merda, melhor você parar de graça - ameacei com um sorriso aberto. Já estava cansado de esconder minhas frases sujas, então o puxei para mais perto (se é que havia essa possibilidade) e fui até seu ouvido. - Se aparecer alguém pra ver, a gente mostra como se faz um filme pornô de verdade.
Então inverti as posições. Eu, que estava apoiado na lateral da jacuzzi, virei Leon para ela e fiquei por cima dele. Ele me encarava surpreso, mas sem tirar o sorriso da cara. Não o esperei soltar outra piadinha irritante, apenas o beijei voraz. Eu estava me desconhecendo. Não que eu não fosse mais "livre" com meu namorado nas internas, mas aquela euforia, aquelas frases, não eram nada minhas. Eu estava sob efeito de uma bebida poderosa, essa que, depois daquela noite, jamais encostaria um dedo.
O beijei mais uma vez enquanto puxava sua calça. Tarefa difícil, mas consegui. Durante o beijo, senti os dedos de Leon pelas minhas costas querendo tirar a minha camisa. Cortei o beijo e me ergui para eu mesmo tirá-la. A joguei longe e curiosamente caiu ao lado da de Leon, mas não pude reparar por mais tempo pois as mãos dele conduziam meu rosto para olhá-lo. O encarei abrir um sorriso de criança travessa e logo entendi que ele não queria que eu parasse.
Rapidamente levei minhas mãos ao botão da calça, torcendo para conseguir tirar o mais rápido possível. Vi Leon descer suas mãos e, por baixo da água, tirar lentamente sua cueca. Naquele instante parei de mexer no botão da calça, tendo minha atenção apenas ao que estava imaginando. Meu namorado, sem tirar os olhos sedutores de mim, se remexendo para tirar a peça e, assim que o faz, a levanta com a ponta dos dedos na minha frente. Ele estava completamente nu agora. Mostrando a língua, apenas derrubou sua cueca ao seu lado, no piso, novamente fazendo um som de pano molhado contra a superfície.
Ele estava orgulhoso de si mesmo, por me ver desnorteado. Com toda a certeza.
- Para de me olhar assim e tira logo a calça - ri e cruza os braços, esperando. Sorrio ao desabotoar em um só movimento. - O lugar tá cheio, melhor você adiantar o serviço.
- Depois o senhor apressadinho sou eu - dou de ombros enquanto desço a calça com certa dificuldade. Já era difícil tirar a roupa embaixo d'água, quem dirá na pressa.
- Só tô avisando que se você não conseguir se aliviar agora, vai ter que esperar mais um tempão até chegarmos em casa. E até lá você com certeza vai estar subindo pelas paredes do carro do Larry.
- Por sorte, não vamos precisar esperar - levanto a peça de roupa como ele havia feito minutos antes e a jogo. Seu peso a faz cair perto de nós, ainda assim.
Parecia que estar seminu e, para além disso, saber que o meu namorado estava totalmente despido fazia meu corpo implorar por contato. Tudo em mim queimava, pegava fogo. Um calor inexplicável conduzia meu interior. Tudo o que eu e ele queríamos era ter Leon naquele exato instante. Me perdi nessas sensações e só retornei a realidade quando senti as pernas dele roçarem nas minhas e me aproximarem do seu corpo.
Percebi que estava perdendo tempo de mais o encarando e pensando em tudo que estava sentindo e fazendo de menos, então não esperei por mais nada: no que me aproximei, o beijei de surpresa. Ele agarrou meu pescoço em resposta, enlaçou as pernas na minha cintura e ia baixando minha cueca. Enquanto ele fazia isso, eu já estava colado ao seu corpo, me movimentando e lhe dando uma prévia do que estava por vir. Percebi que estava indo rápido demais quando senti o corpo dele subir e descer bruscamente e o som da jacuzzi colidindo já havia se tornado desagradável.
Então comecei a ir mais lentamente, logo ouvindo um gemido de protesto entre nosso beijo selvagem.
Baixei minha mão e tirei a cueca que Leon estava com dificuldade em tirar por si próprio de mim, e assim que a atirei para o piso ele separou o beijo.
- Já vai colocar agora? - Perguntou baixinho, tentando recuperar o fôlego. Assenti e encostei minha testa na dele. - Tá, só... vai devagar - pediu mansinho. - Sabe que pra mim é difícil de segurar quando estamos fazendo.
Eu sabia que ele estava se referindo aos seus gemidos. De fato, Leon tinha dificuldade em se segurar quando o assunto era fazer em silêncio. Ou ele escandalizava ou ele escandalizava. A menos que a situação exigisse silêncio. E ainda assim era extremamente complicado...
- Relaxa - respondo. - Eu não vou expor a gente assim.
Ele deu uma risadinha e, quando notou que eu já estava me posicionando para entrar nele, tornou a me beijar para abafar seu nervosismo e possivelmente seu alarde.
Mesmo que meu namorado já tenha comentado como devia ser excitante fazer sexo em um lugar não-convencional e em circunstâncias perigosas, como transar na sala quando seus pais estão no quarto ao lado ou então uma rapidinha na cozinha quando seu grupo de amigos está te esperando na sala; ainda assim senti que ele estava assustado e inseguro. Eu também estava, mas o estimulante não me permitiu focar muito nisso.
Ou pelo menos, era o que eu gostaria de pensar...
No fim, estava quase que realizando uma fantasia de Leon e uma curiosidade minha. Não nego, já havia pensado na possibilidade. Era de dar arrepios, mas o calafrio que se sentia por aquela sensação era simplesmente indescritível. Ao mesmo tempo que era boa, com gostinho de quero mais, era apavorante.
Ele apertou as pernas e pressionou seus lábios contra os meus com força quando sentiu meu membro lentamente o adentrar. Parei por um instante e distribuí selinhos até os ânimos se apaziguarem. Quando o vi mais relaxado, consegui adentrá-lo por completo. Ouvi seu suspiro aliviado e contente. Um sorriso lateral se abriu em seu rosto.
- Agora, quando você quiser - disse e tombou a cabeça para trás, apoiando a nuca na borda da jacuzzi. - Sou todo seu...
Aquilo foi música para meus ouvidos. Sorri com o sentimento bom que transcorreu por mim ao ouvi-lo dizer "sou todo seu". Agarrei sua cintura e comecei a me movimentar. Observei ele, já de cara, morder forte seu lábio inferior e franzir a testa. Meus movimentos de vai e vem eram lentos, então não o ouvi gemer ou quase gritar saliências para mim.
Mas eu não queria isso.
Segredo que levarei ao caixão: eu amava ouvir Leon falando sacanagem para mim.
Me dava carga para continuar, para ouvir mais daquilo. Dele implorando para não acabar.
No fundo, sempre achei que ele sabia disso, e agora ele teria certeza.
Me virei e inverti nossas posições novamente. Agora Leon estava montado sobre meu colo enquanto eu estava sentado na jacuzzi, sentindo aquela água morna me fervendo pelo tesão que estava sentindo. Sorri safado vendo a cara de puro prazer dele, com a boca aberta lutando para não soltar nada. Com minhas mãos ainda na cintura dele, o fiz rebolar no meu colo. Ele gemia, mas ainda estava baixo demais.
Levantei seu quadril e em um movimento o desci com rapidez. Foi uma estocada forte, visto que ele não conseguiu segurar o breve grito. Tapou a boca no exato momento.
- Franz, eu falei pra ser devagar... - Reclamou, constrangido, ainda com a mão na frente da boca.
- Foi sem querer - menti com um sorriso moleque.
- Eu sei que foi por querer - me encarou desconfiado e acariciou meu peito com as duas mãos, essas que estavam servindo de apoio naquela posição. Sem demora, senti ele se movimentar e foi minha vez de tombar a cabeça para trás em prazer. Leon tinha o quadril mole, o que ajudava muito nas nossas transas. Gemi arrastado com seus movimentos. Ele parou de rebolar e começou a subir e a descer lentamente. Porra!
Segurei suas coxas e as apertei de leve, as acariciei enquanto ele continuava. Eu senti como se não tivesse mais ninguém naquela festa. Já não escutava a música de fundo, só o som da água da jacuzzi se mexendo em pequenas ondas. As mãos dele foram até meu pescoço e me deu um selinho, indo beijar também meu pescoço. Minhas mãos subiram para suas costas com carinho, mas ele tocou uma delas e a baixou para sua bunda.
- Pode mexer aí, eu deixo - sussurrou no meu ouvido e beijou minha bochecha. Sorri com aquilo.
Eu não gostava de tocá-lo sem sua permissão. Ainda tinha uma certa timidez em apertar sua bunda, por exemplo. Mas naquele momento eu o fiz. Foda-se.
Ele parou de cavalgar quando ataquei seu pescoço para morder. O ouvi dar um gemidinho baixo.
- Mete logo - Diz, segurando o riso. Deixei o pescoço dele e o encarei. Ele retribuiu com um olhar feliz e começou a rir com hihihi.
- Não tem graça - comecei a rir.
- Tem, sim - me deu um selinho com um abraço apertado. Me agarrando, ele me virou para que eu ficasse por cima dele. Quando nos desvencilhamos do beijo, ele deu uma reboladinha. - Vai!
- Você quem pediu - sorri.
Eu ainda não me sentia satisfeito, e aquela sensação parecia não querer ir embora tão cedo. Fiquei apreensivo que fosse demorar para o efeito acabar, mas não queria pensar em mais nada além do meu namorado.
Comecei devagar e o ouvir pedir para ir mais rápido, baixinho. Comecei a acelerar e ele me respondeu com mais gemidos abafados por sua boca forçadamente fechada. Apoiei uma das minha mãos na beira da jacuzzi e outra agarrei a coxa de Leon e o puxei, ele deslizou no susto.
- Franz...! - O beijei antes que reclamasse. Continuei os movimentos com mais força dessa vez. Ele não conseguiu se manter no beijo e tirou a boca da minha. - Franz... - Gemeu. Fui mais forte. Senti suas unhas curtas se cravarem nas minhas costas. - Franz! - Chamou no meu ouvido. Era tão bom ouvir ele gemendo meu nome.
- Você quem pediu - repeti como um alerta. Pelo grunhido que soltou em seguida, senti o sabor do arrependimento dele. - Vira - mandei, já o guiando.
Ele tirou os braços de mim e se virou, apoiando os cotovelos no chão de madeira que rodeava aquela enorme banheira. Fiquei um tempo observando suas costas. Lindo. Leon, você é lindo.
Ele, percebendo, virou o rosto para mim, me olhando por cima do ombro. Seu sorriso travesso apareceu e ele se ergueu ainda mais para que eu visse sua bunda.
- Idiota - ri e o ouvi fazer o mesmo, baixando de novo enquanto eu o abraçava por trás.
- Essa posição é melhor na cama, Franz - informou.
- Eu não quero esperar pra estar nela - beijei seu ombro e ele suspirou. Continuei enquanto entrava nele. Arfando, deitou seu rosto sobre o piso. Distribuí selinhos por sua bochecha enquanto aumenta as estocadas. As expressões de prazer de Leon eram como feedbacks positivos que pediam para continuar. Minha mão passeou pelo seu corpo e parou em sua intimidade.
- Você não vai fazer isso, vai? - Perguntou arfando baixo com os olhos semi-abertos. Não o respondi, mas o toquei debaixo d'água. Ele gemeu alto no susto. - Franz, seu filho da...! - Não pôde finalizar a frase, preso em seus gemidos. Ele tentou fechar as pernas, mas as minhas, que estavam dando apoio a ele (já que estava sentado em mim) não permitiram. Eu sorri com aquilo. - Está sendo maldoso...
- E você tá gostando disso - mordisquei sua orelha.
- Eu amo você - soltou ofegante com um sorriso safado. Observei seu rosto. Suas bochechas estavam vermelhas, não sabia dizer se a água de seu rosto era da jacuzzi ou suor. Talvez um pouco dos dois.
Ele mexeu o quadril quando o toquei novamente, gemendo meu nome. E continuava mexendo à medida que eu o tocava, como uma resposta aos meus movimentos. Mal sabia, ou sabia, que ele estava satisfazendo tanto a mim quanto a ele ao fazer isso.
- Gostoso - gemeu arrastado para mim. - Gostoso... - mordeu o lábio. - Ai... ai...
Então parei de tocá-lo. Em vez disso, posicionei minhas mãos ao redor da sua cintura e o fiz se mexer em mim em um vai e vem. Eu gemia alto àquela altura do campeonato. Foda-se os outros! Foda-se quem estava perto! Foda-se se tinha alguém vendo!
Eu só queria Leon naquele momento.
Fui até sua orelha e mordi mais uma vez, agora perto o suficiente para que pudesse ouvir com clareza eu gemendo para ele. Continuei o estocando, agora com mais força e rapidez. Ele gemia e eu também, rouco em seu ouvido, arfando tanto quanto.
- Não para agora, Franz - pediu suplicante e deu um gritinho. - Por favor... - seus olhos me procuraram e sorriu ao me encarar. - Você é tão bom nisso.
Ri rouco e falei baixo em seu ouvido: - E eu não tenho palavras pra você.
Mordi o ombro dele e o ouvi gritar assim que gozou. Quando percebi, parei de estocá-lo para que pudesse respirar e me retirei. O vi ofegante na minha frente, levantando a cabeça do chão e se virando para mim. Sem perder tempo, puxou meu rosto e me beijou de língua.
Foi um beijo rápido pela falta de ar. Ele se apoiou na lateral da banheira, tentando recuperar o fôlego.
- Eu te amo - disse. - Você é demais.
Abracei seu corpo quente e molhado, apoiando minha cabeça em seu ombro.
- Eu te amo mais.
- Passou? - Perguntou, se referindo aos efeitos do estimulante.
- Argh - lembrei e senti um leve incômodo, muito menor do que estava antes, no baixo ventre. - Não, ainda tá ruim... - Reclamei, afundando meu rosto entre seu ombro e pescoço.
Percebi Leon quieto demais depois da minha informação e ergui minha cabeça para encará-lo.
- Franz - me encarou de volta. - Senta aqui - bateu no chão, na beirada da banheira.
- O que você vai fazer? - Me desvencilhei dele aos poucos.
- O que você acha? - Sorriu. - Anda logo, faz o que eu mandei.
Meio apreensivo, já que estava nu e excitado, me sentei na lateral da jacuzzi. Leon se posicionou na minha frente e passou a mão por seus cabelos molhados, pondo-os pra trás. Fiquei vermelho ao imaginar o que ele estava prestes a fazer. Ele olhou para mim sorrindo e abriu minhas pernas, chegando mais perto, entre elas.
- Leon, você...
- Sh, sh, sh - pediu rápido, pondo um dedo na frente da minha boca -, fica quietinho, fica - tocou minha virilha. - Só aproveita...
Tombei minha cabeça para trás e gemi rouco e alto ao sentir sua boca quente me engolir.
- Porra...! - Ofeguei entre dentes. Olhei para baixo para vê-lo fazendo aquilo. Ele começou devagar, depois foi acelerando as sucções. Ele olhou para mim. Sorri. Levei minha mão até seus cabelos e acariciei sua nuca. Depois de um tempo, passei o ajudar no seu serviço. Ele gemeu enquanto fazia. Alternava entre o rápido e o devagar. Eu estava ficando louco... Aquilo era tão bom.
Gemi uma última vez antes de gozar.
O vi engolir o que eu tinha despejado em sua garganta.
Puxei seu cabelo para baixo, erguendo sua cabeça para olhar para mim. O beijei selvagem uma última vez. Minha boca já estava doendo.
- Arrasei - disse Leon quando parei o beijo.
- Ainda tem muito a melhorar - provoquei.
- Não foi isso que eu vi - deu de ombros, convencido. - Mas você precisa melhorar e muito.
- Não foi isso que eu vi - repeti sua fala, roçando nossos narizes enquanto nos encarávamos. Leon me deu um selinho e saiu da jacuzzi. Caminhou até suas roupas, pegando sua cueca e a vestindo no pequeno trajeto.
- Não tem ninguém vindo, tem? - Perguntou com medo, colocando as roupas na frente do seu corpo. Desci da borda e entrei de novo na água.
- Não, relaxa, pode se vestir.
{ ♤♠︎♤♠︎♤♠︎♤♠︎♤♠︎♤ }
- Jimmy, deixa eu ir no banco da frente? - Leon correu para o carro.
- E eu vou ter que ir atrás com o Senhor Afrodisíaco? - Reclamou apontando para mim, descrente.
- Relaxa, eu já resolvi isso - respondi enquanto caminhava com as mãos nos bolsos da calça, passando por ele.
- Como você resolveu? - Perguntou com uma sobrancelha arqueada. Dei de ombros e Leon, mais longe, deu uma risadinha infantil. - Mentira, né? - Perguntou surpreso ao entender, parando de caminhar.
- O que foi? - Larry apareceu, pondo seu braço por cima do ombro de Jimmy e o guiando até o carro junto à ele.
- Eles transaram na festa - respondeu abismado. - Eles transaram na festa!
- Vocês transaram na festa? - Larry destrancou o carro com um click em suas chaves. Leon logo entrou.
- Bem... - desviei o olhar, abrindo a porta.
- A gente transou na festa! - Leon respondeu após abaixar o vidro da sua janela. - Vamo logo embora?
Larry deu a volta no carro para ir até o banco do motorista.
- Onde vocês fizeram? - Perguntou o maior ao entrar no carro. Seu namorado no banco logo atrás dele.
Leon pôs seus pés no painel, praticamente se deitando no seu assento.
- Banheira, conhece?
- Vocês fizeram no banheiro da casa da menina? - Jimmy pôs a cabeça entre Leon e Larry.
- Não, do lado de fora - Respondeu.
- Vocês fizeram naquela jacuzzi que tinha do lado de fora da casa?! HÁ! - Larry gargalhou. - Era por isso que tinha umas pessoas olhando pela cortina alguma coisa lá fora. Era vocês!
- O Franz bem disse que mostraríamos um filme pornô bem-feito - deu de ombros e mordeu o lábio inferior, provavelmente lembrando.
- Pois fizeram. Vocês foram a sensação de uma multidão - Disse Jimmy, voltando a se sentar ao meu lado.
Larry ligou o carro e deu partida.
Continuamos conversando sobre a "transa na jacuzzi", eles estavam mesmo interessados no que tínhamos feito. Mas, mais especificamente, eles estavam conversando sobre. Eu estava apenas sentado, observando o caminho pela janela e rememorando. Ouvindo os gemidos de Leon mentalmente. Sentindo seu corpo quente contra o meu psicologicamente.
Sorri, voltando às boas sensações do sexo com ele. Foi novidade. Em uma banheira, na casa de uma conhecida, em uma festa com várias pessoas olhando. Eu estaria morrendo de vergonha se não tivesse sido tão bom. E como eu disse, foda-se os outros.
Estava ansioso para voltar para casa, aquela só minha e de Leon. Na teoria, só tomar um bom banho e ir dormir.
Mas, mal sabia Leon, eu ainda queria mais daquilo. Em casa, com certeza lutando contra o cansaço, faríamos de novo.
Dessa vez sem o estimulante sexual do capeta.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top