Capítulo 33 - Por que o céu parece vermelho? (Parte 4)

~ Flora

Sinto algo me segurar com cuidado no quadril e percebo que Skar desapareceu da minha frente, percebo que Wendler conseguiu me tirar de lá.

– Eu vou tomar conta do Skar e vou te levar imediatamente para o mais longe daqui, certo? – ele faz um rosto calmo, que transmite uma sensação de confiança e segurança, mas seus olhos mostram medo.

– Certo, faz isso rápido. É uma ordem. – rio fraco, mas arranco alguns risos dele.

– Claro.

Ele me deixa encostada perto de uma árvore e começo a fazer alguns tratamentos, pego outra planta com habilidades anestésicas, Wendler retira calmamente a lança e a arremessa para longe.

– Gostaria que me respondesse uma pergunta, Wendler. – Skar fala... Empolgado?

– O que é?

– Só luta por vingança?

– Não, antes sim, mas tenho outras coisas agora.

– Entendo. Sabe, eu luto para me satisfazer.

– Você é doente?

– Pode se dizer que sim, vamos, me faça lutar como aquela vez. Divirta-me.

Wendler aparece ao lado de Skar e usa a foice para tentar cortá-lo ao meio, Skar cria um bloco de metal, mas a lâmina consegue atravessar o cubo, mas não consegue cortar a cabeça de Skar.

Wendler usa sua cauda que, sem que Skar conseguisse perceber, se esgueirou para suas costas, Skar percebe quase que tarde demais e só recebe um pequeno arranhão no pescoço, Wendler teleporto rapidamente, desferindo golpes na direção do rosto de Skar, este mal tem tempo para reagir. Skar desfaz aquele bloco de metal e o transforma em correntes que ele usa para bater em Wendler, ele usa a cauda e corta o metal ao meio.

Wendler teleporta e pega a foice novamente. Skar ergue as mãos e pilares de metais se erguem no céu. A cor daquele metal parece com a dos carros da Liga... Droga, ele consegue manipular até nessa distância.

Aqueles pilares gigantes começam a se dividir em pequenas partes e, consigo ver com dificuldade, que todo aquele metal se transformou numa quantidade absurda de espadas e balas. Wendler aparece na minha frente e teleporta o mais rápido que pode para perto da montanha que eu estava correndo anteriormente.

– Chama o Bem, eu cuido dele. – ele desaparece o mais rápido que pode. Sobreviva...

*

~ Wendler

Começo a me teleportar Aleatoriamente, misturando-me as árvores, enquanto o céu escurece, pelo incontável número de espadas negras. Skar colocou aquela uma armadura, a mesma que eu não consegui atravessar na última vez. Quando as espadas e balas estão a poucos centímetros da altura dele, ele faz tudo aquilo virar uma espécie de furacão que corta e destrói tudo no meio do caminho.

A velocidade com que as armas giram é forte o suficiente para criar um poderoso vento. Logo, vejo algumas espadas e balas se aproximando de mim. Uso toda minha força e salto até a altura de um dos menores picos, que deve ter uns oitocentos metros. Vejo o ''olho do furacão'' e uso os cinco teleportes para chegar ao seu centro e descer até onde Skar está, ele mal percebe minha chegada, mas sua armadura está mais rígida e quando tento cortar sua cabeça, a armadura consegue aguentar o corte

Skar, furioso, muda a direção de todas as armas para mim. Se ao menos eu conseguisse teleportar, não devia ter sido tão imprudente... Percebo que Skar não está mais na minha frente, olho para cima e consigo teleportar. Consigo ver que toda a floresta foi dizimada. Mas... Eu não devia esperar um tempo limite para fazer isso?

As espadas começam a me almejar, continuo teleportando ininterruptamente, conseguindo de algum jeito desviar de tudo. Uso os troncos, assim como algumas pedras de escudo, mas são temporários como a brisa, já que logo são totalmente dizimadas.

Percebo que a quantidade de espadas e balas diminui, até não sobrar nenhum dos dois. Vejo centenas de soldados feitos de metal, todos armados com espadas e tendo algo em torno de dois metros de altura.

Enquanto me prepara para atacar, ouço um barulho estranho vindo por cima... Os heróis chegaram. Cinco pessoas aparecem ao lado de Skar, um deles é Joana... Ela me encara aflita.

– Senhor Skar, vou procurar por outro lugar onde eu possa ser útil. – Joana diz rapidamente.

– Vá até aquela montanha e mate a líder deles. Quem são os quatro com você?

– São caçadores do... Tipo dele – ela aponta pra mim – me mandaram avisar que os carros são feitos daquele material, Bia estão onde acreditamos ser o local de fuga dos Erros. – ela pisca discretamente para mim, invoca sua espada e corre em alta velocidade, ela passa por mim e escuto ''desculpa''.

Agora são algo como... Cento e cinquenta soldados de ferro e três ''generais'': Skar e os outros quatro usam armas variadas. O loiro e um pouco mais baixo que eu tem óculos estranhos e uma pistola na mão; o que está ao seu lado é maior, ele tem um martelo roxo; o que está na outra ponta tem uma lança e o que está ao seu lado tem cabelos vermelhos claros, tendo em mãos um arco; e no meio Skar.

O de óculos avança até mim com a arma, teleporto para seu lado e chuto suas costelas o arremessando para longe, o com martelo tenta me acertar com um ataque horizontal, consigo dar um passo para o lado e uso a foice para tentar pegar sua cabeça; em seguida, o ruivo faz três disparos consecutivos, consigo desviar por pouco, o da lança tenta atravessar pela minha barriga, teleporto até sua frente e acerto um soco que o faz voar, Skar se aproxima com sua armadura metálica com espinhos saindo, ele me acerta por pouco, causando alguns arranhões e sou lançado para trás; quando me levanto, vejo vários soldados de ferro almejando minha cabeças, desvio do ataque de dois e teleporto para cima; avisto ao longe os quatro heróis de novo.

O do martelo acerta meus braços me lançando pra longe, o da lança tenta me perfurar no ar, mas desvio por pouco, o do arco atinge meu braço esquerdo e o de óculos atinge o outro braço. Merda. Teleporto recuando, pensando em como conseguir lidar com todos eles.

Não há escapatória.

*

~ Alexander

O pior de termos como agir como heróis é tentar parecermos moralmente certos, isso sempre me irrita. Já que, se eu pudesse, apenas pediria controle dos satélites e desintegraria esse lugar; entretanto, a população atualmente é muito boa e acredita na transformação de pessoas, por isso não podemos fazer execuções públicas – Claro, apenas as públicas, já que esses Erros já sabem o que os espera.

Peço pelas câmeras do estúdio que veio para gravar a possível derrota dos revolucionários, graças às câmeras, consigo visualizar tudo que está acontecendo lá dentro. Flora conseguiu se juntar a Ben, estes estão conseguindo limpar a maior parte dos nossos; Guilherme se separou de Bem, já que deve estar tomando conta de Nadir, espero que ele esteja se divertindo!

Wendler já está sendo contido pelos cinco guardiões, então farei um melhor uso de Skar. Acho que vou ver como Toni está indo

– Tio... – ouço a voz de Joana, viro-me depressa para saber o que ela quer.

– Minha sobrinha! Você está bem? Eu sei que a vista de tudo aqui é tenebrosa, mas você entende que é necessário, não é?

– C-claro. O que o senhor quer que eu faça?

– Ah... Tenho um lugar perfeito para você.

*

~ Guilherme

Ao menos Ben conseguiu fugir, mas não sei como vou conseguir derrotar esse tal de Nadir, por algum motivo, ele sempre parece estar à minha frente, em todas as ações, o que para mim não faz sentido, já que quando uso meus poderes psíquicos eu não uso de músculos, apenas o cérebro, ou seja, não demonstro um movimento, mas por algum motivo esse cara parece conseguir sempre prever tudo que eu faço. Será que ele está lendo minha mente? Se for esse o caso, terei um problema.

Estou em um dos labirintos de corredores loucos da base, tenho sentido alguns tremores do lado de fora, espero que os outros estejam bem. Esse Nadir surgiu do nada, ele parece ser árabe e, uma grande barba negra indo até a clavícula, os olhos profundos e parece não se muito alto; equipado com uma espada com uma lâmina em forma de meia lua, uma roupa pesada de soldado, cheia de aparelhos para nos matar, provavelmente.

Ergo meus braços e usando meu poder quebro vários pedaços das paredes, parto-os até ficarem minúsculos, faço com que eles acelerem no mesmo lugar e lanço-os na direção de Nadir. Mesmo que possa ler minha mente, não pode desviar de tudo. Ele, rapidamente, pega algo de um dos seus vários bolsos e lança contra as centenas de estilhaços assassinos, uma grande explosão estremece todo o lugar.

Engasgo com a fumaça da explosão e, enquanto me distraio, do meio da fumaça vejo uma lâmina vindo na horizontal tomar meu pescoço, faço com que a espada pare, mas percebo que apenas estou segurando uma arma que foi jogada, sinto algo frio e pontudo acertar o lado direito do meu rosto. Ele me pegou no meu ponto cego. Droga, se ao menos eu pudesse fazer com que ele levitasse, apenas jogaria ele a uma altitude imensa e o deixaria cair, mas acho que a roupa dele inibe meus poderes.

Tento recobrar o equilíbrio, mas vejo ouro punho com um soco inglês acertar o outro lado do meu rosto, minha visão está turva e, dessa vez, desabo no chão, sem jeito. Nadir pula em minha direção, uso meus poderes e faço com que sua espada venha para minhas mãos, ele parece perceber por pouco e se afasta assustado. Qual o problema? Se pode ler minha mente, poderia ter visto o que eu faria... Será que ele lê mentes? Bom, ao menos sei que posso matá-lo.

ResponderEncaminhar

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