XLV -Dave
AAAII MEU DEEEUS!! O Último capítulo do livro 1!!! Não to acreditando nisso!
Escolhi postar hoje pois é uma data muito especial! Dia de todos os santos? Não, não é isso... É meu aniversário! :) Yay! Enfim, espero que estejam tão ansiosos quanto eu!
Na sexta-feira, os alunos retornaram para a escola. Não todos, mas a maioria. Era o último dia de aula. Eles não tiveram aulas, ficaram livres para organizar suas coisas que haviam deixado na fuga em massa que ocorrera alguns dias atrás. O dia estava bastante nublado. Não parecia que estavam de dia. Também havia muito vento, um vento bem frio. Dave estava feliz por estar ali, mas irritado pois Alícia e Lilian não paravam de fazer comentários sobre a noite de segunda-feira. Riley parecia ver que o menino não gostava ds conversa delas, mas nenhum dos dois quis perder tempo pedindo para elas se calarem.
Tudo parecia cinza. O chão que estivera queimado pelo veneno já tinha grama. Na floresta, nada queimava. Porém, o rosto das pessoas estavam todos mortos. Cinzas. Noah andava de malas feitas pela grama sozinho, com a cabeça baixa. Dave não havia visto o que acontecera com Natalie. Só sabia o que Riley havia lhe contado, sobre o veneno e a falta de pele em seu rosto. Riley interceptou o menino quem havia o ajudado nos primeiros dias de aula e, sem rodeios, lhe perguntou sobre Natalie.
-Ela ainda está no hospital –ele respondeu. –A parte esquerda de seu rosto está toda queimada. Ela sente muita dor...
Ninguém sabia o que dizer, com exeção de Lilian. Ela tinha as palavra certas para Noah e conseguiu fazê-lo sorrir.
Entre os dormitórios, na area onde costumavam comer, os professores estavam juntando madeira na forma de uma enorme fogueira. Cada um dos amigos foi para seus quartos, arrumar seus armários. Dave andou, sozinho, para a casinha azul. Os móveis velhos, esculpidos à mão, com tons escuros de azul lhe traziam um conforto delicioso. A porta do quarto que costumava ser de Isabelle estava aberta. Aguém tinha recolhido suas coisas. Ele ficou um tempo pensando quais seriam as possibilidades dela mesma ter feito suas malas e se mudado com Tabata. Por fim, fechou a porta.
Suas malas estavam guardadas embaixo de sua cama. Nem tinha tirado de lá algumas de suas coisas, como roupas de banho e toalhas. Ele simplesmente nunca precisou. Colocou a mala na cama e começou a esvaziar o armário. Roupas de baixo, blusas, camisas, calças... Ele nunca havia dobrado tantas roupas ao mesmo tempo. Não sabia como sua mãe havia colocado aquilo tudo na mala. Ele não havia comprado muitas coisas para si fora a fantasia que usou no Halloween e algumas roupas de frio. Não fazia frio no Brasil, não do jeito que fazia em Érestha. Após conseguir, com muito esforço, fechar as malas, ele resolveu que, como voltaria para aquele quarto em alguns meses, deixaria o casaco no cabide.
Quando ele saiu da casinha, Lorena o procurava.
-Vem comigo –ela disse.
Dave deixou as malas dentro da casinha e encostou a porta. Seguiu a prima, que não estava tão saltitante e animada como costumava ser. No meio do caminho, ela chamou os cunhados e os quatro andaram até o quarto dela. Lá, ela fechou a porta e abriu a janela. De dentro do armário, ela tirou três pacotes de bolacha e entregou para as crianças.
-Estou muito contente com vocês –ela sorriu. –Sinto muito que tiveram que passar por tudo aquilo na segunda. Riley, você mostrou um crescimento impressionante em todas as suas matérias. Alícia, você é rebelde –a menina riu. –Não fuja no meio da aula, nenhum de vocês. Mas você é impressionante, seu legado é incrível. Também tem mostrado muito aperfeiçoamento em suas aulas. E Dave...
O menino sorriu. Ela sorriu de volta. Eles se envolveram em um abraço e ele se lembrou de quando ela havia partido para começar mais um ano de trabalho. Dissera-lhe para ter um motivo para voltar, e agora tinha milhares para ficar. Ele pensou que ela diria algo sobre seu pai, sobre orgulho e sobre sonhos. Mas ela não disse nada disso. Apenas o abraçou e ele já sabia o que significava.
Rômulo apareceu alguns minutos depois e também ganhou um pacote de bolhacha da namorada. Como sempre, ele trazia notícias das CCFs de todo o reino.
-Muita gente tenta ir para Tamires, já que agora é conhecimento público que ela não quer nada com a guerra. É um território neutro. As pessoas mais velhas são as que tendem a ficar onde estão. Ha alguns que estiveram aqui durante a guerra, quatorze anos atrás, que saem desesperados do reino. Sinto pena deles.
Lorena o abraçou e roubou uma bolacha dele. Falou algo que foi sufucado pela mastigação.
-Você é muito gentil. Tudo vai ficar bem –ela falou, quando terminou de engolir a comida.
Essa era outra coisa na qual ele queria acreditar.
Quando eles desceram, tiveram que passar pela sala do diretor. Os Weis passaram direto por ela. Lorena e Dave ficaram. O diretor tinha a cabeça enterrada nas mãos, ainda com a dor da perda da filha.
-Eu não tenho certeza do por quê Tabata quis os documentos do seu pai –ele falou. Dave se aproximou da grande e confortável cadeira. –Mas sei que deve ser para chegar até você. Tenha cuidado dobrado agora Fellows. Apesar de tudo o que lhe disse antes, seria uma honra lutar ao lado de um Fellows mais uma vez.
-Isabelle não estã morta –ele falou sem pensar duas vezes.
Podia ter agradecido, podia ter concordado, mas o homem merecia tal informação. Ou pelo menos Dave pensou que ele precisava.
-Eu sei Dave. Conheço os métodos de Tabata. Mas ela está morta sim. Morta para mim.
Levantou-se e foi embora. Dave sentiu raiva, decepção. Mas deixou que ele fosse sem que nenhum pensamento muito cruel cruzasse sua mente. Afinal, Gary DiPrata também estava sentindo raiva e decepção. E por cima de tudo isso, tinha perdido uma filha para o time adversário. "Joga-se o jogo que bem entender". Dave precisava desesperadamente saber qual era o jogo de Tabata e planejar uma estratégia para vencê-la. Por Thalia. Por Gary DiPrata. E por Isabelle.
Lá fora, o amontoado de madeira pegava fogo. As pessoas se colocaram em volta da fogueira para se aquecer. Lilian tentava colocar uma bolacha que Alícia dera para ela num galho cumprido e fino para torra-lo no fogo. Não estava dando certo. Ramona, ao ver Lorena se aproximando, levantou-se da cadeira onde sentava e passou-a para Lorena. Ela ficou de pé nela e respirou fundo.
-Eu faço isso todo o ano –ela olhou para um amontoado de crianças do primeiro ano. –Vocês começaram o ano comigo fazendo um discurso num pedestal. Vão terminar o ano assim. E quinto ano, vocês começaram a escola assim. Nada mais justo do que terminar assim também. Infelizmente, nem tudo o que quero dizer é prazeroso de se ouvir. Alguns alunos estão no hospital por causa do veneno. Ao que parece, todos vão sobreviver. Infelizmente, perdemos Eri Oklaha, que tentou ajudar nossa querida Natalie a saír da floresta em chamas. Ela era uma ótima garota, e será lembrada como uma heroína.
Alguns alunos, que provavelmente eram amigos de Eri, começaram a chorar sonoramente. Até mesmo Ramona, que Alícia jurava não ter um coração, tinha lágimas em seu rosto.
-Nós chegamos até aqui juntos e espero que continuemos juntos, mesmo que sejamos separados pelo destino. Nas palavras do próprio rei, Érestha precisa de todos, precisa de nossa união. –Dave não pode deixar de sorrir. Aqulas não eram palavras do rei Éres. Eram dele e de seus companheiros representantes. -Se for necessário lutar, sei que lutarão. Se duvidasse teria reporovado todos vocês na minha matéra. –Lorena sempre conseguia arrancar risadas das pessoas, mesmo quando falava de algo aterrorizador. –Primeiro ano, vocês foram uma das turmas mais exepcionais de calouros que eu já tive o prazer de ensinar. Sim, isso é uma indireta para o terceiro ano, a turma dos perdidos. Ainda não achei uma turma que foi tão sem noção como vocês no primeiro.
Todos riram. Riram de verdade. Romena e sua amiga Alysin estavam vermelhas e sem ar. A risada contagiou a todos, até mesmo a própria Lorena, que continuou o discurso ainda rindo.
-Segundo ano, vocês foram incríveis na sua... "surpresa" –ela fez questão de olhar diretamente para Riley, que quase se atirou no chão enquanto resmungava de curiosidade. –Quarto ano, só posso desejar-lhes boa sorte para o ano que vem, e lembrar-lhes de que serão vistos como exemplos pelos outros alunos. Pelo amor de Deus, se comportem. Terceiro, vocês são o filho do meio, ninguém se lembra de vocês, continuem a passar de ano.
Ela fez gestos bruscos com o braço para enfatizar sua fala. Arrancou risadas até dos professores. Quando as risadas acabram, seu sorriso ficou mais suave.
-Quinto, é sério. Somos uma família. Foi um prazer ter vocês aqui na escola, e agora eu desejo sucesso no que quer que forem fazer. A não ser que queiram ser professores de LAD e tomarem meu lugar no futuro, ai eu jamais os perdoarei.
Desta vez, o quinto ano não riu, mas chorou. A prima desceu da cadeira e todos se aglomeraram num abraço. Logo, todos os professores e alunos de outras séries formavam um bolo de pessoas choronas. Se disperçaram rapidamente, e cada um seguiu seu caminho em direção a um novo ano.
Lorena e Rômulo acompanharam os gêmeos e Dave na saida da escola. Os Weis se separaram quando os Fellows chegaram a sua passagem habitual. Riley e Alícia abraçaram Dave e lhe agradeceram pelo ano cheio de desafios e aventuras. Dave se desculpou por tê-los posto em perigo e os dois disseram que não tinha com o que se preocupar.
-Me salvou de Tia Rosa –Riley falou. –Vou te dever essa para sempre.
Rômulo empurrou a cabeça do irmão e revirou os olhos. Alícia e Lorena riram adoravelmente. O mais velho dos Weis se despediu da namorada com um beijo e se virou para levar os mais novos para casa. Antes de desaparecer na estrada, Alícia acenou para Dave. Ele fez o mesmo.
-Acabou Dave –a prima suspirou.
Não, ele discordava. Quis falar, mas não disse nada. Joga-se o jogo que bem entender. Ah, Lorena, não acabou mesmo. Isso está apenas começando.
Fim do primeiro livro.
_*_*_*_
Jesus. Acabou. Ai, nem sei o que fazer agora haha.
Sei que devo agradecer a todos que me acompanharam até aqui, todos que votaram, comentaram e me ajudaram a superar tudo pelo que passei até chegar aqui. Obrigada super especial a minha irmã IlluDoge77 e minha amiga CrazyLittleBrazilian que me apoiaram MUUUITO no desenvolvimento desta história. Estou muito feliz de ter achado esse lugar onde pude compartilhar ideias com estranhos e ser tão bem aceita.
Sobre o próximo livro, pretendo começar a postar apenas no começo do ano que vem, ou no fim de dezembro, mas nada muito absurdo. Talvez coloque uma preview ou algo parecido aqui mesmo neste livro em alguns dias, sla. Se tiverem algo que queiram me dizer, ou me pedir, é só escrever ai! haha Fiquem a vontade!
Vai ser meio estranho, mas vou ali mudar o status da história para "concluído".
De acordo com a LEI N 9.610 DE FEVEREIRO DE 1998, PLÁGIO É CRIME
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