15 - Abraços aquecem a alma e curam o coração!

#clicheeemojis 🐰

01/09/2021🎂

Ainda preso debaixo das cobertas as batidas na porta de meu quarto eram ignoradas, deveriam ser umas oito da manhã, hora que eu deveria estar morrendo de fome, mas que naquele dia não fazia diferença.

Fechei os olhos, sentindo eles inchados pelo choro recente... Sim, um chorão... Era horrível o que eu sentia, aquele momento que afetou não apenas meu passado, mas que agora afetava meu futuro também.

Apesar de todo desânimo, uma coisa ainda fazia minha consciência voltar e a vontade de tentar ser forte surgir, a doce voz de minha pequena irmã.

— Ggukie, abre a porta — disse baixinho — Eu 'tô com saudade — fungou, partindo meu coração — É seu 'niversário... Eu não quero comer o bolo, só quero que fique comigo — a voz tão doce soou do outro lado trêmula e eu criei ânimo para levantar e lavar o rosto antes de abrir a porta, puxando a pequena para um abraço.

— Eu estou bem minha princesa — suas mãos pequenas tocaram minhas bochechas e um biquinho ocupou seus lábios junto as lágrimas —  Não chora... Por favor! — apertei ela contra mim, sentado no chão apenas com a bermuda e a regata de dormir, acariciando os fios lisos de minha irmã enquanto ela chorava no meu ouvido apertando meu pescoço com seus finos bracinhos.

— Por que ficou aí dentro? Alguém te bateu? Quando eu crescer vou ser polícia para prender quem machucar meu irmão — passei o polegar sobre suas bochechas, com um sorriso emocionado no rosto.

— Eu estou bem, okay? — ela negou, batendo a mão nos meus cabelos.

— Você 'tá fedendo, fica bonito porque sua namorada e seu amigo estão lá embaixo — arregalei os olhos, vendo a pequena cruzar os braços enquanto eu não conseguia manter o equilíbrio, correndo para o banheiro para tomar um banho.

Tentei relaxar o corpo e fazer aqueles pensamentos irem embora. Prender-me aquilo me faria sentir mil vezes pior do que se eu tentasse enfrentar aquele medo.

Fora do banho, vesti uma regata azul clara e uma calça preta, vestindo as pantufas antes de descer as escadas do quarto até parar de frente a Hákila e Jin, ela que segurava uma grande caixa na mão e ele com um lindo bolo.

— Senhora Jeon, ainda bem que ele apareceu porque eu estava prestes a pular a janela daquele quarto e arrastar esse garoto — soltei um sorriso sem graça.

Hákila olhava para mim com os olhos brilhantes, eu olhei para ela e senti meu coração apertar quando ela virou o rosto para enxugar uma lágrima.

— Hákila... — dei três passos para chegar até ela, observando ela soltar a caixa e olhar para mim, me abraçando dois segundos depois, deixando não apenas a mim, mas minha família chocados. Era quente e aconchegante, me trazia paz e segurança... De uma forma sutil, seu abraço naquela tempestade de dias que eu não achei que precisava, mas senti-lo fez com que eu quisesse até mesmo chorar do quão bom era toda aquela sensação, minha alma estava quente e meu coração dando batidas agitadas, diferente de dias atrás, quando nada parecia ser grandioso o suficiente para ser justo com cada um dos batimentos...

— Não guarde tudo para si, tem amigos para ajudarem você nesses momentos! — toquei suas costas com a ponta dos dedos.

— Obrigado... — disse, assim que nos afastamos.

O clima ficou silencioso, parecendo que todos esperavam pela ação de qualquer um e Jin foi quem quebrou aquele silêncio ao explodir confetes em cima de nós.

— Não fica jururu não, hoje é seu aniversário, 18 anos nas costas não é para qualquer um não — disse batendo as mãos nas minhas costas.

— Obrigado, hyung — sorri, admirando o bolo bem confeitado, coberto por chocolate com alguns detalhes azuis e a vela 18 no centro.

— Vamos cantar parabéns, mas lembra do pedido antes de assoprar — concordei. Meus pais ficaram em volta da mesa ao lado de Jin e Hakila, enquanto minha irmãzinha estava nos braços de minha mãe. Os parabéns soaram e antes que eu apagasse as velas fiz o pedido...

"Quero vencer meus medos!"

— Isso aí, agora você é um grande cara.

— Parabéns filhão! — Fui abraçado por meu pai, em seguida o de minha mãe e minha irmã.

Partimos o bolo e eu deu dois pedaços juntos para os meus pais, em seguida para Hákila e depois Jin, que ficou perplexo por não receber antes dela, afirmando que ele havia feito o bolo e que era uma baita falta de respeito, parando de melancolia apenas para o momento que fomos para s abrir os presentes. Jin me deu um conjunto de meias do Homem Aranha e uma almofada do Homem de Ferro, coisas que ele sabia perfeitamente que eu gostava e que eu usaria sem nem pensar duas vezes.

Hákila, por outro lado disse para que eu abrisse o seu depois, que era algo que me traria memórias e eu precisava fazer em silêncio, porque eu era o único que poderia enfrentar o que estaria ali.

— Vamos fazer guerra de balões? — Jin perguntou, olhando la fora pela janela, o sol estridente queimando a grama.

— Eu posso brincar? — minha irmã questionou ao meu lado — Eu prometo não me machucar...

— Tudo bem, você fica perto de mim, assim eu posso te proteger — baguncei os cabelos da pequena, levantando e sendo seguido por ela e meus dois amigos.

Jin puxou um balde do quartinho e Hakila foi enchendo os balões na torneira, enquanto eu jogava um pouco de água na grama para esfriar e não queimar nossos pés. Enquanto isso minha mãe passava protetor no rosto de Heun.

— Heun, somos eu e você — afirmei — Você precisa acertá-los — ela bateu continência, mesmo que fosse com a mão errada, franzindo a testa como se estivesse brava, pegando o primeiro balão e quando dissemos "Já" começamos a jogar, acertando vários nos oponentes.

— Não tem 10 minutos e estamos encharcados — O Kim disse rindo, olhando seu estado.

— Esse é o ponto, não sair do jogo seco — Hákila afirmou colocando as mãos na cintura, sem perceber o balão que eu já preparava pra jogar nela e quando viu, saiu correndo para pegar algum em seu balde.

Heun nesse momento já havia se dissipado na casa, o que resultaria em uma bela bronca depois por ter ido molhada até la dentro, mas que no momento eu preocupei mais na pequena guerra entre nós três. As risadas de Jin era o que nos fazia rir, o som alto ecoando enquanto ele fugia dos balões, ao mesmo tempo que ele tentava jogar água em Hákila, três grandes crianças.

Quando o ápice do cansaço chegou, nos jogamos debaixo do sol, na grama molhada enquanto ouvíamos apenas o som da nossa respiração.

— Isso foi bom, mas parece que eu carrego 70 anos nas costas — Jin levantou, soltando um gemido dramático antes de ir para área fresca, sentando em uma das cadeiras de fio.

— Fazia tempo que não me divertia assim — afirmei, vendo Hákila concordar comigo.

— Ah, Yeda está chegando com o Yoongi — arregalei os olhos, diferente de Jin que parecia já saber — Não há uma festa se convidados.

— Mas já cantamos os parabéns.

— Não reclama, o Yoongi quando vai nas festas leva só presente bom — o Kim afirmou com uma piscadela, enquanto eu procurava argumentos para debater contra os dois.

— Mas é estranho, por que Min Yoongi viria em uma festa minha? Que nem é festa na verdade.

— Para proteger a irmã, ele é bem protetor com ela e talvez esteja querendo socializar e ter um pouco mais de juventude antes de assumir os negócios.

— Coisa que ele provavelmente não quer fazer — debati — Andei olhando o Instagram do Min e não há nada sobre negócios, apenas música... Para mim isso não faz sentido.

— Não faz para ninguém — Jin concluiu, quando o som da campainha soou alto dentro na casa. Eu levantei, enrolando meu pescoço na toalha correndo até a porta.

Puxei o portão, avistando Min Yoongi com uma cara de poucos amigos, diferente de Yeda que tinha um sorriso bonito enquanto segurava duas caixas na mão, e quando os convidei para entrar me deram a visão de uma terceira pessoa.

— Katerine? — perguntei chocado, sem mesmo saber o que dizer. Ela apenas me entregou uma caixa com um papel de presente bonito e desejou um "Feliz aniversário" antes de passar para o lado de dentro.

— Chegou açucarado, como você está? — Jin passou a mão nos ombros do garoto, puxando para que sentasse em uma das cadeiras da área.

— Estou bem, obrigado — desfez o toque, sentando-se ao lado de Yeda.

— Meninos, estão com fome? — minha mãe questionou, revendo uma negação da maioria em exceção de Katerine e Jin — Certo, vou pedir pizza, alguém tem preferência.

— Calabresa, com muito queijo senhora Jung — o Kim afirmou, com um sorriso estridente no rosto, já completo pela recepção de casa. Jin já fazia parte da família.

— Certo, esperem um pouquinho — saiu, rindo da espontaneidade de Jin.

Nos viramos um para o outro, sentados em roda, eu entre Jin e Hákila, Katerine ao lado e assim vinha Yeda, Yoongi e Jin mais uma vez.

— E o que se passa com vocês?

— Nada, estou esperando vocês tomarem alguma iniciativa — Kate (chamando ela assim para ficar mais fácil) completou, ainda sem deixar qualquer expressão sair.

— Sabe o que todo mundo faz em festas de aniversário, é legal, mas no final sempre dá errado? — Jin perguntou, parecendo animado.

— Jogo da garrafa? — Min chutou sem ânimo.

— Exatamente.

— Como você disse, sempre tem um final ruim! — Yeda completou, mesmo que não parecesse ir contra a ideia.

— Essa é a parte boa, só precisamos saber jogar como pessoas civilizadas.

— E isso é possível? — curvei as sobrancelhas.

— Se saber fazer as perguntas e desafios certos... — Jin estalou os dedos — O barril vai explodir sem machucar ninguém.

Querido diário da Hákila, amigos
podem ser tudo que você precisa nos seus
piores momentos...
E Hákila, eu precisava daquele abraço.



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#clicheeemojis

Hey pessoal, demorei um pouquinho,
mas voltei!!!

Espero que gostem e vejo
vcs em breve!

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