8- Um alfa resfriado
BOIOLAGEM MIRITAMA, ALERTA DE FOFURA ♡(> ਊ <)♡
Bora conhecer um pouco mais do Bakugou, e aproveitar umas boiolagens, pq no próximo nós vamos começar a focar nos vários inimigos da família Kirishima, o bicho vai pegar
- Hum... - Mirio murmurou, abraçando por trás o moreno que estava sentado em uma cadeira de balanço na sacada, costurando o enxoval do bebê. O loiro direcionou na nariz ao pescoço do ômega, o cheirando. - Ômega tão perfeito. - Elogiou, fazendo Tamaki corar e largar a agulha e linha, virando o rosto para o alfa e o dando um selinho, colocando a mão nas bochechas dele.
- Hum, você tá me mimando muito. - Resmungou, sentindo Mirio esfregar seu nariz no seu. - O bebê vai nascer mal acostumado desse jeito, amor.
- E o que que tem? Ele já vai ser mal acostumado só de ter uma pai ômega como você. - Pronunciou docemente, olhando nos olhos do moreno, ainda com os rostos próximos.
- Eu te amo, Mirio. - Disse, sorrindo bobo para o loiro.
- Eu também te amo. - Disse, beijando ele calmamente, se movimentando para se sentar na cadeira com ele. Se sentou ao lado dele, já que a cadeira era de dois acentos. Enquanto uma mão ficava na barriga de 3 meses do moreno, a outra acariciava a bochecha dele.
Merda, estavam tão felizes, iam ser uma família, iam ter um fruto de um amor, e isso era ótimo. Não eram ricos, não poderiam mimar a criança e as roupas seriam feitas em casa, mas ainda sim seriam felizes, e se esforçariam para dar o melhor para aquela criança, e daria tudo certo no final.
Se separaram do beijo, e Mirio suavemente acariciou a barriga do moreno com o dedão.
- Preciso voltar, estamos faxinando a casa, deixei os banheiros com a Uraraka, mas aqui a pouco ela deve me grit...
- MIRIOOOOOO! - Ouviram o grito da morena. - Me ajuda! -
Ele e Tamaki riram.
- Vai lá, vou terminar o macacão dele aqui. - Disse, sorrindo e vendo o alfa se afastar.
Enquanto eles arrumavam a casa no andar de baixo, Eijirou se enroscava nas cobertas no andar de cima, fungando o nariz que estava vermelho.
Todo ano era aquilo, ele ficava super gripado no início do inverno, tossia, espirrava e tinha dificuldade para comer.
- Do que adianta, ser um alfa e não aguentar uma neve? - Perguntou para si, folheando o livro em suas mãos, enquanto pela janela, ele observava o sol nascer ao longe, atrás de uma montanha completamente branca pela neve.
- Eijirou? O senhor está vestido? - Ouviu a voz de Tamaki. Ele riu, talvez o empregado estivesse traumatizado com o incidente de antes, e ninguém poderia culpa-lo.
- Sim, não se preocupe com isso. - Ele disse, tentando ser brincalhão, mas a voz rouca não permitiu.
A porta se abriu, e o moreno entrou com o café.
- Mirio e Uraraka estão faxinando a casa, então eu trouxe a comida para ajudar eles. - Pronunciou, depositando o café da manhã na cama. - Ah, chegou uma carta de Paris para o senhor. - Pronunciou entregando a carta com o selo dourado.
- Obrigado Tama-... - Não terminou pois começou a tosir.
- Denada. -
- Como... - Se recuperou da tosse. -Como está indo o enxoval? - Perguntou.
- Muito bem, as mantinhas já estão feitas, assim como a toalha e toquinhas, preciso fazer só as meias, luvinhas, gorrinhos e macacões de lã. - Sorriu.
[....]
- Tchau, Tia. - Eri se despediu, dando um beijo no rosto de Enya.
Eri pediu para ir com Bakugou, queria ver Mirio e Tamaki, e levar todas as roupinhas e mimos que comprou para o bebê deles, já que ela era basicamente tia dele.
- Tchau, cuidado, vocês vão pegar parte da estrada de Versalhes, tenham cuidado. - A mãe ômega de Eijirou dizia, enquanto se afastava de Eri. - Tem algumas pessoas saqueando lá, mas acredito que nada vai acontecer com vocês, a carruagem não parece ser real, mas mesmo assim, todos os guardas vão sair armados. -
- Obrigado Enya, mas não precisa disso.- Bakugou disse.
- Precisa sim, ainda mais que não tem nenhum alfa com vocês. Deus me livre só de imaginar o que poderia acontecer se alguém pegasse vocês naquela parte da estrada. - Ela, disse um tanto quanto agoniada. Não era segredo que a França e Inglaterra se odiavam, e que os ingleses se infiltravam na França e saqueavam pessoas que iam a Versalhes, onde o rei Luis morava.
- Não vai acontecer nada, tia. - Eri lhe sorriu, antes de entrar na carruagem, sendo seguida por Bakugou.
A ômega sorriu para os dois e acenou, conforme os cavalos pretos começaram a puxar a carruagem.
A carruagem balançava, para lá e para cá, em um embalo que deixava Katsuki confortável. Estava indo ver o alfa, o que lhe gerava um entusiasmo eminente, proferido da alegria de reencontrar o abraço apertado e caloroso do alfa. Mas também permanecia receoso, envolto em preocupação com a saúde de Eijirou. Mitsuki morreu por causa de uma febre e um caroço misterioso no seio, e temia que o mesmo destino se abatesse sobre o homem que o ajudou a melhorar de vida.
Enquanto Bakugou viaja sobre seus devaneios embaralhados e confusos, os olhos vermelhos vibrantes de Eri, acompanhavam a paisagem das ruas parisienses, a procura de um lugar ou alguém.
- VIRE À DIREITA! - Ela gritou para o cocheiro, completamente entusiasmada.
- Que isso, porra? - Bakugou perguntou, olhando a menina, que sorria de orelha a orelha.
- Eu, eu preciso ver alguém antes de irmos, será rápido, mas não pode contar a ninguém.- Ela pediu, corando.
- Eri, está indo ver alguém em especial? - Ele perguntou, arqueando uma sobrancelha, a vendo corar e desviar o olhar.
- Talvez eu te conte, mas antes eu tenho que ver ele, é algo rápido, eu juro. - Pronunciou, olhando a janela da carruagem.
- Agora você vai desembuchar, anda, fala quem é o pentelho. - Ele se inclinou, olhando para ela.
- Ninguém importante... o filho de um padeiro, mas não acontecerá nada. -
- E porque não?
- Porque... - Ela olhou para ele, um pouco mais triste. - Eu sou beta, ficar com um alfa mais pobre do que eu me impedirqqqia de avançar na alta sociedade e ser reconhecida. - Pronunciou, suspirando em seguida.
Bakugou se sentiu incomodado, novamente aquele assunto.
- É aqui! Pare por favor! - Ela pediu, se escorando na janela da carruagem, sentindo o embalo dela parar. Ajeitou o chapéu redondo em sua cabeça, segurou sua bolsinha e ajeitou as luvas, em seguida descendo da carruagem.
Bakugou se inclinou, olhando ela descer e abraçar um menino, criando um contraste, pois ela usava uma roupa cheia de babados e decoros, laços e um chapéu bem redondo em sua cabeça, enquanto o menino de cabelos pretos usava roupas simples e sujas de farinha.
Ele olhou a menina conversar brevemente com eles e em seguida, ele ofereceu a ela uma orquídea, fazendo ela sorrir.
Bakugou se recostou na cadeira macia da carruagem. Suspirando, pesadamente.
Merda, ele nunca estaria à altura de Eijirou, não é? Será que era melhor apenas acabar com tudo, antes que virasse algo sério e afundasse de vez?
Será que era melhor apenas ser só amigo? Ele não queria ser um empecilho para Eijirou, ele não podia o dar filhos e nem queria eles de qualquer forma. Não iria cumprir a obrigação que a sociedade queria que ele cumprisse. Ele não seria um enfeite sem vida que dedica a vida a banalidades, ele queria ser livre e voar, voar e tocar piano.
- Voltei, - Eri disse, adentrando na carruagem e retirando o chapéu da cabeça, exibindo seu belo coque.
- Só isso, Eri? Nem um beijinho no menino? - Ele perguntou, e novamente, ela corou.
- Não posso, não tenho 17 anos ainda para poder beijar. - Ela disse, se recostando na janela da carruagem, vendo o menino Kouta se afastar, conforme os cavalos puxavam o veículo.
[....]
O som do cavalgar dos cavalos pretos e imponentes se fez presente nas ruas daquele vilarejo cheio de mansões e casas de verão.
A carruagem azul pastel, revestida em detalhes pratas e dourados, com rodas de metais bem grandes e belas, se aproximou da casa dos Kirishima. Como de costume, tinham dois seguranças na estrada do grande portão de metal.
Após se identificarem, a carruagem passou, entrando no caminho que havia sido limpo de toda a neve leitosa.
Os olhos vermelhos intensos de Eijirou acompanharam a carruagem, a carta de Bakugou avisando que iria vir chegou no mesmo dia que ele, e os empregados ainda estavam lá embaixo limpando tudo, a todo vapor. Eijirou sorriu, vendo o exato momento em que o cocheiro parou a carruagem, desceu dela, abriu a porta e estendeu a mão para que os convidados pudessem descer. Eri aceitou, descendo toda alegre, colocando o capuz e o manta de frio. Bakugou apenas saiu, resmungando que não precisava da mão do homem para descer.
Eijirou riu com o pensamento que teve, ele podia apostar que Bakugou proferiu as seguintes palavras: " Sai daqui, caralho, não preciso disso, eu sei descer de uma caralha de carruagem sozinho."
Eijirou tossiu levemente, pegando uma bengala de apoio, se apoiando para poder descer e ir até a sala, Eri e Bakugou podiam escorregar no chão recém lustrado.
- AAAAAAAH! - Ele ouviu um grito de Bakugou, e o barulho de algo indo contra o chão.
- Merda. - Resmungou, se escorando na bengala para descer a grande escada. Por estar doente, e muito mal, ele estava com o corpo mole e fraco. Maldita gripe.
- QUE PORRA É ESSA? ESSE CHÃO TÁ ESCORREGANDO! - Ouviu Bakugou raiar.
- Desculpe Senhor Bakugou, acabamos de limpar, está escorregadio, não se preocupe, eu vou pegar alguns tapetes para o senhor pisar. - Ele ouviu Mirio dizer, enquanto chegava ao pé da escada.
- Não precisa dessa merda, não sou nenhum rei pra colocarem tapetes pra mim. Onde o Eijirou tá? -
- Tô aqui, mon amour, já chegou caindo de amores por mim. - Disse, sorrindo de lado, tentando disfarçar a vontade de tossir.
Bakugou o olhou. Eijirou estava de camisola, rosto vermelho, olhos lacrimejando. Aquela porra estava doente e fora da cama.
- Volta pra cama agora, Eijirou! - Ele raiou, enquanto abria as pernas igual um caranguejo e se segurando nos móveis para ir até a escada.
- Não briga comigo, não está com saudade do meu charme? - Disse tentando piscar um olho, mas começou a tossir bem na hora, fazendo Bakugou fazer uma careta de nojo.
- Por favor, não flerta comigo doente, deixa isso pra depois, porque puta que pariu, você tá só o pó. - Pronunciou, chegando pergunto da escada e se apoiando.
Enquanto isso, Mirio ajudava Eri a passar pelo piso.
- Oi, suki... - Eijirou foi para beijar o ômega que se desviou, com cara de nojo.
- Não vai me beijar enquanto estiver com catarro nessa garganta. Vem, vai logo colocar esse rabo na cama, eu sei uma receita de chá pra ajudar, mas você vai ficar na cama.
- A gente tá a meses sem se ver suki, e você chega dando uma de minha mãe? - Ele fez bico, subindo novamente as escadas.
- Então tá, mas não vou transar com alguém doente. -
- O chá é de que mesmo?
[....]
- E aqui! - Eri disse, colocando mais uma caixa no colo de Tamaki. - Tenho certeza que será uma menina, mas mesmo assim eu comprei tudo amarelo, azul clarinho e branco. - Ela dizia animada.
Ela estava no fundo, na ala dos empregados. Tinha um corredor, que ia direto para uma mini sala, e nesse corredor haviam três portas, uma do quarto de Mirio e Tamaki, uma do banheiro, e outra onde Midoriya costumava dormir antigamente, e agora Uraraka dormia.
- Eri... é muita coisa. - Tamaki disse, olhando as oito caixas. - e... de marcas, Eri, não precisava disso.
- Claro que precisava! Isso é só o começo, depois que nascer e der pra saber o sexo eu vou vir toda semana com presentes.
Os dois a olharam, se sentiam lisonjeados por Eri estar tão empolgada e querer tanto mimar o bebê, mas aquilo era caro.
- Eri... não podemos aceitar, isso é caro, você tirou da sua mesada pra comprar isso. - Mirio disse.
- Ah não, vocês vão aceitar, não tem como devolver, e olha, eu dei com carinho, aceitem. - Fez olhos pidões.
Os dois se olharam, e depois olharam para ela, e Tamaki sorriu.
- Obrigado Eri, é muito lindo seu gesto, mas por favor não gaste mais seu dinheiro, ok? - Ele sorriu.
Eles ficaram olharam as roupinhas, e as pelúcias, ela trouxe muitas roupinhas 3, 4, 5 e 6 meses, todas bem bonitinhas e clarinhas.
Depois do momento deles, eles ouviram um barulho na cozinha, e Mirio foi ver o que era.
- Bakugou? - O loiro perguntou.
- Oi, onde tem alho, páprica, gengibre e canela? - Perguntou, fuçando as gavetas.
- Vou pegar, é pra que?
- Chá, o Eijirou vai ficar bonzinho ainda hoje. - Pronunciou, recebendo o gengibre. - Tem folha de laranja aqui? E folha de pimenta do reino?
- Isso é remédio ou veneno?- Eri perguntou, chegando perto de Bakugou.
- Os dois, é ardido e ruim como o inferno, mas minha mãe me dava e eu melhorava três horas depois. - Pronunciou, acendendo o fogo e colocando uma panela com água e gengibre no fogo.
Mirio e Eri olharam receoso, mas não interferiram, Bakugou parecia certo do que estava fazendo.
Ele cozinhou tudo, amaçou, e pegou o suco colocando água. E fazendo uma gororoba no copo.
- Eu espero que o Eijirou sobreviva. - Eri comentou para Mirio.
Bakugou subiu as escadas, ainda com medo de cair de cara no piso novamente. Subiu e foi até o quarto de Eijirou, o vendo enrolado nas cobertas, tossindo e suando frio pela febre.
- Eu fiz o chá. - Disse, se sentando na cama, vendo o alfa se sentar na cama, fungando o nariz.
- Você colocou açúcar pra ficar docinho? - Perguntou manhoso, fazendo Bakugou revirar os olhos.
- Não, você é um alfa, e engole tudo rápido, vai arder, mas vai fazer você melhorar até de noite. - Eijirou o olhou, como quem diz "Precisa mesmo?" - Você vai melhorar logo, confia, se você vomitar pelo gosto vai ser melhor ainda.
- Suki... tem gosto ruim?-
- Eijirou, pelo amor de Deus. Toma. - Entregou o copo. O alfa olhou a bebida, e com cara feia ele virou na garganta, forçando e quase vomitando de volta.
- Hum... - engoliu, com os olhos enchendo de lágrimas. - Eu sinto que meu corpo está queimando por dentro. - Resmungou, chateado.
- Para de drama, por favor.
- Eu paro... mas só se você fizer cafuné em mim. - Pediu. - Só um cafuné nesse alfa.
Bakugou suspirou, se sentando mais pra cima na cama.
- Fazer o que né, parece uma criança. - Disse, enquanto Eijirou colocava a cabeça em seu colo, recebendo um cafuné do loiro.
Eijirou ronronou, se aconchegando no carinho de Bakugou.
- Alfas, ainda dizem que são o gênero forte, uma gripe e ficam igual bebês. - Ele disse acariciando Eijirou com carinho.
Merda, Eijirou era perfeito, e Bakugou se sentia tão confortável com ele. Quer saber... talvez não importasse isso da alta sociedade e das funções, aquele alfa era incrível, não o forçaria a ter filhos.
E... talvez não fosse tão ruim ter uma família, podiam adotar, não podiam? Se Eijirou precisava de herdeiros, ele não se importaria de adotar um, não é?
Olhou Eijirou, que dormiu em seu colo.
- Merda... como pode? Mesmo você sendo um lunático me fez gostar de você em tão pouco tempo? - Questionou, fazendo um cafuné nos cabelos dele, falando isso apenas por ele estar dormindo e não poder ouvir.
- Eu sou irresistível.. - Eijirou disse, abrindo um olho, e sorrindo.
Bakugou corou.
- Fingiu estar dormindo? Eijirou!-
- Ah, suki sua voz é tão melodiosa que não posso dormir ou.. COF, COF, COF, COF, COF. - Começou a tossir.
- Se você não tivesse passado mal, eu juro que te dava um tapa por fingir estar dormindo.- Resmungou, corando.
- Ah... mas você gosta deste alfa. - sorriu, se deitando novamente no colo dele, olhando para cima, para o rosto dele.
- Talvez... mas não se empolgue, estamos nos conhecendo, não é?
- É, e eu estou amando essa fase, não pretendo adiantar nada. - Tocou o rosto de Bakugou, fazendo um carinho, enquanto ele o fazia cafuné.
- Tirando o fato que já me comeu em todas as posições possíveis, realmente, você não adiantou nada. - Brincou, e Eijirou riu.
E o clima ficou agradável. Bakugou até beijaria o ruivo, mas era melhor esperar ele melhorar.
[...]
Depois de toda emoção dos reencontros e do remédio, todos, incluindo Mirio e Tamaki se sentarem na sala, envolta da lareira. Abriram um vinho, e começaram a tomar. Bakugou estava deixado no chão, no colo de Eijirou que permanecia encostado no sofá, ele vomitou duas vezes, a febre passou e ele tomou uma banho estando bem melhor agora.
- Suki... me conte sobre a sua infância. - Eijirou pediu, bebendo um pouco do vinho.
- Da minha infância? Porque quer saber?
- Por nada, sei lá, só queria que você falasse as fases boas, as coisa sair gostava de fazer, sei lá... - Disse, enquanto ele acariciava o cabelo do loiro suavemente com a ponta dos dedos.
- Hum... - Katsuki olhou para ele. - Tinha... tinha uma árvore de carvalho bem grande na rua onde eu morava. Depois de chegar da escola, na hora do almoço, eu e uns outros moleques subiamos nela. Largavamos os cadernos no chão e subiamos, e ficávamos lá, as vezes a gente dava de empurrar um ao outro, ou apostar quem subia mais rápido. - Disse, sorrindo ao se lembrar. - Ah, quando eu tinha 10, nos começamos a fazer uma casa lá, roubamos um monte de tábuas de construção de uma loja, e colocamos lá, quando eu fui subir pra testar ela quebrou e eu caí, uns 10 metros.
- Você se machucou?
- Que mané machucar, eu levantei rindo e subi de volta. A gente também corria atrás de vaca, subia no pé de maçã e comia, roubava uns melões, nadava até dizer chega no rio e mais um monte... - Concluiu. - E você? O que você fazia quando era pequeno, além de estudar?
- Hum... não tem muito, eu estudei em um internato depois dos 10, eu chegava em casa nos sábados de manhã, minha mãe Enya sempre fazia o café ela mesma pra mim, a gente comia no jardim, depois, na parte da tarde elas ficavam o dia todo comigo, lendo, andando de bicicleta, às vezes elas me levavam em passeios e a gente sempre tomava sorvete, de noite, elas pediram pra eu tocar ou pintar com elas, a gente ficava na sala de estar, pintando, cantando, desenhando até eu dormir. No Domingo, elas ficavam mais ocupadas, eu fazia os deveres e saia pra brincar com a Mina e o Denki, e também com o Izuku, a gente fugia pra uma rua atrás da casa delas e ficava jogando bola ou correndo atrás de gatos.
- Como conheceu eles, cabelo de merda? A mina eu entendo que e da alta sociedade, mas e o resto?
- Bom, suki, o Denki era filho do jardineiro, o Deku era um menino pobre que morava nos fundos de uma mansão vizinha das da minhas mães, o Hanta era filho do pintor e a Mina... digamos que não conhecemos bebês.
- Como?
- A mãe dela me amamentou, a... - Engoliu o seco. - A minha mãe Enya ficou fraca depois que eu nasci, e... como ela não se alimentava direito, ela ficou sem leite, eu quase morri de fome, aí a minha mãe alfa me levou até a casa da Mina, e a mãe dela nos ajudou.
- Como assim cabelo de merda? Vocês não são ricos? Porque ela não comia direito? - Perguntou confuso.
- O... Endeavor Todoroki deu um golpe nelas, e elas perderam tudo, viveram em pensões, mal tendo pão pra comer, eu nasci bem nessa época. Mas depois deu tudo certo, elas se reegueram e eu sobrevivi no final. - Bakugou o olhou, um tanto quanto admirado, parecia que aquela história tinha camadas, e que aquelas duas eram mais incríveis do que pareciam.
- Foi... muito legal o que a mãe da Mina fez. -
- É, foi sim. E você? Como era a sua relação com os seus pais? - Perguntou, ouvindo o loiro suspirar.
- A minha mãe... era igual a mim, em personalidade e aparência, era teimosa, brava, e parecia estar em guerra com o mundo, sempre desafiando e brigando com tudo e todos, mas amando cada parte da luta. - Ele disse, com uma leve intonação de nostalgia em sua voz, e de amor. Afinal, era uma recordação memorável e afável em sua mente. - Mas... ainda sim, ela era carinhosa, ela sempre me botava para dormir, me dava banho, cascudos afetuosos, e sempre era ela quem se esforçava para me agradar no meu aniversário. Já o meu pai... vivia bêbado, em casas de prostituição e as vezes ele... - A voz lhe faltou um pouco, e ele engoliu o seco.
Eijirou o olhou, percebendo o tom mais amargo e sofrido na voz do ômega. Entendendo que ele ia dizer que o pai agredia ele e a mãe, uma realidade, infelizmente, comum a alfas prepotentes e ômegas.
- Sua mãe me pareceu bem determinada e com um espírito elevado. -
- Tá querendo dizer que ela era foda? Porque isso ela era, ela era muito foda. - Eijirou acariciou a bochecha do ômega, quando percebeu o tom de orgulho.
- Você também é foda. - Bakugou o olhou.
- Aprendeu a falar direito, né? Já tava na hora, uma enrolação dramática pra explicar as coisas. - Resmungou, e Eijirou riu.
- Desculpe por te aborrecer, suki. - Beijou a testa dele.
- Que bom que você melhorou, eu não ia aguentar te beijar com o bafo do remédio.
- nem lembra, eu quase morri com aquilo.
[.....]
Tamaki sentiu Mirio se deitar na cama do casal. Depois da noite tomando vinho e conversando, eles jantaram e foram todos dormir. Mirio foi o último a sair da cozinha, foi ele quem arrumou a cozinha por último.
- Hum... dormiu, amor? - Ele perguntou se deitando, com o rosto encostando no peitoral de Tamaki. Cheirando o aroma maravilhoso de delei.
- Não.. - Colocou a mão na nuca dele.
- E o bebê? -
Tamaki sorriu, sabendo que Mirio estava fazendo gracinha.
- O bebê tá acordado também. - Pronunciou.
- Certeza? Eu não quero acordar ele.
- Certeza sim, pode falar com ele. - Riu, passando o dedão na bochecha de Mirio, e se ajeitando para o alfa por ser falar com seu ventre.
- Bebê, é o papai alfa. - Ele dizia, colocando a mão sobre a barriga do moreno, sentindo seus cabelos serem delicadamente acariciados. - Eu quero te dar boa noite, já que noite passada eu fiz uma bagunça aí e deve ter te acordado, né? - Riu, escutando Tamaki soltar uma leve risada. - Boa noite meu brotinho de amor, dorme bem, junto do seu papai ômega. - Beijou a barriga do marido, por debaixo da blusa. - Eu vou ficar aqui fora cuidando de vocês dois.
- Ele te desejou boa noite também. - Tamaki disse, afagando os cabelos do alfa, enquanto sorria bobo pelo carinho e atenção.
- Temos que escolher o nome da nossa garotinha. - Pronunciou.
- Pode ser um garotinho. - Corrigiu.
- Se for um menino vai ser ótimo, mas é uma menina, eu sei, eu já tô conectado com ela, dá pra sentir. Eu já até pensei em três nomes pra ela, amor.
- Então diga, eu vou amar ouvir, eu não tenho nenhuma ideia pra nome de menina. - respondeu, docemente. - E se você acertar que é uma menina, pode escolher.
- Tá, olha, o primeiro eu acho aceitável, mas os dois últimos são melhores. Jinora, Mahina e Ikki. - Tamaki franziu as sobrancelhas.
- Eu não gostei de Jinora, amor, mas Mahina e Ikki são bem fofos. Mahina me faz imaginar uma menina morena como eu, e Ikki eu imagino uma bebê loirinha, como você, com muitas dobrinhas.
- então tá decidido, se ela for morena é Mahina e Ikki de for loira como eu.
- E menino?
- Amor. - Sorriu. - Confia em mim, vamos ter uma garotinha, eu tenho certeza.
°••••••••••••••°
Sim, foi referência a Avatar a lenda de Korra.
🎶Lá lá lá lá, eu amo miritamaaa, lá lá lá lá, Miritama é é bom pra uma caralhaaa, lá lá lá lá 🎶
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