7- Cartas
Aaaah, eu fiquei um pouco sem inspiração, mas agora eu tô inspirada, então se preparem pro desenvolvimento do plot.
Ps: DK se encontra apaixonada em um guri, isso significa que a iludida aqui não vai poupar boiolagens.
" 06/11/1785
Cabelo de merda
Olha, eu não sei escrever cartas, então você que lute pra ler a minha letra toda feia. E você é algum tipo de vidente? Eu estava comendo biscoitos com leite enquanto lia sua carta.
Eu tô me virando bem sim, eu adotei dois gatos, e a companhia deles é mil vezes melhor do que a de humanos, apesar de derrubarem as minhas orquídeas. Eu tô decorando a casa aos poucos, e enchendo ela de livros, tanto de piano e de histórias de terror. Ah, quando vier pra cá você vai ver a minha horta, e as minhas flores da janela. Olha, particularmente, eu sou o melhor jardineiro que já conheci, melhor até do aquele Deku que cuidava do seu jardim.
Sim, eu conheci o maldito do Kaminari. Ele é muito intrometido, sabia? Incoveniente, burro, chato, escandaloso e irritante também. E por favor, não me diga que a sua amiga Mina é a mulher que mora embaixo do meu apartamento, ela é simplesmente a encarnação do capeta de madrugada. Ela é tão escandalosa que você não tem noção! Ela grita, canta em voz alta, corre pela casa, chama visitas e é inconveniente ao extremo. Trate de arrumar amigos melhores, porque em questão de um mês eu vou ter matado esses.
Sobre as tulipas, você é um bobão, não precisava daquilo... mas eu gostei, que se foda, elas são bonitas e cheirosas, satisfeito? Hum, e não foram tão melosas assim, mas eu não ligo mesmo, mas obrigado mesmo assim, pintor lunático.
Ah! Tá começando a nevar, e eu comprei um casaco de inverno lindo, preto, e um suéter xadrez pra botar em baixo, olha, eu já era um pedaço de mal caminho antes, mas com essa roupa eu sou o caminho todo de mal caminho. Um monte de alfas olham pra mim, tenho a sensação que em Paris as pessoas não são tão reservadas como no interior, mas é o preço que eu pago por ser tão maravilhoso.
Bom... acho que não tenho mais nada pra dizer, eu realmente não sei fazer essa merda. Só, está tudo bem, eu amo ficar em casa lendo com os meu gatos, e avise os seus amigos que estou muito bem assim, que juro que mato o Denki se ele bater mais uma vez na minha porta me chamando pra ir beber.
Tchau, cabelo de merda maldito. "
" 13/11/1785
Ômega Raivoso...
Primeiro, não se preocupe como deve escrever, eu achei sua letra linda, e pode escrever do seu jeitinho mesmo, não tem problema.
Gatos? Eu jurava que você odiava animais, mas que bom que tem companheiros aí e não fique tão sozinho lendo livros e bebendo chá. Parando para pensar, você parece aqueles idosos que amam gatos. ( Talvez esse comentário me faça tomar um tapa, mas é a vida.).
Ah, suki, aqui também está começando a nevar. Eu não gosto de ver a beleza do Outono ir embora, mas eu confesso que o inverno me trás uma sensação amarga e boa. Me lembra da solidão, mas me lembra da força também. Os animais todos estão protegidos, eu os levei para um local fechado, ajudei o Mirio, o resultado disso foi que eu fiquei todo cheio de lama. Tive que tomar um bom banho. Na verdade, deixe-me explicar o evento em questão.
Íamos guardar as galinhas, achei que seria algo fácil, afinal, eu sou um alfa enorme e meu inimigo era uma mera galinha. Mas, suki, galinhas são tão rápidas e ágeis. Eu corri atrás delas mas elas sempre fugiam, desviavam de mim e faziam eu cair na lama. Eu corri, suei, cai, e quando eu tava quase chorando porque ainda tinha 19 galinhas para pegar e não consegui nem a primeira, o Mirio jogou milho no galpão e elas todas foram.
Eu não precisava ter corrido atrás delas no final. Me senti idiota e sujo. Enfim, agora todos os animais estão em seus devidos galpões protegidos do frio. Eu também estou começando a gripar por causa da neve, mas já estou melhor.
Mas se você quiser vir pra cá dar colo para esse alfa, eu não reclamaria. Na verdade, seria incrível sentir seus dedos me fazendo cafuné, mas é só uma sugestão...
Se algum alfa te incomodar, pode falar comigo ou com minhas mães, existem alguns doidos em Paris, então ande com o seu facão, em caso de defesa.
Por favor, dê uma chance para Mina, ela é incrível, eu juro de mindinho suki, ela é escandalosa mas é a pessoa mais sensata que eu conheço neste mundo. Você vai acabar gostando dela, eu juro. Sobre o Kaminari... bom, ele não é tão sensato, mas ele tem um coração enorme, e faria tudo pelos amigos, e você precisa de companhia aí, não é? Deve estar se sentindo solitário, e eu não quero isso.
Enfim, foi isso suki, aguardo sua resposta e visita.
Eijirou Kirishima."
" 19/11/1785
Querido, filha da puta.
Ômega Raivoso é o teu cu! Eu tenho personalidade, apenas isso, não sou um idiota que fica com sorriso no rosto o dia todo enquanto cheira mato e corre atrás de galinhas.
Aliás, puta que pariu, você tem cérebro? Misericórdia, você correu atrás de uma galinha atoa. ATOA! Daqui a pouco tá tentando tirar leite de uma vaca que não tem bezerro. Sinceramente, como você fala tão bonito e não raciocina?
E nem fudendo, eu amo Paris, tem um monte de cabaré aqui! CABARÉ! Eu tô me sentindo explendido aqui. ( Eu aprendi essa palavra no livro, se estiver errada que se foda.) E dês de quando eu sou xarope para melhorar seu resfriado? Eu em, tô ótimo aqui, depois eu vou aí te ver, até lá, pare de manhã.
Hum, não aconteceu nada por aqui, a não ser que eu acompanhei a Eri até a escola dela. Ela estava indo e nos encontramos, então ela me pediu para acompanhar ela e ficamos conversando sobre você. É verdade que a mãe da Mina já te amamentou?
E nossa, quanto foi aquele vestido ou uniforme da Eri? Era lindo, vermelho com branco, babados, rodado, eu nunca vi uniforme tão lindo, se bem que é de se esperar que ela tenha esse tipo de roupa quando a coleira tem diamantes. Sério, eu nunca vou superar aquilo. Ah, eu comprei uma bicicleta e todo sábado eu vou com ela até a padaria para comprar baguetes, merda, baguetes são tão gostosas, eu comi uma em um daqueles restaurantes burgueses que você frequenta, olha, puta que me pariu, eu quero mais.
E... você poderia vir me ver já que acha que eu estou tão solitário. Eu não queria ter que ir a um puteiro pra transar.
Atenciosamente, Bakugou"
[....]
A contra gosto, Bakugou cedeu aos desejos incessáveis da rosada. Era dia 13 de Dezembro, a neve cobria toda a cidade, e o tom do Outono já tinha ido embora.
Fazia um pouco mais de 5 meses que ele tinha conhecido o maldito pintor, e ele se via incomodado, pensado se estava sendo imaturo ou não de estar gostando de alguém em tão pouco tempo. E Eijirou não havia lhe respondido ainda, o que ajudava a o deixar inseguro e nervoso.
Mas tudo estava certo, não é? Ele e Eijirou se aproximaram de modo surreal nós 3 meses em que ficou hospedado lá, se conheceram, passaram a se preocupar um com o outro, a ficaram íntimos, nossa foi como se aqueles três meses de verão e primavera tivessem sido muito mais extensos do que pareceu.
A sensação era de já conhecer o ruivo a uns 2 anos, de tanto que se sentia próximo dele. Será que era algo de almas gêmeas ou... Não! Claro que não, essas coisas não existem, apenas conheceu um alfa legal e..
- Hey! - Alguém gritou com ele, enquanto ele se viu atordoado pelo esbarro que deu com alguém na rua. Levantou o olhar vendo o vizinho de cabelos acinzentados olhar para si de modo feio. Ele fechou a cara, aquele cara não olhava para onde andava não?
- VOCÊ ENXERGA? - Os dois gritaram bravos, olhando um para o outro de modo agressivo.
- Opaaa, se acalma biribinha. - Mina disse, se aproximando dos dois. A mulher usava um vestido rosa rodado, com uma fita de sétimo na cintura, além dos tipicos chapéus da época. Mina era linda, tinha uma pele morena maravilhosa, que tinha um contraste incrível com seus olhos dourados. - Tetsuo, esse é o Bakugou, meu vizinho, e Bakugou esse é o Tetsuo. - Ela apresentou.
Tetsu olhou o loiro de cima a baixo, e deu um sorriso.
- Desculpa, eu moro na casa da frente. - Estendeu a mão para Bakugou, esse que recusou. Sentiu um tom de falsidade na voz do outro, e então também o olhou de cima a baixo. Tetsuo riu sem graça e recolheu a mão. - Bom, foi um prazer, Bakugou, até Mina. - Ele disse, antes de se virar ainda sorrindo e caminhar um pouco, se afastando dos dois. - Sério que o Eijirou quis um caipira emburrado? - Perguntou, fechando o rosto e bufando irritado. - Eijirou merecia mais.. - Resmungou, seguindo o seu destino.
- Não gostei desse cara. - Bakugou disse, olhando para Mina.
- Que isso, é o Tetsu, ele é um amor também. - Ela disse, se segurando no braço de Bakugou. - Agora vamos, o Denki e o Hanta devem estar esperando, biribinha.
- Me chama de biribinha denovo pra ver se eu desisto dessa porra de passeio com vocês! - Exclamou, olhando irritado para a morena que apenas riu.
- Uii, que meda, falando assim até parece que você é um assassino, bi-ri-bi-nha. - Silabou a última parte para provocar. O loiro a olhou irritado, separou seus braços e se virou, pronto pra ir embora. - Biribinhaaa
- Saí de perto de mim, esquisita do caralho. - Resmungou, se afastando, e ela vindo atrás dele.
- Olha, você tem que ser mais sociável, sabia bi-ri-bi-nha? E outra, onde vamos tem piano, você pode tocar lá se quiser. - O loiro parou, franzindo as sobrancelhas e resmungando baixo.
Odiava o jeito no qual aquela maldita de cabelos rosas conseguia ser convincente, intrometida também, já que foi ela que invadiu a casa dele em uma certa noite e viu os livros sobre piano.
- Tá. - Se rendeu. - Mas pode pelo amor de Deus não me irritar? Em? Prova pra mim que você consegue ser agradável ao menos uma vez nessa caralha. - Se virou, vendo o sorriso sínico no rosto maligno dela.
- Só se me contar como o Eiji é na cama, eu quero algum motivo pra zoar ele! - ela fez beicinho, voltando a andar ao lado dele.
- Você não era tipo, super católica? Cadê sua pureza?
- Ah, zoar meu melhor amigo não é pecado, agora desembucha. - Bakugou revirou os olhos, caminhando com ela pelas ruas, torcendo para que o dia ao lado dela e do carteiro não fosse irritante.
[...]
E não é que ele adorou?
O bar era movimentado, cheio de gente, as bebidas alcoólicas eram maravilhosas, e aquelas pessoas tocando piano então? Nossa, tocavam tão bem. Ele estava em uma mesa, à frente de um dos pianos que era maravilhosamente tocado, e obviamente, estava junto dos três paspalhões, vulgo Mina, Hanta e Denki.
- Será que eu tenho jeito mesmo para essa porra? - Se questionou.
- Claro que sim, ainda mais depois que o Eijirou começar a te levar aos bailes da alta sociedade. - Mina disse, bebendo um gole de sua taça - Vai ter muitas oportunidades de aprender.
- Alta sociedade? - Bakugou perguntou, olhando para ela.
- Ah sim, a alta sociedade, as fofocas, os bailes.. - Denki brincou. - Todo mundo fazendo pose chique e empinando o nariz.
- Ômegas puros e inocentes, procurando desesperadamente um alfa ao som de música clássica, sendo observado por todos os ricos de Paris. - Hanta brincou.
- Como assim?
- Eventos da alta sociedade, as famílias ricas fazem bailes, piqueniques, passeios e etc, Eijirou faz parte dela, sendo um futuro herdeiro de uma grande galeria de arte e de um grande negócio, e se vocês se relacionarem acho que irá com ele. - Mina disse.
- Mas... Eu não seria obrigado a essa nerda, não é? -
- Eijirou é um cavalheiro, não faria isso, mas a questão é que você... bom, quando um alfa e um ômega casam e o alfa herda uma herança, o ômega geralmente o ajuda, indo em eventos sociais, fazendo eventos sociais e..
- O dando vários filhos, não é? - Bakugou completou.
Merda, será que aquele maldito destino de ômega iria se aplicar a ele onde quer que fosse?
[...]
Tetsuo estava em um café, acompanhado de uma mulher de cabelos pretos e longos, enquanto eles comiam alguns doces e conversavam.
- O Eijirou pensa? - Tetsu perguntou, para a mulher em sua frente. - Ficar transado e cortejando um ômega do interior?
- Bom, sinto em te informar que talvez tenha que topar com o loiro do interior, minha informante disse que Eijirou aparenta ter sentimentos pelo loiro. -
- Está brincando comigo, não está, Momo? - Ele perguntou, um tanto quanto incrédulo. - Como ele vai se casar com caipira? Ele nem deve saber usar talheres, é um milagre ele usar corset. Eu não entendo o Eijirou, ele já tem 25 anos, deveria estar casado e com o primeiro filho, eu poderia fazer esse papel, eu sou letrado, educado, toco, canto, desenho, tenho quadris largos para parir, e eu sem dúvidas o daria um herdeiro alfa.
- Acho que você da muita importância, o Eijirou nunca amou, ele só deve estar usando esse ômega, ele tem descendência duvidosa, e pobre e o Eijirou sabe que em 5 anos presisa ter filho, e ele não escolheria um qualquer para dar filhos a ele, esse ômega deve ser apenas uma foda temporária, ele até banca o apartamento.
- Achei que o ômega trabalha como modelo, é o que os pintores dizem.
- Hum. - Momo soltou ar pelo nariz debochada. - Acredita nisso? Se ele ganha algum dinheiro lá deve ser depois do expediente, abrindo as pernas para outros alfas. - Debochou, e Tetsuo riu.
- Duvido que ele tenha capacidade até mesmo para isso. - Comentou, bebendo um pouco do chá. - E a sua amante, Momo?
- Qual delas? Eu tenho umas 15 aos meus pés.
- A que coleta informações, a sua mais antiga.
- Kyoka? O que tem ela? - Questionou bebendo o chá.
- Não sei, é sua amante de mais longa data, não tem medo de engravidar ela ou sei lá?
Momo o olhou, e riu em deboche.
- Se acha que eu tenho cara de quem cuida de uma amante e um filho, então está enganado. Kyoka se previne, ela sabe que nossa relação é de sexo e de informações, ela não é tola a ponto de deslizar e engravidar, e se ocorresse, eu colocaria um fim.
[....]
Bakugou chegou em casa após todo o passeio com Mina, pensando um pouco mais nas consequências daquele envolvimento.
Até em uma sociedade nobre e iluminista os ômegas tem funções. Eijirou herdaria algo grande, e segundo o que lhe disseram, ele teria que ser a porcelana ao lado de Eijirou, sorrindo, organizando eventos, estando sempre bonito, parindo filhos, comandando os empregados e esse tipo de coisa.
Ficar com Eijirou não seria o sonho que imaginou. Não iria poder tocar piano, não iriam viajar ao mundo. Ficariam presos a obrigações e funções daquele novo mundo que Bakugou mal conhecia.
O loiro suspirou, se sentando no chão da sala, vendo que empurrou as cartas que estavam embaixo de sua porta para longe.
O coração disparou ao reconhecer o selo vermelho carmesim com o emblema dos Kirishimas. Eijirou escreveu..
Não, ele não deveria alimentar esperanças, seu futuro ao lado do ruivo não devia ser a maravilha que imaginou.
Mas não deveria ignorar a carta, não é mesmo?
Então correu e a abriu, vendo a delicada letra de Eijirou sobre o papel amarelado. Cheirou, inalando o aroma de papel fresco e... leite e chocolate? Eijirou bebeu leite e chocolate escrevendo a carta? Isso era fofo..
- Leia a carta Bakugou, e volte a ter sua postura! Você não é um idiota apaixonado! - Pronunciou, indo ler a carta.
" 02/12/1785
Lindo, Bakugou.
Ok, me desculpe por isso.
Receio não poder escrever uma carta muito longa, e peço as devidas desculpas, estou a dias para escreve-la. Estou bem resfriado, e melhorei um pouco hoje e aproveitei para escrever-te.
Você usou a palavra corretamente, não se preocupe com isso, você é muito inteligente e sabe disso, você ainda vai ir muito longe suki.
Desculpe, vou finalizar por aqui, eu realmente estou passando mal e preciso me deitar para me recuperar e voltar ao meu trabalho.
Fique bem, Suki, e conte comigo para o que precisar.
Respeitosamente, Kirishima Eijirou."
Bakugou fechou a carta, preocupado. Ele sentiu que essa carta foi forçada. Eijirou se forçou a escrevê-la mesmo passando mal apenas para não deixar Bakugou sem respostas.
Deveria retribuir o favor, deveria ir lá cuidar dessas alfa doente afinal.
°••••••••••°
Vish, será que nosso alfa tá dodói mesmo?
Mina maravilhosa é negra nessa fanfic, e antes que venham me encher o saco, nunca foi divulgado como ela seria com uma pele sem ser rosa, isso me dá a liberdade de escolher a cor dela "Amas, ela é japonesa" o Bakugou é japonês e loiro, e a fanfic nem se passa no Japão, então guarde seu racismo para você.
Vestido da mina:
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top