39- Família

     Muito tchutchuco esse capítulo cara 🤏🏻❤️ aproveitem



13/07/1789

“Pêssego…


  Tenho uma novidade para você. Não vou mais viajar, meu pai finalmente me livrou disso. Acho que ele e meu tio discutiram, não entendi direito o motivo, mas isso não importa, não é? Podemos nos ver ainda essa semana. Pode vir me ver dia 14, às 9:00 no mesmo local de sempre? Eu fiz uma feira ótima hoje e quero fazer um café da manhã especial pra você, meu amor. Uma dica: tem uma receita de maçã envolvida. 

Te espero lá, meu amor.

Com carinho, Kouta. “

Eri balançou as pernas animada na cama enquanto apertava a carta que havia chegado. Ah! Aquilo era ótimo! Ótimo! Ela não precisava esperar longas semanas para ver ele. 

-Espero que seja a torta de maçã da mãe dele!- Ela exclamou, sentindo a boca salivar só de se lembrar daquela maravilha culinária que a mãe de Kouta fazia. 

[.....]

Bakugou estava em sua própria casa naquele momento, deitado no sofá acariciando o gato cinza que dormia sobre a barriga dele.

Eijirou não entendeu o porquê dele ter saído tão rápido daquele modo da casa das mães dele. Bakugou disse que precisava ajeitar algumas coisas para Aizawa e por isso precisava voltar correndo. O ruivo parecia meio ansioso e pediu para Bakugou se encontrar com ele na cafeteria n° 25, Chantelise, as 16:00. Bakugou concordou, naquele horário ele já teria terminado o ensaio com a orquestra e então poderia dar a notícia a Eijirou.

A notícia de que o bebê deles estava ok e com aproximadamente 4 semanas. A notícia de que o melhor médico naquela área não achou nada de muito perigoso em Bakugou, a não ser pela falta de alguns nutrientes que poderiam ser adquiridos comendo mais legumes. O médico acreditava que com a marca do alfa e cuidando da alimentação tudo daria certo.

Ser atendido não foi nada trabalhoso, ele precisou apenas mostrar a carta que Enya escreveu para o amigo e esperar 40 minutos. Mina foi com ele e segurou-lhe a mão durantes os exames, esses sim que foram trabalhosos e desconfortáveis. Ele precisou permitir um exame de toque, o que o deixou em um estado de alerta absurdo considerando que médico era um alfa. Ele precisou urinar e defecar também e esperou 4 horas para ter os resultados. 

Ele voltou para casa atordoado, perdeu quase o dia inteiro naquilo. E para completar, Kyoka queria conversar com ele. E o assunto o pegou de surpresa. 

Ele não deixou de entender o lado dela. Ele já havia sido pobre e vítima de alfas, mas ele não podia deixar aquilo daquele jeito. Afinal, as merdas financeiras estavam acontecendo por causa dela também, por causa das coisas que ela contou.

Sem saber o que fazer com ela, ele adiou sua decisão para o outro dia de manhã, e bom, ele tinha chegado. E ah! Era uma completa grande merda aqual situação.

-Falou da minha gravidez? - Ele perguntou, sem encara-la. Assustado com a possibilidade.

-Não. As últimas coisas que eu contei era sobre a galeria da Itália, e da Eri ver o Kouta na feira de vez em quando. - Ela respondeu. - Mas isso já faz uns meses. - Ela disse se sentindo extremamente envergonhada com tudo.

Bakugou tirou o animal de cima de si e se sentou, encarando ela.

-Sabe que eu vou ter que contar essa merda pro Eijirou né?- Ela acenou um sim, se sentindo envergonhada. - E… você não pode mais trabalhar pra mim. - Ela abaixou a cabeça e algumas lágrimas desceram. - Porra… eu entendo o que você fez, eu quase me prostituiu pra poder sobreviver, mas eu não posso confiar em você… - Ele terminou por fim, e ela ascenou um sim. - Vou falar pro cabelo de merda não te denunciar, nem nada assim. Ele não vai fazer isso, tenho certeza. 

[......]

A brisa de verão entrava na varanda, balançando os cabelos brancos do menino que brincava com um cavalinho de pau. 

Os olhos esverdeados do pai o observavam de vez em quando, enquanto ele cuidava da tarefa de estender diversos lençois e fronhas brancas no varal. Izuku sorriu vendo seu menino brincando despreocupado. Ele esperava do fundo do coração não ser demitido por Eijirou, seria difícil para ele arrumar outro emprego tendo um filho.

Ele se virou de novo para a frente e então percebeu algo vindo em sua direção, mas estava embaçada por conta dos lençois. Ele tirou o mais próximo da sua frente e começou a andar, tirando o próximo, o próximo e o próximo até ter a visão clara. Era Todoroki vindo a pé, de dentro do bosque. 

Mas… o'que? 

Ele olhou para trás vendo os guardas que sempre estavam por perto, eles não estavam na parte de trás da casa naquele momento. 

-Shoto? - Ele perguntou, se aproximando. O meio ruivo sorriu e caminhou mais depressa até ele.

Não podia estar acontecendo. Eles não deveriam mais se ver… era arriscado, o próprio bicolor disse isso. Será que ele tinha mudado de ideia? Izuku torcia para que sim.

Ele correu até o meio a meio e o abraçou forte. 

-Shoto!- Ele exclamou feliz, e então Todoroki o retirou do chão e o abraçou apertado. - Você tá aqui…

-É, e nós vamos embora, vamos ser uma família. - Ele disse sorrindo, e Izuku o olhou meio assustado. 

- Como assim? Você… seu pai, Shoto!

- Vamos pra longe. Eu saí de casa, abandonei meu sobrenome. Eu vou começar de novo, na Inglaterra, e quero você comigo. - Ele colocou o esverdeado no chão. E então olhou o filho brincando na varanda.  - Entra, arruma suas coisas e a dele. Meu cavalo tá próximo do riacho. Eu espero você lá, não posso ficar aqui. - Izuku acenou um sim, sentindo o coração disparar.  Eles iam ser uma família. Uma família. 

- Preciso escrever uma carta pro Kirishima, não posso só abandonar o serviço assim. - Ele disse.

- Preciso então que escreva uma coisa pra ele. Meu pai, ele vai… 

[....]

As ruas estavam movimentadas naquele horário do dia. Eram 15:47 da tarde e Bakugou saia do grande salão onde a orquestra ensaiava. Ele estava nervoso e assutado. Em menos de 48 horas tudo tinha mudado, todas as suas ideias. Se antes o plano era abortar agora ele estava indo dar a notícia para Eijirou. Se antes ele pensava em como seria errado contar naquele momento para Eijirou agora ele imaginava o ruivo ficando feliz. 

Era um misto de emoções e ansiedade.

Ele parou na calçada vendo uma carruagem passar a acenou para o cocheiro, que parou.

-Para onde, senhor? - Ele perguntou descendo e indo abrir a porta para Katsuki. 

-Chantelise. n° 25 - Ele  respondeu entrando.

-São 40 centavos de franco. -  O homem de bigode disse e Katsuki tirou as moedas de seu bolso e entregou ao outro, vendo ele puxar levemente a cartola para baixo para agradecer antes de fechar a porta e subir para seu posto.

Bakugou respirou fundo, colocando sua bolsa no estofado da carruagem. 

Abriu ela e pegou o embrulho amarelo. Ele riu um pouco, pensando em como seria quando Eijirou abrisse. Teria que ir a um local privado, logicamente, para entregar, não poderia ser de jeito nenhum na cafeteria que marcaram. Ele suspirou. E olhou para a barriga e em seguida para a mão, pensando em colocar sobre ela. 

Afastou ela por um segundo, pensando ser bobagem. 4 semanas é muito pouco, ainda não era um bebê, e sim um caroço de feijão. 

Não… não podia pensar assim. Agora que havia decidido ter o bebê não poderia mais se forçar a pensar deste modo.

Colocou a mão sobre o ventre que estava apertado com o corset.

Ele abriu a boca e fechou, antes de respirar fundo e dizer.

-Acho que ele vai gostar. Não é nenhuma dessas roupas de rico cheia de  bordados e babados e laços, mas é melhor assim porquê não vai te pinicar nem nada. - Ele disse. Talvez fosse bobo falar com a barriga, mas ele queria se acostumar. Tinha medo de ser ruim de algum modo.. de não conseguir dar carinho como deveria. Ou.. demonstrar, ele era mais grosso e rude, sabia disso e… enfim só não queria ser horrível.

 Tinha passado no local antes de ir para a orquestra, disse que uma amiga estava grávida e que queria fazer uma surpresa. A dona da loja pareceu acreditar e então ele comprou e escondeu o máximo que podia dentro de sua bolsa. 

Ele olhou pela janela vendo que estavam entrando na rua e logo chegariam. Respirou fundo.

-Ele vai ficar feliz de saber de você. - Ele sorriu de lado. - É um alfa babão, vou ter que controlar ele pra não comprar todas as roupinhas de bebê de Paris para você e acabar com o dinheiro que eles ainda tem. 

[......]

Eijirou estava inquieto em frente a cafeteria. Volta e meia ele mexia em seu bolso, sentindo a caixinha ali. Ele estava certo de sua decisão e ansioso. 

Não queria mais aquela história de namoro, ou de sexo casual. Queria Katsuki ao seu lado, com tudo devidamente formalizado. Amava aquele ômega, amava, amava e não queria mais esconder do mundo. Sabia disso. Apesar de todos os problemas que estava passando com a família, ele queria dar aquele passo naquele momento. 

Uma carruagem parou em frente ao local e ele viu os cabelos loiros e o rosto de Katsuki. Ele estava com gel no cabelo, usando ele penteado para trás, e Eijirou se lembrou que ele estava no ensaio da orquestra. 

O cocheiro desceu de seu ascento e abriu a porta para Katsuki.

Ele estava lindo e gostoso como sempre. Seu cabelo penteado para trás, e seu conjunto preto de orquestra com os botões e por cima uma capa preta, seu sapato social e sua bolsa pequena em sua mão.

Bakugou o olhou e Eijirou percebeu que ele respirou fundo, e acabou fazendo o mesmo dada a importância do momento.

Bakugou desceu da carruagem, e respondeu ao homem que agradeceu e sem seguida se pôs em saída. Kirishima se aproximou sorrindo, mas não tentando sorrir tanto para não dar na cara. Ele então abaixou a aba da cartola para comprimento o loiro como mandam os costumes.

-Boa tarde, senhor Bakugou.

-Boa tarde, senhor Kirishima. - Katsuki respondeu, se curvando levemente também seguindo a etiqueta. Ele suspirou era uma merda desnecessária aquela. 

-Vamos? - Kirishima esticou o braço e Katsuki aceitou, segurando ele e entrando para a cafeteria. - Espero que você não esteja cansado do ensaio. Fiz uma programação completa pra gente hoje.

- Não vai ser só o café? - O loiro perguntou o olhando.

- Não, não. - Ela abriu a porta dando espaço para Bakugou entrar primeiro e entrando em seguida no local. - Vamos desde o café da tarde até o jantar. - Ele disse sorrindo vendo Bakugou olhar o local.

-Eu lembro. Foi a primeira cafeteria que você metrouxe, não foi? - Ele disse olhando o lugar. 

- Foi sim, a mesa é a mesma também. - Ele apontou  para a mesa que ficava encostada em uma imensa janela que dava para o jardim de inverno. Ela estava arrumada e com uma placa dizendo estar reservada.

- Sua programação tem um lugar particular envolvido? - Bakugou perguntou em tom mais sério. - Preciso conversar uma coisa séria com você mais tarde. -  Eijirou o encarou, curioso com o que era.  - Não dá pra falar em cafeterias e restaurantes, tem que ser só nos dois. 

- A carruagem serve? - Ele perguntou. - É privada. 

Bakugou pensou. Não, melhor não, era muito apertada, e se Eijirou ficasse eufórico de feliz e quisesse abraçar o loiro ele deveria ter espaço para isso. Assim, da última vez Kirishima não pulou de alegria por estar preocupado, e provavelmente agora ele não pularia também, mas caso acontecesse eles deveriam ter espaço pra isso. 

-Não. Eu sei um lugar aqui perto. - Eijirou o olhou um pouco aflito, enquanto eles caminhavam para a mesa.

- É alguma notícia ruim?- Ele perguntou.

-Nao, é… é boa. - O loiro respondeu se sentando. - Não precisa ficar preocupado, não é um pé na bunda se é isso que você tá achando. 

Eijirou se sentou de frente a ele. Respirando aliviado. Seria triste se Bakugou tivesse decido romper quando ele tinha decido assumir.

Eles pediram croissants e café, e beberam e conversaram sobre os livros que estavam lendo. Mas pairava uma tensão no ar. Kirishima angustiado com a conversa séria que Bakugou teria como ele. E Bakugou se perguntava o porquê daquele programa. Porque Eijirou o chamaria para uma tarde assim dadá as condições da mãe dele. 

Ele se perguntou se seria um pedido de casamento, mas jogou a ideia pra lá. Antes o próprio Kirishima quis namorar antes de noivar, então não deveria ser isso. Eles esperava que não fosse uma nova viagem a Itália para acertar as finanças. 

Eles comeram e tiveram um lanche agradável e então saíram e entraram na carruagem branca e elegante da família Kirishima.

-Musée Bourdelle - Bakugou disse ao cocheiro antes de entrar na carruagem.

- Mas, suki… - Eijirou disse. - Hoje está fechado. 

- O irmão mais novo do Shinzo é guarda lá, vai deixar a agente entrar. E é perfeito vai tá vazio. - Ele disse prático.

- Não pode me contar agora? Eu tô curioso. 

- Não caralho, vai ser lá, e você vai me agradecer. 

Eijirou fez bico.

-É promoção no emprego? Deve ser, lá foi onde você viu o exemplar de piano que você gostou, deve ser isso. É isso?- Ele perguntou e Bakugou bufou.

- Não sei inferno, vai ter que esperar pra saber, tá parecendo criança! - Eijirou aumentou o bico.

-Não fala assim com seu alfa, eu fico triste. - Ele disse em tom brincalhão e Bakugou revirou os olhos. Então Kirishima sorriu de lado da irritação do seu ômega e o abraçou. - Não revira os olhos pra mim, me magoa, eu fico triste, suki, eu tô aqui doido pra receber seus carinhos e você me despreza.

-Idiota.- Bakugou disse tentando se livrar do abraço meloso do alfa. - CHEGA CARAIO!

[.....]

O museu era próximo dali, levaram cerca de 7 minutos para chegarem. Bakugou conversou com um guarda de cabelos roxos e logo eles entraram.

-Sua bolsa, suki, não vai deixar na carruagem? - Kirishima questionou e Bakugou ascendeu um não. 

O museu era pequeno se comparado aos outros. Tinha apenas dois andares, e um jardim. Mas era lindo, seus corredores eram grandes e arejados. Em sua maioria havia estátuas e esculturas naquele museu.

-A gente também veio aqui, lembra? Quando eu tava começando a modelar pra galeria das suas mães. - Bakugou disse. - Pra que lado era o banco que a gente sentou? - Ele perguntou olhando os corredores. - Me ajuda aqui, inferno. Conhece essa porra de lugar melhor que eu. - Ele soltou e Kirishima segurou a mão dele. 

- Por aqui, suki. - Ele guiou o loiro pelos corredores do andar de baixo até chegarem. Era o corredor do fundo, com vários arcos que davam pra ver o pequeno jardim. Ele estava verde e brilhante, com passarinhos aproveitando o calor do verão nos galhos das árvores perfeitamente podadas. 

- Aquele é o banco. - Apontou para o banco branco que ficava em baixo de uma árvore, encostado na parede da edificação.

- Vem… - Bakugou o puxou, parecia ansioso. Kirishima também estava. E se fosse alguma viagem de trabalho? Não seria surpresa, Bakugou era talentoso e acontecia de pianistas fazerem sonetos em outros países. E Bakugou tinha se apresentado para a rainha. Ele era notável.

Mas… não podia ser isso. Ele ia pedir o loiro em casamento, e uma viagem dessa poderia levar mais de 6 meses. Bom, mas seria incrível para a carreira do loiro e ele ficava feliz por isso. 

-Senta! - Bakugou ordenou e Kirishima obedeceu, vendo o ômega sentar em seu colo. 

- Então… - Ele estimulou o loiro. - Eu tô curioso. 

Bakugou respirou fundo e o olhou nos olhos, e devagar encostou sua testa na dele e segurou a mão.

Era agora. Era agora. 

Ele podia sentir seu corpo dando leves tremores pela ansiedade. Deveria entregar o presente? Deveria só falar? E depois o presente? 

Parecia bobo agora dar a notícia só dando um presente. Deveria falar. Isso deveria ser dito, não é?

Ah merda! Era o anúncio de uma gravidez não real algo de outro mundo pra fazer ele está tão nervoso daquele modo. Era bobo!

-Suki… - Eijirou o olhou profundamente nos olhos, percebendo a respiração acelerada do outro. - Tudo bem… no seu tempo, não precisa ficar ansioso, eu vou entender. - Eijirou disse, começando a pensar que talvez não fosse sobre trabalho.

Bakugou levou a mão até a bochecha do ruivo, fazendo carinho. Por Deus, aquele homem era tão perfeito, tão carinhoso, tão delicado! Estava tudo bem. Se a gravidez fosse adiante ou não, Eijirou estaria com ele.

-Tenho uma coisa pra você… - Apertou a mão do alfa e então guiou ela até a barriga. Não ia perder aquele contato visual que estavam tendo para pegar o presente na mochila. - Você vai ter um filho. - Ele disse soltando de vez. 

Eijirou arregalou os olhos, e então direcionou para a mão sobre o ventre do outro.

Olhou de novo para o loiro, para a barriga e para o loiro. Ele piscou atordoado, sentindo os olhos marejarem e ele rapidamente se lembrou da outra vez, do fato de que Katsuki contou mas não queria ter. Era por isso que o assunto era privado, porque era delicado, Bakugou queria tirar o bebê e estava contando, e esse assunto era um escândalo para ser dito em público… então ele ia tirar?

Eijirou engoliu o seco, tentando raciocinar.

Era direito dele… direito dele, o ruivo sabia. E ele também não queria que acontecesse que nem a última vez, seria o melhor, né? É! Se Bakugou queria ele nem deveria pensar se era o melhor.

-E eu não quero abortar. - Bakugou completou, puxando o rosto do ruivo para si, vendo que ele havia ficado tenso. - Eu quero ter essa por - Ele engoliu o palavrão - essa criança, quero uma família com você, cabelo de merda. -Ele disse, soltando o ar pela boca.

Eijirou arregalou mais ainda os olhos e as lágrimas desceram por fim. Ele mordeu o lábio inferior. 

-Fala alguma coisa, caralho! Não fica em silêncio! Porra, eu pensei num lugar que era bonito e com artes e essas porra que você gosta, comprei roupinha, e você fica mudo?- Ele reclamou.

E Eijirou o surpreendeu com um abraço apertado, ainda chorando.

-Jura?Você quer mes-mesmo?- Ele perguntou. Precisava ter certeza antes de criar expectativas. - E a sua carreira?

Bakugou retribuiu o abraço. 

-Eu pensei muito antes de te falar, o plano mesmo era não ter. Mas… ontem eu tava emotivo e chorão, e eu conversei com a sua mãe. Eu tava com medo, de perder de novo, de te machucar e… olha que você nem viu a merda que eu vi quando… - Ele sentiu um choro subir a garganta. - quando eu perdi o primeiro bebê de 5 meses, é horrível e… - Kirishima o abraçou mais forte, começando a soluçar. - Ela me falou pra ir no médico e… tá tudo bem cabelo de merda, o médico disse que o bebê tá bem, tá com um mês. 

Eijirou não aguentou e abriu um sorriso.Essa fala de Bakugou havia aliviado o coração dele de tal forma que ele sentiu que a gravidade não existia mais, de tão leve que estava. 

Estava acontecendo, estava acontecendo! Iam se casar, uma ter um bebê. Não era uma viagem que ia separa-los, era o contrário, era a coisa que ia unir ainda mais eles.

-Suki… - Ele perdeu a fala enquanto sorria. Saiu do abraço e olhou o loiro nos olhos.  - Isso.. isso… é ótimo! - Ele disse, começando a elevar o tom de voz. 

- É, é sim. - Bakugou disse, enxugando as lágrimas que desceram.

Eijirou então abraçou o loiro apertado, sorrindo. Bakugou retribuiu e passou seus dedos pelo cabelo do alfa, afagando carinhosamente.

-Viu porque não podia ser no caralho de uma carruagem? Você não ia poder ser exagerado desse jeito, Eiji. - Bakugou resmungou, fingindo braveza.

Eijirou riu e então saiu do abraço. 

-E também… -Ele tirou as mãos de Bakugou e levou ao bolso. - eu não ia poder… - Enfiou ela lá dentro e começou a puxar uma caixinha. - fazer isso.. - Ele a tirou do bolso e abriu. - Suki, você aceita casar com esse humilde alfa bobão? - Ele perguntou e o ômega sorriu de lado. Era isso! Aí meu Deus! 

- Aceito caralho. - Ele abriu um sorriso bobo, sentindo o coração disparado. Ele estava formando uma família, uma família! Com um alfa incrível, com o melhor deles! Agora ele sabia que conhecia a felicidade. Ele avançou no ruivo e o puxou para um beijo, para O Beijo. 

Eijirou passou a mão livre por volta das cintura do loiro o puxando para mais perto e sentindo toda a sensação que boca dele lhe proporcionava. Por Deus! Ele entendia perfeitamente oque era amor agora, o que era amar. Porra! Era aquilo! Era sentir seu ômega o beijando num misto de calma e intensidade perfeita. 

Ele saíram do beijo e Eijirou sorriu.

-Não que eu tenha outra opção agora que você me enbuxou, né. - Ele disse bagunçando o cabelo do ruivo.

-Se não fosse isso você não ia aceitar então? - Ele perguntou arqueando a sobrancelha e pegando a aliança e colocando no dedo anelar de Katsuki. 

- Não. - Ele disse brincando - Credo. 

-Credo? Humrum sei. - Kirishima puxou ele para outro beijo. 







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O

brigada por lerem até aqui querido! 🫶🏻 Me digam o que acharam e o que achamos que vai acontecer.

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