36- Aflição

O rolê é sumir por quase dois anos e voltar com o final pronto.
Não me matem, as coisas desandaram, mas estamos aqui novamente.

"10/07/1789

  Eijirou, preciso que venha até a cidade imediatamente. Estamos sofrendo um golpe e perdemos um grande investimento na Itália. Venha com suas coisas, e avise aos seus empregados que as coisas poderão ficar feias em breve.

Venha preparado meu filho, as noticiais não são nada boas.

Atenciosamente, Celeste. "

 Eijirou respirou profundamente ao ler a carta, se sentindo aflito. Quando a recebeu achou que deveria ser algo sobre o baile dos Taldren que aconteceria dia 28, mas depois de tomar entendimento do conteúdo ele sentiu uma preocupação tomar conta dele. Deveria ser algo muito serio, sua mãe não o chamaria de ultima hora se não fosse urgente. Bom, e aparentemente era, já que ela mencionou os empregados. Um possível corte de gastos?

Merda, ele não queria ter que demitir ninguém, adorava todos ali, e a maioria já tinha filhos para serem criados.

O ruivo se levantou da poltrona da sala, com a carta em mão sendo apertada levemente pela sua aflição, e então partiu para a copa da casa, procurando algum empregado para poder dar o aviso e pedir para que sua mala fosse preparada. Ao caminhar rumo ao local se sentindo angustiado, ele sentiu o delicioso aroma de bolo assando invadir seu nariz e então pode deduzir que um certo empregado estava por ali trabalhando.

- Tamaki? - Chamou ao entrar no ambiente, vendo o moreno que estava agachado na altura do forno se levantar.

- Sim? O bolo vai demorar só mais dez minutos, Eijirou, e o chá já está pronto. -Ele disse simpático, imaginando que esse fosse o assunto

- Eu ajudei com o bolo! - Ikki disse se levantando ao lado do pai,  toda sorridente.

- Obrigado Tamaki, mas podemos conversar á sós por um instante? - Ele disse  em tom serio não escondendo a preocupação na voz. Tamaki rapidamente engoliu o seco e o olhou a criança de modo receoso.

- Filha, você pode ir ajudar o papa com as galinhas? Eu não preciso mais da sua ajuda aqui dentro, meu bem. 

- Hum rum, bom que faço carinho nós carneirinhos. Tchau, moço Eijirou! - Ela exclamou antes de sair correndo pela porta dos fundos indo para o quintal.

- Aconteceu alguma coisa? Ela mexeu em algo seu? E quebrou? - Ele perguntou ansioso, Ikki era muito curiosa, e Tamaki vivia atento nela, pois a pequena era mestra em sumir e aparecer mexendo em algo da casa que não deveria e que poderia cair e quebrar

- Não, não tem nada haver com ela. Você e o Mirio tem reserva de dinheiro, não tem? -  ele questionou. Tamaki colocou o pano de prato que carregava na pia e se escorou, sentindo uma aflição lhe subir. Eles tinham mais uma criança a caminho, não podiam ficar desamparados.

- Sim, temos... - Ele respondeu receoso, levando uma das mãos até a barriga instintivamente.

- Eu recebi uma carta da minha mãe, não se preocupem, ninguém vai ser demitido, não por agora pelo menos. Enfim, aparentemente nós sofremos um golpe, e a situação pode ficar critica, ou piorar e se piorar... talvez eu tenha que demitir vocês, ou até mesmo vender a casa, eu não ainda sei. Vou adiantar o próximo pagamento de vocês dois pra evitar qualquer coisa, mas... infelizmente preciso que vocês fiquem preparados.

Tamaki engoliu o seco olhando para a expressão preocupada de Eijirou e acenou um sim, sem ter muito oque falar. Ele apertou a o avental que vestia sobre o ventre quando sentiu seu coração doer de medo e preocupação com aquela informação.

- Eu vou tentar manter vocês dois até o final, por causa das crianças, sei que para vocês seria mais complicado arrumar outro trabalho com elas, mas mesmo assim... ah, me desculpa, não deveria ser assim. - Ele passou a mão nos cabelos, preocupado e bufou em seguida, vendo como o moreno estava todo tenso e preocupado, embora tentasse parecer neutro.

- Vai dar tudo certo... isso vai ser só um momento ruim. - Tamaki disse, tentando convencer o ruivo e a si mesmo.

- É... - Soltou -Preciso de uma mala  para alguns dias, com bastante coisa, pode arrumar pra mim com urgência? Vou sair daqui uma ou duas horas. - Ele disse e o moreno acenou um sim, apreensivo. - E avise o Izuku também, ele também tem criança pequena.

- Ok....

{......}

A viagem de carruagem foi uma tortura completa para o ruivo. Ele não parava de imaginar o que poderia ter acontecido. Os investimentos da Itália eram responsabilidade dele. Ele fez tudo dentro da lei e dentro dos parâmetros da contabilidade, não tinha como Endeavor fazer algo com os investimentos de lá, tinha? 

Ele esperava profundamente que não. 

Nem a paisagem bonita de verão foi capaz de distraí-lo e impedir que seu pé ficasse batendo no chão da carruagem, desinqueto e que sua mente o atormenta-se, o impedindo de perceber o tempo passando e a carruagem se aproximando do destino.

Ao descer, em frente ao portão da mansão das mães, ele se deparou com Eri que cheirava uma rosa. A menina percebeu sua presença e arqueou uma sobrancelha, estranhando a presença do irmão. Então, ela se colocou a andar na direção dele, enquanto ele descia da carruagem.

- Eiji? - Ela questionou curiosa e preocupada. - Aconteceu alguma coisa? Tá tudo bem lá? 

- Sim, tá tudo bem lá, sua tia só me chamou para conversar algumas coisas. - Ele tentou disfarçar, não queria preocupar a garota, bom, apesar de ela não ser mais uma garota, e sim uma mulher de 19 anos feitos. - E essa flor? O filho dos Pommier? - Questionou. Ela sorriu tímida e acenou um não.

- Kouta, pediu um irmão mais novo para trazer pra mim, junto de uma cartinha, ele é um fofo. - Eijirou sorriu vendo o tom de voz dela mudar para um tom doce e meigo, perfeitamente apaixonado.

- Que bom que ele te faz feliz, Eri.

- É, ele faz, e se tudo der certo ele vai fazer pra sempre! - Eijirou arregalou os olhos.

Eri riu da expressão espantada dele e segurou o braço dele.

- Não vou casar agora, seu bobo. Eu e ele conversamos, consegui um curso de finanças pra ele, conversando com alguns dos meus antigos professores. Ele ta estudando e vai continuar estudando até conseguir fazer a pardaria render mais dinheiro, eu vou ir viajar, vou para a Grecia estudar literatura, e quando eu voltar vou ser professora e ele um comerciante bem sucedido, e aí a gente vai casar e ficar juntos. Eee.. vamos ter uma casa, ao lado da sua. - Eijirou sorriu para ela. Ela claramente não fazia ideia do que fosse que estivesse acontecendo com as finanças, e era melhor assim, ela era doce e não merecia se preocupar com isso.

- Espero que dê tudo certo, você merece muito o amor.

- Quero um igual ao seu e o do Bakugou, dois anos longe e vocês continuam... sendo vocês.- Eijirou sorriu, eles estavam sem se ver desde do final de Março, quando Bakugou esteve na casa de campo dele. Tinha trocado cartas de amor e Eri tinha razão, continuava sendo eles. E eles eram formidáveis juntos.

- Naaao, se ele for um libertino como eu vou ser obrigado a impedir esse casamento. - Ele disse brincando e ela riu. 

"Casamento... " O ruivo pensou sorrindo. Talvez estivesse na hora de pensar nesse assunto novamente. Tudo bem que eles voltaram a namorar tinha menos de uma mês, mas essa etapa nem existia perante a sociedade e o próprio Bakugou disse " eu disse que casava com você uma vez, nada mudou. "

A essa altura eles já estevam dentro de casa, subindo as enormes escadas de mármore, descontraídos.

Então Celeste apareceu na escada, sua expressão era seria e amarga, oque fez os dois gelarem ao olharem a alfa.

- Filho... - Ela engoliu o seco o olhando e seus olhos se encheram de lagrimas. -Vem. - Disse se virando de costas.

- Tia? - Eri perguntou preocupada, subindo alguns degraus.

- Amanhã eu te explico Eri. - Ela disse sem olhar apara a garota. - Se concentre na sua aula de grego hoje, seu professor vai ficar mais tempo. Eijirou, vem. - Ela disse firme.

Eri olhou o irmão aflita, Celeste nunca tinha falado daquele modo com ela. Eijirou soltou o braço da irmã e seguiu a mãe, sentindo um frio na espinha e se esquecendo dos pensamentos bons que estava tendo em relação a Bakugou.

Ao contrario do que ele esperava eles não forma para o escritório dela, mas sim para o quarto das duas. Quando entrou ele viu a mãe ômega sentada em uma poltrona perto da janela, com o rosto inchado de choro e ao olhar o filho os olhos dela se encheram ainda mais.

Ela não estava com suas roupas costumeiras, mas sim com roupas mais simples e um casaco de frio por cima.

Celeste fechou a porta atrás do ruivo e o barulho o fez se arrepiar, imaginando qual assunto tão sério e pesado ele ouviria ali.

O ar estava carregado, pesado e denso, dando a certeza para o ruivo de qual algo muito ruim estava vindo.

- Isso não é só sobre dinheiro... o que tá acontecendo? - Ele olhou a mãe alfa, que desviou o olhar.

- Filho... - Enya começou. - Seja forte, tá? Não quero que a Eri saiba ainda. - Sua voz falhou um pouco e ela apertou a mão da alfa que tinha ido ao seu lado. Ela engoliu o seco, e respirou fundo olhando agora o filho.

- Não saiba o que? A senhora tá bem? - Ele questionou, e a ômega se levantou, indo até o filho e o abraçando apertado. Ele retribuiu, abraçando ela  de modo firme. Algo estava muito errado, ele podia sentir isso em suas fibras, no tom de voz das mães e nos ferormônios de tristeza e aflição que preenchiam o quarto.

- Mãe? - Ele perguntou mais uma vez, sentindo as lagrimas descerem de seus olhos rubros.

- Eu... eu tenho um caroço no... no meu seio filho.. e...e... to-todas mo-morrem com isso... 

O mundo gelou e ficou em completo silencio. Ele sentiu que seu coração parou de bater, assim como ele parou de ouvir tudo ao seu redor. O ar pesou sobre suas costas e ele sentiu como se algo afiado tivesse se afundado em seu peito, fazendo doer como o inferno.

Ele se afastou da mãe, olhando o rosto dela, sem perceber as lagrimas desenfreadas que desciam de seu rosto.

- Eiji... Eu não queria... Eu....

- Não... não... - Ele olhou a alfa. - Os seus médicos da Suíça, da Inglaterra... porque ela ainda tá aqui? Porque você ainda não levou ela lá? 

- Filho... - Enya começou. - Não é assim..

-É assim, sim! - Ele exclamou exaltado, seu peito subindo e descendo desreguladamente pela respiração desconpassada, enquanto seu olhar alternava entre a ruiva a sua frente e a morena atrás deles.- VOCÊ É A ALFA DELA! PORQUE TÁ PARADA AQUI?  - Celeste engoliu o seco, e abaixou o olhar enquanto ouvia o filho, sentindo as palavras arderem em seu coração.

- Eiji... - Enya o abraçou novamente. - Filho... não dá mais tempo pra isso... nã-não dá, entende? E-Eu sinto muito meu amor.... - Ela desabou chorando, e ele também enquanto a abraçava e sentia o calor dela junto ao seu. Aquele calor maternal e amoroso, cheio de felicidade e leveza.

Ele não queria perde-la...

Ele não queria perde-la...

- Eu sinto muito meu menino... E- Ela perdeu a voz por um segundo, sentindo Eijirou a apertar forte no abraço e chorar como uma criança em seu ombro. - E-eu não queria fazer vocês sofrerem assim... E-eu eu....

{.....}

A noite que se seguiu foi extremamente amarga para Eijirou. Ele teve que se manter forte durante o jantar e o restante da noite, pois suas mães não queriam que Eri percebesse que algo estava errado. O que não adiantou pois ela claramente percebeu e estava atenta a cada troca de olhares que os mais velhos trocavam entre si.

Ele se esforçou muito para segurar o choro durante todo aquele tempo, porém quando se deitou em seus aposentos para dormir ele não conseguiu conter o choro que lhe subiu e acabou desabando em choro. Ele não podia perder a mãe... não!

 Ela ainda era tão nova... e porra, era uma mulher tão espetacular e maravilhosa. Ela tinha uma alma boa, um coração bom... Ela era tão boa, em todos os aspectos e... e... ela iria embora? Assim? Tão cedo desse mundo? 

Ele não queria aquilo, queria que ela o visse ter filhos, construir uma família, que se aposentasse e vivesse indo em seus jantares com Celeste, vendo as peças de teatro que ela gostava, bebendo seus vinhos e... e... tudo isso.

Ela tinha direito a ter aquilo tudo! Ela merecia demais.

Ele fungou e enfiou o rosto no travesseiro, bufando enquanto chorava no mesmo, o molhando e o deixando úmido enquanto seu coração se retorcia e retrancava em agonia já imaginando o vazio que ficaria ali quando ele a visse morta e pálida dentro de um caixão, pronta para ser enterrada.

A imagem mental doeu, doeu demais de se imaginar, e Eijirou se viu afundado em um travesseiro molhado, afundado em sua angustia.

{.......}

11/07/1789

O dia tinha amanhecido e a custo o ruivo se levantou da sua cama e foi para a mesa de café da manhã comer com a família. Um clima frio cobria todos, e um desconforto também.

- Eu vou sair hoje, vou na feira, o Bakugou geralmente vai lá, posso avisar que você está aqui, Kiri. - Eri disse, tentando cortar o clima tenso  que pairava no ar.

- Eu vou ir na casa dele hoje  de noite, só avise ele que eu vou pra lá. - Ele disse rispido com a menina sem perceber, e ela lhe olhou. - por favor... - Ele disse se culpando mentalmente por não ter sido educado com ela.

- Eu já tenho 19 anos.... eu posso saber se tiver algo errado, eu posso ajudar. - Ela disse encarando o ruivo e depois Celeste que estava na ponta da mesa, mastigando seu pão.

- Eri... você devia estar focada na sua aula de grego e n...

- E eu tô, to sendo exemplar, cumprindo minhas aulas e trabalhando na galeria, eu não mereço a confiança de vocês? Eu sei que você demitiu alguns pintores, tem algo acontecendo e eu quero ajudar, vocês me criaram eu não quero ser excluída das conversas difíceis. - Celeste suspirou.

- Eri, depois, ok?

- Não, depois na..

- Eri, depois sim! - Celeste disse firme dando um soco na mesa - Apenas... é difícil para a gente, só espere, por favor. - Ela suavizou a voz no final, não queria ser rude com a menina. A esbranquiçada se calou e bebeu seu leite em silencio.

O resto do café da manhã se passou em silêncio, Eri terminou rapidamente e então saiu da mesa sem pedir licença, claramente revoltada com o silêncio das tias. 

- Eu vou conversar com ela hoje a tarde. - Enya disse. - Não é justo com ela...

- Eu não deveria ter sido grossa... - Celeste passou as duas mãos pelos cabelos, estressada. - Merda.. - Ela soltou.

- Você tá sobrecarregada.. - Eijirou disse. - Ela vai entender quando souber. E.. ela ainda vai para a Grécia?

- Vai, a gente tem uma reserva no banco para os estudos dela, igual você tinha, isso não vai afetar o futuro dela.

- Entendi... o que aconteceu exatamente? - Ele questionou. - Eu fiz algo de errado na italia? - Ele teve que perguntar. Embora sua mente estivesse na mãe, ele precisava saber o que tinha acontecido, se não fosse muito grave ele poderia usar sua reserva para ir atrás de outro médico, um médico melhor, ou tratamentos melhores para ela.

- Não... não meu filho... - A morena olhou para os empregados na sala e fez um gesto com a cabeça, fazendo com que todos saíssem e deixassem apenas os três. - É o seguinte.. lembra daquele acordo que fizemos na festa de casamento do Tetsuo? Então, digamos que a coroa sabe que assinamos aquilo.

- Como eles sabem?

- Não sabemos ainda, mas aparentemente foi o Endeavor através de uma cantora de opera, a Momo. - Enya elucidou.

- E porque não estamos presos por traição ainda?

- Outras famílias também assinaram, famílias grandes, não vão nos prender, mas cobraram uma multa. Nossa galeria em Lyon foi fechada como forma de punição, então não temos mais renda vindo de lá. E nossas contas externas foram fechadas, ou seja...

- Nosso investimento está congelado na Itália. - Ele deduziu.

- Isso, e deixar o dinheiro parado e a obra parada vai gerar uma divida enorme com os nossos fornecedores. Normalmente eu usaria os lucros da Inglaterra ou de Lyon para ir pagando e não deixar acumular, mas não tem essa possibilidade no momento.

- O que vai acontecer então? 

- Vou leiloar as obras de Lyon e tentar usar o dinheiro para agradar a coroa, talvez liberem nossos movimentos internacionais.

- E se não fizerem?

- Vamos vender nossa casa de campo, torcer para vender a tempo e não passar a ter uma divida milionária. Mas Eijirou, talvez eles façam mais, talvez façam algum outro investimento e fonte de renda nossa cair, e aí nos vamos precisar vender a sua casa, por isso pedi que avisasse seus funcionários... - 

Eijirou engoliu o seco e acenou um sim.

- E se congelarem tudo? O que faríamos?

- Minha família está ciente, nossos negócios estão seguros lá em Londres. Teriamos que dar um jeito de deixar a França, mas não vai chegar a isso, nós vamos dar um jeito.

- Então... talvez não seja a melhor hora para um casamento, né? - Ele perguntou olhando as duas, se lembrando do assunto.

{.......}

Kyoka olhou o loiro  limpar a boca e sair de cima do vaso e respirou fundo, ainda zonzo.

- Eu já te disse deveria ir lá falar com ele. - Ela disse estalando a língua.

- A Eri já disse que ele vai vir me ver, não vou lá, ele deve tá ocupado conversando sobre negócios com a Celeste. - Ele resmungou, passando as mãos pelos cabelos. - E não é pra ele me ver assim, não é pra ele saber, não por agora. - Ele encostou as costas na parede do banheiro, respirando fundo e se recuperando. O loiro retorceu a boca pelo gosto ácido do vômito.

- E porque você não quer? Você já ficou grávido antes dele, ele não reagiu bem? - Ela questionou, escorando a cabeça na porta.

- Reagiu, mas eu não sei se é dele, não quero que ele tome esse tombo.

- O Shinzo é infértil! Você transou com ele por dois anos e nada aconteceu, aí o Eijirou volta e você engravida? - Ela levantou uma sobrancelha para ele. - E faz muito tempo que voce não tem nada com o Shinzo, se fosse dele você estaria vomitando a muito mais tempo. Deixa de ser paranóico.

Bakugou virou o rosto e a fuzilou com o olhar. Ele não queria ser contrariado. Era o melhor ficar quieto. Ele ouviu os rumores que Celeste demitiu algumas pessoas, e que a galeria em Lyon havia fechado. Eijirou deveria estar com a mente cheia e ocupada.

- Eu só não te mato porque eu to passando mal, se não eu juro que te estrangulava! - Exclamou, se sentindo extremamente mal humorado e com uma dor apontando na barriga novamente.

- Me matar por ser sincera? Para né. 

Bakugou sentiu o enjoo voltando, sua cabeça pesando, parecendo que iria começar a girar.

- E se for dele, ele vai sofrer de novo, que nem dá ultima vez, eu não quero isso, - Ele disse, se recordando dos acontecimentos passados. - Ele é mais sentimental que eu, ele iria se apegar.

- Biribinha... você sabe que se um alfa te marcar você e o bebê ficam mais fortes, não é?

- Eu não quero ser forçado a ser marcado. - Ele disse ríspido, sentindo a barriga doer mais fortemente. Ele respirou fundo, tentando controlar a dor que sentia.

- Forçado? _ ela estranhou. - Achei que ama-se o Eijirou.

- Porra eu amo! - Ele disse sem paciência, sentindo as fibras do seu corpo se contorcerem pela dor na barriga e a garganta fuçar áspera.

- Então? 

O corpo dele se impulsionou para a frente em um solavanco e ele vomitou.

*****
O caroço da Enya no caso é câncer, na época eles chamavam assim.
Perdão pela escrita mais seca, estou meio enferrujada ainda.
É isso queridos! Até o próximo, e tentem não me matar.


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