23- Preparação
Vamos lá.❤️
Gente, queria pedir para comentarem na historia, no ultimo cap eu escrevi ele tendo diarreia e postei pasaando mal, e teve poucos comentarios.
Isso desanima bastante.
Janeiro de 1787
Bakugou andava atrás de Celeste, pela enorme biblioteca da casa dos Kirishimas, olhando atento, enquanto carregava os livros. Ela tomou a educação do loiro mas mãos, e aquele seria o primeiro dia de aulas.
- A alta sociedade se resume em duas coisas, Bakugou: Aparências, e Dinheiro. - Ela disse, pegando mais um livro e entregando a ele. - O que acontece aqui, é uma versão menor do que acontece na corte. Todos os nobres possuem terras, negócios, gado, navios entre outros. A alta sociedade é basicamente as famílias ricas que ficaram fora do palácio e que ajudam a governar a cidade, até mesmo o país. - Ele não se atreveu a interromper. - Eijirou já comentou da influência da nossa galeria na arte em toda França?
- Ahn... não. -
- Bom, vou usar isso de exemplo então. Eu e Celeste viemos de família nobre, já viemos carregando uma fama. Conseguimos investimento, ou seja, dinheiro, alianças financeiras com aqueles que tivemos um bom desempenho na hora de manter as aparências e convencer. Fomos convincentes, tivemos um negócio que foi ameça para outros, os Todorokis no caso, nossa arte vendeu e logo começou a influenciar em Paris. Lembre-se disse, tudo se resume em dinheiro e aparências. -
Ele acenou um sim.
- ... o que exatamente eu vou ter que fazer? - Ele pergunta. - Depois que eu casar nessa caralha?
- Bom, você vai ter o seu trabalho, vai continuar tendo sua personalidade e opiniões, não vai mudar isso e ninguém quer que mude. Mas, você entende que vai ter que ir em lugares com o Eijirou?
- Nesses bailes, casamentos e suas coisa né? -
- Humrum. Nesses eventos, é preciso manter as aparências. Ali as pessoas te avaliam. Então, se você falar palavrão ou soltar opiniões impopulares, eles vão comentar, falar mal de você, vamos supor que digam que você é louco, e quando você se apresentar tocando o piano eles vão dizer que a música é de louco, mesmo que seja excelente, isso pode arruinar sua carreira. Por isso, mesmo que contra sua vontade você vai ter que se portar de um certo modo.
- Sendo ômega tem um papel específico, né? - Ele riu no final um pouco.
- É, mas eu sei que você não se deixa manipular por isso, nem deve.
[....]
Bakugou continuava na biblioteca, lendo mais um livro de inglês, aprendendo a língua. Ok, aquela não era a realidade dele, mas ele decidiu entrar nelas então seria simplesmente o melhor. O melhor de todos ali, todos que falaram e estão falando mal dele por ser ômega e pobre vão morder a língua.
Celeste era uma professora calma e paciente, passar de ser bem franca e séria, lembrava Aizawa.
Ele pegou a pena, e transcreveu as frases para uma folha de seu caderno, olhou e tratou de ler ela.
- The weather is very pleasant today. - Ele disse, percebendo onde errou na pronúncia e repetindo.
Depois, ele pegou um livro de literatura e fez alguns exercícios indicados. Gostava de literatura, e gostava de fazer aqueles exercícios. Logo em seguida abriu uma das cartas de Enya, que já havia ido embora para Inglaterra. Ela falava sobre os tecidos e tipos de smoking que ele deveria usar em cada ocasião.
Isso sim era uma bobagem em seu ponto de vista, mas até mesmo Eijirou disse que havia sentido e razão sobre como a forma que você se veste influencia no que vão pensar de você.
- E o que pensam de você reflete nas suas alianças e negócios. - Repetiu pra só o que tinha aprendido com Celeste. Essa era a pior parte, dar importância ao que os outros pensam. Mas ele já havia entendido que aquilo era um ninho de cobras, se pensam mal de você, eles te picam e convencem as outras a te picarem. Acabando de ler e fazer outra carta para ela, falando sobre o que pretendia usar, ele se levantou e foi até a cozinha beber água.
- Senhor Bakugou, o que deseja? - Kyoka perguntou.
- Só Bakugou. - Ele disse. - Só vim buscar água. - Ele entrou na cozinha, vendo todos os empregados olhando para ele e vendo ele pegar a água.
O que eles tinham a final? Não se pode mais nem pegar água?
Terminou de beber e saiu rapidamente, subindo as escadas. Agora era a aula de etiqueta e dicas sobre como agir. Ele respirou fundo.
- Você vai fazer isso, e todos os paus no cu vão morder a língua. - Sussurrou para si, antes de bater na porta.
- Entre. - A voz de Celeste soou lá de dentro.
Ele abriu a porta de madeira e olhou para dentro do cômodo.
Ele caminhou e se sentou na cadeira em frente a dela.
- Bom, vai ter que aprender três coisas. Como falar, como se portar e como se vestir lá. - Ela começou. - Enya te falou sobre as roupas, não falou? - ele acenou um sim. - Ótimo, siga os conselhos dela. Também vou deixar Tsuy te acompanhar quando for comprar suas roupas, ela vai saber te ajudar. A parte do falar, bom... - Ela pareceu pensar. - Com certeza, você sabe que eles esperam alguns tipos de respostas suas por causa do seu gênero. Eu sei que vai ser irritante tentar se comportar no padrão, e você não precisa se comportar 100% apenas tenha um equilíbrio.
- Que tipo de equilíbrio?
- Sem palavrões, e se perguntarem você diz que adora a ideia de ter filhos, não precisa falar tão apaixonadamente como os outros vão falar, mas apenas não diga que não gosta. Diga que gosta de ter um alfa, de se casar. O resto, acho que você pode dizer o pensa, sobre trabalhar, sobre ser um ômega com seu próprio dinheiro, apenas tenha cuidado com as palavras.
- Resumo, só posso ser 50% eu mesmo. - Celeste sorriu.
- A princípio, é. Eijirou já contou como eu e Enya nos conhecemos? - Ele acenou um não. - Foi em um salão de festas, ela tinha debutado, eu a achei linda e depois de muito tentar consegui dançar com ela. Mas ela estava de cara feia o tempo todo, chute o porquê.
- Ela não queria se casar?
- Ela estava com diarréia no meio da festa. - Bakugou segurou a risada que lhe travou na garganta. - Agora é engraçado, mas quem teve que levar ela no banheiro fui eu. A questão é que as pessoas viram eu saindo a sós com ela, e começaram a falar, ela obviamente não pode revelar o motivo, mesmo que seja algo que acontece às vezes. Ela então apenas disse " A maldade está nos olhos de quem vê, Celeste foi carvalheira e me mostrou o banheiro para que eu pudesse limpar meu vestido, não houve malícia alguma, mas sei que não vai acreditar em mim por ser ômega, mesmo que vocês também sejam." viu, ela mentiu, mas não 100%, falou parcialmente como uma empoderada, e quando eu confirmei o que ela disse, a falação cessou. É assim que acho que você deva se mostrar, não precisa abaixar a cabeça, concordar com a submissão deles, pode ser você mesmo, apenas com moderação. -
- Não é tão legal saber que eu não posso ser eu mesmo. - Ele disse. - Mas eu já esperava por isso quando aceitei casar com o Eiji, eu juro que vou me esforçar nessa caralha e vou dar essas respostas elaboradas que vocês dão.
- Porque não praticamos então? Eu sou um investidor que veio até o Eijirou falar sobre negócios, e estou te excluindo da conversa. - Ela se ajeitou. - Me interrompa e mostre que mesmo sendo ômega, você e o Eiji tomam as decisões juntos. - Ele acenou um sim. - Mas então, Eijirou, estou dividido entre apostar em um novo artista ou não, afinal, o que disse não me convenceu.
- Com licença, - o loiro começou. - não pude deixar de ouvir, senhor, mas creio que há motivos razoáveis para apostar nisso. Um deles é que eu e Eijirou temos um bom fundo de investimentos para iniciantes. Este em específico se mostrou um excelente pintor para seu nível, não é Eiji? -
- Marido. - Corrigiu ela. - A começo, chame ele de marido, eles vão achar Eiji muito íntimo.
- Arg, credo. - Ele resmungou.
- Gostei que deu motivos, e passou a fala em seguida pro Eijirou. Acho que no começo, é bom você fazer isso, e ir aos poucos falando e se colocando como igual do Eijirou. Sabe, eles vêem os ômegas como um enfeite que fica ao lado, a Enya conseguiu sair dessa posição indo aos poucos, acho que você também consegue.
E eles continuaram treinando, com mais algumas falas.
Sim, é irritante saber que terá que agir assim, mas é algo que ele está disposto a abrir mão.
[....]
Eijirou estava piscando cansado enquanto pintava. Ele precisava fazer mais dinheiro. A aliança já estava comprada, pronta para ser usada no dedo do loiro. Tinha a casa a ser comprada, o casamento pra pagar. Como Bakugou havia acabado de ir para a orquestra, ele não tinha dinheiro, então Eijirou que pagaria tudo mesmo. Ele não se importava com isso.
Só estava tão cansado se pintar tanto sem parar...
- Eijirou? - Mirio entrou no cômodo, trazendo uma bandeja com uma xícara. - O café. - Eijirou piscou, agradecendo imensamente pelo café.
- Obrigado Mirio. - pegou a xícara e bebeu, esfregando os olhos.
- Está com olheiras, não seria melhor descansar? - Ele perguntou, um pouco preocupado. Eijirou estava bebendo muito café ultimamente e trabalhando demais.
- Já tô quase acabando, obrigado. - Respondeu, voltando seu olhar à pintura.
Era a imagem de uma barriga grávida, a pessoa da pintura tinha vestes claras e tinha a barriga de fora, mostrando o estágio avançado da gravidez e tinha a mão de um alfa sobre ela.
Sorriu.
Sim, ele tinha feito aquela imagem pensando no futuro dele e de Bakugou. Bom, daqui uns 2 ou 3 anos, mas ainda sim no futuro deles. Torcia com todas as forças para conseguir achar um bom médico para cuidar de Bakugou e tudo ocorrer com segurança.
As vezes Eijirou pensava sobre isso, o loiro já teve dois abortos, isso não era bom sinal, e se ele engravidasse e morresse? Pegasse febre após o parto e morresse como vários ômegas e betas morrem?
Não, não ia acontecer, ele ia achar um ótimo médico quando isso acontecesse, até lá, ele ia dar um jeito melhor de prevenir.
Enquanto Eijirou pintava, um dos empregados vomitava na varanda.
Tamaki chegou com Ikki amarrada em seu tronco, como de costume. Ele se abaixou na altura da onde Midoriya estava vomitando e entregou um pano para ele.
- Você devia colocar alecrim na comida que come, vai ajudar com os enjôos, me ajudou na gravidez da Ikki. - Ele disse.
Midoriya sorriu um pouco e pegou o pano limpando a boca.
- Meu problema não é vômito de enjôo, é de ansiedade. - Ele disse um pouco triste.
Já não dava mais pra esconder a barriga de gravidez. Ele tinha tentado abortar com vários chás, mas não deu em nada.
- Obrigado Tamaki. - Ele disse, olhando o moreno e a filha dele que olhava tudo atenta, segurando a blusa do pai. - Doeu muito?
Tamaki riu.
- Parecia que eu ia morrer de tanta dor. - Ele disse. - Mas passou assim que eu peguei nela. Mas também não é como se eu quisesse passar pela dor toda de novo. -
Midoriya sorriu de canto. Ele podia imaginar o seu bebê, com um cabelo branco ou ruivo, ele gostava da imagem, mas ficava apavorado.
- Você sentiu aquilo que todos dizem? Que é a coisa mais importante da sua vida, e que faz tudo valer a pena?
Tamaki olhou para filha e para os olhinhos azuis que o encarava.
- Ela é o ar que eu respiro, não vivo sem ela. - respondeu. - É sim o maior amor que eu já senti, mas também é a coisa que mais me preocupa na vida, e que mais exige... sacrifício. - Ele disse. Sendo o mais franco possível.
- É tão cansativo e difícil assim? - Ele perguntou e o moreno acenou um sim.
- No primeiro mês... depois que o Mirio voltou a trabalhar, eu passava o dia todo sozinho com ela, e a noite como ela queria mamar eu também ficava acordado. Eu tinha crises de choro quando ia ficando de manhã porque eu sabia que ela ia acordar e eu ia ter que ficar acordado com ela sem dormir, sendo que eu tinha dormido de noite só umas 3 horas. - Ele desabafou. Não tinha contado aquilo pra ninguém a não ser pro marido. - O Mirio sempre me ajudava, mas ele passava o dia fazendo o trabalho de duas pessoas aqui, ele chegava e ficava com ela pra mim, pra eu poder tomar um banho ou dormir, mas nunca passava de uma hora porque ela queria mamar. Ele trocava a fralda de noite... mas não adiantava porque eu tinha que acordar de qualquer jeito pra dar mama. - Midoriya o ouviu com atenção, se assustando um pouco com o que iria ter que passar... e passar sozinho.
E deu medo.
[.....]
Kyoka estava sentada na frente de casa. Estava batendo um vento meio frio. Ela olhava em volta, esperando aquela pessoa passar.
E lá estava a pessoa, com sua bicicleta e a cara suada, voltando depois de ter terminado o serviço de carteiro.
Ela se levantou, vendo o sorriso brotar no rosto dele quando viu ela. Ele andou até ela, sorrindo.
- Tá vendo, meus esforços surtiram efeitos. - Ele disse, erguendo as sobrancelhas.
- Tem uns doces que sobraram da casa hoje. Quer sentar aqui e comer? - Ela chamou. Ele foi em direção ao portão e os guardas abriram para ele entrar.
Ele se sentou na escadinha com ela. Ela entregou o doce e ele comeu.
- Obrigada mais uma vez pela ideia da carta. - Ela disse.
- Não foi nada. - Ele disse. - Kyo... - A voz dele não era tão mais feliz. - Lembra da época em que você cantava em frente ao prédio em que a Mina morava?
- Humrum.
- Eu escutava sua música de dentro da minha casa. - Ele revelou. - Aí você sumiu. E apareceu trabalhando pras Kirishimas. Eu fiquei feliz, achei que ia te ouvir cantar de novo. Você tem talento, porque não tenta? - Ela olhou pra ele.
- An... como assim? - Ela questionou.
- Pede ajuda pro Eiji, ele pode dar um jeito de você fazer uma prova de aprovação, ele ajudou o bakugou a entrar em uma orquestra.
- Kami, obrigada mas... eu sou pobre e beta, como eu faria isso?
- O bakugou é ômega e era pobre também. Pede o kiri pra te ajudar, ele pode te ajudar a ter uma chance na turma de Aizawa.
- Eu... eu nunca tinha parado pra pensar nisso. - Ela revelou.
Se ela conseguisse, ela poderia parar de uma vez por todas de ser empregada, pararia de vez de passar informações, ela então só precisaria avisar pros kirishima se eles corressem perigo e era isso.. - Eu nunca tinha pensado nisso! Mas... cantar, ou tocar?
- Sim, você é talentosa. Quando você sumiu era porque você tava trabalhando na casa de alguém rico né? - Ela olhou ele.
Kaminari era tão gentil e amigo dela. Ela queria falar, queria falar na onde tinha se metido. Mas... será que ele entenderia que ela nunca quis fazer aquilo com eles?
- É pra essa pessoa que você vai quando some né? -
Ela olhou o céu estrelado, lembrando de Momo.
- É. - Ela disse.
- Ele te trata bem? - Perguntou, e ela mordeu o lábio.
- Sim... ela me trata bem, eu acho. - Ela disse.
- Como assim você acha?
- Sempre tive medo de ficar com um alfa que me batesse, me forçasse a ter filhos. Ela não faz isso comigo, nunca levantou a mão pra mim, e ela até mesmo me faz uns agrados de vez em quando, uns doces meio caros, às vezes uma noite na ópera, vinho... mas eu sei que ela não é o tipo de pessoa... companheira por amor. Ela me trata bem... mas eu sei que não é por amor. - Pronto tinha desabafado.
- Você gosta disso?
- Sendo sincera? Mais ou menos. É gostoso ser tratada assim, pra quem nunca teve nada, ter o prazer de receber um café na cama, dormir em uma cama gostosa, comer do bom e do melhor... é incrível. Mas são momentos, não é como ter alguém que te ama, os momentos são incríveis e passam, e provavelmente vão sumir no momento em que eu envelhecer, o amor não... e ela nao me ama, ela ama o sexo e gosta de mim, tem uma gramde diferença. - Denki a olhou. - Você deve me achar uma puta depois disso, né?
- Claro que não, eu entendo. Acho que se eu tivesse a oportunidade de ter esses momentos eu também teria me agarrado. Princípios e moral não colocam comida na mesa. - Ele disse.
- Você também já passou fome, né? - Ela perguntou, o olhando. Ele acenou um sim.
- Minha irmã morreu de desnutrição quando era pequena. - Ele revelou e ela suspirou. - Mas você pode usar o seu talento para mudar de posição, kyo, a frança está prestes a virar de cabeça pra baixo, aproveite o momento.
[....]
" 11/01/1787
Querido cabelo de merda.
Como estão as coisas aí? Eu espero que esteja bem né.
Eu estou melhorando o meu nível de inglês, e acho que minha língua já está afiada o bastante para dar resposta chique a gente filha da puta. Também já escolhi o tecido da minha roupa para usar na festa. Aizawa me disse que eu posso até mesmo cantar se quiser.
Eu nunca disse isso, mas eu canto, só nunca achei que fosse bem o suficiente pra cantar em uma festa. Mas ele me disse que posso cantar uma música suave quando as pessoas estivessem socializando.
Sua mãe também foi comigo escolher as joias que vou usar. É cansativo aprender tanta coisa que eu não sou acostumado, mas eu sei que se eu quiser calar a boca de todo mundo eu preciso disso.
A Eri já está pronta e o meu facão já está afiado. Eu ainda não acredito muito naquela carta que chegou, não acho que esse tal Dabi vai atacar na festa, mas ainda sim, eu vou levar ele e vou ficar atento a qualquer coisa.
Enfim, até daqui 15 dias.
Com amor, seu futuro ômega. "
••••••••
Suki sendo fofinho no final. (。♡‿♡。)
O proximo vai pegar fogo. Revelacões, facão, gritaria, sarcarmo.
Muahahaha
Bakugou chegando maravilhoso lá e indo calar a boca de quem falou mal dele:
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