2- Pinturas
Ara, ara, ara, volteiii
Poderiam votar? Foi uma fic muito complexa de se escrever e de betar para a beta @mariaryaa (user do Spirit)
Foi isso, talvez tenhamos cena extra Miritama, ou talvez, uma continuação
Postado: 15 de fevereiro
Revisão: 19 de março
Pintura 2 - Se importar 🎨..•°
A mão de Eijirou segurou delicadamente o pincel, enquanto os tons escuros preenchiam a tela à sua frente. Em sua frente ele retratava o sentimento amargo que sentiu quando viu Katsuki cair no poço.
Ele se lembra de ver Katsuki caminhar pelo local, completamente avoado e despreocupado, no mesmo momento se lembrou que o poço ficava ali, e tratou de se levantar correndo para lhe avisar, porém, logo depois do primeiro grito o loiro caiu no poço, gritando em seguida.
Eijirou tratou de se apressar e correr para fora do cômodo, passando pela varanda e indo em seguida para o quintal e correndo. Aquele povo era fundo, não tinha chances do loiro não morrer afogado caso tivesse caído lá dentro.
Não podia perder a pessoa mais linda e interessante que havia conhecido, a que mais lhe deu inspiração. Talvez fosse estranho estar tão preocupado com alguém que mal conhecia, é, talvez, mas ele pressentia que algo lindo surgiria daquilo, não um romance, necessariamente, mas talvez uma amizade sincera, e por isso estava tão preocupado e sentindo o peito doer em ansiedade com a possibilidade do ômega morrer afogado.
- MIRIOOOO, TRÁS UMA CORDAAA! - gritou para o empregado que estava na varanda, e assustado observava o acontecimento.
Merda! Bakugou era legal, interessante e bonito, não queria que ele morresse, na verdade, não queria que ninguém morresse em suas poses.
- ANDA RÁPIDO, MERDA! - Ele ouviu a voz de Bakugou gritar, e então, ele logo se apoiou na beira do poço, vendo o loiro agarrado a uma madeira que tinha ali, se segurando para não cair sobre a água, que deveria estar uns 20 metros abaixo de si.
Eijirou se sentiu aliviado, achou que outro estaria se afogando naquele momento, porém, por sorte do destino, ele estava ali, vivo e com uma cara emburrada, e isso aliviou o aperto que Eijirou nem notou que estava sentindo no peito.
Depois daquilo, Eijirou esticou a mão para o loiro, e o puxou, por ser um alfa forte de 1,79 de altura, conseguiu puxar o ômega para fora rapidamente, com ele se apoiando nas pedras do poço para se levantar e se recompor. Quando Mirio chegou com a corda, Bakugou já estava em terra firme, agarrado ao ruivo.
- Você está bem? - questionou olhando o loiro, e o abraça do em meio a seus músculos, o dando proteção, e sedendo um pouco ao o que seu lado alfa estava lhe mandando fazer.
- Eu tô ótimo, cai num poço, mas estou ótimo. - resmungou, fazendo Eijirou rir de leve, um pouco aliviado
- Bom, pelo menos agora eu sei que não vai mais querer ficar aqui. - disse triste, afinal, porque Bakugou iria querer ficar lá após esse incidente?
- Tsc... - bufou, saindo dos braços do alfa e indo para a grama, antes que surtasse pelo cheiro maravilhoso que ele inibia. Poderia ficar de pau duro só com aquele cheiro, e isso não seria uma boa ideia. - Eu fico, mas só pelo dinheiro.
- Terminei... - pronunciou após a última pincelada, Bakugou que estava na frente da lareira se levantou, andando até o alfa, indo observar a pintura.
- Uau! - exclamou, observando a arte.
Ele estava na frente da lareira, e o modo como seu corpo estava, dava a entender que ele estava exposto, precisando de ajuda - Foi isso que sentiu quando eu caí no poço? - Questionou.
- Deu pra perceber? - Eijirou riu.
- Ficou claro que se importa comigo. - murmurou
- Você é interessante, lindo e um ótimo modelo, porque eu não iria me importar com sua vida? - perguntou, olhando o loiro e dando um sorriso de canto, olhando o loiro com um olhar sexy, fazendo o estômago de Bakugou se encher de borboletas.
Aquele alfa era estupidamente perfeito e bonito, puta merda.
- Para de ser babão, alfa idiota. - murmurou se afastando e voltando para o sofá.
Eijirou se virou na cadeira observando ele.
- Amanhã quer o que de café da manhã? - perguntou.
Bakugou o olhou, um pouco animado e surpreso, nunca esperou que pudesse escolher algo de café da manhã além de pão velho e fome, ainda mais feito por empregados.
- Ainda tem os morangos que eu trouxe?
- Sim, quer algo com eles?
- Hum.. geleia para por no pão, seria uma boa...
- Só isso? Sabe que sou rico, não é? - Eijirou se levantou, indo pegar um whisky que havia na prateleira ao lado, servindo em dois copos. - Nunca teve vontade de comer nada que ouviu falar? - Entregou o copo e se sentou ao lado do ômega.
- Hum... - Bebeu um gole para pensar. - Eu sempre comi arroz, sopa, pão, e alguns bolos secos, mas eu sempre quis comer queijos, ovos, macarrão com aqueles molhos, ou tortinhas salgadas, e tortas de mirtilos! - falou sem pensar, enquanto a boca salivava.
- Temos camembert na dispensa, e vou pedir para fazerem a geleia, os bolinhos de ameixas, bolo com calda de baunilha e para almoço, um pedaço de torta de carne defumada, e de prato principal uma bela macarronada, estilo italiana. - disse ele, também salivando.
- Isso só pra nós dois? Isso tudo?
- Relaxe, a geleia dura por muito tempo, o bolo sera pequeno e comeremos no chá da tarde, e os bolinhos serão poucos apenas para o café da manhã. - Disse bebendo um pouco.
- Você nunca passou fome, não é? - questionou bebendo um bom gole do whisky.
- Não, na verdade, nunca me faltou nem queijos caros à mesa. - Disse bebendo com um certo pesar. - Enquanto isso você passou bastante fome, não é?
O ômega desviou o olhar, bebendo o resto.
- Já é passado essa merda, não tem porque ficar relembrando. - murmurou.
- Eu te prometo, não vai mais passar fome. - disse olhando para o loiro, que se virou, encarando o belo rosto do alfa.
- Porquê se importa? Não sou só um modelo temporário?
- Não sei. - Deu ombros. - Eu só... me importo, e não quero que passe mais necessidades, eu te garanto, terá um emprego fixo assim que sair daqui.
Pintura 3- Conhecer 🍓..•°
Conhecer, um momento que pode ser bem agradável ou ruim, depende de quem a pessoa verdadeiramente é. Claro que se leva tempo para se conhecer alguém de verdade, porém aquele era o momento inicial disso, conversar coisas bobas e descobrir detalhes sobre o outro. E agora teriam mais tempo para isso, já que o prazo para entregar as pinturas tinha aumentado.
Em um mês eles se conheceram bastante, incluindo, Bakugou teve a honra de conhecer todos os animais do local, Eijirou fez questão de mostrar ao loiro todos os bichinhos e falar todos os nomes. Bom, Bakugou poderia dizer que jamais esperaria conhecer uma vaca chamada Rena, uma coruja chamada Minerva e um pato chamado Josefo.
Pato esse que não desgrudava mais de Katsuki, dormindo no peito dele.
- Aqui. - Tamaki disse, colocando os pães sobre a mesa de café da manhã, sendo seguido de Mirio que colocou a garrafa de café e suco na mesa.
Izuku veio em seguida, segurando o leite e as geleias para os pães.
Bakugou dizia com toda a certeza do mundo que nunca tinha comido tão bem quanto nessas duas semanas, muito menos se sentindo tão acolhido e respeitado, ainda mais por um alfa.
- Então, você quer aprender a tocar piano? - Eijirou perguntou, olhando o ômega em sua frente.
- Eu? Mal sei ler.
- Isso não é problema, sou um ótimo professor, o Josefo pode afirmar. - olhou para o pato, que permanecia firmemente no ombro de Katsuki.
- Já trabalhou de professor?
- Sim, eu dava aulas para a minha irmã, a dona do Josefo. - disse bebericando o chá.
- Eu não tenho capacidade pra aprender.
- Heeey! Nada disso! Eu te ensino, e ensino qualquer coisa que você quiser, menos física... física é horrível. - Fechou a cara.
- Não gosta de números?
- Nem um pouco, é um martírio ter que aprender essas coisas, sendo que a única coisa que usamos no dia a dia são soma, subtração, divisão e multiplicação. - Bakugou acenou um sim, já que concordou. - Gosta de números?
- Mal aprendi a ler, esqueceu? Sou um ômega pobre, nunca nem sequer peguei um livro para ler.
Eijirou se incomodou um pouco com a fala, todas as pessoas deveriam ter acesso a educação, a leitura, a escrita, é o básico para ter uma mente ativa.
- Tem uma biblioteca inteira nesta casa, poderia ler. - O ômega desviou o olhar, e Eijirou entendeu que talvez ele não se sentisse apto para tal por causa de seu gênero. - Tenho certeza que é inteligente, poderia ao menos tentar ler.
A custo, Bakugou cedeu e começou a ler sobre pianistas famosos, em seguida leu um romance, um livro sobre ateísmo, artigos científicos e tudo o que tinha direito.
Não era incrível como pedaços de papéis podem nos fazer voar para outro mundo? E também nos permitir conhecer mais detalhes e visões diferentes do nosso próprio?
Ler foi, sem dúvida alguma, uma das melhores coisas que Bakugou começou a fazer, livros sobre assuntos e ideologias o interessavam, assim como biografias e alguns livros de aventura em outros países.
E claro, os romances góticos recheados de amor, tragédias, sangue, susto, gritos e pavor faziam o loiro se arrepiar e assustar em certos momentos, e ele amou isso.
Eijirou rapidamente percebeu que Bakugou se apegou aos livros, e conheceu um novo mundo por eles, e, aos olhos de Eijirou, Bakugou estava se conhecendo também, e isso os ajudou a se conhecerem melhor.
A cor favorita de Bakugou era preto.
A de Eijirou era verde, óbvio, natureza né? Afinal, ele era um pintor lunático.
Bakugou gostava de gatos, e agora de patos, já Eijirou amava cachorros e aves.
No final, isso rendeu uma pintura suave, de Bakugou segurando livros, aquele torço e pele branca exposta.
De fato, aquele ômega era interessante, e ele estava amando conhecer cada vertente dele.
Em certo momento, o alfa pegou o ômega passando seus dedos pelo piano, delicadamente. Sorriu, e de leve se aproximou pelas costas do ômega, esse que como sempre estava lindo, usando uma blusa azul ciano e uma calça preta com os suspensórios.
Sem perceber estava muito próximo, quase colado no ômega, esse que em um gesto rápido deu um pulo pra trás, como se tivesse se assustado, e em seguida um murro atingiu o alfa no nariz.
- QUE SUSTO, INFERNO! - Bakugou gritou sacudindo a mão que continha sangue do nariz do alfa.
- Que punho forte... - Eijirou Murmurou com a voz demonstrando a dor que sentia em seu nariz.
- POR QUE TAVA CHEGANDO TÃO PERTO? EU JÁ DISSE QUE SE TENTAR ALGO EU TE ESFAQUEIO SEM A MENOR DÓ! - Ele exclamou, juntando as sobrancelhas e olhando feio para o alfa a sua frente.
- Desculpa... não foi essa a intenção, ia te dizer, qu-que, puta merda acho que quebrou. - resmungou, fazendo o coração do ômega doer um pouco, talvez não deveria ter dado um soco tão forte. - Ia dizer que você pode tocar piano, se quiser.
- Que se foda, vem, eu vou limpar esse sangue do seu nariz, inferno. - Ele segurou a mão do alfa, o puxando para perto da estante que havia ali, onde ele sabia que tinha o kit de primeiros socorros.
Ele se aproximou com o algodão, limpando delicadeza a ferida, enquanto os olhos do alfa o admiravam.
- Eu vou mexer nele, pra ver se quebrou. - Disse, e Eijirou acenou um sim. O toque foi delicado e suave, como se Bakugou estivesse com medo de machucar mais o alfa, mexeu um pouco o nariz ouvindo um resmungo dolorido do ruivo. - Seu bunda mole, não quebrou, alfa dramático. - Eijirou riu um pouco, apreciando o modo cuidado que Bakugou estava cuidado da ferida.
O ômega sabia ser delicado quando queria, e Eijirou amou conhecer esse lado dele.
Pintura 4 - Se apegar 🎨..•°
Se apegar, o próximo passo. Eijirou poderia afirmar com toda certeza que estava apegado a realidade de ter alguém sempre consigo, rosnando, mandando ele morrer e tomar no cu. Era um misto de sensações, era divertido e novo, fazer o que?
- Para! - Bakugou exclamou, enquanto o ruivo fazia cosquinhas nele, rolando pelo gramado. - E-eu vou te matar! PIN.. HAHAHAHAH PINTOR DESGRAÇADO!
O ruivo riu, e continuou a fazer cosquinhas no loiro, parando um pouquinho pro loiro respirar.
- Eu te odeio! Filho da puta! - Exclamou, enquanto dava uns tapas no alfa, o que fazia apenas cosquinhas nele.
- Me passa os morangos? - pediu e o loiro bufou irritado, antes de entregar a cesta de morangos de forma bruta.
- Nunca mais faça cosquinhas em mim! Está ouvindo? - Ameaçou, franzindo as sobrancelhas para o homem.
Mais um mês, e faltavam apenas duas pinturas para serem entregues. As mães de Eijirou aumentaram o prazo para três meses, e agora, ele ainda tinha quase um mês e meio para pintar outras telas. No momento, estava apenas relaxando e curtindo a presença do ômega.
Aliás, sabe quando você sente que tem um relacionamento promissor com a pessoa? Não amor... mas amizade, talvez?
Eijirou sentia que algo lindo sairia dali, Bakugou parecia ser idêntico a ele ao mesmo tempo que era o oposto, como se ele o completasse em algumas partes. Além da presença dele ser algo agradável, e que fazia Eijirou esquecer a sensação amarga de nunca ter amado alguém.
Estar com o Bakugou era como estar em uma tarde tranquila, calma e refrescante. Era tranquilizante e relaxante estar com ele, e se sentir cada vez mais próximo à ele e com uma amizade cada vez mais existente.
É... talvez estivesse se apegando a ele, ou a realidade de ter a companhia dele consigo.
- Dá pra prestar atenção quando eu tô falando, pintor ridículo? - pediu, fazendo o ruivo olhar para ele, e piscar antes de resolver voltar a prestar atenção nele.
- O que disse? - questionou, olhando para aquele rosto pálido lindo.
- Posso pegar o livro 2 da saga na biblioteca do seu quarto? - questionou.
- Claro, claro que pode. - disse, vendo o ômega se levantar e ir para dentro de casa.
Eijirou aproveitou e se recostou no na árvore que havia ali, fechando os olhos enquanto sentia a brisa que passava por si, sentiu patinhas sobre si, entreabriu um olho e viu Josefo, todo sereno, se deitando no colo dele. Voltou a fechar os olhos, respirando pesadamente enquanto sorria.
Não era bom ter uma vida calma e tranquila?
Sentiu o cheiro agridoce do ômega se aproximando, e em seguida se sentando ao lado dele. Abriu os olhos e viu o loiro se recostar em si, soltando feromônios que demonstravam estar contente e tranquilo.
O ômega se recostou no ombro de Eijirou, abrindo o livro e indo ler tranquilamente, completamente inerte naquela história. E quem não estaria? Ter a assombração da ex esposa possuindo a sua filha, e jurando matar seu novo amor.
- Kirishima... - Takami chegou, com um pote de chocolate derretidos.
O ruivo o olhou.
- Obrigado, Tamaki. - agradeceu se inclinando e pegando um morango e molhando no chocolate. - Pega, Katsuki.
- Pera... - Ele disse, concentrado em sua leitura. Eijirou olhou e sorriu, e então levou o morango na boca dele, olhou bravo para Eijirou, porém , aceitou e abriu a boca, deixando ele depositar o morango.
Eijirou estava fazendo aquilo, pois o loiro sempre se entretinha lendo e esquecia de comer.
- 'Brigado. - resmungou, com a boca suja de chocolate, e o alfa instantâneamente admirou a visão.
Por que tão lindo?
Deus.
Eijirou passou o dedão pelo canto da boca do ômega, limpando delicadamente. O loiro o olhou, deixando as bochechas ficarem rubras de vergonha, enquanto encarava as orbes vermelhas intensas do alfa.
- Você é tão lindo... - pronunciou, automaticamente, enquanto começava a sorrir bobo.
"Você também, lindo, gostoso e incrível" Bakugou pensou em responder.
- Desencosta, poha! - Disse retirando a mão de Eijirou do seu rosto. - Pode nem ler mais em paz, que inferno. - disse voltando os olhos para a leitura, tentando parar de sentir vergonha.
Eijirou o olhou e riu, se recostando novamente na árvore e sentindo o loiro novamente encostar em si para ler.
Ficaram ali até o sol se por, com Bakugou lendo, Eijirou o dando morangos na boca e pensado sobre a vida. No fim, ambos dormiram e foram acordados pelos empregados, e Deku quase tomou um murro quando acordou Bakugou e o loiro se assustou.
O resultado foi uma linda pintura de Bakugou comendo morangos, delicada, pura, e muito bonita, assim como o ômega.
Pintura 5 - Confiar 🍓..•°
Uma semanas após a pintura de Bakugou com os morangos, Eijirou se via com as bochechas vermelhas de vergonha, enquanto encarava ele à sua frente.
- Vai falar ou não? Caralho. - Bakugou resmungou, já sem paciência com a demora do outro.
- Preciso de uma pintura... sensual. - murmurou.
- Eu vou ter que ficar pelado na sua frente? - Bakugou questionou, incrédulo
- humrum. - murmurou. - Ou semi-nu
- Eu? Fica semi nu para um alfa dominante que tem o dobro do meu tamanho, na casa dele e sem nada pra me defender? Desculpa cabelo de merda, mas eu não sou doido de arriscar isso. - disse negando com a cabeça.
- Eu juro que não vou encostar um dedo em você. - Ele fez bico pro ômega.
- Poha, seu juramento não é o suficiente, eu sou um ômega, não posso arriscar algo assim.
- Mas você não é um ômega indefeso, e eu não sou um alfa filho da puta. - Se levantou, pegando um pouco do bolo de baunilha, tiveram que fazer mais, já que Bakugou adorou.
- Não, a resposta é não. - afirmou. O alfa suspirou e acenou um sim com a cabeça.
- Tudo bem então. - Ele disse, pois não podia forçar Bakugou a nada. - Eu posso imaginar e tentar pintar.
E foi isso que fez, quebrou a cabeça pra imaginar o ômega semi nu, e desenhar. Fez vários e vários, todos sem sucesso. Nunca saia nada direito, e aquilo estava frustando Eijirou, afinal, faltava só 3 semanas para o prazo, e ele precisava de algo mais sensual para completar tudo.
- Ah! - Exclamou, amassando mais uma folha e a jogando no meio do cômodo.
Bakugou, que observava pela porta, um tanto quanto inseguro, adentrou o local, com passos suaves e leves, enquanto o manto de cetim rastejava graciosamente pelo chão de madeira.
- Cabelo de merda. - chamou, e o ruivo se virou para a porta, quase infartando com a visão que teve.
Bakugou estava apenas de cueca e com aquele cetim sobre seu corpo, era como um casaco enorme, de mangas compridas e longo, de modo que ia até no chão.
Tão sexy, tão vulgar.
Oh Deus, iria enlouquecer se continuasse vendo aqueles ombros nús, prontos para serem alvo de uma marca, o peitoral, definido, com algumas marcas, de algum possível trabalho braçal que ele já fez, a barriga, que ele queria tanto passear os dedos, a cintura fina e marcada, e quadril bem quadrado e marcado, assim como o membro que estava bem marcado na cueca preta.
20 centímetros mole, ele chutava.
- Oe, cabelo de merda, é bom parar de me devorar com os olhos antes que eu mude de ideia. - o ômega rosnou, em aviso.
Eijirou rapidamente, piscou e tirou o olhar do corpo estrutural do loiro, indo olhar o belo rosto dele.
- Desculpe, Bakugou. - pediu. - Eu fui invasivo? - Perguntou, preocupado com a possibilidade de ter deixado o ômega desconfortável, não era essa a intenção, jamais faria isso.
- Não poha, só me pinta logo. - Murmurou com as bochechas vermelhas e caminhou para frente da janela. - Me fala a posição daí, não chega aqui perto. - Bakugou disse, ainda com o semblante fechado, Eijirou acenou um sim, respeitando o espaço dele, afinal, jamais encostaria sem permissão.
E ele começou a pintar, e Deus, foi a pintura mais difícil da vida, não pela posição, luz e etc, mas pela ereção que se formava em suas calças.
Ele não queria que Bakugou visse, ele poderia se sentir ameaçado, e e Eijirou não queria isso, queria a confiança do ômega.
A muito custo, a pintura foi terminada após 4 horas e meia. No momento em que terminou, o ruivo correria para o banheiro, dizendo estar com caganeira, o que obviamente não enganou Bakugou.
- Sabe nem disfarçar um pau duro. - Murmurou indo para o próprio quarto para se vestir, trocou de roupa, e bem tranquilamente, foi para a sala de estar, treinar a lição que Eijirou havia lhe passado.
Respirou fundo, antes de estalar os dedos e começar a tocar, com o olhar atento e dedicado.
Eijirou apareceu depois de alguns minutos, e observou o ômega tocando, não estava lá a melhor coisa da vida, mas até que estava indo
- Bakugou, aqui. - Ele disse, caminhando em direção ao loiro com uma sacola. - Última pintura, seu pagamento. - Ele disse, vendo o olhar surpreso de Bakugou, pelo tamanho da sacola.
- Isso tudo? Tem certeza?
- Sim, e daqui a duas semanas vamos a Paris, já conversei com minhas mães por cartas e elas acharam um trabalho pra você na galeria.
- Eu... não quero o dinheiro. - pronunciou. - Poha, eu fiquei na sua casa, comi da sua comida, usei duas roupas e você ainda vai me arrumar um emprego, não precisa de maior pagamento do que isso. - pronunciou fazendo o alfa sorrir.
- Eu insisto. - disse, esticando mais a mão.
- Eu já disse não, poha! Não precisa caralho! - Bakugou disse. - E vem aqui me ajudar a tocar essa merda logo, tô sem paciência!
Eijirou colocou o saco em cima do piano, e se sentou atrás do loiro, claro, a uma distância respeitosa. E segurou as mãos pequenas e delicadas do ômega, fazendo Bakugou sentir borboletas no estômago.
- Deveria aceitar o dinheiro, iria ter uma segurança maior caso as coisas dessem errado em Paris. - Disse, movendo os dedos de Bakugou até o local certo.
- Sei que não vai dar nada errado. - murmurou, olhando para o piano, tentando se concentrar ao máximo.
- E porque sabe disso? - Eijirou questionou, delicadamente colocando a cabeça sobre o ombro do outro, para olhar melhor o teclado do piano, ato que fez Bakugou corar.
- Confio em você, idiota...- murmurou, antes de olhar para o alfa.
Merda, tão lindo, gostoso, perfeito, atraente, gentil, humilde, alegre, extrovertido, puta que pariu! Nem guindaste pararia Bakugou.
Aqueles lábios medianos, em um rose perfeito, com contraste com o maxilar marcado do alfa.
Pintura 6 ( extra) - Gostar 🎨..•°
Antes que percebesse, estava se aproximando, e encarando a boca do outro.
Eijirou, colocou a mão na bochecha de Bakugou, enquanto observava as orbes vermelhas intensas do ômega, e, em seguida, olhou para os lábios vermelhos que tinham forma de arco de cupidos. Se aproximou, selando o beijo contra os lábios que ele tanto desejou tomar.
Bakugou se ajeitou, se virando mais e colocando as mãos no rosto de Eijirou, aprofundando o beijo, com o coração disparado. Era aquilo que queria, poha!
Eijirou beijava de modo preciso, forte e carinhoso, assim como ele imaginava. Droga, talvez estivesse começando a gostar daquele alfa imbecil. Afinal, em aparência e caráter Eijirou era perfeito, além de Bakugou sentir que quando ambos estavam juntos era como se o universo estivesse perfeito, completo.
É, ambos se completavam, essa era a verdade, e agora, quase 3 meses após se conhecerem, o loiro estava desenvolvendo sentimentos, e não dava pra negar.
Eijirou aprofundou o beijo se levantando enquanto sentia a êxtase se espalhar por seu corpo.
Aquilo era gostar de alguém?
Era isso, finalmente estava sendo contemplado por esse sentimento?
Depois de se interessar por Bakugou, se importar com ele, conhecê-lo, se apegar a ele e ter a confiança do mesmo, estava começando a gostar? Eram essas as etapas? Era assim que um amor começava? De modo clichê em meio a um beijo?
Realmente, amava a companhia do loiro, queria o proteger e garantir que nunca mais passasse necessidades, queria ter a confiança dele, queria poder ver a beleza dele todos os dias, queria poder desfrutar do mal humor de Bakugou todos os dias, e também poder desfrutar da sensação incrível que tinha quando estava com ele, pois ele se sentia completo, como se sua metade tivesse o achado.
É, estava começando a nutrir sentimentos românticos, estava começando a gostar de Bakugou, e torcia para que aquilo virasse amor, uma amor intenso, delicado, selvagem e verdadeiro.
Se separaram do beijo, ambos vermelhos e encarando os olhos alheios, dissolvendo as informações que estavam pipocando em suas mentes.
- Assim que me ensina a tocar? - Bakugou questionou, sorrindo um pouco para Eijirou, esse que sorriu bobo em troca.
- Desculpe, mas eu posso ensinar melhor na cama. - Então foi, passando a mão pelos cabelos, tendo noção da cantada que fez, mas não teria problema foi em tom de brincadeira, não é?
- Amor, na cama quem ensina sou eu. - Bakugou retrucou colocando dois dedos no peitoral de Eijirou e mordendo o lábio inferior.
- Bakugou, quer sair comigo? - convidou.
- Sair?
- Sim, te convido para um encontro em um café de Paris, daqui três semanas. - Pronunciou. Se fosse pra ter uma relação com aquele ômega incrível, que fosse do jeito certo, sem apressar as coisas.
Se estava começando a gostar dele, iria o chamar pra sair, e conforme o sentimento fosse aumentando, os encontro e relacionamento também iriam, mas sem atropelar nada.
- Eu aceito, alfa. - Pronunciou.
Depois daquilo, uma sequência de beijos de iniciou, o que, obviamente, resultou em uma transa em cima do piano, e depois no sofá da sala de estar, e por último no corredor, com Eijirou colocando Bakugou na parede e o dando estocadas forte e brutas.
- A gente que vai ter que limpar... - Tamaki murmurou do andar de baixo, já que de seu quarto dava pra ouvir os gemidos de Bakugou e o barulho dele contra a parede.
- A gente que lute pra limpar a poha das paredes e dos outros locais...- Mirio murmurou, passando o braço pro cima do outro ômega e o abraçando carinhosamente na cama.
O resultado daquelas 5 rodadas de transa foi mais uma pintura, dessa vez bem erótica e explícita, bom, isso se considerarmos a pintura de uma cintura e uma bunda vermelha, com marcas de tapas e líquido branco escorrendo entre elas explicita.
Cidade de Paris, Outono de 1785
Como o prometido, as mães de Eijirou arrumaram um emprego para Bakugou, ele trabalharia de modelo na galeria, não ganharia o que Eijirou tinha lhe dado, mas para ele, só o fato de ganhar um salário que dava pra se sustenta já era ótimo, agora imagine ganhar um salário que te sustenta, pagar casa boa, restaurantes e ainda o dar o luxo de comprar roupas de marca.
Eijirou estava na casa das mães, se arrumando para o encontro que tinha chamado o loiro. Bakugou tinha ido com ele a 2 dias para Paris, e estava num apartamento que Eijirou já tinha providenciado.
- Mãe, podemos amar alguém em 3 meses? - questionou, arrumando a calça. A mulher estava atrás de si, espirrando perfume nele.
- Isso depende, meu filho. - A alfa pronunciou.
- Como assim, depende?
- Não tem como saber. O amor é ardiloso, algumas vezes, parece uma força incontestável que os atinge em cheio e não vai embora, outras vezes, é maleável, questionável, sua verdade fica escondida por obstáculos externos e internos, o que complica em seu entendimento. - pronunciou, terminando de ajeitar a blusa branca do filho.
- Então, não tem como saber?
- Ainda não, mas está no caminho certo, se encontre com ele, flerte, beije, foda e aproveite esses momentos gostosos da juventude, se for amor, irá ver e perceber. - Eijirou sorriu, se olhando no espelho uma última vez, antes de sair pelas ruas da maravilhosa cidade do amor.
Algo bonito sairia da relação dele e de Katsuki, disso ele sabia.
Encontrou o loiro na porta da cafeteria, dessa vez vestido com roupas boas, chapéu na cabeça, e botas nos pés.
Encantador.
- Cabelo de merda. - Comprimentou.
- Senhor Bakugou. - Disse estendendo a mão ao loiro. - Me dá a honra? - Pediu, em estilo brincalhão e Bakugou revirou os olhos.
- Vamo logo, caralho. - Murmurou, segurando a mão dele e adentrando no local, pronto para ter seu primeiro encontro com o alfa que mudou a vida dele.
•••••••••••
Foi isso, aqui está o aesthentic da história:
(Roupinha da Eri)
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