13- Ao amanhecer


Cap mais focado nos secundários pq o proximo só tem os Kiribaku fazendo a gente vomitar arco-íris.(♡ω♡ ) ~♪

15 de junho de 1786

21:20 da noite

- Mi..Mirio... - Tamaki segurou o braço de Mirio, com o olhar levemente assustado, enquanto colocava o prato na mesa.

Estava de noite, e eles estavam acabando de arrumar a mesa do jantar, Bakugou e Eijirou estavam em casa no momento então o jantar foi mais trabalhoso.

- Oi, amor. - Olhou o moreno e viu a mancha molhada na região das pernas dele... - A-ai meu Deus, t-ta na hora - Ele disse, começando a se desesperar, enquanto sentia Tamaki segura ainda mais forte seu braço.

- A-ah... tinha que ser de noite? - Ele resmungou, olhando pro loiro. - Eu viu ter que virar a noite com dor?

Mirio jurou sentiu o coração ir na boca. Ok... ele sabia que alguma hora o bebê ia sair, mas... agora parecia como se fosse a coisa mais assustadora do mundo.

O que ele ia fazer? E... e... aí meu Deus, o Tamaki ia sentir dor, ele não podia fazer nada pra ajudar. Será que existe algum chá? Alguma coisa?

E se o bebê estivesse virado? E se demorasse muito? E se acontecesse alguma coisa?

E ainda tinha o sexo do bebê, e o gênero secundário. Ah, ele queria tanto uma menininha pra ele poder pentear os cabelos e mimar, bom, mas se fosse um menino ele iria adorar também.

Mas.. e se não adorasse? Ele passou todos os meses tendo certeza que era uma menina, mas e se não fosse? E se ele fosse um pai ruim e não conseguisse gostar do filho como deveria?

- Amor? Amor, você tá bem?- Tamaki perguntou preocupado, vendo Mirio suar frio enquanto respirava descontroladamente. - Você quer água com açúcar? - Perguntou preocupado.

Mirio era muito emocionado, Tamaki sabia disso e não era difícil ele desmaiar alí mesmo de ansiedade e preocupação.

- Que? Não. - Ele olhou pra Tamaki. - Deixa essa louça aqui e-e-e deita, eu vou... esquentar água, isso ajuda com a dor, né? E-eu-eu vou pegar colchoado pra você também tá frio e..

- Hey, hey. - Tamaki riu, segurando as bochechas do loiro. - Calma, eu não tô com dor ainda, só estourou, pode ser até amanhã. - Ele tentou acalmar o marido embora estivesse quase morrendo de medo por dentro.

Só pedia pra não doer tanto quanto ele imaginava.

- Terminei de guardar as coisas na... - Uraraka entrou ali, vendo Tamaki molhado. - AI MEU DEUS, AI MEU DEUS, O BABY MIRITAMA VAI NASCER!! - Gritou entusiasmada, largando o que estava segurando.- Já tá com contração? Eu vou chamar o Bakugou, ele disse que já fez parto antes, ele pode ajudar.

- Ochako, calma, eu não tô sentindo nada. - As bochechas dele coraram.

- Mas mesmo assim, deita lá e descansa, eu e o Mirio vamos terminar de arrumar as coisas aqui. -

16 de Junho de 1786

4:00 da madrugada

Os gritos ecoavam pela casa, agudos e escandalosos.

Mirio estava prestes a furar o chão, do tanto que andava em círculos por aquele corredor. Merda, ele queria entrar lá e ficar junto do moreno, mas ele sabia que não podia, como não existiam inibidores, nem nada desse tipo, nada impedia que o lado alfa do loiro se ativasse e se descontrola-se. Eram poucos os casos de alfas que machucavam enfermeiros, geralmente eram alfas descontroladas e agressivos, coisa que Mirio não era, mas era bom prevenir.

- Licença.. - Bakugou pediu, saindo do quarto. - Eijirou, vamos usar a banheira lá de cima, do quarto de hóspedes para aliviar a dor, a Uraraka vai esquentar a água, pode ajuda ela? - Bakugou pediu.

- Porque usar a banheira?- Mirio perguntou, quase sem ar de preocupação. - É algo com o bebê?-

- Não, não, relaxa, eu já te disse que eu mesmo olhei e o bebê e ele tá encaixado, tá tudo bem, ele só tá com dor e água quente ajuda a aliviar. - Explicou, vendo Uraraka sair do quarto para ir buscar a água quente.

- AAAAAAAAAAAAH - Mais um grito ecoou, fazendo o coração do loiro doer, e ele respirar fundo, tentando ser racional e simplesmente não entrar lá dentro. - MIRIOOOOOOOO! - Aquele foi o estopim para abalar o loiro e ele entrar no quarto afobado, fazendo Bakugou e Eijirou o olharem preocupados.

O moreno estava deitado na cama de casal dos dois, tinha uma toalha quente sobre a região do ventre, ele estava com uma camisola e com travesseiros nas costas para ficar confortável.

- Alfa... - Ele resmungou, vendo Mirio vir imediatamente ao seu encontro, se ajoelhar do lado dele, e delicadamente alisar os fios pretos da testa suada.

- Mirio... - Eijirou chegou, mas Bakugou o impediu de avançar quarto a dentro.

- Eu cuido disso, sobe e ajuda a Uraraka. - Eijirou o olhou com dúvida, mas ele direcionou um olhar convicto. - Vai, caralho! - Eijirou o olhou e saiu, era melhor não contrariar Bakugou.

- Tá doendo... - Tamaki resmungou choroso, sentindo o alfa lhe beijar a testa. - ...ele não podia só na-nascer logo? E-eu... - As lágrimas pintavam, junto do suor. - E-eu... AAAAAAAAAAAAH. - Gritou, sentindo aquela pontada de dor que parecia a própria morte.

- Shiii... vai passar. - Ele sussurrou, fazendo carinho nos cabelos negros dele, tentando o aromatizar para ele se acalmar.

Bakugou não interferiu, permitindo o contato, se fosse ele em prantos tentando colocar outro ser humano no mundo, ele também iria querer as carícias de Eijirou e carinho.

Sacudiu a cabeça, porque estava pensando naquilo? Ele jamais estaria naquela situação...

Ele não podia de qualquer modo...

Por um segundo ele ficou com o semblante triste.

Porque ficou triste? Aquilo era livração, Deus que livre ficar horas sentindo uma dor agonizante enquanto um bebê sai rasgando... mas... Tamaki ainda parecia tão determinado com aquilo, e ao mesmo tempo... apesar do choro de dor, ele ainda sorria enquanto Mirio o acariciava, parecia feliz apesar de toda a dor.

Era porque era um momento íntimo entre os dois, né? O que ia sair rasgando era o bebê deles, o bebê que eles fizeram juntos e esperaram juntos. O bebê que... iria amar os dois mais do que tudo.

Ok, o bebê que Tamaki ia colocar no mundo sozinho, mas ainda sim.

Devia ser algo tão importante pra eles...

- Suki, a banheira tá pronta. - Eijirou chegou afobado, parando na porta e vendo o semblante de Bakugou, e algumas lágrimas. - Suki? - Ele olhou logo em seguida para a cena do casal Miritama.

Entendeu, Bakugou devia estar chorando por nunca poder ter um.

- Ta, ta. - Ele limpou as lágrimas. - Saí daqui, eu vou dar um jeito de levar o Tamaki lá pra cima. - Disse, colocando sua mente no lugar novamente.

Eijirou, apesar de querer conversar, viu que não era hora disso, os gritos de Tamaki denunciaram, então ele se retirou.

- Mirio... posso levar o Tamaki lá pra cima? Pra banheira quente, vai ajudar com as dores. - Tomou cuidado com as palavras, esperando qualquer sinal de violência para sair dali, embora tivesse 90% de certeza que isso não aconteceria.

- Vai ajudar ele e o bebê? - Ele perguntou, tocando levemente a barriga que estava baixa.

- Vai, vai sim, talvez o bebê nasça antes das 6 da manhã se colocarmos ele na água quente... e... o Eijirou vai deixar usarmos a cama do quarto de hóspedes, é mais confortável. - Informou.

Mirio, com todo o cuidado do mundo, ajudou Tamaki a se levantar, segurando ambas as mãos dele, com toda delicadeza do mundo.

Bakugou viu que não havia perigo algum ali, que Mirio só estava sendo carinhoso e cuidadoso.

5:30 da manhã

Bakugou limpou as mãos sujas de sangue quando saiu do quarto vendo Eijirou cochilando em um sofá. Riu. Bakugou passou delicadamente pelo corredor, desceu as escadas de madeira, foi até a cozinha, pegou um copo de leite e encheu, bebendo em seguida.

Já estava quase na hora, e era melhor comer alguma coisa antes de ajudar aquele bebê a sair.

- Como o cabelo de merda conseguiu dormir com os gritos? - Resmungou, pegando biscoitos e comendo.

Encheu mais um copo de leite, pegou mais uma mão de biscoito e voltou a subir as escadas, escutando os gritos cada vez mais próximos.

Ele se sentou ao lado de Eijirou e delicadamente, balançou o braço dele, o fazendo acordar.

- Nasceu? - Perguntou, se levantando, Bakugou acenou um não.

- Toma, leite e biscoito. - Ofereceu o copo de leite. - Daqui a pouco deve nascer, acho que antes das 6. Vai poder dormir então.

Eijirou se espreguiçou, ele não dormiu depois que Tamaki subiu pro quarto de hóspedes, ele não se importava, lógico, o nascimento é um momento importante, e ele não se importa se os dois usarem um quarto mais confortável para isso.

Devia doer tanto, que ele como alfa jamais experimentaria, então, que o empregado pelo menos estivesse num local aconchegante.

Ele pegou o leite, bebendo um pouco.

- O Mirio tá calmo? Mesmo com você olhando a dilatação do Tamaki? -

- Tá sim, ele tá mais preocupado em acalmar e cuidar do Tamaki. - Mordeu mais um biscoito.

- Suki, porque chorou, naquela hora? - Perguntou.

- Nada, é só... eu já... uma vez, com uma pessoa eu... mas não... - Ele se embolou, sentindo as palavras lhe travarem a garganta.

- Já ficou grávido?- Eijirou deduziu. Bakugou respirou fundo, encarando o chão amadeirado a sua frente e acenou um sim.

- Perdi com 5 meses... - Informou, e Eijirou o olhou. - Foi quando... uma parteira me disse que "o meu útero era inóspito" eu mato qualquer esperma ou feto dentro dele. - Disse, com uma leve tristeza. - Eu só... queria ter todas as opções, sabe? - Suspirou.

Eijirou encostou a sua mão na de Bakugou.

- Não... é só porque não pode engravidar que não possa ter todas as opções, você só tem 22, você devia ser muito novo e... a primeira gravidez sempre é a que tem mais riscos, talvez ainda consiga. -

- Eu tinha 17, na verdade, acho que foi até melhor, depois daquilo eu passei muita coisa até conhecer você, coisas que... me arrepia só de imaginar uma criança passando. - Confessou.

Ele suspirou.

- Quer falar sobre isso? Com... mais detalhes? -

- Não. - Respondeu, mordendo mais dos biscoitos. - Já chega de... pensar sobre isso. - Retirou sua mão da de Eijirou, limpando a boca. - Tem um bebê lá dentro querendo nascer.

Eijirou concordou. Não sabia muito da vida do loiro, sabia que teve uma vida difícil, um pai ruim, a mãe morreu quando ele tinha 13 e... ele deu um jeito de sobreviver em meio a pobreza.

Uma realidade tão diferente da dele.

- Bakugou! - Uraraka saiu do quarto. - Tá na hora. -

- Tá mesmo?

- Acabei de olhar, já dá pra ver a cabeça. - Bakugou respirou fundo.

- Bom, vamos lá. - Resmungou, entregando os outros biscoitos a Eijirou, antes de entrar no quarto.

Bakugou rapidamente puxou as mangas e lavou as mãos na bacia de água que ele e Uraraka colocaram ali para higienizar.

- Uraraka, pega três panos brancos, coloca dois do meu lado, segure um e pega uma tesoura também. - Ele disse, se sentando e subindo a saia da camisola.

- Viu. - Ela correu rapidamente, indo pegar as coisas.

- Ok... - Ele analisou a situação. - Ok, Tamaki, pode abrir mais as pernas? Pra eu conseguir pegar o bebê, tá? - O moreno acenou um sim, ainda nervoso e chorando.

- Tá-ta-ta tudo be-bem com o bebê p-pra ele sair? - Perguntou.

- Humrum, garanto que dentro de 10 minutos vocês já vão conhecer o rosto dele, ou dela. - Ele disse sorrindo levemente. - Ok, quando a contração vier, vai precisar fazer força.

Foram 5 minutos de gritos e do moreno fazendo força. Bakugou usava as toalhas para limpar o sangue e conseguir enxergar melhor o bebê. Mirio segurava a mão do ômega, ele estava sentado num banco ao lado, limpando o suor dele.

Os primeiros raios de sol atingiram a janela do quarto, banhando levemente a cama. E ali, sendo banhado pelos primeiros raios de luzes, o bebê chegou aos braços de Bakugou, esse que não tardou em pegar a tesoura e cortar o cordão.

O bebê chorou alto, esperneando enquanto Bakugou o passava para os braços de Uraraka, que estava com o lençol, pronta para cobrir o bebê e o proteger do frio.

Mirio se levantou, sorrindo, enquanto via Uraraka com delicadeza cobrir o pequeno corpo. A morena sorriu pra ele.

- É uma menininha ômega. - Informou sorrindo, vendo o alfa caminhar com o sorriso mais bobo do mundo em direção a filha. Era a mesma carinha de joelho inchado de sempre, porém, aos olhos de Mirio, parecia a princesa mais linda de todas.

Sua vida, a partir de agora, seria proteger aquela pequena garotinha.

Tamaki respirou profundamente, ainda se recuperando de tanto esforço, porém não deixou de sentir o queixo tremer de emoção, quando viu Mirio com todo seu tamanho, segurar um bebê tão pequeno.

Era lindo demais de ser ver, e ele não poupou as lágrimas de felicidade, assim como Mirio que chorava em cima do bebê, segurando o rosto dela próximo ao seu.

- Amor... - Chamou, vendo ele se virar, sorrindo bobo para a criança.

- Eu disse que era uma menina... - Sorriu, fungando o nariz e se sentando, passando a filha para os braços do ômega, que a recebeu com todo afeto que cabia em seu coração.

A aquela altura, Uraraka e Bakugou já tinham saído de fininho, dando espaço pros dois.

- ... *funga* loira... - riu, passando a mão no rostinho que parava aos poucos de chorar. - Ikki... minha filha... - Sorriu pra ela, passando o dedão na bochechinha dela, vendo ela fechar ir rosto, mexendo as perninhas e os braços tentando entender onde estava e porque tudo parecia tão diferente do útero que estava antes.

Tamaki não poupou os sorrisos e lágrimas, enquanto a olhava e sentia o Mirio o abraçando e chorando em seu ombro.

[.....]

Bakugou se remexeu na cama, eram 10 da manhã, e todos estavam dormindo e descansando das emoções da última madrugada.

O braço de Eijirou pousou em cima de Bakugou o abraçando enquanto ele resmungava.

- Tá acordado? - Resmungou, vendo o loiro se virar.

- Humrum... - Ele abriu os olhos.

Como Tamaki começou a sentir as contrações à meia noite, Bakugou dormiu umas duas horas antes disso e agora tinha dormido mais 4, dava pra aguentar.

- Mas não tenho forças pra transar. - Já tratou de dizer.

Eijirou riu, alisando os cabelos dele para trás da orelha.

- Agora que a gente sabe que o bebê deles é uma menina, eu quero dar o presente que eu comprei. É um conjunto de vestidinhos com chapéis, mas eu não podia dar antes de nascer. -

- Comprou vestidos mesmo sem saber se era menina ou não? -

- Eu tava imaginando que era menina, então eu vi os vestidos lá em Paris e comprei. -

- E se fosse um menino? Ia ser dinheiro jogado fora?

- Ah... aí eu doava, simples. - Resmungou, se sentando na cama.

- Aí Eijirou, você tem que parar de ser empolgado, porra. - Raiou, se sentando na cama. - Pega lá, deixa eu ver a roupa. - Resmungou esfregando os olhos.

O ruivo se levantou e pegou uma caixa branca, com uma laço azul em cima.

Colocou a caixa retangular na cama e destampou, dando visão ao primeiro vestido. Era branco, soltinho, com fitinhas rosas claro dentro e uma mini florzinha, era regato e lindo, além de ter um chapéuzinho.

- Que lindo Eijirou... - Ele resmungou, pegando a peça e olhando.

- Olha esse. - Pegou outro, dessa vez de manga comprida e um branco um pouco mais escuro, cheio de babados, e por fim o último que também era de manga regata.

- Você até que tem bom gosto, cabelo de merda. - Comentou e Eijirou só riu.

- Quer ir lá entregar comigo? Acho que pelo menos o Mirio deve estar acordado. -

- Eu não duvido nada que ele está acordado em volta do berço olhando a filha. - Bakugou riu, se levantando da cama e colocando os vestidos na caixa novamente.

"Eu também ficaria babando se tivesse um filho com você. " Eijirou pensou em dizer, mas sabia que não era bom fazer aquele piada.

- Vamos? - Questionou, e o loiro se levantou indo com ele. - O nome dela não é fofinho? -

- Ikki... eu nunca tinha ouvido, mas combinou muito com ela. - Bakugou disse.

- Ainda mais com aquele cabelo loirinho. -Eles seguiram conversando até a área dos empregados, Uraraka também estava capotada dormindo. Eijirou disse pra não se preocupar em, ele e Bakugou fariam o almoço e Mirio podia ficar esta primeira semana sem trabalhar.

- A gente vai fazer o que de almoço? - Bakugou questionou.

- Caranguejo ensopado. - Ele respondeu sorrindo.

- Sabe cozinhar isso? -

- Lógico que sei. - Bakugou arqueou uma sombrancelha, um burguês safado sabia mesmo fazer aquele tipo de comida?

••••••••••••••
IKKI CHEGOUUUU ♡(> ਊ <)♡
nossa menininha Miritama.
Ela não vai ter tanta visibilidade aqui, mas em breve sai um spin off Miritama aí cês vão ver as peripécias dessa gracinha.❤️

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