⚔ PARTE 2 ⚔
Vieste ao meu socorro,
Oh, doce mal, que dilacera!
Espantas a dor com falsas esperanças
Assim como o vento o faz às noites ébrias.
Louvada seja,
Oh, Grande Deusa!
Tu és meu norte e tortura,
Rocha inabalável na tormenta,
Música que todo canto expurga.
Afoga-me em teu olhar distante,
Lapidando escuridão solene.
Eterna e doce amargura,
Que a terrível alma acalenta.
Tu és o sol corajoso
Contra o mar de serpentes
Banhando de luz as noites cegas,
Abatendo o mal que a fomenta.
E tal ardor que também afoga
A alma errante e esquiva
Aquece o sorriso ainda em vida
Que dilacera o inferno d'outro dia.
Oh, Grande Deusa,
Peço-te, grito-te.
Por favor, não me abandones.
Tenha piedade de Nós!
Quebre todo laço sangrento
E a corrente atroz que nos aprisiona.
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