Capítulo 15 (parte 2)

O clima amenizou. O assunto foi encerrado e a conversa fluiu naturalmente, sem mais tantas considerações. John já sabia o que fazer: esperaria pacientemente pelo dia seguinte, voltaria para casa e teria uma conversa séria com Andrew, principalmente para se desculpar por sua atitude precipitada. Talvez tudo ficasse bem.

Riley dormiu. John não. Apenas deitou-se, cobriu-se, contemplou o teto do quarto e assim permaneceu até altas horas da madrugada. A ansiedade estava a mil. Tentava ensaiar em sua cabeça todas as coisas que queria e precisava dizer. Não conseguia pensar em outra coisa.

Quando conseguiu adormecer, os primeiros sinais da claridade do sol começavam a surgir. Vencido pelo cansaço, John dormiu até a hora do almoço, passado o meio dia.

— Boa tarde — cumprimentou Riley, da poltrona, enquanto lia um jornal.

— Boa tarde... Acho que eu dormi demais.

John vestiu sua camisa, que tirara para dormir, e calçou seus sapatos.

— Você teve uma noite cheia, precisava dormir mesmo, descansar.

— É verdade... Mas agora eu preciso ir. Quero resolver essa situação o quanto antes.

— Se quiser, eu posso te dar uma carona.

— Não, eu vou andando, obrigado. Vou colocando as ideias no lugar enquanto isso.

Riley dobrou o jornal e colocou-o sobre a outra poltrona, levantou-se.

— Eu te acompanho até a porta, então — disse, rindo.

— É uma pena que a gente tenha se encontrado numa situação como essa.

— Tsc, deixe de coisa. Teremos outras oportunidades de falar sobre coisas mais amenas, certamente.

— É... Mesmo assim, valeu a pena. É sempre bom falar com você. Não tenho nem palavras pra te agradecer pela atenção e pela hospitalidade.

— Não precisa agradecer, dá aqui um abraço e tá tudo certo.

Sorriram e se abraçaram fortemente.

— Manda um beijo pra tia Beth e diz que eu estou com saudades, que passarei por lá assim que possível.

— Pode deixar que eu mando, sim.

Desvencilharam-se. Riley abriu a porta do quarto.

— Cuide-se — disse.

— Pode deixar. Até logo, tio.

Riley sorriu.

— Até logo, garoto.

Foi-se.

Os dias de cão não acabaram. Era como se estivessem apenas começando. Caminhando pelas ruas movimentadas da cidade, John tentava encontrar as palavras para dar a explicação mais plausível e a desculpa mais irrecusável possíveis. Pensava em tantas frases soltas ao mesmo tempo que não conseguia estruturar um texto coeso.

No final das contas, nada daquilo adiantava e John bem sabia. As palavras que foram tão matematicamente calculadas simplesmente desapareciam da memória, dando espaço apenas às que surgissem no instante.

Foi uma longa caminhada. O pátio de Wistworth nunca pareceu tão grande. A vila nunca pareceu tão distante. Ao entrar em casa, silêncio parcial. Aos finais de semana, poucas pessoas permaneciam ali. Com o coração prestes a sair pela boca, John continuou seguindo em direção ao quarto, preparando-se para enfrentar um dos momentos mais tensos de sua vida.

Girou a maçaneta. Ao entrar no quarto, ninguém. Janela aberta, porta do banheiro aberta, camas feitas, nenhum bilhete, nenhum sinal de vida, exatamente como tudo estava no dia anterior.

Um tanto perplexo, John olhou pela janela e percebeu que o carro de Andrew não estava no estacionamento. Aonde ele teria ido? Sem saber responder à própria pergunta, John foi tomar um banho para aliviar todo aquele estresse.

Anoiteceu. Nenhum sinal de Andrew. John começava a ficar preocupado. Tentou entrar em contato pelo celular, mas Andrew aparentemente o deixara desligado.

— E agora?...

Com o celular em mão, John se lembrou de Melanie. Precisava compartilhar com ela o ocorrido. Chegou a discar o número, mas preferiu não tocar no assunto por hora; melhor esperar pela conversa decisiva e só depois comentar algo a respeito.

Onze da noite. Nada. John já estava ficando realmente preocupado. O celular de Andrew continuava desligado, nenhuma notícia, nenhuma informação, nada. Intrigado com essa situação, John desceu até a sala da casa e perguntou:

— Pessoal, vocês sabem do Andrew?

— Eu não.

— Nem eu.

— Eu vi que ele saiu hoje de manhã, mas não disse aonde iria, só deu "bom dia" e foi.

John fez expressão pensativa.

— Por quê? Aconteceu alguma coisa?

— Não, não, é porque ele não falou nada sobre dormir fora e o celular dele não atende, daí eu tô meio preocupado.

— Relaxa, já já ele tá aí.

— É... Tá bom, então, boa noite pra vocês.

— Valeu.

Saiu de manhã sem falar aonde iria. Isso oferecia uma gama de possibilidades para deduções, mas John não queria saber onde Andrew estava, queria apenas que ele voltasse para que pudessem conversar.

Não ocorreu naquele dia.

▪▫▪

O domingo foi longo. John já não aguentava mais aquela situação angustiante. Já estava começando a pensar coisas absurdas e até impossíveis, frutos de sua imaginação preocupada.

Cansado de esperar e de pensar, John decidiu sair, sem rumo. Que as ruas o levassem. Por um lapso, pensou em passar pela casa de Steven para saber se ele tinha alguma notícia. Por outro, pensou em ir à casa de Melanie e contar os acontecimentos dos últimos dias. Por outro ainda mais fantasioso, pensou em ir a Oreste só para ver sua tia e ouvir o que esta aconselharia. Por fim, resolveu não fazer nada disso. Passando por uma das praças da cidade, a mesma onde estivera com Andrew tempos atrás, parou o carro e estacionou.

Tudo parecia o mesmo. Os pássaros, a natureza, o vendedor de pipoca, a brisa refrescante... Lembrando-se daquele momento de ternura, John repetiu o processo da mesma forma: comprou um saquinho de pipoca, caminhou até um dos bancos, sentou-se e esperou que os pombos se aproximassem.

Alimentou-os com o pensamento distante. Comia alguns grãos do saquinho, atirava outros ao chão, lembrava-se da primeira vez em que estivera ali. Agora era diferente, agora John estava sozinho, sem seu melhor amigo, sem esperança. Um nó na garganta se formou quando John percebeu que talvez nunca mais recuperasse a amizade de Andrew ou que, se recuperasse, as coisas seriam totalmente diferentes. Esses pensamentos faziam-no querer chorar e deixavam-no totalmente entristecido.

John passou a tarde toda naquela praça. Quando começou a escurecer, a solidão começou a apertar. Em outros domingos, àquela hora, estaria assistindo a alguma comédia tosca na TV, rindo. Com Andrew. Ou então estaria no pub próximo à universidade. Com Andrew. Ou estaria apenas estudando, em silêncio. Com Andrew. Agora estava triste, solitário, desolado, sem Andrew. Restava apenas voltar para casa e esperar.

Assim foi feito. O carro de Andrew não estava no estacionamento. O quarto estava vazio, os vizinhos não sabiam de nada, o celular desligado, nem o mais ínfimo sinal de vida.

Não havia mais nada a ser feito além de se resignar ao sono e esperar pelo amanhã.

▪▫▪

Acordar e perceber a cama de Andrew, ao lado, vazia não foi uma surpresa. Era até esperado.

Calma, ele vai voltar...

John se levantou. Arrumou-se para ir à aula sem muito ânimo e saiu, cumprimentando seus companheiros de alojamento com a vã esperança de que algum deles dissesse que viu Andrew passando por ali. Não aconteceu.

Caminhando pela vila, agora vinha à mente outro problema: contar a Melanie o ocorrido. Não dava para negar, pois estava na cara, e não dava para esconder, afinal é como um dever moral contar aos melhores amigos os momentos mais importantes.

Lá estava ela, como em todos os dias, sentada com as pernas cruzadas, à espera de John com um sorriso no rosto.

— Bom dia!

— Pra você também.

John se sentou e repousou sua cabeça sobre a palma da mão, soltando um longo suspiro.

— O que houve? — perguntou Melanie.

— Só vou te contar amanhã ou depois.

— Ué, por quê?

— Procrastinação.

— Hum... Eu não vou nem insistir porque eu sei que, com você, não adianta, mas foi alguma coisa séria? Você tá bem?

— Vou descobrir se foi séria hoje, eu acho, mas não, por enquanto eu estou péssimo. E a culpa é minha mesmo.

— Ah, não! — Melanie mudou sua expressão e seu tom de voz. — Não vai me dizer que você se declarou pro Andrew!

John fez um olhar impaciente e desdenhoso.

— De onde você tira essas coisas?

— Ué, você triste, culpa sua, coisa séria... Não consigo ver outra possibilidade.

— Procrastinação, Melanie. Toma seu café aí e larga de ser curiosa.

Custou à aula acabar, mas acabou. Ansioso, John novamente recusou um convite de almoço com Melanie. Saindo do prédio, seguiu direto para o alojamento. Se Andrew estivesse vivo, ele estaria lá. Era frequentador assíduo da universidade e, certamente, não perderia uma aula por aquele motivo. Era agora ou nunca.

A passos largos e firmes, John caminhou em direção à vila. Entrou em casa como um vulto e passou pelo corredor rapidamente. Subiu os degraus da escada de dois em dois e logo estava na porta de seu quarto.

"Não perturbe!".

Aquela placa nunca pareceu tão significativa, assim como nunca fora tão difícil girar aquela maçaneta. Com o coração pulsando forte, John abriu a porta e entrou.

Lá estava ele.

John sentiu-se paralisar. Amarrando seu tênis, Andrew permanecia sentado à beira da cama sem reagir à presença de John, que foi logo questionando:

— Porra! Onde você se meteu?! Eu estava aqui morrendo de preocupação!

Andrew se levantou e parou em frente ao espelho. Penteando os cabelos, respondeu secamente:

— Não é da sua conta.

— É muito da minha conta! — replicou John imediatamente. — A última vez que eu soube de você foi sexta à noite. Custava ter dado sinal de vida?!

— Eu não te devo satisfações.

John se irritou. Bateu a porta do quarto com o máximo de força que conseguiu concentrar em sua mão e cruzou os braços.

— Vai me tratar assim agora?

Sem resposta.

— Tudo isso por causa de sexta? Pensei que nossa amizade valesse mais do que aquilo.

— Nossa amizade não existe mais, John. Pra você agora é oi e tchau.

Soou como uma facada. Ou talvez uma facada tivesse doído menos. Foi como se um buraco tivesse se aberto no solo e John estivesse em queda livre e interminável. Ainda assim, tentou permanecer neutro às palavras de Andrew.

— Você vai jogar tudo o que temos fora por causa de um erro?

— Se você chama tentar me agarrar em frente a dezenas de pessoas de "um erro", vou, vou sim.

— Andrew, foi só um beijo! Aliás, não foi nem um beijo, foi...

— Foi você me traindo. Eu não sou gay, John, e eu nunca te desrespeitei por causa disso, muito pelo contrário. Eu esperava o mesmo de você, mas, pelo visto, me enganei redondamente.

— Trair? Eu te traí?

— Traiu minha confiança, traiu minha amizade.

— Andrew, foi um erro! Eu já disse!

— Tá, foi um erro, e daí? Isso muda alguma coisa? Você acha que eu vou conseguir continuar sendo seu amigo e olhando na sua cara sabendo que você tem fantasias eróticas comigo?

John entreabriu a boca, estarrecido. Mal acreditava no que ouvia. Andrew guardou o pente no guardarroupas e acabou de ajeitar o que vestia no corpo.

— E outra — continuou —, eu sou um atleta desta instituição, tenho uma imagem a zelar, especialmente com as garotas. E não seria nada bom pra minha reputação se houvesse boatos de que eu estava dando moral pra veadinhos desesperados por aí, então fica na sua, eu fico na minha, oi, tchau.

— Veadinho desesperado? — perguntou John, com voz e expressão incrédulas. Cada palavra doía mais que a anterior. — Andrew, você está falando essas coisas por causa de um beijo que nem aconteceu? É isso?

— Eu não sou veado, John, você é. Se você estava o tempo todo só esperando pra dar o bote, tudo bem, você se aproveitou de mim o quanto pôde, mas sinto informar que você não conseguiu nem vai conseguir o que queria.

Os sentimentos começaram a se confundir na cabeça de John. Seu amor começava a se transformar em ódio e sua mágoa, em ira. Já bastante alterado, John prosseguiu com a discussão:

— Eu nunca pensei que eu fosse me decepcionar tanto com você, Andrew, mas vejo que eu estava bem errado.

— Posso dizer exatamente a mesma coisa.

— Não, não pode. Eu errei, reconheço que errei. Já me desculpei, já me arrependi, você some por quase dois dias e, quando eu volto e tento conversar com você, completamente desarmado e sem defesas, você vem me chamando de "veadinho desesperado"? Sabe o que parece? Que o veadinho desesperado é você, que deve ter gostado de ter sido beijado por outro cara e está aí cagando de medo de assumir.

— Cala a boca, John — os olhos de Andrew brilharam de fúria.

— Calar a boca por quê? O macho aqui não é você? Tá doendo tanto assim ouvir a verdade? Pensei que você fosse melhor do que isso, Andrew. Você pensa que é forte, mas você é fraco, é um bebê que não consegue lidar consigo mesmo e vem descontar as frustrações em cima de mim.

— Cala a boca, sua bicha! — vociferou Andrew, que agarrou o colarinho da camisa de John e cerrou os dentes. Seu semblante era ameaçador, mas John não se intimidou nem um pouco.

— Isso, me bate, arrebenta a minha cara, quebra meus ossos. Se isso vai te fazer se sentir mais homem, vá em frente, mas lembre-se de uma coisa importante quando terminar: você acabou de perder o seu melhor amigo e a culpa é inteiramente sua. E eu espero, do fundo da minha alma, que quando você sair deste quarto o remorso comece a te corroer de dentro pra fora, até que você não aguente mais e venha me procurar. E, quando isso acontecer, não precisa se preocupar, eu vou te receber de braços abertos, porque eu, ao contrário de você, tenho nobreza de espírito o bastante pra acolher alguém que se arrependeu de um erro. Mas, enquanto isso não acontece, viva a sua vida e esqueça que eu existo, porque é exatamente isso que eu vou fazer. Agora, por favor, solta minha camisa e vai pra sua aula que você já está atrasado.

Tomado por cólera, Andrew ainda se manteve estático, fitando John com um olhar absolutamente indecifrável. Levou alguns segundos até que voltasse à realidade. Num movimento rápido, soltou a camisa de John, deu dois passos atrás, mostrou-lhe o dedo médio da mão direita em riste, pegou sua mochila e saiu do quarto batendo a porta.

John soltou um longo e doloroso suspiro. Sentia como se tivesse acabado de sair de uma guerra, derrotado. Sentou-se na cama, apoiou os cotovelos sobre os joelhos, deitou a cabeça entre as palmas das mãos, juntas, e fechou os olhos. Quis chorar, mas não conseguiu. Parecia que os últimos minutos de sua vida não existiram, foram apenas um lapso esquizofrênico, então não havia necessidade de chorar. A ficha não caía. Não dava para acreditar que seu melhor amigo acabara de sair por uma porta e que aquilo representava que ele nunca mais voltaria.

Mas era bem essa a realidade. John perdera Andrew, ou Andrew perdera John. Perderam-se. Para sempre? Nunca se sabe, mas, por enquanto, certamente.

Quem mandou tentar beijá-lo? Agora aguente as consequências. Seu discurso foi muito bonito, mas não adianta tentar colocar na cabeça dele que ele gostou de ter te beijado, porque nós sabemos muito bem que isso não é verdade e, convenhamos, jogo sujo. Você adora falar de nobreza, mas essa sua atitude passou bem longe de ser nobre.

John não queria saber se estava certo ou errado, estava se sentindo injustiçado, querendo que Andrew sentisse isso, que o que estava fazendo era cruel e egoísta, trocando meses de amizade por um deslize. Sentia raiva, uma raiva tão dolorida que até suplantava sua mágoa.

Não havia muito o que fazer. O que pudesse ser feito seria feito noutra hora, pois agora John estava cego, surdo e mudo de raiva. Saiu do quarto rapidamente e foi para a biblioteca trabalhar.

À noite, após o expediente, John foi até a casa de Melanie e contou o acontecido. Aproveitou a oportunidade e descarregou sua raiva, expressando tudo o que quisera dizer a Andrew mas não disse. Melanie ficou espantada e triste por John, afinal sabia que ambos eram melhores amigos e que uma amizade como aquela, de fato, era difícil de ser construída.

Quando voltou para casa, já com a cabeça bem mais fria, John tomou uma decisão séria: trocar de quarto. Seria impossível conviver com Andrew naquelas condições dia após dia, então seria mais fácil e sensato mudar-se de quarto, trocar com alguém, embora não tivesse contato com seus vizinhos, do que sobreviver ao inferno astral que estava por se formar.

Não foi difícil encontrar um candidato interessado. John sabia que este era chegado de Andrew, então não teria problemas de adaptação. E assim foi feito no mesmo dia. John foi para o quarto, entrou, não trocou sequer um olhar com Andrew, que assistia TV, pegou suas malas no maleiro do guardarroupas e nela guardou tudo o que trouxera. Assim como entrara sem dizer oi, saiu sem dar tchau. Seu substituto o aguardava na porta, então pronto, missão cumprida.

O novo companheiro de John era um típico nerd: óculos, roupas sociais, tímido, falava pouco, falava baixo, pouco enturmado e extremamente estudioso. Muito melhor assim, pois isso evitava que John precisasse dar futuras explicações sobre sua mudança.

A primeira noite foi um pouco estranha. Olhar para o lado e ver que não era Andrew que estava ali era, no mínimo, estranho. Passar a noite inteira trocando pouquíssimas, quase nenhuma, palavras com quem não se tinha um pingo de intimidade era bastante atípico, até constrangedor. Mas o tempo daria um jeito.

Consequentemente, a solidão logo bateu à porta. Dois dias longe de Andrew foram o suficiente para que John sentisse o peso de sua ausência. E pesava muito; era uma saudade insistente e duplamente agonizante, pois, além de o motivo do rompimento ter sido tolo, Andrew estava a duas portas de distância. Tão perto, tão longe.

Solidão, saudade, distância, tristeza. Tudo de uma vez, numa tacada só. John precisava dar um jeito naquela situação. Mas não havia ninguém que pudesse suprir a lacuna que Andrew deixou quando partira. A não ser...

— Steven.

Veio como um relâmpago. Steven.

— Cuidado com o que você faz, rapaz. Você sabe das intenções desse cara e das suas também. Você sabe muito bem que ele é a última pessoa a quem você deveria recorrer agora e os motivos são inúmeros. O assunto dele contigo é só sexo e eu te garanto que não é disso que você precisa agora. Sua paixão é forte, mas ficar entre o amor e o fogo agora não vai te fazer se sentir menos solitário nem mais feliz. Pense nisso.

A Voz da Razão sempre martelava as ideias de John. E o pior: ela geralmente estava certa. Mas, naquele momento, John precisava fechar um pouco os ouvidos e olhar para dentro de si, ouvir a Voz do Coração. E seu coração o mandava fazer algo um pouco diferente.

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