8 - 👑 Casulo 👑

- Não seja insolente! Já causastes muito mal. Podes ser o herdeiro do trono, mas eu ainda sou o rei. Falas de guerra como se fosse algo bom. Estamos em uma época que nós e nossos pais anciamos por anos. Cuide bem da minha filha rei Felipo. - o rei Fausto furou meu pai - Espero que a paz ainda reine entre nossos reinos, mesmo depois de tudo isso.

- De certo que cuidarei. Ela será tratada como uma princesa, pois é o que ela de fato é. Ela poderá vir quando quiser e vós sereis bem recebidos em Myrabel. E quanto a paz rei Fausto, sim. Estamos em paz, porém logo precisarei do vosso apoio.

- Estou a total disposição, para o que precisar.

- Bom saber! Na hora certa ficará sabendo.

- Papai, podemos ir pra casa - foi a única coisa que consegui dizer.

Apressamo-nos até a carruagem. Sentei-me ao lado do meu pai. O Alberto não tirava os olhos de mim, estava visivelmente preocupado. Então tentei acalmá-lo.

- Vou ficar bem - eu disse apenas mexendo os lábios.

Ele deu um sorriso em resposta. Naquele momento eu recostei a minha cabeça no ombro do meu pai. Porém, ele se ajeitou para que eu deitasse a cabeça em seu colo. Assim que eu deitei ele começou mexer em meus cabelos. Era uma sensação tão boa! De amor e segurança. Concentrei-me e acabei pegando no sono.

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Quando acordei, já encontrava-me em meus aposentos, deitada em meu leito. Tinham vários olhos fitando-me.

Meus pais, a princesa Tábata e Zelda. Todos estavam a encarar-me. Sentei-me bruscamente na cama.

- O que ouve? - perguntei meio confusa.

- Ora, estava muito cansada - respondeu meu pai. - dormistes a vigem quase toda. Eu a trouxe em meus braços, e coloquei em vosso leito.

- Parecia que não dormia a dias, já que dormistes a noite inteira, e já passou da hora do desjejum - disse Zelda. - com todo respeito Alteza, mas acho que não estavam alimentando-te adequadamente, já que estás tão magra quanto um cancão.

Eu ri da observação interessante da Zelda. Como era bom estar em casa! No aconchego da minha família e amigos.

- Minha querida - minha mãe abraçou-me. - meu coração está dilacerado ao ver pelo que passastes - ela olhava fixo para os meus hematomas.

- Oh! Isso? - passei a mão levemente sobre os hematomas. - aprendi várias lições em tudo Isso.

- Minha filha - chamou-me, meu pai - alimente-se, pois temos coisas importantes a serem tratadas.

Eu alimentei-me muito bem! Estava mesmo com saudade da comida da Zelda.

Assim que terminei o desjejum o meu pai aproximou-se de mim.

- Querida, pode vir comigo?

Minha mãe e a princesa Tábata também foram comigo.

- Meu pai, porque estamos indo para as masmorras? Não sabia que ainda a usávamos.

- Já faz muitos anos que não a usarmos. No entanto, hoje pela manhã tive que usá-la. Tem vários traidores da coroa.

- Traidores? - meus olhos não podiam crer no que viram - meu pai, como eles são traidores?

- Notei que o dinheiro dos cofres reais estavam diminuindo, então pedi que investigassem, e a investigação levou até eles.

- É a Guilhermina, O Alberto, as pessoas dos Vilarejos e até os doutores?! Meu pai, eles não tem culpa de nada.

- Eles não quiserem entregar-me o culpado. Nem quando pronunciei a sentença. Serão todos executados hoje, ao por do sol!

- Como pode meu pai, são seus súditos! Falas da crueldade do rei Fausto e do príncipe Vitório, mas estás agindo pior do que eles. Não posso acreditar no que os meus ouvidos ouvem.

- São traidores minha filha. Quem protege um culpado se faz culpado também. Serão executados hoje, já o tenho dito.

Uma angústia invadiu o meu ser! Não podia deixar que pagassem pelo que eu fiz.

- Só por cima do meu cadáver meu pai! - minha voz era firme e furiosa.

Eu peguei a espada de um dos guardas que estava próximo a mim, e apontei-a para meu pai. Sei que é errado, mas ele parecia não estar em seu juízo perfeito.

- O que estás fazendo minha filha? Guardas, tirem essa espada de sua mão, antes que ela se machuque.

- Eles podem até tentar, lembra quem me treinou?!

Os guardas reais vieram para cima de mim, tentando ferir-me. Não facilitei as coisas para eles. Lutei bravamente! Um deles deu um leve corte em meu braço. Àquilo fez-me ficar mais furiosa ainda. Derrotei os guardas do meu pai! Provavelmente eles não deram tudo de si, por medo.

Assim que derrotei todos, parti para cima do meu pai.

- Como pode Esmeralda? Enfrenta-me por eles e não enfrentastes o príncipe Vitório enquanto agredia-te, e não teve nem coragem de abrir a boca para confirmar as palavras da princesa Tábata?!

- Não enfrentei o príncipe Vitório por amor a Myrabel e Aldória! Não queria uma guerra.

minha voz saía em forma de gritos. Já que estávamos lutando e muito furiosa. O barulho das lâminas faziam sons estridentes que davam para ouvir de longe.

- És só uma mulher, uma menina minha filha. Como pode querer livrar esses traidores?

- Posso ser um menina, mas essa menina aqui, tirou dinheiro dos cofres reais por três anos, e só agora descobriste - minha voz estava ofegante. A canseira estava tomando conta de todo o meu ser - Não os chamem assim, eles não são traidores. Eu sou! Fui eu que peguei. Sempre faço isso... só que dessa vez tirei mais. Pronto - joguei a espada no chão e ajoelhei-me. - sou a culpada! Peço clemência por eles. Faça de mim o que quiseres, mas liberte-os. São inocentes meu pai, eu sou a única culpada.

Ele aproximou-se se de mim, ainda empunhando a espada.

- Só se confessares umas coisas e prometeres outra.

Provavelmente minha liberdade seria retirada. Seria banida de Myrabel, mas era o meu povo.

- Tudo o que quiseres, meu pai.

- Poderia ter lutado com o príncipe Vitório e fugido de Aldória?

- Sim senhor.

- Por que nunca me questiona, mesmo quando dou-lhe ordens absurdas?

- Tento compensar a decepção que sou para o senhor, com obediência e devoção.

- Que decepção?

- Sei que queria um filho, para herdar o trono. Mas o Altíssimo agradou dar-lhe uma filha.

Notei o semblante do meu pai mudar naquele momento. Ele no entanto, manteve a postura.

- Porque roubastes dinheiro dos cofres reais?

- Não roubei. Peguei emprestado, eu devolvo sempre. Dessa vez eles precisavam investir em algo maior, e o retorno demorou mais.

- Porque rouba o coração dos meus súditos?

- Não roubo. Só tento recompensar minha inutilidade. Fazendo algo para o reino, e ajudar na economia foi a maneira que achei para ser útil.

- Porque enfrentaste meus guardas e a mim hoje?

- Porque não posso ver pessoas inocentes serem punidas.

- Agora a promessa: prometa-me, que será sincera comigo, que jamais deixará um homem ferir-te e que nunca mais se sentirá inferior por ser mulher.

Olhei para ele sem entender ao certo o que ele queria de mim.

Ela abaixou sua espada, curvou-se e pegou minha mão levantando me.

- Prometa-me Esmeralda.

Eu faria qualquer coisa por ele.

- Eu prometo meu pai.

Naquele momento ele abraçou-me carinhosamente.

- Minha filha. Eu já sabia de tudo que fazias. Mas precisava que saísse do casulo. Tens lindas asas, precisa usá-las minha linda e, preciosa borboleta.

- Meu pai, eu não entendo.

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Até estranhei a atitude anterior do rei Felipo. E vocês?

Obrigada por estar comigo até aqui👑

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