26 - 👑 Surpreendente👑

Aquelas palavras causaram muita confusão em minha mente. A explicação para mim era óbvia. Será se esse era mais um dos segredos do meu pai? Ele teve a audácia de trair a minha mãe?

— Que loucura é essa, Jovina? Pare de chamar-me assim — ordenei com os punhos cerrados.

— Ora irmãzinha querida, não te irrites. Isso é maneira de tratar membros de vossa família?

— fale de uma vez, o que está havendo?

— Ah! Então não ficastes sabendo?

— Sim, eu sei e, é por isso que estou com essa cara de surpresa. Certamente que não sei de nada — falei irritada.

— Calma, irmãzinha. Então, vistes a multidão de nossos súditos no pátio do palácio? Pois bem, eles vieram para o casamento! O casamento de nossos pais acontecerá amanhã. Isso não é esplendido?

— Não, não há nada de esplendido nisso! Minha mãe está viva, em algum lugar.

— Minha querida, os súditos não estão com paciência para esperar por uma rainha demente.

— Nunca mais refira a minha mãe, desse jeito! Tenha respeito por vossa rainha — eu pressionei as bochechas dela, com a minha mão.

— Meh — o Beto tocou em meu braço, trazendo-me a sensatez.

— Saia da minha presença, Jovina.

Eu não podia acreditar no que estava aconteceu! Como os súditos não podiam esperar mais um pouco? Eu não desejava ver a minha tia, muito menos o meu pai.

— Princesa — Guilhermina aproximou-se de mim, na companhia do Edgar—, sinto muito por tudo que está acontecendo — ela abraçou-me com carinho.

— Agradeço Guilhermina.

— Esmeralda, os outros príncipes e condes estão a vossa espera, nos jardins do palácio.

— Edgar, não desejo falar com eles. Tudo que eu quero é sair daqui.

— Minha princesa — chamou-me o Beto—, eles estavam por toda a Myrabel ajudando nas buscas pela rainha. Seria de bom tamanho agradeça-los.

— Sim, tens razão! Vamos lá.

Fui juntar-me aos outros rapazes. Em meu ser, eu torcia para não encontrar com meu pai. Estava chateada com ele. Mesmo ele sendo o rei, deixava que os súditos e as tradições bobas o dominassem. Se um dia eu for rainha, muita coisa vai mudar em Myrabel! Guardem minhas palavras.

Ao chegar no jardim, todos eles se leva levantaram. Fitaram-me, com um olhar de compaixão. Eu sentia sinceridade em cada olhar.

— Sentimos muito, Esmeralda — o Vitório aproximou-se de mim e, deixou um beijo no dorso da minha mão. — infelizmente não fomos capazes de encontrar a vossa mãe.

— Agradeço a cada um de vós, pelo esforço! Vejo sinceridade em cada olhar! Não terei forças para continuar com isso, digo sobre minha escolha por um esposo. Sei que todos tem responsabilidades em vossos reinos. J tomei mais tempo do que deveria de todos vós. Agradeço a cada um.

— Não desista, princesa — Gerônimo aproximou-se — embora eu não gosto de admitir, tens nos ensinado muito. O nosso tempo aqui não tem sido em vão. Sei que o homem que conseguir conquistar o vosso coração terá grande privilégio. Uma jovem como tu, irá ajudar revolucionar o nosso mundo.

Fiquei sem palavras. Apenas dei um sorriso sincero.

— Acho que não deveria dispensa-los, minha princesa — Beto falou pela primeira vez— isso irá ajuda-la a superar, ajudará a manter a sua mente em algo, que é de suma importância, a vossa felicidade!

— Achas mesmo que devo prosseguir? — todos fitavam-nos.

— Sim, minha princesa.

— Estão realmente dispostos a prosseguir? — fitei-os.

— Com toda certeza! — respondeu Duílem.

Todos concordaram com ele.

— Então, assim será — respirei fundo. — Apesar de não querer comparecer ao casamento do meu pai amanhã, minha presença é crucial. Sendo assim, precisarei de um par. Farei um sorteio.

Rapidamente começamos a escrever os nomes de todos. Por incrível que pareça, foi bem divertido. Ajudou-me a distrair, por um momento. Pronto, nomes escritos, era a hora da verdade.

Coloquei a mão dentro do cesto e, peguei o primeiro papel que minha mão tocou.

— O meu par será o, Vitório! — não fiquei decepcionada por ter o sorteado.

— Sinto-me honrado! — ele deu um sorriso de orelha a orelha — no entanto, se não se importar, gostaria de passar minha vez para outra pessoa. — ele deu um passo a frente.

Todos ficaram curiosos.

— E quem seria, meu irmão?

— Sei que estás ávido para ser escolhido, meu irmão. Porém não passarei a minha vez para ti e, sim para o Alberto! — todos nós o fitamos incrédulos — Alberto, gostaria que acompanhasse a princesa, em meu lugar — ele aproximou-se, do Beto — quero fazer isso em forma de me desculpar contigo. Nós tivemos um começo turbulento, infelizmente.

O Beto ficou pasmo!

— Não sei o que dizer — o Beto passou a mão pelos cabelos.

— Ora, diga sim, Beto!

— Sim! Com certeza, sim! Será uma honra, minha princesa. Só estou surpreso.

— Também estou, ainda mais por ele ter o escolhido ao invés de mim — gracejou o Edgar — Bom, aproveitando que estamos nesse assunto. Esmeralda, eu posso escolher uma de suas súditas, para acompanhar-me?

— Oh! Sinta-se à vontade.

Em um movimento repentino, ele pegou uma rosa vermelha.

— Daria-me a honra, de ser meu par no casamento, Guilhermina? — ele curvou-se e, lhe entregou a rosa vermelha.

— Estás se sentindo bem, Alteza? — ela respondeu sem jeito.

— No momento não, já que ainda não aceitastes o meu convite.

— Ora — ela olhou-me de soslaio e, eu assenti com a cabeça—, sim! Será uma honra.

Ele sorriu aliviado!

— Tem a princesa Tábata e a Lady Jovina, caso mais alguém queira ir acompanhado.

— Se permitirem, gostaria de convidar a princesa Tábata — Duílem disse ao Vitório e ao Edgar.

— Sim! — responderam uníssono.

— Te aprecio, príncipe Duílem — Edgar estendeu a mão para o Duílem.

— Sinto-me, honrado. 

— Esmeralda, preciso falar contigo, minha filha — meu pai disse de uma vez.

Todos os presentes retiraram-se.

— Fiquei preocupado contigo, minha filha — ele abraçou-me.

— Meu pai, se me deres licença, preciso resolver uns assuntos.

— Porque estás evitando-me? Fale abertamente comigo, minha filha.

— Tenho certeza que não irá querer ouvir o que tenho a dizer, estou estilando veneno, meu pai.

— Fale comigo, minha filha, por gentileza — ele franziu o cenho, como se implorasse.

— Meu pai, como desististes tão rápido da minha mãe? Como deixastes que os súditos e as tradições o dominassem dessa maneira?

— Entendo a vossa ira, minha filha. Porém, vai muito além, do que podes imaginar.

— Então diga-me, meu pai.

— Não irá ajudar em nada. Só perdoe-me. Estou fazendo isso por amor, amor as duas pessoas mais importantes da minha vida! A minha filha e minha esposa, Teodora.

— Majestade — um dos servos chamou— a Lady Fiona solicita sua presença.

— Preciso ir, minha filha.

Era inacreditável, como o meu pai mudou em tão pouco tempo. Minha cabeça estava  sobremaneira cheia de tudo aquilo.

Assim que meu pai saiu, os príncipes voltaram. Eu estava sentada em um dos bancos, com a cabeça entre as mãos.

Olhei de soslaio e notei que eles estavam inquietos.

— Princesa — o Lucas aproximou-se — estamos habituados a vê-la sempre ousada, tão revigorada e cheia de audaciosa! Dói-me o coração vê-la assim e, não poder fazer nada para anima-la. Sei que nós deveríamos conquistar o vosso coração, porém de uma forma ou de outra conquistastes cada um de nós. Diga-nos, o que podemos fazer, para amenizar a vossa dor? Certamente que faremos prontamente.

— Agradeço imensamente — respondi com a voz embargada. — não consigo pensar em nada, que possa animar-me — limpei algumas lágrimas teimosas.

— Acostumamos tanto com a vossa força, que uma lágrima vossa, derrete o nosso coração — Vitório entregou-me um lenço, para que eu secasse as lágrimas.

— sei de algo que irá anima-la — o Edgar disse empolgado, como se tivesse tido a melhor idéia de todas. — o que achas de uma luta de espadas?

Um leve sorriso se formou em meus lábios. Sim! Aquela tinha sido uma esplendida ideia!

Fomos para a arena. Todos lutamos! Foi deveras agradável, aquele momento. Porém estava ficando tarde e, eu já estava exausta.

— Agradeço-vos, pela prontidão em ajudar-me. Como escolherei apenas um de vós, falarei bem dos outros para as princesas e Ladys dos reinos.

— Poderia fazer melhor do que isso, princesa — o Duílem falou enquanto guardava a sua espada — poderia treinar algumas delas, para serem mais audaciosas, mais envolvidas, mais... digamos, interessantes!

— Oh! Quer que todos os reinos entre em guerra com Myrabel? — todos sorriram — se eu fizer algo tão “descabido” — fiz áspas com os dedos— serei a mais odiada de todas os reinos.

— Acho que logo, logo todos admitirão que és uma ótima influência — complementou o Pedro.

Não sei qual era a intenção deles, com aquelas palavras, mas se fosse animar-me, funcionou perfeitamente!

Fui para meus aposentos com um sorriso congelado no rosto, pensando seriamente na proposta dos rapazes.

Após o jantar, a Guilhermina estava comigo em meus aposentos.

— Esmeralda, estou ansiosa e com medo.

— A ansiedade eu entendo, mas o motivo do medo, ainda me é oculto.

— Não quero aproximar-me de um príncipe. Sei muito bem como sofres.

— Estás nutrindo sentimentos pelo Edgar?

— Eu não disse isso, princesa.

Antes que eu arrancasse a verdade da Guilhermina, ouvimos batidas na porta.

A Guilhermina foi prontamente atender a porta. Quando abriu era o Edgar. Ela a entregou um enorme embrulho.

— Agradecida, entregarei a princesa Esmeralda. 

— Não Guilhermina, esse presente é para ti.

Nós duas arregalamos os olhos!

— Oh, sério mesmo?! Não brinques comigo, Alteza — ela sorriu.

— Só Edgar, por gentileza. Se iremos juntos a um casamento, podemos dispensar as formalidades — e não, eu jamais brincaria com algo tão sério — ele sorriu com sinceridade. — tenham uma boa noite, senhoritas.

Dito isso, ele seguiu em direção aos seus aposentos.

— Por que ele deu-me presentes? — ela fitou-me.

— Abra e veremos o motivo.

Ela abriu prontamente! Ficamos boquiabertas! Era um elegante vestido azul celeste, com detalhes em pedrarias. Como também um par de sapatos e, para completar, tinha um belo colar, brincos e um bracelete de ouro, com detalhes de diamantes.

— Guilhermina querida! Eu estou encantada com o vosso presente!

— imagina eu, Esmeralda! Eu não posso aceitar, amanhã mesmo eu devolverei.

— Não só pode, como deves aceitar! Eu sei o motivo do presente. Ele a convidou para um evento de extrema importância e, imaginou que não teria algo precioso o suficiente para usar e, como ele é muito gentil, não queria que se preocupasse.

— Achas mesmo? Eu realmente estava preocupada.

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Sei não viu...

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