17 - 👑"Fantasma do passado"👑
Era um dos meus “fantasmas do passando”. Tratava-se, das Ladys Fiona e da sua filha Jovina. Para minha infeliz sorte, são minhas parentes. Digo isso só a respeito da Jovina. Ela só aparecia na minha infância para infernizar a minha vida!
— Oh minha prima maravilhosa! — abraçou-me fingindo felicidade.
Largou-me rapidamente ao notar a presença do Beto.
— Betinho querido! Como estás elegante! — ofereceu a sua mão, para que ele beijasse.
Ele apenas pegou, e deu um leve aperto cordial. Não pronunciei palavra alguma, mas em meu ser, eu vibrava de felicidade.
Ela aproximou-se e falou quase como um sussurro.
— Ainda segues a minha prima como um cãozinho, Betinho querido.
— Alberto, por gentileza. E sim, eu sigo a minha princesa por onde quer que for. — respondeu no mesmo tom de voz.
Era uma emoção após a outra. Um pena mesmo, não estarmos a sós.
Minha mãe e sua irmã, a tia Fiona, saíram, deixando apenas nós três.
— Prima querida, eu não pude deixar que passasse por tudo isso sozinha, precisava dar meu apoio.
— Estas falando sobre o que? Eu estou ótima!
— A não ser que achas difícil ter que escolher entre os seus trinta pretendentes, minha princesa. — gracejou o Alberto.
— E por falar nisso, onde eles se encontram? Ouvi dizer que eles são de tirar o fôlego. — disse se abanando com a mão. —ainda não aprendestes a não se menter nas conversas dos seus superiores, Betinho querido?
— Em primeiro lugar, onde os meus pretendentes estão não lhe diz respeito. — falei sem muita paciência. — em segundo lugar eu exijo que se desculpe com o Beto. Não admito que destrate os meus amigos, nem ninguém aqui nesse palácio. Achas que ainda sou aquela garotinha boba e ingênua, que manipulavas na infância?!
— Não sejas rancorosa prima, sei que presas o perdão, porque não oferece ele a mim?!
— Claro Jovina, te perdoei faz tempo. Só quero que saiba que não sou mais aquela garotinha. E agora, eu acostumado arrancar o mal pela raiz. — falei com os punhos cerrados. — agora se desculpe com o Alberto, ou podes voltar de onde viestes.
— Para que tanta agressão? Só estava brincando com o Betinho. Perdoe-me, sabes que só falei em forma de brincadeira, não sabes, querido?
— Não me chame de Betinho, por gentileza e, muito menos de querido.
— Os jovens já estão na sala de treino, princesa. — avisou um dos guardas.
— Acho que esqueci de mencionar que pretendia fazer isso amanhã — bufei. — agora preciso comparecer.
— Irás colocar a vossa armadura, princesa? — perguntou a Guilhermina.
— Irei sim. Agradecida, Guilhermina.
— Ui, vou vê-los, lutar! Até que enfim, meus olhos contemplarão aquelas obras de arte. — disse a Jovina, toda empolgada.
Eu não disse nada. Apenas segui o meu caminho. Não daria conta de responder a Jovina á altura, sempre que ela merecesse.
Alberto e Guilhermina seguiram-me. Sinto-me mal, por eles terem que seguir-me por todo os lados. Um dia ainda retribuirei todo o bem que eles me fazem.
Em instantes fiquei pronta, com a ajuda da Guilhermina.
— Beto, poderia entregar as anotações que fizestes, para a Guilhermina? — perguntei fitando-o.
Ele entregou, prontamente.
— Guilhermina, como estás sempre comigo, necessito da vossa ajuda. Preciso ter o perfil dos candidatos.
— Farei com prazer, sabes que aprecio demasiadamente escrever.
Eu não queria ficar envolvendo o Alberto nessas coisas. Pesava-me o coração, tudo aquilo.
Ao chegarmos no local onde teria as demonstrações de lutas, minha prima já estava no local.
Oh não, ela não estava sentadinha portando-se como uma dama. Pelo contrário, ela estava junto com os jovens. A meu ver, mais próximo do que deveria. Precisavam ver, como ela movimentava o corpo sensualmente, para atrair a atenção dos jovens. O que eu senti não foi ciúmes. Foi indignação! Não que eu importasse-me com eles, mas ela não sabia disso e, mesmo assim ficava agindo dessa maneira. Precisava deixar para lá. Afinal de contas, não havia nenhum mal se um deles interessasse em corteja-la. É isso mesmo. Dizem que se pronunciou algo várias e várias vezes, aquilo torna-se, realidade.
Empunhei uma espada e juntei-me, aos jovens.
— Quem escolherás para lutar contigo, princesa. — perguntou-me o Gerônimo.
— Oh! daria-me a honra dessa luta, príncipe Gerônimo?
— Com todo prazer. Só não vais chorar quando fores derrotada. — zombou de mim.
— Permitirei que ganhe, não quero que se sinta inferior, nessa parte.
As pessoas presentes sorriram. Achando que eu simplesmente fazia um gracejou. No entanto, eu falava a verdade. Não ganharia de nenhum deles. Creio que não seria descente humilhar nenhum deles, nem mesmo o príncipe Vitório.
Como planejado, ele venceu-me. Comemorou como se tivesse ganhado um torneio. Pobre orgulho ferido!
Estão habituados com moças delicadas. O que elas fazem de mais ousado é dançar. Creio eu, que ainda não estão preparados para a verdadeira Esmeralda.
O próximo escolhido foi o príncipe Duílem. Ele respeitava-me.
— Não pegues leve, princesa. — disse-me ele, enquanto tocávamos as nossas espadas.
Eu apenas o ofereci um de meus sorrisos sinceros.
E, como na luta anterior, eu não dei tudo de mim, sendo assim, ele venceu. Porém, o contrário do príncipe Gerônimo, ele parecia decepcionado.
O príncipe Vitório empunhou a espada e veio girando-a, em minha direção.
— O que estás fazendo? — falou quase que como um sussurro.
— Dando aos jovens o que eles querem. — respondi no mesmo tom.
— Não queremos que nos deixes vencer. Queremos que lute com toda garra.
— Não foi assim que o príncipe Gerônimo se sentiu, ao vencer.
— Lutem — gritou um dos jovens condes, impaciente.
Foi o que fizemos. Por incrível que pareça, eu não queria vencer o príncipe Vitório, não queria humilha-lo, não daquela vez.
No entanto, lutei com garra! Nossas espadas só faltavam sair fogos! No fim, algo surpreendente aconteceu. Para minha infeliz sorte, ele fingiu uma queda, deixando-me, vencer.
— Qual a sensação? — sussurrou ainda no chão.
— Decepção! — respondpondi oferecendo a mão, para que ele se levantasse.
— Sede vós mesma, princesa. A jovem que eu aprendi a admirar.
— Não importunes-me com tamanha tolice. Suas palavras são insignificantes. Estragastes o meu plano. — falei de uma altura que dava apenas para ele ouvir.
Creio eu, que foi a primeira vez que o príncipe Vitório e eu trocamos algumas palavras, sem rancor de uma das duas partes.
— Princesa—, chamou-me o príncipe Duílem. — gostaria de uma nova chance de lutar contigo. Todos nós já ouvimos dizer o quanto és boa com a espada. Sua fama lhe precede, princesa Esmeralda. — o Duílem fitou o príncipe Vitório.
— Isso mesmo — queremos que dê tudo de si, para não ficares envergonhada. — insultou-me o príncipe Lucas.
Acho que alguns deles esqueceram-se do porque estavam ali. Já que muitos queriam competir comigo e humilhar-me. O machismo deles era tamanho que, esqueceram que o quê deveriam ganhar era o meu coração. Não uma competição ou discussão.
— Será uma honra, príncipe Duílem — disse com sinceridade.
Começamos a lutar, dei tudo de mim! O príncipe Duílem desferia golpes incríveis! Dei um golpe, girando o corpo, assim conseguiu tirar a espada de sua mão. Ele porém deu uns saltos incríveis! Distrai-me com sua performance, ele aproveitou para pegar sua espada. Um de seus golpes feriu o meu braço, dando um corte. Pude ver seu semblante mudar bruscamente! Não era a intenção dele fazer aquilo. Pontos para mim, pois aproveitei da situação para tirar a espada de sua mão. Assim, livrei-me de sua espada e, para que ele não surpreendesse-me novamente, eu coloquei minha lâmina em seu pescoço. O sangue do meu braço escorria, sujando a minha mão.
Quando o rendi, a Jovina invadiu o local de luta, vindo em minha direção.
— Prima, estás bem? Ui! — gritou se jogando nos braços do príncipe Duílem.
— Perdoe-me, Alteza — falou com voz chorosa se segurando em seu pescoço — pisei de mal jeito, creio ter torcido o tornozelo.
O Beto, juntamente com os outros príncipes, vieram em minha direção.
— Tudo bem, Leide Jovina — disse sentando-a em um banco que havia nas proximidades. — se me der licença, devo juntar-me aos outros. Preciso ver como está a princesa Esmeralda.
— E quanto a mim? Também estou ferida. — fez novamente um voz chorosa.
Porém, ele apenas deu um sorriso e, veio em minha direção.
— Perdoe-me—, pediu o príncipe Duílem com sinceridade. — não foi intenção minha.
— Não te preocupes, príncipe Duílem — falei com sinceridade. — é apenas um arranhão. Só colocar algumas ataduras. Logo estarei novinha em folha. Lutastes bravamente. Ah, gostaria muito de aprender aqueles golpes incríveis.
— Será uma honra, compartilhar contigo, princesa.
— Deixe-me levá-la para seus aposentos, princesa Esmeralda. Assim um dos médicos cuidará de sua ferida. — disse-me o príncipe Vitório, com a intenção de carregar-me em seus braços.
— Meu irmão, ela feriu o braço, não o pé. — gracejou o Edgar. — creio eu, que ela consiga ir andando, até seus aposentos.
Senti-me realizada com as palavras do Edgar, era tudo o que eu queria dizer.
— Agradeço, príncipe Vitório, mas não será necessário. A Guilhermina foi chamar o médico.
Olhei de soslaio e, notei que minha prima estava emburrada. Notei quando colocou um sorriso no rosto e veio em nossa direção.
— Esmeralda, estou tão sentida por ter se machucado. — disse-me a Jovina, tocando em meus ombros.
— Ora Leide Jovina, não estavas com o pé machucado? Perguntou o Cleomar.
— Sim — voltou a mancar, para chamar a atenção. — porém, minha prima está mais ferida do que eu, preciso apoia-la.
A Guilhermina e o médico real vinham em nossa direção, com passos largos.
— Vim o mais depressa que consegui, princesa. — disse-me o médico pegando o meu braço. — nossa!
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Olá olá! Aprecio demasiadamente as vossas presenças, por aqui.
Agradeço-vos, por tudo 💕
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