Capítulo 5

A manhã chegou, era segunda feira fiz minha rotina diária e sai de casa, ao longo do caminho eu pensava no homem misterioso, seus olhos ficavam constantemente em sua mente, eram tão azuis que não eram humanos...

Fui surpreendido por um peso em meus ombros, olho para o lado e vejo cabelos longos e ruivos. Era Alma

"Oi Cord, vamos juntos hoje ok?"

Era estranho ela estar aqui, sua casa não fica do outro lado na nossa rua Alma estar aqui só pode significar uma coisa

"Foi ver o Ikaros?"

"Sim mas descobri que ele viajou com pai ontem a noite...ele nem me avisou nada"

"Ele vai falar em algum momento não se preocupe, tudo que ele precisa é de tempo para ficar sozinho e resolver os seus próprios problemas"

Tiro ela delicadamente de cima de mim e continuo andando

"Ei espera eu disse que iríamos juntos"

Ela saiu correndo ao meu encontro não estava muito longe então por que ela correu? Ela pulou em cima de mim

"Sinto que você sabe onde ele está..."

"Mas é claro que eu sei ele está ele me falou"

"Então..."

Acho que ela quer que eu fale para ela...

"Não vou dizer"

"Ah, qual é?"

"Não é não, agora vamos para a escola"

Ela fica emburrada mas continua andando.

Assim que chegamos na escola Alma se separou de mim e foi ficar com suas amigas. Bom e ao mesmo tempo péssimo para mim, Melker viu quando entrei com Alma resumindo alerta vermelho.

Para dar fuga fui para dentro da sala de aula, a professora de história nacional sempre chega 5 minutos antes da aula começar, para testar o equipamento usual

"Oi, Professora Sol"

Solariana Trista, professora de meia idade com cabelos loiros naturais e olhos castanhos claros e dona de um sorriso que é digno de seu nome, digamos que na opinião dos alunos e professores é a melhor professora de todas. Como prova foi condecorada 8 vezes pelos próprios alunos nos dias de suas formaturas. Suas aulas giram em torno das culturas antigas da nossa cidade e monumentos antigos, ela também fala de história geral mas o brilho de seus olhos está na cidade em que estamos

"O que vamos aprender hoje?"

Ela olha para mim com um sorriso travesso ouço o tintilar de seus sapatos de grife no chão, ela estava animada

"É segredo"

"Eu odeio segredos"

Me sento longe da luz solar da manhã, próximo o suficiente para enxergar o quadro sem problemas. Deito minha cabeça na cadeira e tiro um cochilo.

Acordo com a Alma, me cutucando já que a professora começou a dar aula.

"Bom dia alunos, nossa aula como falamos na semana passada seria sobre nossos patrimônios criados pelos ancestrais espanhóis, como vocês sabem no período da colonização..."

Ela falava com empolgação sobre as artes e padrões de estruturas trazidos pelos espanhóis em tempos sombrios da humanidade. Suas palavras enchiam a sala silenciosa de adolescente com seu conhecimento.

Em um certo momento olhei para os slides e vi...um castelo, estava em completa ruína e cercado por árvores e água...

"Professora"

Sol olha para mim, não esperando que alguém falasse em sua aula, mas claramente feliz com isso

"Sim, Cord"

"De quem é esse castelo"

As paredes daquele castelo eram estranhamente familiares para mim, quase como se eu tivesse obrigação de saber, eu precisava saber...

"Bem, esse castelo é da Família Sneferu, o Castelo de São Vicente, não posso dizer muito sobre esse castelo além do necessário. Ele foi construído no centro da ilha Wild Reef, foram usados os próprios habitantes da ilha para construir o Castelo, e bem eu não sei mais..."

"Por que?"

"Não tem registros, não há pessoas, há houve sobreviventes...todos desapareceram do nada assim que o Castelo foi finalizado"

"O que houve com os habitantes da ilha?"

"Bem Cord, eles morreram"

Abaixo minha cabeça após a última declaração da professora com a sensação sombria de desolação e um leve mistério que crescia em mim.

Escrevo em um caderno avulso alguns desejos:

1- Descobri o que aconteceu com a família Sneferu e os servos;

2- Olhar a ilha de perto;

3- Descobri uma forma de entrar no Castelo São Vicente;

4- Quem eram os habitantes da Ilha;

O sinal toca e a turma sai da sala e como não queria rasgar meus materiais fui um pouco mais lento

"Cord"

Era a professora Sol

"Sim"

"Se quer saber mais sobre o castelo de São Vicente e a Família Sneferu, sugiro que procure o no livro Mistérios Através do Globo"

"Eu conheço ele, eu tenho ele em casa"

Ela acena a cabeça

"Não há muitos registros sobre essa família na Biblioteca da cidade, já que nem mesmo eles conseguiram viver o suficiente para se registrarem na região. Sendo apenas revividos em memórias de histórias passadas de geração em geração, fóruns espanhóis ou na única pintura...encontrada dentro castelo.

"Onde está essa pintura?"

"Na Biblioteca da Cidade"

Aceno com a cabeça, sai de sala. Era o intervalo comia lentamente um sanduíche de quando pela minha visão periférica vejo Melker indo furioso para minha direção provavelmente terminar o que começou...Eu não tinha escapatória, a droga, voltarei roxo para casa ou com alguma retaliação, por causa do sistema Anti Bullying.

Isso até 3 segundos depois, Alma aparece do nada junto com a Glinda Estera o que faz com que Melker se afaste e suma do refeitório

"Obrigado por isso"

Alma sorri travessa, aí vem coisa

"Já que se sente tão agradecido, você pode me dizendo onde está Ikaros"

Olho para ela suavemente...meu Deus que garota teimosa que Ikaros arrumou

"Não"

Ela bufa e vai embora me deixando com Glinda, apesar do nome ser uma Bruxa boa, não há nada de bom nessa garota. Antes de eu vir para essa escola, Glinda me atormentava no primário em minha antiga escola, não entendia o porquê, mas tudo o que eu fazia era menosprezado na frente dos outros por ela, era sempre assim, isso até o meu pai sumir.

Não me lembro dos detalhes que aconteceram, mas ela isso chegou aos ouvidos dela como uma piada, é claro que ela me testou, me provocou e me humilhou sobre esse fato. Então eu fiz algo no qual não me orgulho foi um dos motivos para eu ter saído da cidade além do trabalho da minha mãe...quebrei e queimei todos os materiais dela em uma fogueira que fiz no pátio da escola.

Em contexto, estava no sexto ano com raiva de mim e do meu pai, o que levei a descontar minha raiva nos materiais da Glinda e levei um isqueiro e peguei o álcool na mesa da professora no intervalo e pus fogo...volto para a sala como se nada tivesse acontecido, e deixo a mochila dela na carteira dela.

Ela ficou histérica ao descobrir que seus materiais super caros queimaram no fogo, não demorou muito para descobrirem...minhas mãos tinham alguns vestígios de glitter e cores multicoloridas, bem minha mãe me tirou da escola antes que eu fosse expulso, mas o passado sempre vem para me atormentar.

"Quanto tempo Cord" 

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