capítulo 17
A ponta do batom vermelho desliza suavemente sobre meus boca, adicionando um toque final de cor ao meu rosto tão branco

Então, o som familiar de uma batida na porta interrompe minha reverie. -"Pode entrar", respondo, desviando meu olhar do espelho para a porta que se abre lentamente. Minha mãe entra, e a expressão de surpresa em seu rosto me faz sorrir

-"Caramba, Priscila", ela exclama admirando-me vindo da mulher que mais admiro. - Você está deslumbrante. Vai sair para algum lugar hoje?"

Seus olhos brilham com curiosidade enquanto ela absorve os detalhes do meu traje cuidadosamente escolhido. O vestido verde esmeralda, sem alças, abraça minha figura com uma elegância simples, enquanto o colar de rubi em torno do meu pescoço adiciona um toque de cor contrastante. Nos meus pés, os saltos altos pretos da Gucci emprestam uma dose extra de confiança a cada passo que dou.

Eu me sento na beirada da cama, o coração batendo descompassado no peito, enquanto minha mãe , fica observando-me com aquele olhar cheio de curiosidade

- Não, mamãe, eu não vou sair", digo com firmeza, apesar do nervosismo que me consome por dentro. -"Eu me arrumei porque a Zoè vai vir aqui."

Ela sorri, um sorriso suave que ilumina seu rosto gentil. "Ah, a Zoè. Você se arrumou toda para ela, não é, filha?"

Eu desvio o olhar, sentindo o rubor subir às minhas bochechas. -"Sim, mamãe. Hoje eu fui na casa dela e acabamos... dormindo juntas." As palavras saem num sussurro, quase como se eu estivesse com vergonha de admitir para minha mãe que eu estava apaixonada por ela

O semblante da minha mãe se transforma de surpresa para preocupação, seus olhos se estreitando em concentração enquanto ela processa minhas palavras. Ela se levanta da cama é dá alguns passos hesitantes em minha direção, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas para expressar o que está sentindo.

- Entendo", ela começa, sua voz soando um pouco trêmula. -"Então, filha, vocês estão namorando ou estão apenas... ficando?"

Eu respiro fundo, tentando organizar meus pensamentos em meio ao turbilhão de emoções. -"Mãe, nós não estamos namorando", eu respondo com sinceridade. - Nós vamos conversar, vamos ver o que vai dar. Mas, por favor, não pressione, está bem? Nós só estamos tentando descobrir."

Ela assente lentamente, um pequeno sorriso de compreensão se formando em seus lábios. -"Claro, querida. Desculpe, eu só... me preocupo com você."

Eu me levanto da cama e vou até ela, envolvendo-a em um abraço reconfortante. - Eu sei, mamãe. E eu amo você, não importa o que aconteça."

Ela retribui o abraço com força, segurando-me como se nunca quisesse me deixar ir. - "Eu também te amo, minha querida. Sempre.

_ zoè _

Eu desci do carro com um nó de ansiedade apertando meu estômago. A mansão de Priscila se erguia diante de mim, Cada passo em direção à porta principal parecia mais pesado que o anterior, como se eu estivesse carregando não apenas minha própria curiosidade

Quando finalmente alcancei a porta, minhas mãos tremiam ligeiramente ao erguer a mão para bater. O som ecoou pelo corredor vazio, ecoando minha própria hesitação. E então, como se o tempo tivesse decidido pausar para me torturar ainda mais, a porta se abriu lentamente.

E lá estava ela, Priscila, deslumbrante Seu vestido esmeralda brilhava sob a luz suave do hall de entrada, e o aroma do perfume de rosas que ela usava me envolveu, fazendo-me sentir pequena e desajeitada em sua presença. Eu a observei de cima a baixo

Ela me olhou com seus olhos brilhantes, um sorriso misterioso brincando em seus lábios pintados de vermelho. - "Então, Zoè", disse ela, sua voz suave como seda, -"você vai entrar sim, ou não.

Ao entrar na mansão. A beleza e elegância de Priscila contrastavam com minha simplicidade, mas eu decidi não deixar isso me incomodar. Enquanto ela me guiava até a mesa de jantar

A mesa, imponente e reluzente sob a luz das velas vermelhas e o brilho do lustre, estava repleta de iguarias que pareciam saídas de um conto de fadas gastronômico. Doces delicados se misturavam com salgados exóticos, e uma variedade de bebidas, desde refrigerantes até bebidas alcoólicas, estava disposta em taças reluzentes.

Sentei-me de frente para Priscila, incapaz de tirar os olhos dela. Seu sorriso radiante iluminava a sala de jantar, enquanto ela parecia desfrutar do fascínio que eu tinha por ela. Eu me perguntava como alguém poderia ser tão perfeitamente cativante, tão confiante em seu próprio charme.

Priscila sorriu gentilmente para mim, . -Então, coma, Zoè", ela insistiu, empurrando delicadamente o prato de lasanha na minha direção e deslizando um copo de suco de maracujá ao meu lado.

Eu peguei a lasanha e despejei um pouco do suco em meu copo, mas mal consegui dar uma mordida. Meu apetite era substituído por uma mistura de nervosismo e antecipação, enquanto eu lutava para desviar meu olhar dos encantos de Priscila.

Tudo o que eu queria era ouvir o que ela tinha a dizer

Mas, por enquanto, tudo o que eu podia fazer era esperar, tentar disfarçar minha inquietação e me concentrar na comida diante de mim

O silêncio pesado que pairava sobre a mesa de jantar finalmente foi quebrado, mas de uma forma surpreendente e inesperada. Eu estava sentada ao lado de Priscila, nossos olhares se encontraram por um breve momento antes de nossas vozes se entrelaçarem em um coro espontâneo.

- Olha, eu gosto de você. Gostaria de tentar fazer dar certo", dissemos simultaneamente, nossas palavras ecoando no espaço entre nós. A sinceridade em nossas vozes era palpável, carregada de uma nervosismo

Então, um riso borbulhante na boca de Priscila, interrompendo a tensão que se formara. Seu riso era contagiante, envolvendo todo o ambiente em uma atmosfera de leveza e descontração. Eu não pude evitar sorrir também, contagiada pela sua alegria.

Olhei nos olhos profundos de Priscila, seu olhar transmitindo uma mistura de confusão Suas palavras pairavam no ar, carregadas , mas também de coragem. Sentia meu coração acelerar, uma dança tumultuada de emoções me consumindo enquanto tentava compreender o que aquilo significava para nós.

- Olha, Zoè," ela começou, sua voz hesitante, mas determinada. -"Eu gosto muito de você. Não sei ao certo o que isso significa, se sou lésbica ou bissexual. Mas você... você me faz sentir coisas que nunca senti antes. Estou um pouco confusa, mas... mas quero estar com você."

Um sorriso tímido brincou nos meus lábios enquanto as palavras dela penetravam minha alma, uma mistura de alívio e felicidade inundando meu ser. Era como se o universo finalmente estivesse alinhando as estrelas para nós.

- Eu também," murmurei, minhas palavras carregadas de uma ternura que transcenderia qualquer incerteza. - Eu também quero estar com você."

_ Pricila _
Um arrepio percorreu minha espinha quando Zoè se levantou da cadeira e caminhou em minha direção. Seus olhos brilhavam com uma intensidade que fazia meu coração acelerar ainda mais. Com um sorriso travesso, ela se sentou em meu colo, envolvendo-me com seus braços suaves.

Nossos lábios se encontraram em um beijo cheio de paixão e desejo, nossas respirações se misturando em um ritmo frenético. Cada toque, cada carícia, era uma expressão do amor que florescia entre nós.

Zoè explorou meus lábios com ternura e intensidade, deixando um rastro de calor por onde passava. Seus beijos desceram para meu pescoço, enviando ondas de prazer por todo o meu corpo. Minhas mãos encontraram seu cabelo macio, enquanto eu me entregava completamente àquele momento de pura conexão.

Com um impulso de excitação, Zoè se levantou da cadeira e segurou minha mão com delicadeza, guiando-me até o quarto. Cada passo era carregado com a antecipação do que estava por vir, nossos corações batendo em uníssono, como se estivessem dançando

No aconchego do quarto de Priscila, nos jogamos na cama, nossos corpos se entrelaçando em uma movimento íntimo de paixão . Os beijos eram mais intensos, mais vorazes, como se fosse a nossa primeira vez.

Desta vez, era eu quem deslizava suas mãos habilidosas pelas curvas suaves de Zoè, tirando suas roupas com uma urgência controlada, revelando a beleza crua de seu corpo. Cada toque era um convite para explorar, para se perder nos recantos mais profundos do desejo.

Quando Zoè se viu nua diante de mim, entregue a mim, meu coração transbordou de amor e admiração. Beijei cada centímetro de sua pele, provocando arrepios de prazer que ecoavam por todo o seu ser espero que minha mãe não esteje ouvindo.

Sem pressa, nos entregamos ao calor do momento, deixando que nossos corpos se fundissem em uma conexão íntima e apaixonada. Entre suspiros e gemidos abafados, encontramos o êxtase em um momento de pura entrega mútua, onde o amor nos guiava em cada movimento, em cada toque. E ali, naquele instante sagrado, sabíamos que éramos feitas uma para a outra, unidas por laços que transcendiam qualquer explicação ou definição.

Após o êxtase do momento compartilhado, eu me levantou da cama, sentindo-se envolta em uma aura de felicidade e plenitude. Com passos leves e um sorriso radiante nos lábios, eu caminhei até o banheiro, saboreando a sensação de ter transado com zoè de novo

Ao chegar ao banheiro e perceber que eu estava sozinha, uma onda de alegria transbordou em meu peito. Sem conter a empolgação, eu comecei a dar pulinhos de felicidade, balançando os braços como se estivesse celebrando uma vitória.

em meio à minha animação desenfreada, sem querer acabei por esbarrar em um frasco de shampoo, que estava precariamente equilibrado na borda da prateleira. O frasco caiu com um ruído surdo, ecoando pelo banheiro e interrompendo momentaneamente sua celebração.

Com um suspiro de resignação misturado com risos nervosos, eu olho para o frasco caído, percebendo que minha empolgação havia causado um pequeno contratempo. Rapidamente, eu me abaixo para pegar o shampoo, lembrando-se de manter o equilíbrio entre a felicidade e a cautela naquele momento de êxtase pós-amoroso.
Pós zoè está dormindo