ás de copas.
e quando a noite vem e me traz a memória os teus olhos
olhos que me perseguiram
mesmo que a vergonha me cobrisse
e mesmo que o medo me fechasse.
teus cabelos tocavam a minha face
que às vezes me atrapalhavam
impediam aquele atalho
aquela trilha escondida entre sua mente e seu coração
onde nela eu liberava o seu desejo.
meus beijos sempre transbordaram tudo que sinto
escrevi seu nome na chuva tantas vezes
que cada gota da tempestade tem uma letra tua perdida nas nuvens
e nos abraços eu era seu menino-homem
e neles me florecia
e me sentia seguro.
de maneiras delicadas você me arrebentava
quebrava as correntes do meu eu
transpassava meu peito como uma adaga
e atravessava toda a tempestade que estava dentro dos meus olhos.
me lembro de cada vez que encarei esse olhar
e que nasci no seu abraço
e descansei na tua fala.
tua voz sussurrando aguçava todos os meus sentidos
me perdia no teu sorriso na cara com noite mal dormida
me encontrava no teu sorriso na cara da noite mal dormida
tu me dava uma esperança que eu não tinha
nas tuas mãos estavam as minhas cordas, juntas com meu coração escuro
e as correntezas dos meus mares agitados.
eu matei um pouco de mim para te amar
eu mato tudo em mim para te amar
me sinto inteiro sendo seu
completo quando estou nas mãos
me rasgaria novamente por você
cortaria um pouco de mim por você
e meu sangue seria o rio do teu pensamento
e meu coração seria ventania que quebraria os galhos das árvores secas de outono.
e do calor seria a intensidade
e do frio o teu fogo
mesmo queimando nas tuas chamas
que transformaram em cinzas o resto da minha alma e do meu jardim.
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