Minha verdade te assusta?
Namjoon pensou em passar mais uma noite no escritório, porem precisava urgente de um banho descente e suas costas imploravam por um bom colchão.
Revisou os últimos documentos que seriam pauta da reunião de amanhã antes de tomar coragem e partir.
— Senhor Kim, aqui está a última proposta enviada sobre o novo resort em Busan. - Shin hye entrou caminhando em sua direção. Por Deus! Meus sentimentos por ela estão descontrolados. Pensou.
— Senhor? - Ela chamou mais uma vez e julgar por sua cara desconcertada, Namjoom devia estar a devorando com os olhos.
— Perdão. - Limpou a garganta e continuou. — Jimin já revisou a proposta, imagino.
— Sim. Ele confirmou que está tudo correto. Por tanto, falta apenas o seu aval.
— Muito bem, então meu trabalho por hoje está encerrado e o seu também senhorita. - Levantou-se rápido demais e nem percebeu o quão próxima ambos ficaram. Centímetros separavam seus rostos. Uma distancia perigosa, já que tudo nela era convidativo. Seus olhos amendoados cor de mel, seus cabelos pretos, perfeitamente ondulados apenas nas pontas. Sua pele branca é bochechas rosadas. Tudo na medida certa para seu desespero.
Ambos ficaram ali se encarando sem dizer nada. Na mente dele passava-se um grande "foda-se! Eu quero" quando seus olhos se prenderam em sua boca.
A droga do celular começou a tocar.
— A-acho que sua esposa o espera Senhor. Eu já estou de saída. - Essas foram as últimas palavras que ela disse antes de o deixar sozinho.
O rapaz não entendia sabia que ela estava ligando apenas para arrumar confusão. E se for assim, preferia deixar isso para quando chegasse em casa.
Caminhou para o estacionamento desejando não ter que ir. Pouco tempo depois estava digitando a senha de casa. Chamou por sua esposa duas vezes, sem resposta. Talvez tenha ido dormir com o outro. Não se importava muito. Pensou em se largar no sofá, mais subiu a escada as pressas quando escutou um barulho horrível vindo do andar superior.
— O QUE ESTA FAZENDO? - Gritou ao chegar a porta do seu quarto.
— EU SABIA QUE ESTAVA ME TRAINDO SEU MALDITO. - Chaewon esbraveja, derrubando tudo que estava em cima da mesa de trabalho que Namjoon mantinha ali.
— Do que está falando? Eu nunca...
— Não se atreva a mentir para mim. Aqui está a prova. - Ela jogalou no meu rosto uma foto amassada. — Vai negar?
o rapaz respirou fundo, desamassando com cuidado o papel.
— Eu nunca te trai. - Ela riu soprado. —Eu não sou você Chaewon. Não me deitei com ninguém, mas não nego que a amo. - foi sincero com ela.
Chaewon começou a jogar tudo que encontra em sua direção.
— Para! Vai acabar se machucando. - A agarrou por trás, numa tentativa frustrada de mantê-la segura. Apesar de tudo, não queria seu mal.
— Como pode me dizer uma coisa dessas assim?
— Você prefere que eu minta? Ou que faça como você? - A Questionou soltando sua cintura na sequência.
— Achei que poderíamos nos amar. Que você...
— Eu sempre fui claro com você. - A deixou lá e começou a sair sob seus protestos e gritos. — Amanhã volto para buscar minhas coisas. - Digo saindo.
De volta ao seu carro, dirijiu rapido e se refugiu no único lugar em que sintia-se seguro, seu escritório. Começou a beber por que essa foi a única coisa que lhe fazia esquecer o quão patético era.
Não sabia se tinha desnaiado ou apenas adormecido, contudo quando abriu os olhos viu Shin Hye debruçada sobre ele com um olhar preocupado no rosto.
— Senhor Kim me ouve? Namjoon pelo amor de Deus fala comigo. - Ela estava tão próxima. — O que houve? Você andou bebendo?
Acomodou suas mãos em seu pequeno rosto e fez um singelo carinho. Esse era o melhor sonho que já tivera
— Eu te amo! Nunca amei tanto alguém e saber que estou preso a outra pessoa que nem me respeita, me corroe. - Ela derramou algumas lágrimas e tentouse afastar.
— Não diga essas coisas.
— Por favor não me rejeite. Já basta na vida real, não faça isso em sonho também. - Namjoon a puxou para si e acabou com a distancia entre eles.
Parecia tão real que seu corpo estremeceu junto ao dela.
— O senhor precisa de ajuda. - Ela findou o contato se afastando e mais uma vez tudo ficou escuro.
Vergonha, era o que sentia quando seus irmãos vieram em seu auxílio. Recuperou-se como pode e lhes contou como acabou neqela situação. Para Jimin e os outros, tudo seria mais fácil se ele se divorciasse. Ele queria, mas toda vez que pensava em dar esse passo, ouvia as vozes de seus pais o condenando.
Passou o dia se perguntando se foi um sonho ou se o beijo tinha sido real. Seja lá qual for a resposta achou que nunca iria saber. Voltou para casa decidido.
Encontrou Chaewon sentada no alto da escada. Passou por ela sem dar a mínima atenção.
— Só vim buscar algumas coisas e já vou embora. - Disse já na porta do seu quarto.
— O que? Não pode se separar de mim. Namjoon!
— Não disse que ia me separar. Disse que vou sair de casa. Vamos manter as aparências que você e nossas famílias tanto amam.
— Não... não. - A mulher segurou seu braço com força o puxando pra si.
— Eu me recuso a viver assim. Não vou ser tóxico com você, mesmo você sendo comigo. - desvencilho-se dela colocando algumas roupas em uma mala. — Pense pelo lado positivo, agora você pode viver seus romances à vontade. - A tirou de seu quarto o trancando na sequência. — Amanhã peço para alguém vir buscar minhas coisas.
— Covarde! Como pode sair assim.
— Eu não te entendo. Estou te deixando livre.
— Eu te amo, Namjoon, não consegue ver?
— Isso não é amor. - pontuou — É obsessão.
Era um primeiro passo.
Quando Kookie chegou, Beca já estava de banho tomado e vestindo apenas calcinha e sutiã.
— Uau, você está mesmo à vontade. - Ele disse largando sua bolsa na estante e se encostando na parede a observando com um sorriso safado.
— E você está adiantado. Gostei. Vá tomar seu banho que eu preparo a pipoca. - Lhe dou um selinho e logo ele desaparece porta adentro.
Minutos depois, surge um Kookie de calça de moletom, sem camisa e cabelos úmidos ainda bagunçados.
— Amor, melhor fechar a boca. - brincou rindo.
— Bobo. - Beca respondeu caminhando até o sofá com o balde cheio de pipocas. Estava com medo de comer e passar mal, por outro lado, queria muito um encontro normal.
— Beca, essa calcinha vai me distrair o filme inteiro. Amei. - Ele sentou-se ao lado dela e assim que o filme começou a rodar, ela sentiu uma mão sobre sua coxa e a pele macia dos lábios dele lábios a pele do seu pescoço.
— Nem está olhando para a tela. - Finjiu reclamar.
— Pensei que podíamos aproveitar a noite de outra maneira. - Aos poucos Beca vai relaxando e suaas mãos automaticamente acariciam os músculos definidos daquele abdômen desnudo.
— Aí Saja, sai de cima de mim. - Kookie reclamou quando um dos gatos pulou em seu colo. — Parece que essa bola de pelos tem ciúmes de mim. - Beca Começou a rir. Colocou o bichinho no chão novamente e aproveitou para sentar-se no colo do seu amigo.
— Assim você me enlouquece. - comentou ele quando ela começou a rebolar entre um beijose outro.
— Ah, isso só pode ser piada. Makki, sai daí. - Ela caiu na gargalhada quando gata subiu em seu ombro.
— Por isso disse que três era nosso máximo.
— Ainda falta um.
— Nem pensar. - Kookie retirou Makki com cuidado e logo tomou Beca em seus braços. Aos tropeços, terminaram o encontro oficial na cama dele e sem gatos dessa vez.
Com o passar do tempo, conseguiram conversar sobre muitas coisas. Beca não podia negar que avançavam muito como casal, se é que podiam ser chamados assim.
Em uma tarde estavam passeando por um parque cheio de flores. Quando viram um pequeno canteiro cheio de tulipas.
— Não acredito. - Beca correu na direção delas sorrindo.
— Não sabia que gostava dessa flor. - Ele a alcançoue se abaixandi ao seu lado.
— Tá brincando? Eu as amo. Uma vez vi fotos dos Campos de tulipas na Holanda e sempre sonhei em visitá-los. Antes de ir à França, estive lá e descobri a infinidade de cores que elas possuem.
— Você tem alguma favorita?
— Por incrível que pareça, tenho sim. - alcançou uma no meio de tantas. — A roxa. Significa paz e tranquilidade. Queria muito ter tempo suficiente para vê-las mais uma vez.- Disse sem pensar em suas palavras e se arrependo logo em seguida.
— Temos muito tempo. - Ele respondeu e a realidade recaiu sobre os ombros dela. Ele não sabe. Beca questionou-se se estava sendo egoísta em não contar. Calou-se mais uma vez. — Ou não temos? - Os dias estavam sendo incríveis, mas todas as vezes que ele tentava evoluir naquele relacionamento, ela o impedia
— Por que não me deixa entrar? Já estamos vivendo como casal. Por que não podemos apenas nos assumir?
— Eu te disse. Não posso. Por que apenas não curtimos? - Perguntou já irritada.
— Porque eu não sou um brinquedo. Tenho sentimentos. - Ele esbravejou e a deixou onde estava.
Beca tentou ir atrás dele. Precisava contar a verdade, contar sua situação. Era domingo e ela sabia que ele não estava na empresa. Ela andou a passos largos. Sintiu uma dor terrível na barriga. Tudo girou e escureceu. Pediu a Deus que não a deixasse partir sem falar a verdade pra ele. Ouviu vozes a sua volta, mas não consiguia abrir os olhos.
— Lamento. - A primeira voz ela desconheciq totalmente.
— Não pode ser. Isso está errado. Me diz que está errado. - A segunda era... Kookie? Esforçou-se para abrir os olhos e se viu presa a alguns aparelhos. O ambiente claro fez seus olhos doerem. Percorrou os mesmos pelo local e eles acabaaram encontrando os olhos de Jungkook marejados.
— Por que não me contou?
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Amores mais um capítulo concluído com sucesso. Não esqueçam de deixar sua estrelinha e comentem.... amo comentários.
Para quem nunca viu uma tulipa vou deixar aqui uma foto.
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