Vasinho de flores.

                  — BOM DIA, AMIGUINHA, COMO VAI?– Ana abriu a cortina e bateu palmas.

                  — Ana eu sei que eu tenho que ir trabalhar, mas por favor, deixa só mais 5 minutos.

                  — Você que sabe, 5 minutos para ir ao trabalho leva a desemprego, mas quem sou eu para julgar uma mulher velha como você não é?

                     Levantei indo ao seu encontro, batendo-a com um travesseiro, causando risos de ambas. Olhei para o relógio 09:50... É hora de apresentá-la para a minha chefa. Com uma bela desculpa de que estava passando fome, descemos para fazer o café da manhã e começo a sorrir quando vejo as flores do Depp no vasinho... Eu realmente não acredito que ele realmente deu-as para mim, sabe? É meio surreal que eu fosse presentada depois de 2 anos por um homem.

                  — Hmm. Então, Johnny está nos seus pensamentos, Senhorita Ayana?

                  — Como sabe?

                  — Você está olhando para as flores desde sexta-feira, e ainda seus olhos brilham quando vê elas. Porquê? Ele até que é atraente e é solteiro.– disse Ana.

                  — Você lembra do que aconteceu com Davi, eu tenho medo de...– eu comecei a chorar, sendo abraçada pela minha irmã.

                     Talvez você esteja um tanto quanto curioso/a, sobre quem era Davi, mas calma que eu vou explicar. Davi Siqueira era um belíssimo homem de pele escura com gentis olhos verdes escuro, com uma boa personalidade, e era meu namorado a 2 anos atrás. Mas qual é o drama? vocês perguntam...
          Eu não sabia que ele já foi casado, casado e com um filho que hoje acredito ter 3 anos por aí.
       Até ai tudo bem, porém, descobri que ele largou a família para ficar comigo, e eu me senti horrível, pensei que era a culpada, cheguei a ligar para ele:

          "ESCUTA AQUI, SEU IMBECIL! VOCÊ NUNCA ME CONTOU QUE...   abandonou uma criança, Davi... UMA CRIANÇA!! Acabou, eu estou me senti um lixo por sua culpa... CHEGAA!"

             Não deixei ele falar nada, não precisava mesmo ouvir uma palavra dele. Pelo o que soube tempo atrás que ele voltou com a esposa e está cuidando do filho... Se eu fosse ela, não aceitaria ele nunca mais. Não é errado ele se separar, o errado foi largar a esposa e filho lá em Minas Gerais e vir todo pimpão. Nos conhecemos na internet, nunca mais eu faço isso.
              Vai por mim, eu nunca largaria minha família por um homem, para ser "livre", e o maior problema foi ele deixar o pequeno para ficar com uma mulher... Ai que nojo!!
              Eu me senti como se fosse a amante, "a outra" na verdade e eu sei como é difícil separar de alguém que você gosta, mas é necessário pra não sofrer, pois imagina se eu tivesse tido um filho com ele, talvez me largaria também para ficar com outra.

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              Ana e eu chegamos na casa da Eva, deparando com a própria na porta da casa.

              — Ora, ora, bom dia. Então, essa é a escritora que veio me apresentar?

              — Isso, minha irmã Ana Lisboa Marsh, essa é Eva Fernardes, minha chefa.– ambas deram as mãos.

              — Bom, muito bom mesmo. Ayana me apresentou as suas histórias e estou muito surpresa pelo talento que tens, Ana, mas antes de irmos para meu escritório, preciso mostrar uma pessoa que vai te ajudar... MEGAN, pode descer.- ela virou para a escada e de lá, uma bela mulher de cabelos longos e lisos ruivos, olhos castanhos e sardas, com a mesma vestimenta que a inha de trabalho... É, se fosse para sair com uma amiga dessas, eu ficaria sozinha na balada.

            — Olá, Ayana, Megan Walt. Eva falou muito bem de você.– disse ela com um certo sotaque gringo... Obviamente de outro país ela é.

                Megan Walt... sinto que devo guardar esse nome.

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