Na casa dele
Cheguei em frente a casa dele, e pedi para o motorista buzinar. Na mesma hora, Johnny apareceu e acenou para entrar, dei o dinheiro para o motorista e desci.
Uau, eu não lembrava o quanto esse jardim era bonito, haviam flores novas florescendo, até um grupinho de tulipas tinha.
— Era essa a novidade das flores, Johnny?– abracei ele, sendo recebida com um beijo na bochecha.
— Era sim, elas estão cada vez mais bonitas mesmo nesse tempo impiedoso que uma hora faz um calor do Deserto do Saara, e depois parece o filme Frozen.– ri com seu comentário.
— Tem razão, eu até cheguei a ficar um pouco doente, mas logo voltei ao normal. Quando a rinite ataca, é fogo.
— Entendo. Bem, vamos entrar, preciso te mostrar uma coisa.– ele pegou minha mão.
A casa de Johnny era como eu imaginava mesmo, mas não tão bonita assim. Paredes alaranjadas e pisos com um sombreamento negro, faziam contraste com os belos quadros que tinham. Um quadro em especial chamou minha atenção.
— Como pode ver esses quadros foram feitos por mim. Alguns tem alguns anos, outros fiz recentemente, como esse aqui.– ele aponta– Fiz ontem, e achei ele muito parecido com você.
— Tem razão, parece meus olhos mesmo. É uma homenagem?
— Deixei meu coração desenhar por assim dizer, foi pura coincidência ele desenhar você.– ele ri, mas percebo suas bochechas ficarem vermelhas.
— Coincidência ou eu estou no seu coração? Já me ama tanto assim, senhor Johnny Depp.– me aproximo dele, flertando.
— Acho que coincidência em estar no meu coração, te conheço a pouco tempo. Fazer parte dele, demora uns 4 meses, você em três já fez muito.– ele põe uma mão na minha cintura, certamente flertando também.
— Você está carente na verdade. Pelo o que me contou, você está a seis meses sem sentir alguém, estou certa?– recebi um aceno concordante de cabeça.– Eu estou a dois anos, seríamos um par perfeito de carentes. O que acha?– fingi beijá‐lo, indo em direção logo cortando e beijando o canto de sua boca.
— Já disse que eu ficaria com você numa boa?
— Já sim. Mas eu estou com fome, o que é que tem aí?– me afastei, brincando.
— Traiçoeira, viu?
Ri, enquanto observava o mesmo se consertar. Eu sei, eu sei: Porque não beijou ele? Quem sabe, em breve...
Ele foi até a cozinha, preparar panquecas pelo o que parece, junto a uma garrafa de café. Meu Deus, ele é praticamente um viciado nisso. E eu também, sempre tenho uma caneca de café ao meu dispor, enquanto minha irmã fica só no café com leite, ou um suco.
— Pimba! Mais uma coisa em comum, eu também sou apaixonada por café.
— Que bom, assim você não reclamaria assim como minha ex. Ela vivia tomando aquele suco verde desgraçado, e queria que eu tomasse também. Sem esquecer da dieta na base de salada e comportamentos quase suicidas, como ficar correndo mais de dois quilômetros, todos os dias. Ainda bem que eu me separei, isso era um ponto que eu já devia ter largado antes de saber de qualquer traição. Ela chegou a desmaiar, por não ter a alimentação saudável e ainda me disse "Uma mulher que não faz esforços para ficar magra, nunca vai ser bonita.".– ele disse, colocando café em ambas as canecas.
— Que coisa mais estranha. Eu nunca me importei com peso, desde que eu esteja saudável e tudo mais. Ana também não se importa muito, isso porque nossa preocupação é mais com o cabelo, mas só isso também. Maquiagem, nem a pau. Eu curto em outras pessoas, mas em mim não, por isso prefiro ser a mais natural possível.
Johnny concordou e eu fiquei observando suas feições. Se ele pudesse ser ator, eu com certeza daria todo o apoio, até porque ele tem a habilidade de se expressar com os olhos. Eu estava ficando triste com o caso da Megan, mas acho que ele queira saber... Por mim, eu não conto, mas caso ele pergunte, eu direi.
— Viu Megan esse dias?– questionou, comendo sua panqueca, que estava num pratinho azul.
— Vi hoje mais cedo, e ela não estava sozinha.
— Deve ser o namorado dela, ele deve ser ridículo...
— Ele tem muitas coisas parecidas com você.
— Como assim?– ele se levantou da poltrona, sentando ao meu lado no sofá.
— É... cabelos da mesma cor, olhos, pele, e até estatura. Ela não te esqueceu.
— Mas me trocou... por uma cópia.– ele revirou os olhos. Ele tinha razão.– Sabe o que eu acho? Que deve haver mulheres muito bonitas, por aí, que iriam me querer, então porque viver aos pés dela?– ele cruzou as pernas, fazendo uma pose sexy.
— Você estava aos pés dela, caso ela viesse até você?– zombei.
— Claro que não! Tenho muitas outras gatinhas pra conversar.– ele pega uma mecha do meu cabelo, e enrola no seu dedo, fazendo-me rir.
— Galanteador, é o que você é. Quer um beijinho, é isso?– zombei novamente.
— Cairia bem.
Mesmo com um "medo", eu me aproximei de seus lábios, tocando-o com os meus levemente, apenas para provocar. Quando me afastei, recebi um olhar confuso dele, logo o mesmo começa a rir.
— É só isso que sabe fazer? Agora entendi o porquê Davi foi embora.– ele gargalhou.
Peguei ele pela gola, colando nossos lábios fortemente, sentindo um gosto de café na sua língua que estava lutando contra a minha. Eu não vou negar, mas eu queria ter feito isso bem antes, ele beija bem.
Suas mãos foram até minha cintura, massageando a mesma, minhas mãos foram para seus cabelos lisos, e lembrei da vez que pensei em como eles seriam se estivessem em meus dedos. Eram tão macios e cheirosos.
— É... você sabe fazer melhor mesmo.– ele ri.
— Na verdade, você está tirando o foco do que eu vim fazer aqui.– ri também– Eu quero te chamar para passar o Ano Novo comigo. Eu estarei sozinha, minhas vizinhas passarão com seus familiares, e Ana vai sair com alguém.
— Ah sim, eu aceito. Eu não iria fazer nada mesmo, muito obrigado, por me salvar.– ele riu.
— Bem, eu vou precisar ir embora, pra fazer as coisas pra amanhã e tudo mais. Quer ir pra lá me ajudar?– ele acenou que sim.
Esse Ano Novo vai ser diferente... eu sinto.
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