Lanchonete "Br"
Já em casa, o sinal de internet volta e recebo uma mensagem de Ayana e... Beijos? Coisa da minha cabeça, com certeza (Ou não).
Antes de respondê-la, coloco as compras dentro de casa e procuro meu amigo de todas as horas, vulgo whisky, derramo em um copo, sento-me e começo a digitar.
"🚹Também estou animado para ver a sua reação. Voltei agora da loja e comprei varias coisas para lhe mostrar, Aya. Não se preocupe com o tempo, por que não há problema algum, afinal somos adultos. Responda quando puder❤!"
Achei muito educado da parte dela explicar o porque está ocupada. Deito-me no sofá após terminar meu copo e avisto meu velho violão, ao lado da janela de madeira, meus dedos coçavam para pegá-lo. Tomei coragem e fui em direção a ele.
— Quanto tempo, hein?– falo sozinho, com uma certa saudade de tocá-lo, ato que acabei por fazer.
Como pode uma simples melodia fazer o corpo tremer e deixar-me extasiado, dando vontade de procurar algo para ser feliz? Talvez a única coisa que preciso seja a música.
Dias se passaram e Ayana ficou mais próxima de mim, virtualmente, agora acordamos e começamos a conversar, isso sem contar nas vezes em que flertamos. É tão divertido, não vou negar.
Após saber que a semana de trabalho dela diminuiu, fiquei feliz, pois assim podiámos marcar para sair.
Em casa estava faltando algumas coisas, então resolvi fazer uma compra. No mercado vejo Ayana e outra moça, a qual suspeito ser sua irmã, conversando e rindo. Não sei porque, mas tive vontade de me esconder, porém encostei em uma prateleira de latas de sopa fazendo com que elas caíssem e fizessem um som agudo, chamando atenção. A cacheada olhou na minha direção e sorriu– possivelmente num gesto solidário– vindo para me ajudar:
— Ora, ora, se não é o Sr. Depp?
— Sim.– sorri envergonhado- Por favor não me chame de Senhor, faz-me parecer velho.
Ela deu aquele sorriso branco, que destacava na sua pele de jaspe, junto de seus cachos, que caiam sobre os olhos... Por que estou prestando atenção mesmo?
Logo, ouvi uma risada um tanto engraçada, daquelas que você quer acompanhar, subi o olhar e vi sua irmã (Ana, se não me engano), olhando para mim, como se estivesse... hipnotizada... não sei bem.
Aya me ajudou e levantamos, ambos envergonhados.
— Bem, irmãzinha, esse é Johnny, de quem falei. Johnny, minha irmã, Ana, a qual comentei também.– juntei minha mão com a dela.
- Minha irmã fala bem de você, Depp.- Ana disse, dando um leve sorriso.
- Que bom... eu acho.- sussurrei.
— Bem, que tal tomarmos um suco? Eu adoraria, conhecer você melhor, John.
Ayana, colocou uma mecha cacheada atrás da orelha e pegou a mão da irmã levando-a para uma lanchonete próxima dali e tipicamente brasileira: Com mesas e cadeiras de plástico do lado de fora. Não nego que sempre que a vejo, tenho uma certa excitação mental, de querer saber muito mais dela...
Perdoe-me, mas eu sou curioso, e curiosos não se acalmam até descobrir aquilo que querem.
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