𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 • 35

Nada muito ruim.

𖥦𖥦𖥦

Drogas, bebidas e música. Uma combinação muito ruim. Não que eu me orgulhe e nem meus amigos, mas todos nós estamos em um estado horrível, principalmente eu, acho que me afundei mais do que devia.

Só de pensar, que no começo de tudo, eu odiava qualquer tupi de relação com drogas e bebidas, olhe para mim agora... Acabada de ressaca e com mais quatro imbecis na mesma situação jogados na minha sala.

— Vamos lá pessoal! — Grito me arrependendo logo depois.

Preciso que eles me ajudem a arrumar isso tudo, meu pai pode chegar a qualquer momento e a coisa pode ficar feia (ou não, ele não se importa, ou se importa sim).

Eles acordam assustados, talvez tivessem em um sono leve, como se estivessem na espreita de algo acontecer, ou era as drogas ainda fazendo efeito no corpo.

— Precisamos arrumar isso gente, meu pai pode chegar — Explico.

Vou para a cozinha e arranjo remédios para todo mundo e dou para cada um, que resmungavam bobagens que eu não entendia.

— Seu pai pode nem chegar — Nath fala com a mão na cabeça, talvez fosse de dor — Porque acordar agora?

— Talvez ele possa chegar também — Retruco — Vamos lá pessoal, quando terminamos podemos dormir no meu quarto. Não em um chão sujo de bebidas e pizza — Olho com nojo para o chão sujo que os meninos estavam deitados.

Cinco minutos, convencendo eles o do porque eles tinham que se levantar e arrumar a casa, para que eles se levantassem e começar a organizar a casa sussurrando de como eles estavam arrependidos de fazer essa festa "maldita". De copos grudentos de cerveja a bitucas de maconhas, espalhadas pela casa, meu quarto estava com cheiro de bar de esquina. Muito trabalho pela frente.

Horas, levarmos horas para arrumar tudo e deixar melhor do que estava antes.

— Devíamos abrir um negócio, podíamos ficar ricos — Digo contente com o resultado.

— Ou devíamos ficar deitados aqui no seu sofá confortável — Joe falou quase dormindo.

— Ânimo, agora podemos ficar deitados assistindo um filme — Falo sorrindo.

Mas com o olhar que todos me lançaram (de morte), desfiz o olhar e me sentei junto deles.

— Poxa gente, nem um pouco de alegria — Falo um pouco chateada.

Certo, eles querem dormir, mas o problema é deles de se drogarem até altas horas da madrugada, ao envés de irem dormir. A culpa não é minha.

— Podíamos dar uma atenção para ela não é gente? — John tentou se animar.

— Cale a boca galã ou eu bato em você — Nathaniel tenta cochilar no ombro do Joe.

Ver isso me dá vontade de rir, geralmente é eu que mando o John calar a boca e o Nath que fica bobo por John. O universo está mudado.

— Eu-

Fui interrompida com a porta sendo aberta, todos tiraram a atenção de seus pequenos cochilos e olharam para a porta.

— Terminamos bem a tem-

Nath tenta sussurrar, mas leva um susto, assim como eu. Achei que era meu pai, mas me assustei ao ver quem era...

— Mãe? — Me levanto assustada do sofá.

Todos parecem se olhar surpresos com a palavra. "Mãe". Eu não vejo essa mulher já faz sete anos. Sete anos sem olhar para a cara dela. Sete anos sem ela nem ao menos dar a mínima de vir me ver e cá está ela com esse sorriso imbecil no rosto fingindo que não aconteceu nada.

— O que você tá fazendo aqui, Regina? — Falo com semblante sério, para ela saber que não é bem vinda.

— Oi filha, oi amigos da minha filha — Fala entrando dentro da casa e se apossando dela.

Tirando os sapatos e jogando em qualquer lugar, colocando sua bolsa de couro em cima do armário da televisão e jogando seu casaco na poltrona que ficava perto da porta.

O pessoal ainda estava imóveis, assustados com a situação, com cara de assustados.

— Eu te perguntei algo, o que infernos você faz aqui? — Começo a seguir ela, como se ela fosse roubar algo.

— Caraca, essa casa está perfeita — Diz olhando para todos os lados.

— Mas que merd-

— Acho que a gente vai esperar vocês duas conversarem lá no seu quarto, Ângela — Maxie, deu um sinal para todo mundo sair da sala.

Minha mãe ainda estava com aquele sorriso idiota no rosto, como se ela fosse a mãe mais perfeita do mundo. Só que ela era com certeza ao contrário disso.

— Não vai me responder? — Digo curta e grossa.

— Vim te dar meus parabéns — Ela tenta vir me abraçar, mas eu recuo.

Agora ela parece confusa, recua também só que sem o sorriso do rosto de antes e me olhando nos olhos.

— Fiz algo de errado? — Ela fala insegura.

Já sei, deve ser um dos planos delas, tentando parecer uma boa pessoa e querer me reconquistar, mas eu não vou cair nessa.

— Ah sim, Regina, você fez algo de errado — Falo com raiva — Você não vem me ver já fazem sete anos, me deixando com esse babaca que nem ao menos se importa em vir todos os dias para casa, para saber se estou viva. Já fazem, a porra de sete anos que nem ao menos se dá ao luxo de me enviar feliz natal por mensagem e nem quer saber da minha existência! — Cuspo as palavras na cara dela como se fosse ácido que poderia atacar ela.

Ela recua mais um pouco com a minha explosão repentina e bufa como se ela não estivesse preparada para ouvir tudo isso.

— Oh minha filha, não fala desse jeito comigo — Ela fala baixo em defesa própria.

— Como eu não vou falar assim com você Regina? Você quer que eu tinha que nada aconteceu? Que nao fugiu para ficar com um cara mais novo e viver como se não fosse mãe? Não tivesse a responsabilidade de mãe? Você acha que tudo diminuir me dando carro de presente no meu aniversário e só? — Contínuo.

Eu fico sem reação depois disso, é como se eu estivesse tirando peso de meu corpo, um peso que já havia se acomulado.

— Minha filha, eu voltei, eu vim para ficar — Ela diz na defensiva.

O que?!

~~~~~~~~~~

Joguei a bomba e fui embora.

Me desculpem por não postar a semana passada (não se se foi só a semana passada ou duas semanas atrás), eu não estava conseguindo escrever absolutamente nada.

Comentem o que vocês estão achando, certo? Deixem também a estrelinha

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top