𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 • 19

Apaixonados?

𖥦𖥦𖥦

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Acordo desconfortável, parece que tem alguém em cima de mim.

Johnny. Que folgado!

A gente virou a noite assistindo filmes de romance. Estranho, porque foi bom, nunca achei que iria fazer isso com o John e foi legal, rimos atoa, choramos, ou melhor... Eu chorei, gritamos com a televisão, até um dos vizinhos veio reclamar na minha porta que estávamos falando alto demais. Foi divertido.

Me levanto devagar para não acordar o Johnny e cubro ele, ainda são... SEIS? eu acordei cedo demais e aparentemente meu pai nem para casa veio, não chocada e nem surpresa. Na verdade foi até melhor assim.

Vou até o banheiro e escovo meus dentes e arrumo meu cabelo bagunçado, o dia está um pouco frio, então ligo o aquecedor e coloco a máquina de cafe para funcionar.

A sala está uma bagunça. Meu Deus! Ontem eu chorei demais, olha o tanto de papel que tem no chão e latinhas de refrigerante e colheres com chocolate. Fizemos uma noite das meninas? Só que com só uma menina? Isso é realmente engraçado.

Começo a recolher as coisas do chão quando eu me assusto com Johnny me olhando.

— Não faça isso? — Coloco a mão no coração.

— Que horas são? — Fala com os olhos quase fechados.

— Seis da manhã — Falo ainda pegando as coisas do chão.

— O que!? E você está acordada as seis em um sábado? Vem se deitar — Me puxa para o sofá e eu acabo caindo em seu colo.

Nos encaramos e aconteceu alguma coisa. Alguma coisa que eu não sei te dizer, é difícil dizer essas coisas, mas me deu frio na barriga. Mas voltei a consciência e me levantei rapidamente disfarçando o que tinha acontecido.

— É... — Pigarreio — Daqui a pouco o café está pronto — Sorrio e saio.

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Tomamos café calados, aquilo realmente me incomodou, aconteceu alguma coisa ali que não consigo explicar, o jeito que nós olhamos, foi estranho. Eu me despedi dela e fui para casa, passei o caminho todo pensando na noite passada, foi a noite mais legal que passei com uma garota sem transar, isso é bizarro, até briguei com um vizinho dela, provavelmente ele pegue no pé dela para sempre.

— Bom dia — Digo entrando dentro de casa encontrando Eleonora, minha irmã.

— Bom dia irmãozinho, parece que alguém se deu bem ontem — Sorriu maliciosamente.

— Desencana, só dormi na casa de uma amiga — Falo jogando meu casaco no sofá e tirando meus sapatos.

— E isso quer dizer... — Ainda com o sorriso malicioso.

— Que passamos a noite toda acordados assistindo filme e comendo besteira — Falo sorrindo amarelo.

— Hm... Isso é estranho — Olha pra mim diferente.

— O que?! O que foi? — Digo assustado.

— Você está apaixonado, não está? — Pergunta semi serrando os olhos.

— Que!? Não viaja Eleonora — Jogo uma almofada nela — Você está louca.

Me levanto e vou para o meu quarto. Preciso de um banho.

Abro o chuveiro e deixo a água quente aquecer meu corpo e relaxar meus músculos.

Apaixonado, que besteira!

É a maior bobagem que eu já ouvi na vida.

[...]

Fiquei sabendo de uma festa e eu não recuso uma festa, lá sempre tem drogas, bebidas a vontade e meninas atiradas que quer transar comigo.

Talvez eu chame a Ângela e os amigos dela. No começo de toda aquela coisa que meu tio me colocou eu não gostava dela, mas realmente criamos um vínculo legal, posso até chamar ela de amiga, mas eu não tenho amigos...

“Por que não chama seus amigos para ir em uma festa?” Foi a mensagem que enviei para a Ângela.

— Eu vou ir para uma festa! — Grito de dentro do meu quarto para a Eleonora escutar.

— E o que eu tenho haver com isso? — Aparece de repente na porta me assustando.

— Caralho — Falo baixo colocando a mão no coração tentando acalma-lo — Eu não sei o que vestir.

— E porque isso? Nunca foi de se importar com roupa — Sorriu estranho — É aquela menina não é?

— Que? A Ângela? — Começo a rir. Esse é o tipo de piada que eu gosto — Não, não!

— Ângela — Repetiu — Bonito o nome, combina com John.

— Cala a boca e sai do meu quarto — Empurro ela pra fora.

— Eu te conheço John e eu sei que está apaixonado, não se engane — Fala antes de sair.

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Estava no banho, quando recebi a mensagem do Johnny falando sobre uma festa, estou enjoada de ficar dentro de casa, seria legal sair de casa um pouco.

— Oi.

— Que horas são? — Nath fala com voz de sono.

— São cinco da tarde Nathanael, sério que você estava dormindo?

— É sábado e está frio, é bom dormir em dia frio.

— Levanta, vamos em uma festa.

— Festa? É pra já.

— Já chamei a Maxie e o Joe, se arruma aí.

Desligo a chamada. E vou de arrumar, já que estou de toalha e completamente atrasada.

TOC TOC TOC.

Sério que ele chegou agora? Ah, que saco. Saio correndo de toalha e abro a porta rápido.

— Entra e fecha o olho — Saio correndo assim que falo.

— Okay — Escuto Johnny falar no fundo rindo.

Que merda! Por que ele chegou logo agora?

Não tenho nem o que vestir, não gosto de vestido, calças repetidas e blusas que não combina com nada.

Legal, meu quarto está cheio de roupa e nem se quer tenho nada pra vestir.

— Já se arrumou? — Johnny grita da sala.

— Não me apressa! — Grito de volta.

O que eu vou vestir? O que eu vou vestir? JÁ SEI!

Maxie me deu uma roupa de aniversário ano passado e eu nunca usei até hoje. Maxie é estilosa. Está decidido.


Que legal Maxine, eu adoro vestidos. Isso definitivamente não combina comigo.

— Vamos logo Ângela, estamos atrasados e ainda temos que pegar os outros!

Merda. Estou atrasada, vou ter que ir assim...

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