𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 • 18
Essa capítulo pode ter um pouco de romance. Talvez você não goste se está aqui pelas drogas e diversão.
𖥦𖥦𖥦
Hoje é sexta-feira, é meio bizarro, em uma sexta-feira normal estaria na casa dos meus amigos, assistindo filme e bebendo algumas cervejas, também iria para a escola, já é a segunda vez seguida que eu falto na psicóloga e provavelmente ela irá ligar para casa ver se eu estou viva, mas eu estou em casa deitada o dia inteiro no sofá comendo chocolate, pipoca e bebendo Coca-Cola e por incrível que pareça, assistindo filme de romance.
Não é TPM!
Eu não estou nem perto e eu nem sei porque caralhos estou assim. É meio bizarro, fiquei meio vulnerável, estou chorando faz uma hora direto, por causa de uma droga de filme de romance.
OH MEU DEUS! O QUE ESTA ACONTECEU COMIGO?
Alguém me tira dos pensamentos batendo na porta, que horas são? Me levantando arrumando meus shorts do pijama e dou pause no filme, antes de abrir a porta limpo meus olhos e meu nariz, eu estou parecendo aquelas viúvas dos anos 20, quando perdia o marido na guerra ou sei lá o que, só que uma viúva com shorts minúsculos e com o cabelo todo bagunçado e o rosto todo inchado e vermelho de chorar, talvez uma viúva moderna.
— Boa tarde — Johnny sorri pra mim assim que abri a porta — Meu Deus, o que aconteceu com você? Você está horrível — Faz uma careta horrível.
— Oh, isso é confortador John Rubin — Sorrio falso.
— Essa casa tá "uó" — Diz entrando sem nem mesmo eu convidar.
— Pode entrar Johnny, fica a vontade — Digo ironicamente.
— Essa casa está parecendo uma caverna — Começa a abrir as cortinas fazendo entrar luz na casa que estava toda escura.
— Não tem como me deixar em paz não? Eu tô tentando sofrer aqui _ Falo me jogando no sofá e me cobrindo, de novo, com o cobertor — Aliás, o que veio fazer aqui mesmo?
— Maxine me falou que estava doente. Então cá estou eu — Fala pegando os papéis que estava no chão.
— Sai da frente — Chuto ele para sair da frente da televisão.
— Romance? Sério?.
— Por que do comentário? Eu não posso mais assistir romance? — Falo indignada.
— Porque você não é do tipo que assiste romance — Se senta do meu lado — Que filme é esse?
— Eu não faço a menor idéia — Digo não tirando os olhos da TV
Isso é meio desconfortável, eu estou do lado do Johnny, com a cara inchada, nariz provavelmente escorrendo de tanto chorar, com o cabelo mais desarrumado possível e também com uma roupa super curta. E eu acabei de perceber que ele pegou todos os papéis de lágrimas e catarro do chão, isso é inusitado. Ele deveria estar fumando e assustando crianças, não na minha casa pegando papel sujo do meu chão e reclamando do meu filme clichê chato.
— O que você está fazendo aqui mesmo? — Pauso o filme para encarar ele.
— Lhe fazendo companhia.
Começa a tirar os tênis e senta confortavelmente no meu sofá se cobrindo com o meu cobertor e eu continuo o encarando assustada, nunca que eu iria ver John Rubin fazer isso por alguém.
— Vai despausa — Tira o controle da minha mão e despausa o filme.
Isso é inusitado. É estranho, a sensação é estranha, tudo estranho.
John Rubin assistindo filme de romance parecendo uma menina no começo da adolescência, achando que um dia vai ter um romance bobinho desse de verdade.
[...]
— Por que? Por que ela não fica com ele? Isso é injusto — Ele grita com a televisão.
No momento eu estou aos prantos, mas a vontade de rir tomou conta de mim.
— Eu não sei — Começo a rir com o meu rosto cheio de lágrimas — Talvez seja o melhor para se fazer, essa é a realidade.
— Isso não é justo — Fala em um tom engraçado.
— Se controla John Rubin, você parece uma garotinha — Me levanto para ir a cozinha — Quer alguma coisa?
— Tem o que pra comer? — Se levanta junto e vai até o balcão se apoiando nele enquanto eu olho o armário...
𝓟.𝓞.𝓥. 𝓙𝓸𝓱𝓷 𝓡𝓾𝓫𝓲𝓷
Eu não sei o que é mais incrível, passar quase uma hora inacreditavelmente agradável do lado da Ângela ou a visão que eu estou tendo da bunda dela nesse momento.
Hoje fui para escola e vi que ela não estava, fiquei sabendo que ela estava doente, passei todas as aulas preocupado, então vim direto para ver ela. Realmente ela estava mal, mas deveria ser só aquele negócio que mulher tem, como é o nome? PTM? Alguma coisa do tipo. Pelo menos no momento vejo que ela está bem.
— Tem chocolate, pipoca, mais pipoca e pipoca. Meu Deus eu gosto mesmo de pipoca — Fala jogando pacotes de pipoca na minha frente.
— Então faça pipoca e vamos assistir mais algum filme.
— Você está doente? — Pegunto colocando sua mão na minha testa. Não é por nada, mas ela tem belos seios, essa regata mostra bastante coisa.
— Óbvio que não, você está doente.
— Não, eu não estou doente, eu só falei isso para não ir ao colégio — Fala enquanto colocava o papel com milho no microondas.
— Você parece estar doente — Olho para o rosto dela inchado e seus olhos vermelhos dando destaque para o azul esverdeado e por incrível que pareça ainda continua linda.
— Isso poderia me machucar, mas vindo de você não me afeta, Johnny Rubin — Joga uma tampa de um pote em mim e eu pego rapidamente.
— E isso quer dizer...
— Que você é uma pessoa má — Começa a gargalhar junto com a pipoca que estourava ao fundo.
— Não! Eu sou uma boa pessoa — Falo e ela começa a rir mais.
— Isso é uma piada? Você me fez chorar de rir — Diz limpando as lágrimas do rosto.
Ultimamente eu tenho pensado bastante na Ângela, não como eu pensava antes. Ela é uma boa pessoa, ela é uma boa amiga e tudo mais. Criar intimidade com alguém assim é demais.
— Ei? — Falo chamando a atenção dela — Deveria me preocupar com o seu pai chegando aqui do nada e me matar com uma faca?
— Na verdade não. E se ele chegar aqui nem sua presença vai notar — Fala pegando a pipoca de dentro da máquina e jogando na pia — Inferno! Eu sempre me queimo.
— Há! — Grito rindo — Só idiotas se queima com pipoca — Digo só para provoca-la e ela joga uma pipoca em minha direção.
— Você que é um idiota — Fala serrando os olhos em minha direção.
— Que filme meloso vamos assistir agora? — Falo indo em direção a televisão.
— Hm... — Fala mastigando — Eu vi um que entrou na Netflix agora pouco e parecia bem meloso — Deixa o pote de pipoca e volta para a cozinha pegando refrigerante.
— Esse? — Pergunto apontando para tela da televisão e ela assente — Morte e vida de Charlie. Esse parece dos chatos.
— Parece mesmo, se arruma aí — Me empurra se cobrindo e colocando o pote de pipoca no seu colo...
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Um capítulo bem boiolinha. Estudos apontam que quando estamos apaixonados ficamos vulnerável. Assim como a Ângela está :)
É o seguinte, eles estão se apaixonando sim e quem acha que não é n*zista.
Nao se esqueça de votar e comentar o que está achando okay? Bjo tá titia :)
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