𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 • 06

15 minutos bons, que não te mataram.
𖥦𖥦𖥦

— Fiquei sabendo que vocês quase se pegaram hoje de manhã — Maxie fala curiosa.

— Quase mesmo, se não fosse eu, Ângela estaria expulsa da escola.

_ Expulsa? Por que expulsa? — Joe pergunta.

— Primeiro ela já não está em uma fase boa com o diretor e segundo que ela teria batido no sobrinho dele.

— Hello! Eu tô bem do lado de vocês, tem como parar de falar de mim que nem se eu não estivesse aqui? — Digo chamando atenção de todos.

— Desculpa amiga, mas a verdade é essa... — Nath diz.

— Que verdade? — Pergunto curiosa.

— Que eu salvei sua vida nessa escola.

— Isso é péssimo — Johnny chega se sentando no gramado onde estávamos.

Quando está sol sentamos no gramado e quando está frio (o que é quase a maioria das vezes, já que estamos no outono) sentamos dentro do refeitório, lá dentro é quentinho.

— Quem te chamou na conversa seu idiota? — Falo grossa.

— Você é insuportável, puta merda — Revisa os olhos

— Por que você não vai tomar-

— Ângela — Nath me cutuca e eu presto atenção nele — O diretor está ali olhando para cá que nem um doido psicótico. Com todo respeito ao seu tio óbvio — Sorriu para o Johnny.

E lá estava ele, de longe observando. Se ele acha que está escondido ele está totalmente enganado.

— Ele está nos observando? — Johnny pergunta confuso.

— Eu acho que sim — Falo incrédula.

— Gente eu vou ir ali — Maxie se levanta junto de Joe.

— Eu também vou — Nath se levanta.

— Não Nathanael, não me deixa aqui sozinha - Seguro o pé dele.

— Para de drama, 15 minutos com o bofe aí não vai te matar. Até mais tarde — Saiu seguindo Maxie e Joe.

Ele me deixou aqui sozinha com o estrupício? Odeio meus amigos.

— Fala alguma coisa — Johnny diz entre os dentes.

— O que? Fala direito — Eu quase não estendi o que ele falou.

— Fala alguma coisa -—Sorri estranho.

— Credo — Fiz uma cara de assustada — Você está me apavorando com essa cara.

— Ele vai ficar nos observando, fala alguma coisa.

— Eu não sei o que falar, devo me apavorar?

— Sim, meu tio é louco — Falou se virando para mim e desfazendo o sorriso — Já pensou ele ficar nos perseguindo o dia todo?

— Virá essa boca para lá, Deus me livre de ficar fingindo gostar de você o dia todo.

— Eu sou tão chato assim?

— É. Você é sim.

— Você é uma pessoa ruim.

— Eu sou uma pessoa ruim? Por falar a verdade? — Digo inconformada — Você que ameaça uma pessoa para a fazer sua lição.

— Eu não sou tão ruim assim, eu sou uma boa pessoa — Falou indignado.

— Cite uma coisa boa que você fez hoje — Espero sua resposta. Ele parecia pensar.

— Eu... Eu não bati no Augustus hoje, isso é uma boa ação.

— Isso só confirma que você é uma péssima pessoa. Me diz, seu tio não fica sabendo de nada que você faz não?

— Não. Minha má fama me ajuda a nada chegar no meu tio ou eu bato na pessoa que contou para o meu tio.

— Você é uma péssima pessoa.

— Eu posso ser uma boa pessoa.

— Prove — Duvido dele.

Eu duvido mesmo, desde que conheço o John nunca vi ele não ser maldoso com alguém, inclusive já fez algumas coisas comigo que eu simplesmente não gostei, duvido que ele lembre de alguma dessas vezes.

— Eu posso... — Pensou um pouco — Eu posso passar o dia todo elogiando as pessoas.

-—Tá aí uma coisa que eu duvido. Vai começar agora — Me levando me limpando e pegando minha bolsa que estava no chão.

— O que? — Pergunta assustado.

— Sim, quero provas de que vai elogiar as pessoas e se eu não me engano temos 10 minutos de intervalo. Vai levanta daí vamos — Puxei ele para se levantar.

Uh! Isso vai ser demais. Imagina John Rubin elogiando as pessoas sem mais e nem menos. Acho que vou até tirar foto. Vou pegar minha câmera, ela sempre fica na minha bolsa, não confio para deixá-la no armário, muito menos na sala do jornal.

Entramos na escola, descemos a escada e começamos a andar em corredor movimentado.

— Vai Johnny, começa sua boa ação do dia — Empurro ele.

Ele me olhou com raiva. Aposto que ele tá pensando em mil maneiras de como me matar. Eu sou uma pessoa não também.

— Uma bela blusa Frank — Diz encarando um menino aleatório.

— Meu nome é Junior — Falou sério.

Eu no momento estou me segurando para não rir, passou vergonha de graça, eu vou me divertir muito esse intervalo.

Johnny sorriu sem graça e saiu com o rosto todo vermelho, agora se é de raiva ou de vergonha eu não sei. Bom, eu segui ele. Quinze minutos de risadas, aí vou eu.

— Belo começo bonitão — Falei rindo.

— Hahaha super engraçado — Diz sarcástico.

— Isso vai ser um ótimo intervalo.

[...]

Hoje foi um dia divertido, eu ri à beça, nunca vi Johnny passar tanta vergonha na minha vida. As pessoas reclamando ou olhando estranho para ele enquanto ele as elogiavam, bom... Eu também estranharia, não é normal John Rubin elogiar alguém.

Hoje foi um dia divertido, sem contar no momento quando o diretor chegou na gente e começou a nós encher de perguntas, até o Johnny estava incomodado, dava para ver na reação dele a cada pergunta, ele dia sem graça e parava, o diretor é realmente um estorvo. Tirei algumas fotos das reações das pessoas e das reações dele também, eu poderia colar as fotos na testa, de tão boas que ficaram. Jurei que ele poderia me bater a cada clique que eu dava.

No final da aula, estava prestes a chegar no estacionamento para entrar no carro do Nath, hoje ele vai me levar para casa. Alguém me interrompe enquanto amarrava meus sapatos, quem era? Ele mesmo... O diretor baixinho e barrigudo que eu tanto amo.

— Como foi o seu dia com o Johnny? — Fala arrumando seu terno que ficava grudado em seu corpo, parece que ele correu uma maratona.

Eu poderia responder que foi bom ou até muito bom por sinal ... Porém eu odeio esse garoto, nunca irei dar esse gosto para Johnny.

— Foi ótimo — Sorri ironicamente.

— Sem gracinha em Ângela, eu posso muito bem alongar o seu tempo com o meu sobrinho querido.

Pensa no ódio que você tem em uma pessoa, triplica esse ódio e esse foi o tanto que eu fiquei desse diretor fofinho e barrigudinho. Ele consegue me irritar tão fácil, lembra de algumas vezes que eu falei que poderia quebrar uma cadeira nas costas do Johnny? Agora eu também posso quebrar nas costas do tio dele.

— Está bem diretor — Sorri forçado — Foi... Foi agradável e nada mais que isso.

~~~~~~~~~~

O que estão achando?

Não se esqueçam de votar :) bjos da titia.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top