𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 • 17

Após Halloween

𖥦𖥦𖥦

𝓟.𝓞.𝓥. 𝓐𝓷𝓰𝓮𝓵𝓪 𝓛𝓪𝔀𝓼𝓸𝓷 

Ontem foi uma noite e tanto, nem ao menos lembro de como cheguei em casa. Eu devo estar com cara de zumbi me arrastando pelos corredores da escola. Eu estou sendo obrigada a vir, assim como o resto da escola, eles inventaram alguma coisa haver com prova, só para os alunos não faltar, passar três dias da semana sem aula é osso.

— Bom dia senhorita Lawson — Chega o baixinho barridudinho. Poderia ser qualquer um, mas tem que vir a pessoa que eu menos quero ver no mundo agora — Como foi a festinha ontem?

— Foi ótima senhor diretor.

Hahaha, como se eu lembrasse de alguma coisa.

— Espero que meu sobrinho tenha se divertido — Fala batendo no meu ombro — Vejo você por ai, senhorita Lawson.

Sai andando pelo corredor fazendo barulho com o seu sapato preto de bico fino.

Ele fala desse jeito como se eu tivesse medo dele, se eu dou um peteleco nele é certeza que vai doer. O diretor não é do tipo machão, ele está mais para o cara que se faz, mas que por dentro está cagado de medo.

— Bom dia Ângela! — Nathanael chegou gritando e pulando. Acho que ele se deu bem ontem.

— Oi Nathanael, não tem como falar baixo não? Você está berrando — Falo de mal humor.

— Parece que alguém está de ressaca.

— Metade dessa escola está de ressaca, porque esses babacas inventaram a merda me uma prova para não faltarmos, aposto que não existe prova nenhuma — Falo abrindo meu armário, jogando minha bolsa na parte de cima e peguei os livros do das primeiras aulas na parte de baixo.

— Beberam porque quiseram — Me olhava convencido.

— Você só fala assim porque passou a festa toda transando — Respondo rápido.

— É. Isso é verdade.

— Vocês parecem animais — Saio em frente seguindo para dentro da minha sala.

Não estava com cabeça para nada, antes de sair eu havia tomado dois comprimidos para ressaca e nem ao menos fizeram efeito.

[...]

— Vocês estão quietos hoje — Maxie fala deitada no colo do Joe.

— Não começa Maxine, ou eu jogo uma cadeira na sua cara — Falo sem paciência.

— Ângela está sem paciência hoje _ Nath fala segurando a risada e eu me segurando para não bater neles.

Eu realmente estou estressada, talvez seja TPM, ou só o estresse por não conseguir fazer as coisas como deveria, por conta da ressaca. Não sei dizer o que exatamente.

Passar o dia com todos a minha volta desanimados e com cara de que não dormiu a noite direito, com os olhos cheio de olheiras, quase todo mundo com roupas cinzas e escuras e de chinelo, tirando os nerds que não foram a festa e as meninas da torcida. Elas sempre estão impecáveis.

— Johnny também está muito quieto — Nath fala olhando para ele de fone, deitado com a sua famosa cara de bunda.

— Não é atoa os dois estarem assim. Estavam chapados — Diz Joe com seu olhar malicioso para cima de mim.

— Não me olha desse jeito Joseph, eu posso arrancar seus olhos e comer com pão — Digo mal humorada.

— Okay okay, sem provocar minha amiga — Maxie fala para Joe — E sem matar meu namorado — Diz para mim — Agora, Angie, vamos comigo no banheiro que eu preciso fazer xixi.

Ela se levanta e me puxa, não deu tempo nem de negar, o que eu iria fazer, mas nesse momento já estamos na metade do caminho e a cada passo que eu dou parece que uma parte do meu cérebro explode.

— Sabia que você e o John se beijaram ontem? — Maxie fala assim que entramos no banheiro.

— O que?! — Grito e certifico de que não tem ninguém no banheiro para ouvir aquilo.

— As coisas pareciam quentes, se não fosse por mim — Fala se olhando para o espelho grudado na parede.

— Isso é ridiculo — Começo a rir de nervoso.

Não pode ser, eu simplesmente odeio o John. Não posso ter beijado ele. De novo. Eu sei que ele gosta de mim, isso é iludir alguém e eu não quero isso. Isso séria horrível da minha parte.

— Vocês estão apaixonados, eu sinto isso — Tira a atenção do espelho e me olha nos olhos.

— Isso não tem graça Maxine. Eu não estou apaixonada pelo John — Encosto na pia.

— Você está negando pra si mesma, mas o fato é que você está sim apaixonada por ele e ele está por você, vocês dariam um belo casal, para de ser besta — Fala me olhando sério.

— Eu e ele não — Alguém me interrompe entrando no banheiro. Era só uma menina do primeiro ano _ Nós não estamos apaixonados, para de besteira — Falo baixo para que só Maxie escute — Agora podemos ir? Está quase acabando o intervalo.

— Não vou para de dizer isso Ângela, eu não estou errada e no fundo você sabe que eu estou certa. Uma hora você vai se tocar _ Fala saindo na frente com um sorrisinho no rosto.

Que besteira! Isso é definitivamente a maior bobagem que a Maxine já me disse em todos esses anos de amizade. Saio atrás dela rindo, ela me olha com cara de convencida, mas eu me dou por vencida.

As aulas foram exatamente chatas e o pior de tudo que não teve prova nenhuma. Eu sabia que não iria ter merda nenhuma, era só uma desculpa esfarrapada para que ninguém faltasse no meio da semana.

Acabou de bater o sinal e esse corredor parece um corredor cheio de zumbis, isso está um horror. É normal que no final no dia todos estejam cansados, mas todos já estavam cansados no começo do dia, agora no final está três vezes pior. Uns esbarrando nos outros, como se estivessem se arrastando, igual eu estou nesse momento. Alguém acaba esbarrando em mim e derrubando meus cadernos no chão.

— Olha por ande anda, monte de estrume! — Grito para que a pessoa escute, já que não fez o favor de parar.

— Relaxa — Johnny chega me ajudando com os cadernos.

— Como? Eu vim para escola atoa, estou doente. E eles me fizeram vir para a escola! Para nada! — Me levando com os cadernos na mão.

— Eu também estou irritado, mas não a esse ponto.

— Não fode John — Olho no fundo dos seus olhos castanhos — Estou indo, vejo você segunda. Amanhã não saio de casa nem que me paguem.

— Então até — Faz um aceno.

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A semente foi plantada na mente de Ângela e ela vai crescer e crescer e crescer. O que acham? Maxine está certa ou não está?

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