🔹Capítulo 9🔹

David Collins
🔹🔹🔹🔹

Difícil era desgrudar os meus olhos dela. Quando penso que ela havia ido embora, eu a encontro sentada na arquibancada, com todo o seu charme e as lentes da sua câmera a posto. Desviava os olhos dela, mas sempre me via os erguendo e olhando para a sua direção. Eu era um maldito de um fraco, por não conseguir me conter. Merda!!!

Os apitos são soados e todos sobem na plataforma. Olho novamente para a dona do meu tormento e desejo imensamente, que ela me veja em ação. Contudo, ela parece ter encontrado alguém na torcida adversária. Logo, eu não me curvo na posição de largada e espero ela retornar, para poder começar; ela tinha que me ver nadando e sendo o campeão. Eu iria dá tudo de mim. Toda aquela raiva, frustração, desejo e clamor, tinha que me dá em alguma coisa. E o beijo que ela me deu um pouco antes, só foi um gás, para tudo o que eu ainda queria fazer com ela.

Ela não podia me atiçar e achar que já me deu o suficiente. "Ela não iria vencer essa batalha."

Logo, o segundo apito é acionado, chamado a minha atenção. Todos se posicionam e eu me concentro na linha que se seguia da minha raia. Agora era comigo. Tudo dependia de mim, do meu esforço e dá minha força de vontade; e isso, com certeza eu tinha.

Assim, as buzinas são acionadas mais uma vez e eu dou o meu salto, nadando com tudo o que eu tinha dentro de mim. Os músculos do meu peito, pareciam querer se rasgar. Os meus bíceps, estavam queimando. Porém, eu me concentrei na minha respiração, no movimento que eu fazia, em tudo o que eu queria conquistar com aquilo; e logo, me apareceu uns olhos castanhos me encarando. Merda!

Perco alguns segundos, mas tento me concentrar novamente. O que eu ganharia com aquilo, era reconhecimento, prestígios, admiração da minha família e ninguém, me rebaixaria mais uma vez. Eu seria o melhor.

Porém, novamente uma frase vem na minha cabeça.

"É só olhar com mais atenção... É fácil notar as coisas simples e importantes."

Que coisas?

Tento pensar enquanto nado.

E logo, me vem alguns momentos. Como o pular alegre do Toddy, quando eu chego em casa; o companheirismo dos meninos, quando nos apoiamos ou rimos de alguma coisa besta; do sorriso fácil de uma certa moça do boliche, que conseguiu me arrancar em segundos, alguns boas e divertidas gargalhadas logo no primeiro momento; isso sim, eram coisas simples e importantes na vida.

Respiro fundo quando ergo na superfície da piscina e involuntariamente, sorrio, ao descobrir como essa menina havia entrado bastante na minha vida. Isso, com certeza não era normal, mas de uma certa forma era bom. Não queria me perde dentro de mim mesmo. Assim, dou todo o meu gás e queimo todos os meus músculos mais um pouco. Eu iria voltar para casa e a minha mãe merecia a minha melhor versão. Não poderia continuar sendo um babaca o tempo todo. Dá pra se viver sozinho, curtindo as mulheres e ainda sim, sendo um bom homem.

Por ela e por todos que ainda acreditam em mim.

E quando eu penso que já estava chegando na minha exaustão, eu sinto as cerâmicas brancas e geladas nas minhas mãos. Eu havia chegado ao final dos 200metros do nado borboleta. E com um suspiro alto, eu me ergo na água. Retiro os meus óculos de proteção e logo, noto que havia sido o primeiro a chegar na borda da piscina. Eu havia ganhado. Comemoro e ergo as minhas mãos, levantando água e dando socos nelas.

Olho para arquibancada e vejo que a nova dona do meu desejo, etava se levantando.

Para onde ela iria?

Ela não olha diretamente para mim e fico me perguntando, se ela ainda havia realmente assistido há competição. Os meninos vibram na beirada da minha raia e tentam me erguer. Eu aceito e saio para comemorar com eles.

Logo, as próximas rodadas são anunciadas e eu fico tentado, a ir atrás dela para saber aonde ela iria. Porém, os meninos precisavam de mim, eles sempre me apoiavam nos piores e melhores momentos. Eu não podia sair daqui agora. Assim, eu me contendo em segui-la com o meu olhar, até onde dava.

— Ei, cara!!! Foca aqui. Você venceu, porra!!! Mais uma medalha para os tubas!!!!! — O Antônio grita, me puxando para um abraço forte e um aperto de parceiros. Eu me animo com eles e o Benício, vem logo depois.

— Parabéns, cara!! — Ele me abraça também e depois, aponta com o queixo para o corredor, parecendo curioso. — Mais me diz aí... que olhada foi aquela, hein? De onde você conhece essa menina? Nunca vimos o nosso grande tuba, olhar para alguém assim... — Ele rir e cruza os braços, esperando alguma resposta.

Eu tiro a toca da cabeça e sacudo os cabelos.

— Nenhuma... Ela é só mais uma caça minha. Nada demais. — Faço pouco caso disso e tento parece não tão chocado, por também terem notado a minha encarada para ela.

— Hurum, sei!! Acho que o nosso comandante está perdido, Antônio. — O Benício sorri, entortando o pescoço na direção dele e o mesmo, cai na gargalhada.

— Vocês estão malucos. — Bato de leve com a minha toca nos ombros dele e sorrio, indo até o banco, pegar uma toalha; precisava me secar.

Eles ainda ficam me zoando, mas, logo se organizam, para irem para as suas raias. A largada é dada novamente e agora, era a vez do Antônio. Ele também dá o seu melhor e ganha com bravura, com o seu nado costa. O Benício também ganha, com o seu tempo meio acirrado, mas todos nós, tubas, nos classificamos na grande final. Agora seria o nado Medley, com revezamento. Era um trabalho em equipe e contávamos com o cara novato, para fechar o nosso time. Ele iria no nado de peito, já que eu não podia representar os dois modos em uma única rodada.

Assim, eles dão mais um intervalo e nós, aproveitamos para combinarmos melhor o nosso tempo. Sabíamos quem era mais rápido e em que momento, deveríamos dá o gás. Estudamos os competidores e vimos hoje, como eles nadam. Não seria tão difícil assim.

Logo, nos organizamos na ordem e eu olho mais uma vez para arquibancada, na esperança dela ter voltado para me ver. E quando penso que não a veria mais hoje, vejo a sua silhueta aparecer bem no meio do corredor escuro, que dava para o vestiário e o pátio aberto, onde estava acontecendo a nossa competição. O meu sorriso se amplia e nem sei porque, eu firo parecendo um bobo fazendo isso.

E eu nem era de sorri tanto assim.

— Ela voltou, cara! Pode relaxar. — O Benício dá tapinhas no meu ombro e depois, bagunça o meu cabelo. Ele estava realmente me zoando. Eu estava fodido mesmo!

— Ah! Vai bater uma, vai Benício! — Brinco com ele, tentando tirar por menos, porém, nessa altura do campeonato, eu já estava ferrado mesmo. Quem era eu, ficando caidinho por uma única garota. Eu precisava me saciar, para cair fora dessa.

Sorrio de ladino para ela e a mesma, esconde o rosto, parecendo ter ficado sem graça com a minha atenção explicita. Pelo visto, todos já estava ciente do meu interesse por ela, porque eu ainda iria ficar me escondendo, em vez de aproveitar a situação e conquistá-la usando isso ao meu favor? Toda mulher gosta de ser o centro da atenção, não é?

Ela se encolhe ainda mais na arquibancada e se junta a sua amiga de antes, lhe entregando uma grande bolsa, com uma apostila, que eu não sei o que tinha. Enfim, pelo menos ela agora estava aqui novamente, para ver o meu show.

É, eu sei! Eu sou o macho alfa e gosto de me exibir para a minha parceira.

"Paceira"?

Por Deus, eu já estou assim? Preciso me curar disso.

Olho para umas das morenas que estavam na torcida e aceno para ela. E logo, a mesma me retribui com gritinhos e solta beijos. Isso aí! Sempre na pista.

Abaixo o meu olhar para me concentrar novamente, mas me sinto atraído mais uma vez para arquibancada. Um cara se aproxima da minha Amanda e o seu rosto fica perto demais do seu, quando fala algo em seu ouvido. Que droga é essa?

Sinto raiva correr por minhas veias. Ela sorri para ele e acena com a cabeça, concordando com alguma coisa. Será que estavam combinando para sair? Sinto o meu sangue ferver.

Merda!

Merda!!

MERDA!!!!

Solto uma lufada de ar irritado e dessa vez, é o Antônio a perceber.

— Qual é cara? Está nervoso? — Ele me olha curioso. — A gente vai ganhar, irmão. A gente sempre ganha. — Ele dá uma tapinha no meu ombro e os apitos, são acionados novamente.

Olho mais uma vez para arquibancada, só para me tortura mais um pouco e vejo ele, o cara que estava no bando acima do dela, lhe oferecendo pipoca. Aquilo com certeza estava com cara de flerte. Ou eles já estavam saindo ou iriam sair; e eu não iria deixar. Ela agora era minha. Eu não iria permitir.

Foco novamente o meu olhar para a raia e vejo que a largada já vai ser dada. Ela não podia rir assim com ele. Ela deveria ri assim para mim. Lembro-me rapidamente do dia que a gente se conheceu e de como sorriu para mim, ao se passar por corcunda e me fez acreditar que ela realmente tinha esse problema. Era um dos sorrisos mais lindo que já vi. O seu olhar de nervoso e depois a sua impetuosidade, ao me beijar; era a mistura perfeita, quando em seguida, os seus lábios se juntariam ao meus. A sua boca rosada e o seu toque quente, eram devastadores demais para um homem.

E esse homem não seria esse outro cara.

Seria eu.

A largada é dada e o Antônio é o primeiro a pular. Em seguida, seria o novato, depois eu e por último, o Benício; finalizando com o nado livre e finalmente, nos dando a vitória.

Iriamos ganhar. Não tinha como dar errado. Nós sempre fomos os melhores.

🔹🔹🔹🔹

Ixi! Será que eles ganham? 😬😬🫣
O ego do David tá abalado hein? Kkk ele não pensa em outra coisa, que não seja na Amandinha😆🔥 nem disfarça mais. E ela morrendo de vergonha.

Acho que ele se enganou, quando disse que toda mulher gosta de ser o centro das atenções 😶🫢🤫

E aí, oq acharam? Oq será que vem por aí. Hj estou de folga e tentarei escrever rapidamente um cap e postar hj. Hihi

Me ajudem aí, com as motivações.⭐⭐⭐⭐⭐💬

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