🔹Capítulo 6🔹
Amanda Martins
🔹🔹🔹🔹
O fluxo havia aumentado e estava cada vez mais difícil dá conta do movimento. Estava tudo uma loucura. Eu estava me desdobrando em várias. Eram reservas de mesas, tempos de pistas esgotado, sapatos sendo devolvidos, sapatos sendo entregues, tempos novos sendo adicionados, confusão na forma de pagamento e pistas que não estavam sendo liberadas.
Embora o Destroyed fosse muito bem equipado, ultimamente vinha enchendo de uma forma incontrolável. O dono com certeza, precisava contratar mais funcionários. E assim, que o meu supervisor chega, o Adam, ele nota o tanto de demanda que estava sobre mim.
- Amanda, está tudo bem por aqui? - Ele tenta ser simpático em meio a tanto caos.
- Desculpe Adam, mas isso aqui está uma loucura, não estou conseguindo dá conta do caixa e da assistência ao mesmo tempo. Estamos lotados hoje. - Digo meio sem graça e com medo de que isso possar causa a minha demissão. Eu não queria ser incompetente. - Digo, estamos sempre lotados, mas é que quando chega final de semana e atingimos um certo horário, a demanda aumenta e acaba acumulando algumas coisas. Estou tentando ser o mais rápida possível.
Ele parece analisar a minha situação e assente.
- Claro. Você tem razão. Fica ainda mais difícil administrar dois setores. - Ele olha ao redor e entra na parte de dentro do atendimento. - Irei te ajudar hoje no caixa, amanhã contratarei mais alguém, para ficar junto de você a noite.
Eu fico um pouco pasma, mas feliz pela sua atitude e comportamento. Nem todo chefe se prontifica a trabalhar no momento de sufoco. Ele apenas quer que você se vire e de conta de tudo. Eu agradeço pelo seu apoio e tentamos agilizar o máximo que podemos. A menina, na qual eu havia visto junto das duas psicopatas de tubas, na qual parece se chamar Melanie, se aproxima de mim e me chama em um canto para poder falar.
- Oi! Me desculpa me intrometer... Eu ouvir vocês comentarem que precisam de mais uma funcionária? - Eu olho para ela meio que sem entender e afirmo.
- Sim, estamos. - Ela não parecia ser o tipo de menina que se candidataria essa vaga.
- Eu gostaria de me escrever, posso? - Eu olho para o meu chefe e ele meio fica sem entender, alheio ao que nós duas falávamos.
Logo, volto a minha atenção para a menina.
- Você tem certeza que quer se candidatar para essa vaga? É bem puxado e quase não sobra tempo na semana. - Olho para as suas outras duas amigas; que estavam com os tubas; e me volto novamente para ela. - Talvez as suas amigas não aceitem muito bem. - Faço uma cara meio enojada para elas e sorrio sem muito ânimo.
- Eu sei disso... Talvez eu tenha demorado demais para fazer isso. Estou precisando de uma grana e não sei como conseguir. - Ela catuca nos dedos alguma coisa e depois de um tempo, olha para mim, decidindo confessar algo. - Meu irmão está doente e meus pais não estão com dinheiro suficiente para pagar a cirurgia dele.
Ok. Isso foi bem revelador.
Por ela andar com essas meninas cheias da grana, eu imaginaria que por serem amigas dela, poderiam ajudar ela com alguma coisa. Poxa, era o irmão dela que estava doente! Não uma futilidade, nem nada do tipo. Porém, o meu outro palpite, era que elas não faziam ideia de que a amiga estava mal da grana e precisava de ajuda; mas ao que parece, elas, também não a ajudaria se soubessem. Logo, eu me compadeço da sua atitude e também fico admirada pela sua decisão.
- Entendo. Família sempre vem em primeiro lugar. Também tenho um irmão e se algo parecido lhe ocorresse, não pensaria duas vezes e nem teria nada que eu não pudesse fazer para ajudá-lo. - Sorrio de uma forma afetuosa para ela e decido lhe ajudar.
Assim, eu me viro para o Adam e lhe pergunto.
- Temos uma candidata, Adam. - Sorrio de ponta a ponta e direciono o meu olhar para a tal Melanie.
Ele parece avaliar bem o seu perfil e ficar sem entender; assim como eu havia ficado. Bonita, com boa postura e que parece ter vindo de uma boa linhagem de ricos.
- Tem certeza que você quer trabalhar aqui? - Ele indaga curioso e parece ter se interessado pela mesma. Hum... olhar paquerador, é Adam?
Ela parece ficar meio tímida, mas assente.
- Sim, é sempre bom aprender novas coisas e botar a mão na massa. Assim, aprendemos a valorizar mais o trabalho dos outros. - Ela parece ser sincera e parece ter tocado em cheio no Adam. (E não era exatamente o que o Adam estava fazendo? Arregaçando as mangas e me ajudando no trabalho?) Hum... interessante. Adoraria ter a minha câmera, para registrar esse momento.
O meu chefe parece ficar surpreso e até lisonjeado; pois, querendo ou não, ela também o havia elogiado, mesmo que sem saber. Ela rapidamente entende o que falou e fica vermelha.
- Me desculpe, eu... eu estava apenas falando o que me veio a mente. - Ela olha para os lados e morde os lábios, respirando fundo, antes de continuar. - Estou precisando de um emprego e estou disposta a tudo. Se puderem me ajudar, ficarei muito grata. - Ela aguarda ansiosa e eu olho para o Adam.
A troca de olhares é tão nítida, que sorrio sem nem saber porquê. Parece até que estou naquelas cenas de filmes e estou como um expectador, ao vivo.
- E então, Adam? Podemos contar com ela? - Olho para ele mais uma vez e o vejo, balançar a cabeça consternado.
- Hum... claro. Por que, não? - Ele parece está embaraçado, mas logo se recupera. - Seja muito bem-vinda. Precisamos de uma mãozinha o quanto antes no Destroyed; se quiser, pode aparecer no meu escritório amanhã de manhã, para acertamos as documentações e a sua contratação.
- Claro! Posso sim. - Ela esbanja felicidade e nervosismo ao mesmo tempo. - Estarei aqui amanhã. Muito obrigada! Farei o possível para contribuir com o meu trabalho.
O Adam assente e volta a me ajudar no caixa. Logo, feito os acordos por cima dos panos, eu me viro para a minha mais nova parceira e a cumprimento.
- Amanda Martins. - Estendo a minha mão e a mesma, a aperta.
- Melanie Fortes. - Ela sorri gradativamente e me cativa. Ela me parecia ser uma boa pessoa.
- Espero que possamos nos dar bem. - Expresso aquilo que eu queria e acrescento. - O que acha de ainda aproveitar a sua liberdade, antes de não ter muito tempo para isso? - Falo deliberadamente e convicta de que seria difícil para ela. Eu, por outro lado, já estava acostumada a ficar sozinha. Era normal não ter muito tempo livre.
Assim, a mesma assente e me agradece por lhe ajudar.
Penso em como ela agora iria falar para as suas amigas. Seria uma tarefa difícil. Já vi isso em filmes e as mesmas, não pareciam ser do tipo de amigas que se envolvem com a classe minoritária e trabalhadora. Espero que eu esteja errada. A Melanie parece ser uma boa pessoa.
Logo, eu volto para o meu trabalho e dou um duro, para conseguir atender a todos, sem irritar ninguém pela demorar. O meu sorriso vai te um canto a outro, tentando entreter e trazer a compreensão de todos. Alguns dão em cima de mim, outros cochicham e outros apenas olham; ser simpática, nem sempre é sinônimo de interesse, mas levo aquilo, como uma forma de manter o controle da situação no meu trabalho. As pessoas eram muita mais abertas a um diálogo e sorrisos, do que uma cara feia e desculpas esfarrapadas para um mal assistência no momento.
Assim, aos poucos, eu ia conseguindo controlar o ritmo de atendimento dos clientes e trazendo um bom humor a todos. Com o tempo, a demanda começou a diminuir e as pessoas a encerrarem os seus jogos; partindo agora, apenas para o bar. Os jogos tinham um horário para encerrar, mas o bar ainda ficava aberto até mais tarde.
Perto da meia noite, eu já ia encerrando atendimento e organizando as minhas coisas em cima no balcão. O Adam já havia voltado para os seus afazeres e me deixado sozinha novamente. E tudo bem, era até reconfortante. Um chefe do seu lado o tempo todo, era intimidante; me deixava tensa e em alerta em tudo o que eu fazia. O que me lembrava, do tal homem que me apareceu na minha frente mais cedo; David, um tuba dominante e predador. Sempre tinha mulheres ao seu redor. Não sei como conseguir escapar da sua caça.
Sorrio para mim mesma e feliz por ter sido forte. Mas uma vez, você não entrou para o time das que se envolvem com predadores e são descartadas na mesma hora. Eu merecia um prêmio por isso. Logo, eu apago as luzes do balcão e deixo só o letreiro neon acesso. Fecho o caixa e tranco o portãozinho lateral, não deixando nada do lado de fora. Todos os sapatos já estavam higienizados e guardados no DML.
Parto rumo ao meu armário, desviando das pessoas e tentando evitar qualquer contato com alguém que tenha tentado dar em cima de mim. Tiro a minha presilha do cabelo e o blazer, com o meu crachá. Assim, era muito mais difícil me associar a mulher que estava trabalhando agora pouco no caixa. Chego no meu armário sem muitas delongas e guardo as minhas coisas, pegando então, a minha bolsa, com a minha câmera e o meu sobretudo. Estava tarde, mas a cidade de Nova York nunca dorme, não é? Com certeza já ouviram falar disso. Então, nada mais justo, do que eu dar uma boa caminhada nas ruas e tirar algumas fotos da paisagem. Isso me aliviaria um pouco e me faria relaxar, depois do grande dia corrido que tive.
Testando a minha câmera, eu me encaminho para o portão de saída. Contudo, eu logo me esbarro em alguém com ombros largos e peitoral forte. Por Deus! Eu sentir isso. A minha cabeça estava titubeando por causa disso.
- Caramba! Você é forte, hein? - Esfrego a minha testa, antes de erguê-la e ver de quem se travava aquela muralha. - V-ocê? - gaguejo um pouco e fico sem saber bem o que falar.
Um sorrisinho triunfal aparece no seu rosto e por mais que eu deteste admitir, era lindo pra caramba. Esse homem era a perfeição divina. Com certeza já fez tratamento dentário.
- Hum... Sou forte é? - Ele sorri lambendo os lábios e eu reviro os olhos pela a sua atitude.
- Bem adulto você, hein? - Sorrio falsa mente e agarro a minha câmera. Era uma forma de não querer olhar nos seus olhos e ficar babando em cada movimento seu. - Enfim, preciso ir. Tenha uma noite boa!
Tento passar por ele, mas ele me impede, segurando nos meus braços. O seu toque é firme e eletrizante. O meu corpo imediatamente reage e paraliso, sentindo-me perde um pouco de ar.
O que ele estava fazendo?
Ergo o meu olhar para ele e o vejo confuso e em choque também. O que ele queria? Por que ainda perdia o seu tempo comigo?
- Para onde você está indo? Já largou? Está indo para casa? - Ele me indaga curioso e com a voz arrastada, como se também estive se recuperando de algo que se passou e não sabe explicar o porquê.
- E-u... - Tento pensar em lhe responder francamente, mas prefiro ir para o meu lado sarcástico, onde eu me sinto melhor e mais segura com ele. - Por que tantas perguntas? Parece até meu pai... - Sorrio debilmente e nervosa ao mesmo tempo.
- Ér... eu sinto muito. - Ele enruga a testa e fecha os olhos, como se estivesse se concentrando ou se punindo ao mesmo tempo; não sei ao certo, mas era lindo. E aguardando a sua resposta, eu mordo canto da boca. Ele reabre os olhos e olha diretamente para os meus lábios. - Droga! Você sabe me tortura, não é?
Fico sem entender o que ele quis dizer e noto que as suas mãos ainda estavam nos meus braços. Instantaneamente, eles as tiram de mim e respira fundo, antes de voltar a falar. Notando assim, a minha câmera.
- Você é fotógrafa? - Ele indaga curioso.
- Mais perguntas... Senhor, David? Vou começar a achar que você é policial e que cometi algum crime, onde estou sendo interrogada e encurralada por algum motivo. - Sorrio de ladino e gosto de brincar com ele.
Ele também sorrir e parece ter um duplo sentindo no que eu falei; pois eu o seu olhar, se torna perverso e libidinoso.
- Pode apostar que você fez alguma coisa e que por algum motivo, eu não consigo te tirar da cabeça. - Ele se aproxima de mim novamente e eu fico sem fala. - O gato agora comeu a sua língua, querida amada Amandinha?
Por que essas últimas palavras foram tão íntimas e pessoais? Eu gostei de ouvir. Parecia até que éramos mais próximos do que éramos de verdade. O que não era, pois eu o havia conhecido hoje. Porque tanta intimidade entre nós? Fico paralisada, até começar a assimilar tudo o que estava acontecendo.
I-sso, isso com certeza não estava certo.
Logo, eu me afasto e tento me aprumar novamente. "Deixe de piadinhas, Amanda". Me recrimino e decido por hora, responder as suas perguntas.
- Sim, já larguei e estou indo para casa. Não sou fotografa profissional; se é isso que você está me perguntando. - Dou de ombro e me explico melhor. - Eu simplesmente gosto de tirar fotos das coisas e dos lugares, isso me relaxa e me faz olhar o mundo de uma outra forma. - Respiro fundo e ergo o meu olhar para ele. O mesmo me olha intensamente e fica me encarando por um tempo, como se ainda estivesse assimilando o que eu falei.
- Hum... E você iria fazer isso agora? - Ele agora apoia as mãos dentro do bolso.
- Sim... eu acho. - Olho para ele meio encabulada e continuo. - É sábado e as ruas de Nova York ainda estão agitadas. Gosto de curtir a brisa fria, enquanto caminho para casa e vejo as pessoas de longe.
- Então você é mais solitária e gosta de observar a vida os outros? - Ele indaga curioso e com uma pontinha de sarcasmo.
- Hãm?! Não é bem assim, olhar a vida dos outros. - Reviro os olhos para ele. - Eu... Enfim, eu só sou mais uma expectante que gosta de apreciar as pequenas coisas da vida e registrar, aquilo que a maioria das pessoas não vêm. - Digo por fim, querendo me defender.
- Hum.... interessante. - Ele me encara por um tempo, como se estive ponderando o que falei e diz. - Eu também quero ver.
- O quê? - Olho para ele abismada e fico sem entender. - Você quer ver o quê?
- Uê! As coisas que você diz que ver melhor do que nós, seres humanos mortais. - Ele zoa comigo e eu faço uma cara de trapaça.
- Hum... muito bom, muito bom mesmo. - Ajeito a minha bolsa no ombro e falo. - Não vou cair nessa, senhor David tuba das garotas. - Relembro o seu apelido e começo a associar isso, a ele ser um caçador nato de mulheres.
Insinuo tentar passar por ele, mas uma vez ele se põe na minha frente.
- Quem disse que estou querendo que você caia? Só estou curioso com o seu Hobby. Mas se você quiser cair, o meu corpo está bem aqui, para te aparar e segurar. Eu já te provei que sou forte. - Ele sorrir de forma astuta e admiro a sua insistência.
- Sei, não preciso de amparo. Mas se quiser ver algo, é só olhar com mais atenção para as pessoas ao seu redor. É fácil notar as coisas simples e importantes. - Dou as costas para ele e me encaminho para fora.
Eu precisava respirar um ar que não se misturasse com o dele. Eu estava perdendo o meu juízo e a minha sanidade mental. Ele me desequilibrava e me tornava ousada ao seu lado. Cadê os meus livros? Precisava voltar para eles e esquecer essa realidade que não existe.
🔹🔹🔹🔹
Aaaaaaah😆😝😝😝😝 cheguei! Hahaha quem mais gosta desse embate?! Kkk eu adoro. Quero mais do David e da Amanda. É tão bom escrever sobre eles. hahaha flui tranquilamente ✨😁
Oq estão achando? Querem mais? Pq eu tô empolgada por mais kk..
E a Melanie..? eu num disse que ela estava no grupo errado kk 😜🤭 será que vai virar amiga da "amada Amadinha"? Hihi
E o Adam gostou da Melanie.. se o Benício for chegar nessa parte, ele precisa agilizar haha 😏😌👅
Partiu Catar! Kk.. sqn. Vou ficar no meu país, escrevendo! (Pensamento aleatório) ignorem! Kk .🤪✌🏼🇧🇷
Até mais, meus lermores!
3 dias de folga em casa, me fez bem
😍😄👐🏼👐🏼✨ Escrevi a bessa.
(Será que o David ainda vai atrás da Amanda?👀)
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