Amanda Martins
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A ressaca veio e eu nem sabia por onde começar a me recuperar. Logo, assim que acordo, a minha mãe se aproxima de mim e se senta na mesinha de centro ao lado.

— Se divertiu muito ontem, hein? — Ela ergue um copo de água em uma das suas mãos e na outra, um analgésico. A minha cabeça parecia que iria explodir.

Contudo, os acontecimentos da noite passada, ainda estavam bem vivos na minha mente. Eu lembrava de tudo; da minha primeira conversa com o David, das danças sensuais com as meninas, as bebidas, a fogueira e por o último, o David me levando até o bangalô que eu estava ficando.

Nós havíamos nos beijado.

Penso, que talvez o álcool possar ter me feito ceder um pouco nesse momento, mas confesso que também muito antes disso, eu já não estava mais aguentando ficar longe dele e assim, o tratar com indiferença. Eu não era esse tipo de pessoa. Os meus pais não haviam me ensinado a guardar rancor e muito menos, menosprezar os outros. Logo, eu já havia decidido voltar a falar com ele antes, porém, o beijo, só havia sido um pequeno ponto fora da linha; eu não havia planejado ter feito isso.

Contudo, valeu a pena. Eu não me arrependia de ter lhe cedido espaço. O David, na noite de ontem, parecia realmente diferente; ele me respeitou e parecia disposto a atender alguns dos meus pedidos. Assim, eu não tinha o porquê me recuar tanto. E, voltando ao atual momento, eu aceito o comprimido da minha mãe e tomo um longo gole do copo de água da sua mão. Hoje, com certeza eu iria passar o dia grudada com uma garrafa de água.

— Descanse mais um pouco filha. Irei ver como o seu irmão está e depois, eu venho te chamar para irmos tomar o café da manhã juntos. Vou ajudar a senhora Katarina e dona Kátia com a comida e já volto. — Ela se ergue para sair e eu assinto, com a cabeça; eu não iria protestar.

O meu pai já havia saído mais cedo e parecia que havia ido surfar com o Luke. Ele estava praticamente em uma colônia de férias. Sem as coisas do seu bar, era como se ele estivesse vivendo em um paraíso, igualmente a nossa terrinha era. Lembro-me de sempre ter orgulho de onde eu vinha; o meu Nordeste; meu Ceará.

Olho para o lado de fora do bangalô e noto que o dia já estava radiante. Com certeza o sol, estava escaldante lá fora. A vontade que eu tinha de pegar um solzinho na praia, era praticamente de levantar um defunto, quem não diria, uma ressaca. Porém, eu logo me lembrei que hoje seria o dia mais esperado do meu irmão; o seu casamento. Assim, zero prainha. Todavia, eu ainda poderia ajudar na decoração, usando um biquinho, enquanto o sol me esquenta do lado de fora da casa. Problema resolvido.

Vou até ao banheiro, tomar um belo de um banho e me renovo novamente. Visto um shortinho cintura baixa e boto um biquíni azul turquesa, para fazer a marquinha. Acho que ninguém iria se importar, de me ver vestida dessa forma. Assim, eu pego a minha garrafa de água e a grudo comigo.

— É isso, aí! Vamos nessa minha parceira. — A minha mãe já havia voltado e juntas, fomos tomar café e ajudas nas coisas que estivem precisando.

E logo, a Cris estava uma pilha de nervosos. Queria, porque queria, poder sair e ver como as coisas estavam lá fora nos mínimos detalhes. Porém, ela não poderia sair e acabar correndo o risco de se encontrar com o meu irmão. Sem ver a noiva antes do casamento. Dito isso, ela estava trancafiada na casa principal; lá tinha mais espaço e ela facilmente, poderia ver pelo menos as coisas que estavam sendo montadas no pátio principal, através das grandes janelas de vidro da cabana. Assim, eu, a Elisa, a Mel e a Stella, estávamos responsáveis por lhe atualizar de tudo que estava acontecendo.

Já estava perto do meio dia, quando a equipe de massagistas, maquiadores e fotógrafos chegaram. Juntos, havia vindo com eles o David e o Sr. Collins, no barco. Eles estavam no controle do tráfego marítimo da ilha. A equipe de segurança no momento, estava sendo instruída e comandada por eles. O David de repente me olha e me avista do outro lado do campo, na varanda da casa principal. Ele me olha de cima abaixo e vejo um sorrisinho safado, aparecer no seu rosto. Mesmo agora, a gente estando há alguns metros de distância um do outro, ele ainda conseguia fazer com que o meu corpo se esquentasse. Porém, ele tinha que disfarçar mais o seu olhar para mim, porque logo em seguida, eu escuto a indireta que a Mel havia me dado.

— O padrinho que vai fazer par com você hoje, parece bem empolgado com casamento, não acha? A expectativa de ser você, a sua párea, parece que só o anima ainda mais! — Ela bate no me ombro com o seu, enquanto ainda segurava o seu pequeno Miguel nos braços.

A minha bochecha parece ficar vermelha e eu abaixo totalmente o meu rosto, tentando escondê-lo de alguma forma no meu boné e no arranjo de flores que estava na minha frente. Logo, eu tento diminui aquela atenção toda que era direcionada para mim.

— E quem não está empolgado, não é? Creio que não tem nada ver comigo e sim, com a felicidade do meu irmão e da Cris, que vão se casar hoje e se tornarem um só. Eles realmente parecem terem sido feitos um para o outro. — Sorrio, tentando controlar os meus ânimos. E no momento, eu não ouso olhar para o David novamente.

— Hurum, sei... Quem não está, não é? — Ela aponta com queixo para onde o David estava antes e logo, eu o avisto se aproximando da gente.

— E aí, irmãzinha! — Ele cumprimenta a Mel esbaforido, após ter vindo correndo até nos encontrarmos; e em seguida, ele me olha, com um daqueles seus sorrisos bobos no rosto. Não! Não, David! — Amandinha! — Ele me cumprimentar com um beijo castro nas mãos e não à solta, mantendo-a junto da sua. O que ele estava querendo fazer com isso?

— Irmã, você não acha que a Amandinha também deveria faz as unhas dela, não? Ela vai ser uma das madrinhas do casamento, precisa se arrumar igualmente... E inclusive, já temos funcionários o suficiente para fazer esse trabalho. — O David assume o seu papel de autoritário mandão e me deixa totalmente envergonhada.

— O quê? Não! Não precisa, Melissa... Eu gosto de ajudar. Não estou fazendo nada demais. — Olho para o David cerrando os olhos e complemento. — O David só está com brincadeirinhas demais, para o meu gosto.

Ele, por outro lado, parece estar se divertindo com o meu desconcertamento. O que eu estava perdendo ali?

—É Claro, irmãozinho... Iria chamá-la agora mesmo. Como você disse, ela vai ser madrinha e praticamente faz parte da família, não é? — Ela dá uma piscadinha para o David e nesse momento, os dois trocam um olhar significativo. Será que tinha alguma coisa sendo tramada nesse instante e eu estava perdendo?

Semicerro os olhos para os dois e tento entender o que é que estava acontecendo. Contudo, nesse míseros segundos, o Miguel decide se agitar e querer chamar a atenção do tio; assim, se jogando nos seus braços e falando coisas desconexas de bebê.

— Uôh, amigão! O que você está querendo, hein? Vem para o titio, vem!!! — Ele se joga nos braços do David e os dois, parecem entrar em uma brincadeira que só eles tinham.

A coisa mais linda que já vi.

Como eu podia ficar com raiva dele e brigar, por ele querer se mandão e não conseguir disfarça o seu olhar para comigo, na frente das pessoas? Assim ficava difícil.

O David ficava ainda mais lindo, naquela postura de titio babão. Totalmente diferente, daquele que sempre tentar manter a indiferença para com os outros. Eu preferia esse, sem máscaras e sem segredos de quem realmente era. Logo, eu decido não cortar aquele momento e seguir com a Melissa, para podermos nos arrumar.

A Cris já estava ficando maravilhosa. Passamos a tarde toda, sendo mimadas. Tanto a noiva, quando as madrinhas, as sogras e as tias. A cor dos vestidos das madrinhas, seriam no tom terra, podendo ser tanto marrom, quanto laranja. O casamento seria no entardecer e logo, se mesclariam com as cores do pôr sol. Eu amei, é claro! Bem diferente do que a maioria usa.

Assim, o meu foi um marrom, com um corpete pequeno na cintura, e, em cima, um decote considerado; tendo como textura, um cetim brilhantes, caindo perfeitamente no meu corpo. Escolha da Mel. Disse que o David iria babar em mim.

— Olha, eu não sei de onde você tira essas coisas... Eu e o David não temos nada. — Me olho no espelho e fico a admirar o trabalho incrível dos estilistas; o meu vestido estava sexy, mas sem ser vulgar. Com certeza, eu teria que tirar uma foto dele e mandar para a Larissa; ela iria surtar.

Logo, a Mel se aproxima de mim e encosta a sua cabeça no meu ombro, como se fossemos melhores amigas ou irmãs; ela estava atrás de mim e alisando os meus ombros.

— Você está linda, Amandinha. E se o meu irmão não babar em você, eu sei que com certeza, os outros irão. — Ela sorri maliciosamente e penso, que talvez ela esteja com algum plano em mente.

Sei que não conseguimos disfarça dela, mas ela já agir assim, é como se ela tivesse certeza de algo, que eu ainda não sei. Contudo, acho pouco provável que o David seja capaz de me assumir em algum momento. Por enquanto, só estávamos mais abertos a nos conhecermos melhor; isso, pelo o que eu me lembro da noite passada. Assim, não tínhamos muito o que fazer, ao nos escondermos da Melissa.

— Obrigada, Mel! Eu realmente estou amando tudo isso. E obrigada, por me acolher tão bem. A sua família é maravilhosa, assim, como a da Cris. — Ela sorri carinhosamente para mim e juntas, descemos, para nos juntarmos com as outras madrinhas.

A Cris, estava em outro quarto, terminando de se arrumar. E nós, estávamos terminando de verificar tudo, para ver se não estava faltando nada na parte externa e nem ninguém, fora do lugar. Feito isso, iriamos nos encontrar com os nossos pares e avisar para o pai da noiva, o Tom, que ele já poderia ir buscá-la. O meu coração se acelera e não consiga negar, a quão nervosa eu estava para me encontrar com David.

O que ele acharia de mim? Será que ele me acharia atraente? Eu nunca havia me arrumado tanto na vida.

Quando dizem que Deus tem os seus preferidos, eu prefiro acreditar, que é a falta de armas certas, para enaltecer a beleza das pessoas. Porque com certeza eu estava uma outra mulher. Eu me sentia sexy, poderosa e empoderada. O que uma transformação não faz, não é?

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Chegueiiii! Me desculpem a demora, meus lermores.. a minha mente não estava tão criativa esses dias. (Aquele bloqueio de ideias, sabem?)
🙈🙈✨ Enfim.. foi um capítulo meio tranquilo, mas serviu para interagir alguns personagens. 😁👐🏼

E aí, quem está com a Mel, de que o David vai ficar babando pela Amandinha? Kkk eu só digo uma coisa, esse casamento promete. 👀💣👰🏼‍♀️ Kkk 😆🫣

Aparições e cenas revoltantes .. ui!😶‍🌫️ Calei-me kkkk

Até mais, meus amorecos do meu coração! 😚♥️♥️♥️♥️