🔹Capítulo 24🔹
David Collins
🔹🔹🔹🔹
A Amanda estava diferente. Ela, as vezes parecia estar distante dali e perdida em pensamentos. Várias vezes, enquanto estávamos no barzinho, eu a chamava para dançar e outras, brincava com ela, mas a mesma não se deixava se envolver por muito tempo. A Amanda me devolveu o sorriso, mas agora, era o dela que estava se perdendo. Não sabia o que estava acontecendo, mas me preocupava por lhe ver assim.
Está claro que não temos nada sério, para interferirmos um na vida do outro, mas lhe ver assim, estava me matando. Eu não gostava de não lhe ver feliz e fazendo piadinha comigo. Foram exatamente elas, que nos aproximou. E como quem não quer nada, eu lhe pergunto se ela não quer ir para um outro lugar.
— Ei, pequena Tom! Você não quer sair daqui e ir para um outro lugar não? — Pergunto, pensando se não era o ambiente em que estávamos, que ela não estava gostando. — Podemos dar uma voltinha na cidade e você tirar aquelas fotos que você tanto ama, não? — Ela me olhar com algum pesar nos olhos, mas assente.
— Sim, acho que seria uma boa. — Faço um carinho no seu pescoço e ela relaxa um pouco nos meus braços.
E no intervalo de uma música ou outra, a gente se despediu da galera. Todos estavam bem e curtindo a música do ambiente. O amigo do Benício era cantor e a sua banda, no geral, era realmente boa. Assim, o pessoal ficou por lá mesmo e a gente saiu; eu e a Amanda.
Entreguei o meu capacete para ela e a mesma, o colocou. Porém, o atacador foi eu; era um habito que havíamos criado. Com a Amanda, eu sempre preferia sair de moto, para a ter se agarrada na minha cintura. Era bom pra caralho! Não poderia nega. Assim, lhe dei a mão e a mesma subiu.
Dirigir com calma no meio das ruas e deixei ela aproveitasse o passeio. Peguei uma rua mais tranquila e decidir parar em um acostamento. Tiver uma ideia.
— Porque paramos? — Ela me olha curiosa e aproxima o seu rosto do meu capacete. Logo, eu lhe olho com um olhar brincalhão e ela sorrir, sem entender nada. — O que você está tramando, hein?
Vejo o seu sorriso sincero voltar para o rosto e me sinto orgulhoso, de ter sido eu, a lhe devolver ele.
— O que acha de uma pequena aula de moto? — Ela me olha incrédula e arregala os olhos.
— O quê? Na sua moto? Aqui? — Ela parece não acreditar.
— É claro, ué! — Aliso as suas pernas do meu lado e a instigo. — Vem, desce da moto e vem para a minha frente. Eu vou te guiar.
Ela semicerra os olhos e me encara mais uma vez.
— Isso não é nenhuma trama sua não, para tocar em mim? — Ela me questiona, achando graça de eu tramar algo do tipo.
— É claro que não, princesinha! Mas não vou negar que será muito bom, te sentir na frente da minha moto. — Sorrio maliciosamente e não consigo negar, o meu prazer que vai ser, ao lhe sentir sentada por entre as minhas pernas.
Ela revira os olhos e me chama de pervertido. Porém, a mesma se levanta da moto e vem para o meu lado.
— Como é que eu faço? — Ela me questiona e eu lhe dou a mão, para que suba com segurança na minha frente. Eu lhe dou espaço e a mesma, sobe, se ajustando melhor na moto.
Assim, eu retiro o descanso e coloco as suas mãos nos guidões da moto, botando as minhas por cima e lhe instruindo, como deve proceder. A mesma escuta atentamente e parece fascinada, com o que digo. Se eu soubesse que ela iria ficar tão extasiada com isso, já tinha lhe mostrado com pilotar faz tempo. Logo, ela começa a soltar a embreagem e sentir a moto se mover.
— David!!! Isso... eu... Nossa! Eu estou pilotando. — Ela fica eufórica e começa a sorrir, parecendo uma garotinha contente, quando ganha um presente de natal. — Minhas mãos estão soando, o que eu faço agora.
— Comece a acelerar um pouco, com a mão direita. — Digo e seguro a sua mão, controlando o movimento que ela fazia com a mesma.
Ela fica encantada e a moto começa a andar com mais velocidade. Ela parece querer intensificar a ligeireza, mas eu a controlo.
— Ei, vai com calma bonita. Desse jeito você pode acabar batendo em algum lugar. — Ela assente e eu deixo que ela curta sozinha a moto, tirando as minhas mãos dá dela e deixando que ela a guiasse.
O vento leve bate contra a gente e o único barulho que se faz presente, era do motor da moto e das folhas das árvores. Estávamos perto de um campo, com alguns arbustos e uma mata pequena espalhada. Logo, mas a frente, havia um penhasco, com uma vista maravilhosa da cidade. Assim, eu tomei conta da direção e disse que nos levaria até um lugar especial, ela assentiu e encostou o seu corpo no meu.
Chegamos no lugar e eu, a ajudei a descer. Tiramos os capacetes e os pendurei na moto. O lugar era lindo e a noite, era ainda mais esplendoroso. As luzes dos prédios e dos carros em movimento, era uma atração surreal. A quem digam, que os Novaiorquinos nunca dormem, e acho que eles têm razão, poderíamos ir a qualquer lugar, que ainda encontraríamos coisas abertas por 24 horas. E ali estava eu, ao lado de uma mulher que conheci a pouco tempo, mas que já havia invadiu uma boa parte da minha vida. A companhia dela, havia se tornado umas das melhores coisas no meu dia.
— David! Eu vou viajar. — Ela diz simplesmente e me pega totalmente desprevenido.
— Viajar? Para onde? — Questiono quase de imediato e a viro para minha frente, tentando ver o seu rosto.
Ela parece se atrapalhar um pouco com o cabelo, mas ainda abaixa o rosto, para não poder me encarar.
— Viajar, David! De avião. Eu... eu vou ver meus pais. Estou de férias e vou passar o final de ano por lá. — Ela fala desviando o olhar de mim e tirando alguns fios do rosto, tentando se esquivar. Só que eu estava me sentindo meio que perdido, com aquela informação.
Sei que eu também iria viajar agora final de ano, mas ainda não havia parado para pensar nisso direito.
— E quando você vai? Porque não me falou antes? — Me desembesto a falar e não consigo me controlar.
— Amanhã. — Ela fala baixo, mas assim que olha para mim, ela parece ver a minha inquietação. — E isso importa, David? Saber o porquê eu não te falei antes? — Ela esbraveja agora, um pouco irritada. — Nem temos um relacionamento de verdade, para você me cobrar isso. — O seu olhar agora está de encontro ao meu e logo, nós dois nos encaramos de uma forma mais afrontosa.
— Porra! É claro que importa. Estamos juntos com exclusividade, não estamos? É um relacionamento. — Grito um pouco com ela e saio de perto. O que ela queria?
Ficamos em silêncio por um tempo e logo depois, eu a escuto se aproximando de mim.
— Eu não sei, David. Você não me diz nada sobre você, a sua vida ou a sua família. Nem o seu sobrenome, eu sei. A única coisa que eu sei, é que você é um nadador nato, que estudou Engenharia Naval e agora, está se formando em Economia. — Ela parece parar um pouco para respirar e continua. — O que mais eu sei? Nada, David. Nós transamos e pronto, você que determinou isso.
— E eu não lhe satisfaço, Amanda? Eu não lhe faço gozar e se derreter inteira nos meus braços? — Esbravejo mais uma vez com ela, só que agora me aproximando.
— Sim, David! Você me faz gozar, se é isso que você quer saber! Mas nem tudo é sobre isso. Mas que droga!!! Será que você tem tanto medo assim de se envolver com alguém? Eu pareço alguma assassina ou estelionatária? Eu posso ser pobre, mas o meu dinheiro é bem digno, sabia? — Agora era ela quem esbraveja, contudo, eu ainda não conseguia me conter.
— Eu também não a conheço, Amanda. Não tenho como garanti nada a respeito. — Sinto que falei isso só para lhe afastar, ou, eu mesmo me afastar dela e nega o que eu estava realmente sentindo por ela; porque lá no fundo, eu sabia que a Amanda não era nada daquilo que ela me indagou.
— AH!!! ÓTIMO!! Agora aquele lance todo lá no começo, de que você confiava em mim, foi tudo para a merda, não é? — Ela grita, agora se exaltando e jogando os braços para cima, enquanto os seus olhos se enchiam de lágrimas.
— Não sei, acredite no que você quiser. — Digo seco, me sentindo um merda por estar falando assim com ela. Porém, talvez fosse melhor assim, eu me afastar logo dela e cortar o mal pela raiz. Ou o bem. Merda! A Amanda me fazia bem. Porque eu estava afastando-a dessa forma? — Espere! — Me apresso, em me aproximar dela. Ela já havia virado as costas e estava indo embora, no meio do escuro.
— Vai a merda, David!!! Não quero mais falar com você. — Ela grita, apressando os passos para fugir de mim e eu corro, para tentar lhe alcançar.
— Amanda, me desculpe. E-u... eu me exaltei um pouco. — Tento corrigir o meu erro.
— Me esqueça, David! Farei o mesmo com você. Porém, eu creio que para você será muito mais fácil. — Ela esbraveja e me deixa para trás.
— Amanda, para com isso. Você sabe que não é assim. — Tento argumentar de alguma forma, para ver se ela para e me deixa se aproximar. — O caminho está esquisito, você não pode sair por aí, andando sozinha.
— Ah, ótimo! Agora você se preocupa com a minha segurança. — Ela ri com sarcasmo e continua andando. — Me deixa em paz David! Eu sei voltar sozinha.
Aargh!!!! Que mulher irredutível.
— Amanda, dá para você parar? São quase 2 km de caminhada no meio do nada. — Tento lhe alertar, do lado mais racional daquilo tudo. — Será que posso pelo menos te levar em casa?
Ela finalmente parece tomar ciência do que eu falei e decide, por fim, para de andar, esbravejando para o céu.
— Droga! Porque eu odeio tanto fazer exercício físico? — Ela parece falar mais para si mesma e logo, eu digo que vou busca a minha moto.
Com pouco eu me aproximo dela e lhe ofereço o capacete. Ela não olha na minha cara e o pegar, bufando de raiva.
— Só até uma parada de ônibus, David! — Ela bufa, se sentando enraivecida atrás de mim.
O caminho não era longo, mas pensar em não ter mais os braços da Amanda ao redor da minha cintura, havia me feito ir mais lento do que uma tartaruga. Eu não queria me afastar dela, porém, tudo estava muito agitado dentro de mim; e que talvez, fosse melhor assim. Eu sabia que ela tinha razão, porém, eu ainda não estava disposto a lhe dar aquilo que ela tanto queria. O meu coração estava fechado e eu, não o abriria tão facilmente; por mais que a Amanda tenha se mostrado bem diferente de muitas mulheres que eu já havia me envolvido.
Assim, quando chegamos na parte movimentada, a Amanda pede para eu parar e descer. Eu ainda tento persuadi-la, mas ela se nega. Aquele era o nosso ponto final. Eu tinha que a deixar partir. Seguro no seu pulso e ainda vejo a sua tatuagem, que estava escrito, "Encuentrame". Contudo, ela não nota o meu olhar e se despede.
— Espero que você encontre, o que tanto procura David. — Ela se vira de costa e me deixa ali, parado e sem animo para contestar mais nada. Apenas lhe olhando, e a vendo partir.
🔹🔹🔹🔹💣💥🔹🔹🔹🔹
Aí meu coração 🥺🥺🥺♥️ a bombinha estou e o nosso casal brigou! 😢
Oq será desses dois agr?
Como será que agr vão se reconciliar? Brasilllllll, venham logo para ele.
(Suspeitas de como eles irão se encontrar por aqui?)
E essa parte da tatuagem dela... Caiu um cisco no meu olho kk 🤭🥲
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