GENESIS
Havia uma eufórica diferente no ar naquele dia. Logo de manha, a conversa era abundante e as risadas podiam ser ouvidas por todos os lugares.
Depois do café, Elisa se preparava para ir visitar Cora novamente, quando Aila bate em sua porta. E ao abrir, a jovem entra toda sorridente e mais animada que o normal.
- Você vai ver a senhora Cora novamente? Pergunta se jogando na cama.
- Vou. Pretendo ajudar com a limpeza da casa hoje. – Elisa sorri ao ver a careta da outra jovem.- você quer ir comigo novamente e me ajudar? Fala e se vira para que Aila não veja seu sorriso.
- Hoje não. Vou me preparar para a festa.
Elisa franze a testa e se volta para Aila que praticamente quicava na cama.
- Festa?
- Sim, toda noite de luz completa, celebramos. Você vai gostar, tem música, dança – Aila fala se levantando e girando com as mãos para cima pelo quarto. – Iremos todos para a praça depois do jantar. E como entrou ela sai do quarto antes que Elisa continuasse questionando.
Dando de ombros ela termina de se arrumar e desce até a cozinha. La pede uns pãezinhos e um pouco de manteiga para levar. Enquanto espera conversa com todos que passam por ali.
Em poucos dias Elisa havia ganhado a simpatia de muitos dali. Ela era educada, sempre agradecia, tratava todos com carinho e tinha uma palavra de ânimo ou um elogio para quem cruzasse seu caminho.
Mesmo não sendo a primeira vez, ver o declínio da moradia a entristecia. “ preciso fazer algo.”
- Bom dia! Entra novamente sem esperar.
- Você de novo! -Aron diz balançando a cabeça em descrença. – Não tem mais nada pra fazer não? Tipo voltar de onde veio! Profere irritado.
Contudo Elisa já estava preparada, não que fosse imune as palavras, doía, todavia estava ali por algo maior. Então sorri e continua falando.
- Cora, que bom ver você de pé! A senhora se encontrava próxima ao fogão sorrindo.
- Minha jovem o que faz aqui novamente? Diferente de Aron, não tinha censura em seu tom era mais curiosidade.
- Vim ver vocês oras! E trouxe esses pães e um pouco de manteiga. – enquanto falava se aproxima da mesa e coloca a cesta que carregava nela e vai até Cora dando um beijo em sua bochecha. Ela percebe os olhos úmidos dela e se vira para Aron.
- Não se aproxime! – Aponta a bengala improvisada na direção dela. – E pare de trazer essas coisas, não precisamos de nada. Volte para a vila. Va se preparar para a festa e nos deixe em paz!
-Se acalme! O senhor, é a segunda pessoa que me fala dessa festa. Sente que vamos comer esses pães e depois que o senhor me contar desta festa eu irei embora, por hoje. – Diz já se sentando a mesa. – Senhora Cora, esse cheiro e de chá? Poderia me dar um pouco por favor e se sente aqui ao meu lado para comer também.
A risada rouca da senhora enche a cabana. Devagar ela coloca chá em dois copos e os leva para mesa.
- Cora! Vai se sentar com essa dai mesmo. Ela nem pertence a este lugar.
- Marido! Não ria assim a tempos. Venha comer que sei que você gosta desses pães e a muito tempo não os faço. E Elisa, está sendo muito amável em nos visitar, então ... Termina de falar apontando para a cadeira a sua frente. E ele se senta ainda resmungando. Contudo logo pega um pão com manteiga oferecido por sua esposa.
- Então, essa festa... Elisa incentiva curiosa.
- Até comendo você é irritante. Fala Aron, mas Elisa consegue ver a diversão por trás dos olhos. Ele gostava do jeito dela.
- Toda noite de luz, a vila faz festa. Em agradecimento pela proteção da luz. Explica Cora, porém Elisa ainda estava confusa.
- Como assim, proteção da Luz?
- Menina tonta. Maus espíritos abitam na escuridão. -Aron diz a olhando como se fosse óbvio. Ele, no entanto, deve ter percebido que ela continuava sem compreender completamente, pois levantou as mãos e suspirou antes de voltar a falar.- A luz nós da segurança, enquanto a escuridão é perigosa. Coisas ruins acontecem com quem sai na escuridão. Por isso só saímos quando há luz.
- Sim e hoje e noite de luz então o povo da Vila vai para a praça onde acontece a festa. Completa Cora. – Desde o sumiço da mãe do Senhor Jaynes a proibição de sair em noite de escuridão aumentou. Já que o medo se tornou real.
Era muita informação para assimilar. " sumisso, essa eu não sabia!..." Elisa olhava de um para o outro pensativa. “ foque no mais importante agora! Eles acham que a luz da lua os protege... A festa é em homenagem a lua! Meu Deus!”
- Vocês vão a essa festa?
- É claro que não menina! Não entendeu que vivemos separadamente da Vila. Aron, diz devagar como se falasse com uma criança.
- Mas vocês acreditam mesmo nisso também?
- Querida, fomos ensinados assim. Cora diz e aperta a mão de Elisa que estava inquieta sobre a mesa.
- Vocês já olharam o céu na noite em que a lua não aparece?
- Qual parte de não saímos na escuridão você não entendeu. Aron fala impaciente se levantando.
- Cora, o céu nunca fica em completa escuridão. E a lua não tem nenhum poder. – Elisa fala olhando nos olhos da senhora, no entanto, pode ouvir o bufar de Aron as suas costas. Seu coração pesava cada vez mais enquanto tudo que ouviu nos últimos dias ia se encaixando.
- Como não menina? A pergunta da senhora sai baixinho.
- Eu viajei até aqui em noite sem lua e o único mal que poderia ter me acontecido era ser picada por alguns animais, cair do cavalo ou encontrar homens maus pelo caminho. São os homens o ser mais perigoso que existe.
- Você viajou por quantos dias? Agora Aron entra na conversa com outro tom.
- Por quase duas semanas. E vou dizer mais,de onde venho todos saem em qualquer noite. E nas noites escuras o espetáculo no céu noturno é todo das milhares de estrelas. É lindo demais observar a criação do criador. Eu especialmente amo o céu, tanto de dia como de noite.
- Esses forasteiros... Logo que aquele Struan chegou coisas ruins aconteceram ... Aron fala pensativo. E Elisa suspira.
- Criador? Cora fala curiosa. E a jovem missionária sorri.
- Sim, Deus, o criador de tudo que existe. Não tem como a lua proteger ninguém sendo que ela, o sol e as estrelas foram criadas por ELE. Na bíblia um livro sagrado conta a história da criação de todas as coisas inclusive do ser humano. Lá diz assim, no livro de Genesis
CAPÍTULO 1
Deus cria esta Terra e seu céu e todas as formas de vida em seis dias — Descrevem-se os atos de criação de cada dia — Deus cria o homem, macho e fêmea, à Sua própria imagem — Ao homem é dado domínio sobre todas as coisas e ele recebe mandamento de se multiplicar e de encher a Terra.
1 No aprincípio, Deus criou os céus e a eterra.
2 E a terra era sem aforma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
3 E disse Deus: Haja aluz; e houve luz.
4 E viu Deus que era aboa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
5 E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o adia primeiro.
6 E disse Deus: Haja uma aexpansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
7 E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi.
8 E chamou Deus à expansão aCéus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.
9 E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus anum lugar, e apareça a porção seca; e assim foi.
10 E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.
11 Disse Deus: Produza a terra arelva, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra; e assim foi.
12 E a terra produziu relva, e erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente estava nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
13 E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
14 E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para asinais, e para tempos determinados, e para dias e anos.
15 E sejam para luminares na expansão dos céus, para alumiar a terra; e assim foi.
16 E fez Deus os dois grandes luminares: o aluminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e as bestrelas.
17 E Deus os pôs na expansão dos céus para alumiar a terra,
18 E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom.
Elisa se levanta e enquanto conta a história lava os copos, varre a casa.
Entendendo que falará muito, jogou muita informação sobre eles, Elisa se cala e os deixa com seus pensamentos. Ela vai em direção a horta e enquanto cuida dela ora pedindo ao Espírito Santo para trabalhar nos corações...
Estava tão entretida que se assusta com Maria que chega ao seu lado.
- Elisa, boa tarde! Você opera milhares, como conseguiu ser recebida por Aron tantas vezes? Me conta seu segredo? Pede mexendo as sobrancelhas.
Elisa se alegra ao ver a efusiva senhora novamente. Ela a cumprimenta com um beijo na bochecha rindo.
- Que bom ver a senhora. Não faço nada demais. Só sigo os mandamentos e meu coração.
As duas conversam um pouco mais. Depois Maria ajuda Elisa em silêncio. Até a jovem missionária o quebrar.
- Maria você também acredita?
- Em que querida?
- Na escuridão?
- Olha, sinceramente não muito, mas cresci ouvindo isso e meu finado marido acreditava. E ele era muito amigo da família do líder. Então quando tudo desandou, seus medos se solidificaram. E aqui estou eu...
- Maria o céu está repleto de estrelas que brilham noite após noite. Não existe noite de completa escuridão. Não existe mau na escuridão da noite. O pior mal que existe e o pecado, a maldade dentro de cada um de nós. O homem mente, engana, traí, rouba... Tudo isso provem do pecado, de estar afastado de Deus, o criador de tudo, inclusive da lua!
- Nunca olhei o céu na noite de escuridão...
- O que estão fazendo? Aron pergunta em voz alta.
- Conversando, o Senhor quer participar? Que tal trazer um pouco de água para nós, esta bem quente hoje. Elisa diz calmamente e Maria gargalha ao ver Aron se afastar resmungando.
- Você é demais! Diz Maria limpando uma lágrima, já que chorou de rir ao ver o ranzinza ser derrotado pela engenhosidade da jovem.
- Maria olhar essa cabana me entristece. Precisamos arrumar ela. Não consigo dormir bem sabendo que eles estão aqui assim. E se chover!? -Seus olhos se umedecem. – Eles não têm ninguém por eles. Deus não ensinou a abandonar, ELE manda acolher, ajudar, amar o próximo...
Maria se admira com as falas daquela jovem. E quando Elisa volta para a vila todos nas cabanas afastadas ficam sabendo de suas palavras e de seus cuidados.
De volta a casa de Alana, Elisa procura por Aila e ao ser informada que a jovem estava em seu quarto vai até lá. Estava pensativa...
Bate a porta e ao ouvir Aila mandando entrar abre a porta.
- É você! Então na minha porta você bate? – Aila tem um sorriso travesso em seu rosto. Se levanta jogando o travesseiro em Elisa. Que o pega também rindo.- E ai como foi lá?
- Bem graças a Deus. Que vestido lindo! – em cima da cama um belo vestido azul com vermelho chama a atenção da jovem missionária.
- Vou usar hoje a noite.- Aila se senta novamente penteando os cabelos e começa a cantarolar uma canção que faz Elisa olhar imediatamente em sua direção.
- Que música é essa? Pergunta se aproximando.
- É uma canção de ninar antiga. Você deveria ir se arrumar falta pouco para o jantar.
- Não vou a essa festa!
- Porque? Você tem que ir comigo.
- Aila a razão dessa festa está errada. A luz da lua não tem poder algum. Ela, assim como tudo é obra do Criador. ELE sim tem todo poder. E não existe noite de escuridão, todas as noites o céu está repleto de estrelas brilhantes.
- Mas, Elisa...
- Nada de, mas Aila! Eu viajei nas noites sem lua e as únicas coisas ruins que poderia me acontecer era cair do cavalo, encontrar algum animal venenoso ou outros humanos.
Elisa cita passagens bíblicas para Aila e as duas conversam por um tempo.
A jovem missionária vai ao seu quarto tomar banho e se preparar para o jantar. E quando pouco depois todos saem rumo a praça ela volta para o quarto se põe de joelhos e chora, chora por todo engano que aquele povo vive, chora e ora.
E a partir daquela noite as palavras dela se propagaram.
Aila, falou para seu irmão que contou para seus amigos ... O Espírito Santo começou a trabalhar. A semente da dúvida foi plantada abrindo espaço para as boas novas crescerem.
Boa noite !
Como estão. Passando por aqui com mais um capítulo.
Espero que gostem.
Fiquem com Deus!
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