capítulo 1

Elisa

Desde criança ela queria ser missionária, mas queria ir além, onde nunca outros foram.

Seus pais a amavam muito e apoiavam seus sonhos, contudo tinham medo do que poderia acontecer a sua preciosa e única filha.

Nora, sua mãe orava e pedia constantemente que Deus preparasse um companheiro para sua filha. Um com o mesmo propósito e que a acompanhasse em suas jornadas, já Smith, pai de Elisa, em seu coração sabia que Deus tinha planos maiores para ela, mas mesmo confiando em Deus esperava que ela demorasse muito para realmente estar preparada para partir.

Ele admirava o propósito de Elisa e o amor que via queimar em seu coração. Ela sempre lhe dizia quando conversavam;

-Pai, eles precisam conhecer o Senhor e o seu amor. Eles precisam de mim para lhes mostrar o caminho.

Dia após dia, Smith contemplava como Elisa se transformava em uma bela jovem. Seus cabelos cachedos emolduravam seu rosto, esse que sempre continha um sorriso largo que encantava. Ela era curiosa, impulsiva e as vezes muito otimista. Ele a aconselhava, pois sabia através de seus dias vividos, como existem pessoas más e também como agir sem pensar poderia gerar consequências indesejadas. "A paciência é uma virtude" . Assim a exortava com amor a ensinando controlar suas ações e palavras.

Quando ela completou 19 anos seu pai morreu dormindo.

Deus o colheu para si.

Ela e sua mãe ficaram em prantos, mas se firmaram na promessa de vê-lo no céu.

Um tempo depois, sua mãe a chamou e disse;

- Filha seu tempo para partir está próximo. Deus vai preparar seu caminho. Eu tive um sonho em que você estava em uma linda e verdejante paisagem. Seu rosto estava voltado para o céu e você sorria e falava; "- Obrigada Deus, pois sei que foi o Senhor que me trouxe e me manteve aqui."- Vi você olhar para frente e também vi um cavaleiro forte que se aproximava, e ao vê-lo seus olhos brilharam. Deus tem alguém para você, mas não é aqui. Ele está longe esperando por você e por suas palavras. Sua fé e seu viver vai levá-lo a Deus.

Elas oraram e se abraçaram. Elisa pensou. "- Senhor como partirei e deixarei minha mãe?

Nora sente a falta de seu grande amor. Cada dia mais ela queria estar com ele no céu. Contudo continuava, orava e preparava Elisa para sua missão.

   Nesses meses ela descobriu um novo propósito, foi ajudar com as crianças e se viu apaixonada pelo ministério. Aqueles pequeninos conseguiram acessar seu coração ferido, e com cada abraço, beijo ou os sorrisos sinceros que lhes dava uma parte cicatrizava.

    Certo dia, aproximadamente seis meses depois ela chamou Elisa para conversar e disse;

- Deus estará sempre com você, ELE usa situações que não entendemos no momento, mas não perca a fé eu te amo. Estarei aqui orando por você, não tenho idade nem forças para segui-la, mas você tem que ir seguir seus sonhos e os sonhos de Deus para você.

Um emaranhado de emoções esmagava o coração de Elisa. Esperava por esse dia a anos. Porém não pode evitar se entristecer. Sentia terrivelmente a falta de seu pai.

Passou dias em pranto, orando pedindo força, pois seu coração estava aflito, angustiado. Ela se sentia só perdida. Até que um dia enquanto ajoelhada orava ao lado de sua cama sentiu uma brisa morna como se estivesse sendo abraçada e Elisa pôde sentir Deus a abraçando e ouvir sua voz claramente dizer;

"- Se levante filha! seu tempo de guerrear pelos meus filhos chegou!"

   Elisa sentiu-se renovada, uma força e uma paz até então desconhecida por ela preencheu o seu coração.

Ela compreendeu então.

- Havia Chegado a hora de partir.

                    ❇❇❇❇❇

Ailan

A visão da Vila e de sua casa ao final alegrou o coração do guerreiro que voltava após um longo dia de patrulha. Ailan Estava cansado e com fome.

Ele e seus companheiros Alaric e Mark já tinham se lavado no rio antes de retornarem, enquanto eles passavam eram cumprimentados por todos.

   Ailan amava seu povo, conhecia todos pelo nome e era amado e respeitado por todos também.

  Ao adentrar no pátio de sua casa duas lindas moças vieram ao seu encontro sorrindo.

" Como ele as amava"

  Alana e Aila, sua mãe e sua linda irmãzinha. Ambas com seus longos cabelos negros caindo por suas costas. Ele se parecia com seu pai, alto ombros largos cabelos cacheados e claros. Já sua irmã era a imagem de sua mãe, baixinhas elas chegavam ao seu queixo. Contudo apesar da aparência o temperamento de ambos era o oposto o que gerava muitas brincadeiras.

Ele tinha a paciência e a facilidade de acalmar situações como sua mãe, enquanto Aila possuía o pavio curto do pai.

- Ailan até que enfim chegaram estava preocupada! Disse sua mãe. - Como está tudo? Ela olhava em seus olhos procurando algo fora do normal. Mesmo agora um homem formado ela ainda o cercava como uma leoa.

- Olá mãe, oi Aila. Tudo está tranquilo, mãe. - Respondeu com segurança e carinho na voz. Enquanto passava um braço pelo ombro de cada uma.

- Oi irmão! Lógico que está, nossos melhores guerreiros estavam na patrulha hoje. Aila falou orgulhosa.

Enquanto um empregado levava os cavalos ao estábulo, sua mãe os encaminhou para dentro da casa. O grande salão estava iluminado por diversos lampiões. As janelas abertas permitiam a leve brisa circular deixando o lugar agradável. O cheiro de comida empreguinava o local. Na enorme sala várias pessoas já ocupavam seus lugares a mesa.

Na mesa maior seu pai e o conselheiro já os esperava.

Seus amigos foram para suas mesas e ele se encaminhou para a sua. Nas noites de lua cheia como esta era sempre uma festa, todos comemoravam com banquete danças e muitas risadas.

   Como sempre se sentou ao lado de seu pai que estava à cabeceira da mesa, do outro lado o conselheiro Struan, um forasteiro que chegou à aldeia há muitos anos, desde que Ailan era criança, e com sua sabedoria ajudou e ensinou muito a vila, ganhando a confiança de seu pai e logo ocupando o cargo de conselheiro. A sua direita sua mãe e após sua irmã.

Aves assadas, ensopado de cervo e legumes, pães e frutas começaram a ser servidos imediatamente pelos trabalhadores de sua casa.

Após o jantar todos se dirigiram ao centro da Vila para festejar.

Todos se divertiam, muitos já dançavam e cantavam em agradecimento pela luz que clareava naquela noite e afastava o mal .

    Ailan, observava Aila Que dançava com suas amigas, que por sinal não paravam de lhe sorrir. Sua irmã se aproximou o cutucando.

-Toda celebração é a mesma coisa! Elas só sabem perguntar por vocês se oferecerem para você, nem disfarçam!

- Tá podendo hein amigo! Alaric falou se juntando a eles com Mark e piscando para Aila que lhes sorria e logo recebendo um tapa de Ailan que foi logo dizendo;

-Aila não é para o seu bico! Ai! Por que me beliscou Aila? Perguntou virando para a jovem que neste momento fechava a cara para o irmão.

-Eu não sou mais criança irmão! pare de pôr para correr todo o rapaz que se aproxima de mim!

As gargalhadas de seus amigos atrairam a atenção para eles.

Ailan aproveitou que estavam distraidos e beliscou a costela dos dois amigos.

   - Cacete! O que foi que fiz? Reclamou Marck. -Alaric te imprica e sobra pra mim. Para mim ja deu vou voltar pra minha mulher, nem sei porque ainda ando com vocês.

   -Cuidado irmãozinho ou posso dar a entender para alguma das meninas que está interessado. Soltou baixinho e
Aila e correu em direção as amigas rindo da cara de despero do irmão.

Oiiii!
Voltei kkkk
Me digam o que acharam dos personagens até aqui????
Espero que gostem dessa história!
Estou com dificuldade para escrever sobre missão...
Desafio é desafio vamos lá.
Comentem me deixe saber como estou me saindo.

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