Boas novas
Naquela manhã Elisa acordou antes do sol nascer. Um anseio por falar com o Pai, ardia em seu interior. Então ela resolveu jejuar aquela manhã. Se pôs de joelhos e orou... Seu quarto se encheu da Glória, lágrimas desciam desordenadas por seu rosto. Um calor gostoso abrangia todo o ambiente.
Ainda ajoelhada Elisa começou a louvar e cada palavra saia de seus lábios em reverência... O coração alegre, leve, rendido. De olhos fechados, foi envolvida pela melodia e assim como Davi, dançou...
A um bom tempo ela não sentia tamanha comunhão. Ali sozinha não tinha com quem orar, mas naquele momento se renovou.
Algum tempo depois vai até a janela e a abre. O vento frio, a faz arrepiar. O contraste com o interior a faz gargalhar. O céu cinza mal se via devido a uma espessa nebrina.
Mais uma vez Ailan passava pelo local e ao ouvi-la pensa que ela é louca. "Como pode estar alegre assim olhando um clima desses." Ele também achou que talvez, estivesse ficando louco também, já que ela parecia brilhar. Sacudindo a cabeça e resmungando vai para o celeiro.
No quarto uma batida a porta chama a atenção de Elisa.
- Bom dia! Saúda Alana e Aila que se encontravam a sua espera.
- Bom dia,Elisa!
- Bom dia, Elisa! Como não desceu para o café ficamos preocupadas. E viemos ver como você estava.
- Estou bem, obrigada! Tirei um tempinho com Deus. Entrem. Elisa percebe o semblante sério de Alana e se preocupa. – Esta tudo bem? Aconteceu algo com Cora? Pergunta sentando na cama.
- Não aconteceu nada. Fique tranquila. Aila responde subindo na cama ao seu lado.
- Só quero conversar com você. Na verdade preciso conversar com você.
Elisa se entristece ao pensar que não poderá ir visitar o casal de idosos.
- Elisa você chegou aqui do nada. - Alana começa a falar, olhando para o chão e Elisa entende o teor da conversa. - não sei de onde ou que fazia. Diz umas coisas diferentes. Pode me falar de onde veio e o que você veio fazer aqui. Ao terminar de falar suspira.
- Pode perguntar o que quiser senhora que responderei. – diz tranquila apertando a mão de Alana. – Bom, me chama Elisa, tenho 21 anos e sou missionária. Meu pai se chamava Smith, ele morreu quando eu tinha 19 anos. Minha mãe Nora, trabalha atualmente como voluntária em um orfanato na cidade onde nasci.
- O que é missionária? Pergunta Aila.
- Ser missionária é levar ajuda onde for preciso e levar as boas novas da salvação onde for. Desde nova quis ser missionária. Meus pais me apoiaram. Estudei muito para isso, e quando surgiu oportunidade eu e três amigos missionários fomos mandados para ajudar um casal de missionários em uma aldeia. Elisa sorri saudosa.
- Mas você chegou aqui sozinha... Alana pergunta com o cenho franzido.
- Sim, eu tinha o sonho de ir além. Ir onde outros não foram. Então depois de um tempo na aldeia, acontecimentos me disseram que era hora de partir. O missionário Neemias e sua esposa oraram comigo e Deus confirmou então parti sozinha e sem rumo guiada pelo Espírito Santo. – um arrepio passa por ela ao se lembrar dos homens. - E Deus guiou meu caminho até aqui.
- Quem é esse Deus que você tanto fala?
- ELE é meu tudo. Vou contar uma história para vocês. – Eufórica ela pega sua bíblia, falar de Deus era sua maior alegria. – Aqui nesse livro tem toda história de Deus. Em Genesis o primeiro livro conta como ELE, fez o mundo todo e criou o primeiro homem chamado Adão e a primeira mulher chamada Eva. Deus os tinha como amigos. ELE os colocou em um jardim e pediu somente uma coisa. Mas o homem desobedeceu e assim foi expulso do jardim e da presença de Deus. A história é grande, no entanto vou resumir assim, ela pega 5 fitas coloridas e começa a narrar.
- Deus é amor. Ele criou tudo, tudo que existe. Ele nós ama demais, além do que merecemos. Então além do que vemos esse amarelo, dourado nos lembra o céu. Deus fez uma promessa que é de nos levar para morar com ele em um lugar incrível. Aqui na bíblia no livro de Apocalipse 21:9–21 cita esse lugar com detalhes e diz que as ruas serão de ouro. Agora a cor preta. Nos ser humano somos maus, pecamos, fazemos mau ao nosso próximo desagradamos e desobedecemos a Deus. Essa cor simboliza nosso coração sujo, poluído pelo pecado. E o pecado nos afasta de Deus, pois ele é Santo. Agora é o vermelho, cor de sangue. E foi Justamente assim, com o sangue do filho de Deus, Jesus, que ele nos da direito de sermos limpos. Em Romanos 10;9 diz que se acreditarmos em jesus e declarar que ele é nosso único Salvador. O sacrifício dele que morreu na cruz por cada um de nos, nosso coração ficará novamente limpo, como esse branco aqui. Não que paramos de pecar, porém cremos que se pedirmos perdão e o nosso arrependimento for verdadeiro, somos perdoados. Agora o verde... A cor das árvores da grama, para crescer as plantas precisão de alimentos, água, sol, nutrientes. Assim também, para crescermos espiritualmente temos que nos alimentar. E é ai que entra esse livro, a Bíblia, nela está todos os mandamentos, todas as palavras de Deus para os homens. Ela é como um mapa com destino sendo o céu. Outro alimento da nossa fé e a oração e o louvor. Orar e conversar com Deus. Em Salmo 119:9-11 fala sobre isso.
Elisa se levanta e com os braços abertos começa a dançar pelo quarto entoando um louvor. Alana e Aila observam tudo admiradas. Nunca tinham ouvido história semelhante. E a alegria genuína de Elisa, sua graça, leveza e convicção eram instigante...
- Essa sou eu, uma jovem missionária amada por Deus. Meu plano de vida é falar do amor de meu Pai.
- Obrigada por responder minhas perguntas Elisa. Agradece Alana. – Você vai a cabana de Aron depois do almoço? Muda de assunto.
- Pretendo ir antes, assim levo algo para eles comerem. Ou faço alguma coisa lá mesmo.
- Posso ir com você? Aila pede, desejava saber mais desse Deus.
- Se sua mãe não importar. E você não tiver medo de insultos.
- Pode ir. Fala Alana dispersa.
As duas então saem e sobem na carroça prontas para enfrentar um senhor ranzinza. E durante o caminho Aila faz diversas perguntas sobre a fé de Elisa e ela responde com o coração transbordando de alegria orando em espírito para a semente enraizar em boa terra...
Elisa dessa vez bate na porta. E sorri ao ouvir a voz irritada responder. Uma afeição genuína por aquele casal tomou seu coração.
- Bom dia para o senhor também! -Abre a porta e entra. Atrás de dela ouve a risada de Aila. – Bom dia Cora! A senhora ainda está deitada, mas o sorriso em seu rosto aquece Elisa. Seu esposo se encontra sentado em uma cadeira ao lado da cama.
- O que faz aqui jovem impertinente? Fora! Brada Aron se pondo de pé.
- Esta um lindo dia não acha senhor? Então resolvi vir visitar vocês novamente e trouxe companhia. – Continua falando ignorando Aron. – Entre Aila, ele late mais não morde. Pode por favor trazer tudo para dentro? – pede ao criado que as levou.
- Fora sua malcriada!
- Querido! Não seja descortês. Elisa me ajudou ontem, não precisa ser tão agressivo. - Cora recrimina seu esposo com doçura.- Jovem Aila, que moça linda se tornou. É uma alegria ter você aqui. Não é Aron?
- Alegria, que alegria? Essa família...
- Aron! – interrompe Cora- O que é tudo isso? Pergunta ao ver o jovem entrar carregando vários sacos. Elisa esconde o sorriso ao ver a frágil senhora puxar o braço do marido para chamar sua atenção e o olhar que ela lhe deu o fez manter a boca fechada. Todavia era nítido o desprazer dele.
- É uma alegria conhecer vocês também. Só conhecia os nomes. E isso são algumas coisas que Elisa achou que precisavam e minha mãe mandou. Responde Aila. Já que Elisa se movimentava pelo ligar auxiliando o jovem.
- Intrometida!
- O que falou marido?
- Nada. Diz por entre os dentes e sai para os fundos da casa.
Ao ver ele sair Elisa e Aila se olham e começam a gargalhar.
Enquanto Aila conversa com a senhora, Elisa guarda tudo, prepara o almoço e faz uma sopa caprichada para Cora. Que observava a agilidade dela. Elisa também organiza todo o lugar.
Quando tudo fica pronto serve um prato e leva ao criado e chama o senhor Aron para comer, mas ele recusa.
Cora a tranquiliza dizendo que faria ele comer mais tarde.
As três comem e depois de lavar as vasilhas elas vão embora.
Aila volta em silêncio, observou Elisa a pedido de sua mãe e não encontrou nada que a reprovasse. Ela fazia tudo com carinho e perfeição. Não reclamava de nada. E as palavras da jovem missionária deram a ela muito no que pensar.
“ Teria vivido até aquele momento enganada por superstições?..."
Elisa começou a lançar as sementes😍😍😍
Votem e me contém o que estão achando por favorzinho🙏🙏🙏
Autora com surto de ansiedade😌
Deus abençoe vcs!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top