Aron e Cora

O ambiente escuro e abafado faz Elisa semicerrar os olhos.

- Quem é você? Um senhor muito magro com cabelos e barba grisalhas ao lado do fogão pergunta irritado. Elisa passa os olhos pelo lugar e encontra a senhora debaixo de mantas. Somente o rosto e o cabelo estão visíveis.

    A senhora é acometida por um acesso de tosse que faz Elisa se contrair.

   Aron apoiada em um pedaço de pau e uma xícara na outra mão se apressa em direção à esposa. Ao ver o carinho com que ele apoia  Cora para se sentar e a faz beber o líquido quente em suas mãos. Ela coloca o prato que carregava sobre a mesa e se aproxima da cama tocando a testa da senhora e se assusta.

   - Saia daqui!

    - Ela está ardendo em febre. Eu posso ajudá-la.

    - Saia daqui! já falei por acaso é surda?

   - O senhor pode gritar comigo depois, agora ela precisa de ajuda. - Elisa pega o copo e cheira. - alho com limão, bom, mas não o suficiente. - Com licença Cora eu me chamo Elisa, eu vou te ajudar. Vou tirar essas mantas para ajudar abaixar sua temperatura. A senhora assente, mas Aron não cede.

   - Como assim ela está tremendo de frio. Além de surda é louca! Grita segurando as mantas.

   - Aron, se ela continuar embrulhada assim, e a febre continuar a subir a situação dela irá piorar e poderá ser tarde demais. Fala firme fazendo os olhos do senhor se abrir mais.

   - Aron, por favor deixe ela. Com voz fraca Cora fala carinhosamente com o marido que libera as mantas e imediatamente Elisa as retira.

   Com agilidade ela pega um pano e o parte em 3, pega uma bacia e a enche com água e leva tudo para perto da cama. Umidece e os coloca tanto na testa como debaixo do braço da senhora.

  - Vai passando e molhando novamente. Instrui o senhor que mesmo com a cara fechada faz o que lhe é pedido.

Elisa abre as janelas para ventilar e sai para fora em direção à horta orando para achar o que precisa. Ela encontra hortelã e olhando em volta, dá um Glória ao avistar um pé de sabugueiro. Apressada  volta para dentro, coloca água para ferver com a flor de sabugueiro e hortelã.
Com agilidade ela começa a abrir e olhar tudo. “Mel! Obrigada Deus!” 

   Decidida a fazer um caldo ela volta correndo para a horta colhe alguns vegetais, achando manjericão um sorriso se abre em seu rosto. Além de ajudar abaixar a febre  é bom para dor de cabeça e aumenta o sistema imunológico.

   De volta a cabana  observa que o senhor continua com as compressas, porém seus olhos a seguem por todo lugar. Ela põe o chá para esfriar um pouco enquanto pica tudo para o caldo.
 
    Elisa decide colocar o recheio da torta já que não encontrou carne assim, ele ficará mais forte.

-Aqui, Elisa oferece a xícara para que Aron de a Cora. Ele apoia o corpo dela que treme novamente e a faz beber o chá agora morno.

  -Ela precisa de um banho. Só as compressas não estão ajudando. Elisa fala preocupada.

   - Olha aqui...

   - Querido, ela está certa. Cora fala cortando seu esposo que suspira resignado. Ele olha para Elisa e concorda.

    Ele mostra para ela onde pode encontrar água e no que aquecer. Poucos minutos depois com água morna e com o consentimento de Cora, Elisa a ajuda com o banho. Os resmungos de Aron são ouvidos durante todo o tempo. A pequena senhora treme, seus lábios  arrocheiam um pouco, no entanto, Elisa percebe que a temperatura cede.” Obrigada Deus!”  murmura e a senhora a olha com curiosidade.

   Já vestida, Elisa a leva de volta para a cama e troca todos os forros. Ela também busca o caldo e ajuda a senhora a beber e em todo o processo senti os olhos avaliativos de Aran sobre ela.

   Outro acesso de tosse traz ele para perto da cama novamente. Elisa percebe o quão grande é o amor deles. O olhar de Aron demonstra todo esse amor com a preocupação pelo estado dela. As mãos em punho e o olhar de impotência. Ela pode apostar que se pudesse ele trocaria de lugar com a amada.

    Batidas soam na porta.

   - Quem é? Brada Aron com um olhar irritado novamente e Elisa esconde um sorriso.

   -  Sou eu Maria. Vim chamar Elisa. "Como ela conseguiu entrar?” A voz baixa de Abadia e mais alguns cochichos também são ouvidos.

   - Bando de intrometidos. -resmunga Aron. - Ela já vai, podem ir embora! grita e eles ouvem mais protestos “ mas eles deixaram ela entrar e nos manda embora. Que absurdo!” Abadia é ouvida de novo fazendo Cora rir baixinho, e sua risada trás um sorriso ao rosto marcado pela idade de Aron.

- Aron... Começa Maria, para ser cortada por Aron novamente.

    - Fora da minha porta!

  Balançando a cabeça  Elisa coloca a vasilha de sopa ao lado da cama e se levanta.

   - De o chá para ela durante o dia e o caldo também.- pede a Aron- Fique com Deus Cora, espero que melhore logo. Foi um prazer te conhecer. Com carinho da um beijo na testa da senhora ao se despedir.

- Va logo!  As palavras eram duras, porém o olhar dele não enganava Elisa que pigarreou para evitar rir.

- Foi um prazer te conhecer também, senhor Aron. Fique com Deus. -Acenando abre a porta e antes de fechar diz – Voltarei para visitar vocês logo. Os resmungos chegam até ela que vai embora sorrindo.

- Como você conseguiu que eles te deixassem entrar? Questiona Maria.

- Eu não perguntei só entrei. Da de ombros.

- Não acredito! Responde Alana.

- Vocês disseram que eles não me deixariam entrar, então nem perguntei.

Abadia gargalha e logo as quatro estão rindo juntas.

- Eu queria ter visto a cara azeda do Aron quando te viu. Abadia fala quase sem fôlego.

- Ele ficou bravo, mas não liguei, pois sua esposa está muito doente e eu queria ajudar. A senhora Cora ardia em febre.

- A não!

- Vou até lá!

- O que você fez?

- Calma, espere, Aron já passou por provação suficiente por hoje.- Elisa responde segurando o braço de Maria . – Eu fiz um chá para febre e um caldo para ajudar ela a se fortalecer. Também ajudei ela a tomar um banho o que abaixou a febre.

As três olhavam para Elisa como se fosse um fantasma. Abadia abre e fecha a boca sem emitir palavras.

- Senhora Alana, eles realmente não tem quase nada. Me doeu o coração observar o abandono daquela moradia.  Precisamos fazer algo. Os olhos dela brilhavam – Amanhã se me permitir vou voltar aqui e trazer provisões para eles.

Maria passa o braço pelo de Abadia ambas emocionadas pelas ações daquela desconhecida.

- Claro Elisa, pode pedir e providenciarei o que você achar necessário.

Elas se despedem e voltam para a vila em silêncio. Cada uma refém de seus pensamentos. O que Elisa não sabia era que o mover já havia se iniciado nas cabanas afastadas e logo iria se expandir.

Ao anoitecer, depois que Elisa se retira Alana conta a todos o que aconteceu. Aila e Ailan gargalham ao imaginar Elisa invadindo a casa.

   Jaynes, no entanto fica pensativo e faz um pedido a sua esposa.

    Elisa se preparava para dormir quando Alana e Aila chegam ao seu quarto.

- Elisa, você é demais o Aron não teve a menor chance. Diz a jovem rindo. E Elisa balança a cabeça.

- Elisa, não vou com você amanhã. Mas tudo estará preparado. Boa noite!

Oii gente!
Qual sera o pedido????
FIQUEM com Deus.
Votem, comentem é indique o livro para um amigo.

Ser cristão é mais do que apenas uma conversão instantânea, é um processo diário pelo qual você cresce para ser cada vez mais semelhante a Cristo."
Billy Graham

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top