Capítulo 27 - Nas Entranhas de Tempus

Que momento infernal, Destinia nunca pensou que estaria de volta à Torre Tempus daquela maneira, naquele cenário caótico nas ruas. Eram gritos animados, mas entre eles claramente a ruiva escutou um "vadia traidora". Uma lata de comida vazia foi arremessada por alguém em sua direção e lhe acertou a testa. Mesmo sendo segurada pelos dois braços pelos homens da Armada, a tontura que sentiu a fez cair de joelhos. Destinia gemeu de dor e a visão ficou turva por alguns segundos, só depois ela percebeu que algumas gotas de sangue caíram no chão. Sentia-se extremamente azarada, a lata bateu no canto direito da testa justamente do lado das cerrinhas e isso lhe causou diversos ferimentos pequenos e doloridos.

— Vamos, se levante! — Disse o rapaz da Armada a forçando a se levantar bruscamente.

     No caminho até o topo — ninguém precisou dizer para ela que estava sendo levada para o topo onde o relógio ficava, era isso que a Armada procurava e logo deduziu. — Destinia viu vários funcionários que foram feitos de refém. Na mente dela, não havia mais nenhuma memória boa daquele lugar, era como se dias felizes com sua mãe e pai nunca tivessem existido. A Torre era um lugar de frieza emocional, de seu trauma com o fogo, morte, perda, Saga Vibennis....

    A subida pareceu mais demorada dessa vez, Destinia manteve a cabeça baixa pensando em mil coisas, e todas elas terminavam em sua morte, ela não daria nada para a Armada e tudo iria sobrar para Saga. Isso soava egoísta para com Reminiscentia por conta da Praga do Tempo, mas também soava como vingança em relação à Saga. No fundo a única certeza que Destinia tinha era de que os segredos da Torre não deveriam cair em mãos erradas.

    Ela tinha certeza de que alguém da Armada iria persuadir-lá para ter acesso para ir dentro da sala do relógio, mas ela não esperava que fosse ser o Líder em pessoa que estava usando a típica máscara de caveira. Em condições melhores de pensamento, Destinia teria tomado um susto, mas ainda se sentia tonta demais para se surpreender. Antiga Mestra e Líder estavam frente um ao outro. Leander tirou a máscara e a deu para um dos rapazes.

— Mas o que aconteceu com ela afinal? — Perguntou Leander.

— Na escadaria da entrada algumas pessoas jogaram coisas nela.

— É a fúria do povo, Destinia. Eles estão cansados.

— Fala como se estivesse do lado deles, mas não está. — O tom de voz da ruiva foi afrontoso.

— E você parece que está só do seu lado. Bem....Indo direto ao assunto....Estamos diante da porta mais protegida da Torre onde anos atrás uma pessoa cuja identidade é desconhecida até hoje conseguiu entrar. Eu ouvi várias versões de que a pessoa era forte, ou tinha um grande conhecimento em tecnologia e rompeu as barreiras de fora do relógio, mas sinceramente nada faz sentido. A única coisa que faz sentido aqui é que não é impossível de entrar na sala mais importante da Torre. Eu vou da maneira fácil, Destinia, coloque a senha nos relógios.

    A porta dupla da Torre era aparentemente feita de carvalho cinza, mas era muito mais do que madeira para proteger o que tinha do outro lado. As "trancas" da porta eram sete relógios. Três do lado direito da porta, três no lado esquerdo e um relógio acima destes no meio que tinha o símbolo dos Vibennis. Cada relógio tinha uma hora correta para abrir a porta e cada um tinha o desenho do símbolo das seis famílias Empíreas.

— Vamos logo você tem a chave pra virar as engrenagens. — Falou Leander apreensivo.

    É verdade, mesmo que ela tenha se desligado do cargo de Mestra, Destinia escondeu a pequena chave abaixo de uma das camadas da pele do antebraço perto do cutuvelo, ali ela tinha certeza que ninguém acharia.

— Preciso de uma faca. — Ela avisou.

— Hm..... — O loiro se afastou brevemente para trazer em mãos sua foice. — Serve isso ou é muito exagero?

— Os dois.

"Chefe" a voz veio cheia de ruídos de um rádio preso na cintura de Leander. "Os porcos da Duo Corvus estão aqui."

— Matem eles. — A ordem do Líder foi simples.

    Destinia levantou o braço e de maneira instintiva Leander abaixou um pouco sua foice, mas no final das contas, foi a ruiva quem indicou melhor onde a fina ponta da foice deveria passar levemente. Mesmo que fosse um mísero corte de tão pequeno, Destinia pode sentir o local queimar,o sangue dali fluiu movimentado e pingou no chão. Foi um corte suficiente para tirar a pequena chave achatada da porta dupla. A cor original era prata, mas estava manchada CD um denso vermelho.

— Segunda pessoa que guarda segredos com sangue, que loucura. — Para Leander, foi impossível não se lembrar de Angina.

     Lá de fora era possível ouvir gritos e barulhos de tiros. Os rapazes que trouxeram Destinia saíram no local e resolveram se juntar à luta. A animação logo acabou, porque dois deram de ara com Leonis que não poupou tempo e golpes. O corte da espada já brilhava em uma fina linha de plasma alaranjado. Aparando os ataques de seus inimigos, o loiro encontrou rochas para direcionar a espada na perna de um dos rapazes, e isso foi rapidamente efetivo já que o mesmo caiu de joelhos no chão. O outro rebelde gritou e avançou em Leonis que desviou de todos os ataques da adaga do rapaz. O braço do Rebelde foi segurado por Leonis e o cano da espada atingiu o queixo dele. Eles não eram o alvo real de Leonis, e pela primeira vez depois de tanto tempo, deixar inimigos tontos pareceu o suficiente.

     A porta fora aberta por Leonis com rapidez, primeiro seu olhar pairou sob Destinia que estava machucada, e depois em Leander, seu tio, que ficou bem surpreso.

— O que você fez com ela? Destinia você está bem?

— Você..... — Destinia mal soube o que dizer.

— Leonis.....Quanto tempo.

     Novamente aquele momento de tio e sobrinho....Ou filho, quem sabe, não significava nada para o soldado, já para Leander era novamente uma mistura doida de sentimentos e apego ao passado.

— Destinia...Abra essa porta agora. — Disse Leander com firmeza sem deixar de olhar para o loiro. — Leonis, você está do lado dos meus inimigos, mas eu não quero lutar contra você.

— Você é um rebelde, o Líder deles, e será tratado assim.

— Fala comigo como se eu fosse um estranho, não é possível que você não se lembre de mim.

— Não adianta voltar nesse assunto, as minhas memórias foram apagadas.

— Fizeram o que com você?

     Leander queria saber quem fez isso, não, não.....Não importava, uma só morte não bastaria. Lucius? O Rei Thales, Dinastai inteira? Todos iriam pagar pela omissão de Solaris e pela vida que Leonis mal se lembra que teve. Para Leander aquilo era crueldade, levar um garoto embora, apagar as memórias do passado e alimentar a mente dele com ideias bélicas e violentas. O Líder agora estava determinado em restringir Leonis, isso para ele seria uma vitória. Esses pensamentos ainda que fossem de uma moral acinzentada vindo de Leander era melhor do que o único pensamento de Leonis Sitientem : eliminar o Líder da Armada.

    A luta entre os dois começo e Destinia instintivamente se pressionou contra a porta. A energia daquele lugar ficou pesada e difícil de respirar, isso na verdade era sinal da ansiedade de Destinia subindo vagarosamente para o controle de sua mente. Sempre acontece coisas ruins nesse lugar, sempre! Ela gritou em sua mente. A ruiva soltou o ar quente dos pulmões e se virou para a porta.

— O que eu posso fazer? O que eu deveria fazer.... — Disse para si mesma enquanto ouvia a luta atrás de si.

     Os olhos azuis trêmulos ficaram o relógio dos Draconica e dos Nefas Harpia e por último o relógio dos Patronis. Depois ligando todas as linhas de pensamento ela enfiou a chave das engrenagens do relógio dos Patronis e começou a girá-las. Leander que teve uma rápida oportunidade de olhar na direção da ruiva e logo pensou que Destinia estava finalmente destrancada a porta dupla, mas não era bem assim.....

     Aquele sistema de tranca era muito mais complexo do que poderiam imaginar. Apenas quem um dia foi Mestre ou Mestra da Torre saberia que os relógios também serviam de mensagem decodificada de protocolo. Patronis era o relógio representado pela proteção, Nefas Harpia e Draconica eram os relógios do caos e defesa agressiva. Se Leander estava pensando que Destinia abriria a porta, ele pensou muito errado. E por fim, o relógio da ativação era dos Vibennis.

    Um grade tremor se espalhou pela torre e todos olharam para cima aflitos e curiosos, por um momento a luta entre Leander e Leonis havia parado.

— Que loucura.... — Murmurou Destinia.

— O que você fez? Não abriu a porta?! — Perguntou o Líder irado.

— Leonis, você precisa sair daí! — Gritou a ruiva.

     O rapaz não teve tempo para responder, blocos quadrados começaram a cair do teto e foi naquele momento que Destinia admitiu para si mesmo que isso não era tão boa ideia assim. A única saída agora de fato, era para a sala mais importante da Torre, então logo ela começou a mudar as horas em todos os relógios pra destrancar a porta dupla.

— O que caralhos você ativou?! — Perguntou Leonis.

— Vem logo pra cá! — Respondeu a ruiva.

— A porta.... — Leander entendeu tudo indo em direção à Destinia.

— Onde você pensa que vai? — Leonis não o deixaria ir tão fácil assim.

    A ordem de abrir a porta era o relógio dos Erimon, pois eles haviam sido a primeira família empírea, depois Astra seguido de Draconica por terem sido expulsos das terras de Katharsi. Em seguida Nefas Harpia, Phoenice e por último, Patronis. Cada relógio precisava ficar no horário específico da morte de cada Patriarca ou Matriarca anterior, e por último como de costume, Destinia girou novamente as engrenagens do relógio dos Vibennis, mas desta vez para abrir de vez a porta dupla que primeiramente só revelou escuridão.

— Venha Leonis! — Gritou Destinia pronta para entrar.

     Não era tão simples como apenas ir lá e entrar. Leonis e Leander resolveram lutar no meio do caminho enquanto desviavam dos blocos que caiam. Apesar do Leonis ter uma preferência por espadas, um soldado da Duo Corvus nunca anda sem uma arma de fogo, nem que seja embutida na espada tornando-a assim, híbrida.

    Os três tiros de plasma surpreendeu Leander, mas na correria dele consegui desviar. Ao mesmo tempo de acontecimentos, Leonis conseguiu se aproximar de Destinia. Mesmo assim as faíscas do plasma conseguiram atingir seu ombro e só a faísca já foi dolorosa. Naquela reação, Leonis encontrou uma oportunidade de acabar de vez não com seu tio, mas com o Líder da Armada, por isso ele segurou o gatilho para carregar um tiro maior, mas Destinia viu a sombra do bloco caindo.

— Leonis, não! — Ela gritou tentando alcançá-lo para puxá-lo dali.

    Se isso havia dado certo ou não, era apenas escuridão e o som do impacto.

— Destinia....Destinia, ei, acorde.

     A voz de Leonis foi escutada de olhos fechados, Destinia os abriu lentamente e a dor de cabeça lhe despertou um pouco mais. A ruiva estava no chão, e diferente de minutos atrás, o lugar estava com poucas luzes ligadas, porém ainda difícil fazer descrição do local.

— O que aconteceu? Eu desmaiei? Quanto tempo passou?

— Por incrível que pareça, uns cinco minutos.

— Estamos na sala do relógio, preciso acionar as luzes.

— Vai com calma. O impacto te fez cair. Você deve ter desmaiado porque já estava ferida na cabeça.

    Que estranho o Leonis desse jeito, pensou Destinia consigo mesma se levantado de vez, ela começou a caminhar com cuidado em busca do botão de acionar as luzes.

— Onde você está?

— No chão.

— No chão ainda?

    Leonis não quis se justificar. Enquanto isso Destinia achou o interruptor para acender a luz geral da sala que se revelou ser um lugar grande por conta do relógio da Torre. Era possível ver as grandes engrenagens e várias prateleiras com livros. Eram tantas prateleiras que dava a sensação do lugar ser infinito. Mesmo naquele ambiente rústico e empoeirado, a sala mais importante da Torre tinha sua beleza. Mas nem tudo era bom, assim que Destinia achou Leonis no chão, ela tomou um susto de prender o ar nos pulmões de maneira inconsciente por alguns segundos.

— Ah não.....

     A porta dupla não estava fechada, sua passagem estava impedida pelo grande bloco que caiu ali e consequentemente pegou um pouco do braço esquerdo de Leonis. O soldado se manteve firme, de fato, ele não estava sentindo aquela parte do braço. A única parte visível era um pouco da pele do braço superior quase no ombro.

— Não olhe assim, eu poderia ter lidado com isso mas.... — O olhar de Leonis foi em direção à espada que estava um pouco longe dele.

— A única alternativa é cortar?

— Mesmo que isso levante, meu braço já era. Pegue minha espada, eu vou cortar.

— O quê? Não! Você vai perder sangue.

— Minha espada tem corte de plasma. Vamos, me dê a espada. — Disse Leonis impaciente.

— Não! Mesmo com o corte de plasma, você cortar seu próprio braço soa brutal demais.

— Agora essa! — O loiro não está acreditando nessa conversa. — Então é você que vai cortar?

     A ruiva engoliu um seco. Nunca se imaginou fazendo isso, mas não tinha escapatória, era necessário fazer tão extremo. De fato ela não deixaria Leonis fazer isso mesmo que ele tivesse a coragem.

— Vou. — Ela confirmou com a cabeça mais de uma vez. — Vai ser eu.

— Você já fez isso na sua vida?

— Claro que não

— Vou ser o primeiro, puta merda! — Leonis riu de nervoso.

     Aquela risada fez as mãos de Destinia tremerem, mas logo após a ruiva segurou com firmeza o cabo da espada. Ela tomou uma posição em qual achou o ângulo perfeito. O fio laser foi ligado e Destinia pode sentir um pouco do calor emanado.

— Está pronto? — Perguntou Destinia. O soldado logo voltou a ficar sério.

— Sempre. — Ele concordou com a cabeça.

     Estar pronto não era o mesmo que se impedir de gritar. Por muito tempo Leonis foi proibido de demostrar sua dor ouvindo que aquele cede à dor era frágil e inútil. Primeiro corte quente o loiro comprimiu os lábios, mas sentindo aquele fogo afiado em sua carne ele soltou o seu grito de dor. O som da agonia ecoou e Destinia logo se preocupou. Uma pequena poça de sangue se formou abaixo do corpo de Leonis. O cheiro de carne queimada embrulhou o estômago de Destinia, mas ela foi até o fim, e no fim, fechou os olhos para não ver mais nada. Finalmente Leonis estava liberto do bloco mesmo com um preço tão alto.

     Destinia soltou a espada e sentou-se do lado do loiro, sob o sangue quente, com um olhar de desespero, e nada disse, mas em sua cabeça mil vozes gritantes a atormentavam. Leonis, por outro lado conseguiu se movimentar lentamente para ficar sentado ao lado dela, o olhar do loiro parecia vazio e úmido por conta de algumas lágrimas de dor.

— O que foi que eu fiz? — Disse Destinia.

— O certo. — O tom de voz de Leonis não tinha nenhum ânimo. — Pelo menos o corte já foi cauterizado. Tá tudo bem. Ei.... — O loiro deu uma cutucada leve no braço dela, assim Destinia o olhou. — Você me livrou dessa, valeu. Estou te devendo duas vezes agora.

— Fala daquela vez que você veio e comprou a Simulakronos? Soube que era eu na ligação?

— Só podia ter sido você, Destinia.

     Eles se olharam por alguns segundos, Destinia não soube como reagir, muito menos dizer alguma coisa. Não sabe como que está conseguindo ter um momento tranquilo ‐ apesar do recente acontecimento - ela se lembra bem do primeiro contato que teve com Leonis e como aquele dia foi horrível, e mais....A visita ele em sua casa o mesmo tinha sido completamente rude, mas veja só agora....Mal consegue acreditar neste momento.

     Leonis desviou o olhar para as grandes prateleiras da sala, de repente ele sentiu uma sensação estranha quase como vertigem de tão bizarro que era o lugar.

— O que é tudo isso? — Perguntou ele.

      A ruiva seguiu o mesmo olhar que o dele. Havia tanta coisa ali, livros, documentos, artigos.....Era a história toda de Reminiscentia. Existiam coisas que Destinia sabia, outras que não sabia. De fato estava ali dentro informações da Praga do Tempo e também o chamado Tempus Finis.

    Até onde ela sabe, mas não saberia dizer se acredita nessa teoria, é que um estudioso chamado Feri Patronis tinha um contato profundo com a magia. Suas idas e vindas à Torre Tempus em busca de mais conhecimento expandiu seu olhar para a enorme lua lilás de Reminiscentia. De acordo com seu diário:

    "Existem linhas...Rachaduras translúcidas em volta da lua como se fossem um véu. Certa noite quando os céus de Tempus me deram o privilégio de um céu escuro nítido e sem nuvens de chuva no alto madrugada eu vi aquela rachadura se abrir e revelar uma dimensão branca com árvores secas e um pilar....Ou poderia ser uma torre ou quem sabe um obelisco. Mas sim, um relógio ali, mas sem ponteiros. Nada me disse, mas minha mente viajou em um conceito e se aquela dimensão fosse uma chance de recriar o mundo perfeito? Um mundo sem a malícia dos Draconica, um mundo em que os Phoenice sobreviveram..... "

     Mas isso era tão complexo que Destinia não achava motivos para acreditar em outro mundo, outros tempos....Ela só conhecia uma realidade, a dela.

— São registros...Por favor, não me pergunte sobre esse lugar.

     Disse apenas e Leonis aceitou a resposta. Fosse em outros tempos talvez ele insistiria, mas era evidente o cansaço de Destinia. Ela se levantou olhando em volta tentando se lembrar de como desativar o sistema defensivo.

— Vou tirar a gente daqui. Fique sentado.

      Sem opção nenhuma, Leonis ficou ali seguindo Destinia com o olhar, até que fechou os olhos para descansar a mente, foram poucos minutos de escuridão e barulho de passos, mas lhe pareceu o suficiente. Ele sentiu o bloco atrás de si se mover, e então, se levantou quando cambaleando para frente.

— Espera, se apoia em mim. — Prontamente a ruiva ficou ao lado de Leonis.

— Tanta coisa aconteceu....Isso é humilhante.

— Não fale besteiras, você não é feito de ferro.

     Ele nada respondeu, Leonis sabia disso, pela dor física e pelo sangue que ele não era feito de ferro, mas seus vícios do passado ainda o perseguiam. No caminho de volta para baixo, autoridades já estavam por ali. Os Rebeldes foram embora a mando de Leander, novamente a missão em Tempus havia falhado.

    Chegando na entrada, uma enfermeira logo notou o estado de Leonis e ajudou Destinia a levá-lo para dentro de uma ambulância.

— Esperem....Não quero deitar, sentado é o suficiente. — Disse o loiro.

— Tem certeza? — Perguntou Destinia.

— Tenho. — Ele confirmou com a cabeça.

— Bem.... Você está em mãos melhores agora. Eu vou voltar pra Torre, eu vi que mais gente precisa de ajuda. Não sei se vão aceitar ajuda de uma antiga Mestra, mas...... — Ela parecia estar preocupada com a reação das pessoas.

— Quem seria tão bobo de não aceitar? Você é muito gentil, Destinia......Nem todo mundo vai saber apreciar isso em você. Não é à toa que hoje em dia ser gentil é necessário coragem. Obrigado pela ajuda. — Disse Leonis por fim.

— Eu...... — A ruiva parecia estar sem jeito. De repente seus olhos ficaram marejados. Um agradecimento pela ajuda....Pela gentileza, isso tocou seu coração profundamente. Um toque leve e cálido. — Não há de que, Leonis.

     A jovem Vibennis saiu antes que chorasse, e Leonis notando a reação dela, se levantou da maca.

— Espera aí! Eu falei algo de errado? — Muito pelo contrário, disse tudo certo.

— O Senhor não pode se mover assim. — A enfermeira se pôs na frente dele.

— Escuta dona, a luta ainda não acabou. Preciso das aplicações de força e uma proteste de braço.

— Aplicações de força não vai substituir um bom descanso.

— Mas vai ser o suficiente. Quer saber...Preciso fazer uma ligação pro Prédio Espiral. Lá sim vão me dar tudo que eu preciso.

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