Capítulo 25 - Corrida pelas Informações
O comunicador de pulso tocou uma vez em algum lugar do quarto de Leonis, mas ele não foi desperto por seu som agudo e irritante. Assim que parou de tocar exatamente seis segundos depois o comunicador tocou novamente. Dessa vez o loiro conseguiu ouvir o barulho, mas seu corpo insistiu para que ficasse na cama exageradamente bagunçada. O corpo praticamente parecia fazer parte da cama de tão pesado que estava, quando tentou se levantar mesmo que minimamente sentiu a martelada da dor da cabeça o fazer desistir, e ainda por cima aquele barulho não parava.....
O lençol acinzentado da cama estava manchado de pingos de sangue. Quase que não se lembra que este era o sangue da palma de sua mão esquerda. Suspirou cansado e também de alívio porque o comunicador parou de tocar, pelo menos isso para ajudar a ressaca da manhã que parece que doí com qualquer coisa. Está em um processo de recuperar as memórias vagas da noite passada. Os cacos do espelho quebrado do banheiro podiam ser visto pelo chão, talvez quando teve de andar até a cama os trouxe arrastando com os pés, a sorte é que ele ainda está com seus sapatos.
O soldado suspirou jogando a franja do cabelo para trás. Não tinha suas lembranças dessa noite com clareza, tudo que sobrou pela manhã foi a dor do machucado. A garrafa de uísque estava ali quase vazia, talvez teria um ou dois tragos ali. Seja qual foi o motivo dele ter bebido ele realmente não se lembra.
O comunicador insistiu na chamada e Leonis sabia que não poderia escapar dessa vez. Ele saiu da cama e pegou o comunicador que estava perto da porta de entrada do quarto. Assim que agachou o comunicador foi atendido o pequeno holograma do rosto de Falco apareceu.
''Onde caralhos você está....No seu quarto?''
— Estou. Eu acabei de acordar. — Respondeu sem vontade.
''Estou vendo por essa cara de morto, você bebeu a noite toda de novo?''
— Como assim de novo? — Leonis fez uma careta. — Se o seu objetivo era me acordar meus parabéns, você conseguiu. Eu devo estar atrasado, então para de me ligar.
''Teve uma reunião de emergência pela manhã. Imagine a cara do seu General.''
O loiro esfregou o rosto sentindo não só a dor de cabeça que tem nesse mesmo momento, mas sente a que vai sentir essa dor novamente daqui alguns minutos depois que se arrumar para ver Lucius. O General da Duo Corvus era uma pessoa correta com suas obrigações e espera que os Corvos estejam na linha porque ele dá um ótimo exemplo disso. O maldito nunca deve ter tido uma ressaca na vida, pensou Leonis.
— Deixa eu me arrumar para enfrentar o leão.
''Pensei que o leão era você.''
Foi a última coisa que Falco disse. Claramente foi um trocadilho com o nome do amigo.
É verdade, mas agora Leonis ficou com a dúvida se o antigo amigo disse isso por conta de seu nome ou por ser um soldado da Invictus. Mesmo que Leonis use o argumento principal de que sobreviveu a crueldade da Invictus parece que nessa vida que leva agora não faz nenhuma diferença para os outros. Não tem o respeito e o temor que achou que teria. Lucius vive jogando em sua cara de forma bruta e nua que essas coisas se ganham demostrando dignidade. O assunto sobre dignidade é polêmico e no mínimo questionável, mas a essa altura o que não é?
Depois que colocou suas roupas o mais rápido possível, ele subiu para a sala de Lucius. É realmente um azar não ter a desculpa que pegou o trânsito da manhã se o quarto de Leonis fica no Prédio Espiral. Não conseguiu também chegar em alguma desculpa que fosse plausível. Que se dane, pensou, direi a verdade e pronto.
A porta dupla foi aberta automaticamente e Leonis logo avistou seu General em pé perto da gigante janela vendo a vista escura da cidade. Hoje a chuva está forte e a nuvem acima da cidade está negra. Sabe que é de dia, mas hoje Dinastai está preso naquela estranha noite falsa.
— Você é um completo incompetente, Leonis Sitientem. — Disse Lucius olhando para Leonis pelo fraco reflexo no vidro. — Quando acho que você é um soldado que está com as responsabilidades firmes na cabeça você me decepciona. Viu quantas vezes liguei para você? — Tentou ajudar o loiro até nas chamadas porque sabe que a reunião não começa sem Ravena.
— Não consegui ouvir. — Respondeu sem demora.
— Não me lembro de ter lido na sua ficha de que você era um surdo inútil. — A dureza na voz de Lucius era quase palpável. Está bravo porque odeia acreditar no potencial de um bom soldado apenas para perceber mais tarde que o mesmo soldado consegue falhar em coisas tão simples como não ir em uma reunião. Era melhor que Leonis tivesse falhado em uma batalha, porque apesar da bronca, a glória de participar de uma batalha ainda é motivo para ser louvado. — Dormiu tarde dessa vez? — Perguntou o General finalmente se virando para olhar Leonis por completo.
— Eu bebi muito mais do que eu deveria. Não me lembro o motivo para beber, mas parece que eu tive um surto de raiva e até soquei o espelho.
— Espero que não tenha sido por conta de Ravena.
— Eu não bateria nela.
— Me escute bem, Leonis, que essa seja a primeira e última vez. Você conhece seu trabalho e várias coisas inesperadas acontecem, e quando essas coisas acontecem precisamos nos reunir.
— O que aconteceu dessa vez?
Lucius fez um sinal para que Leonis sentasse e assim que atendeu o pedido silencioso do General, o mesmo ligou a TV. Outras telas holográficas surgiram com a mesma notícia, porém em mídias diferentes. Entretanto, a cena era a mesma, a cidade gloriosa dos negócios Nuncii em que a cor prata predominava brilhava em vermelho. Fogo nas ruas de Nuncii formavam as palavras ''igualmente culpados''. Leonis respirou fundo, sabe que alguns empresários bancavam o cuidado da Usina em Solaris.
Os prédios gêmeos ligados por um longo corredor no vigésimo quinto andar era o maior símbolo de Nuncii estava com todas suas luzes vermelhas. Tomar posse de algo que é um símbolo tão marcante de uma cidade demostra o nível de controle que a Armada agora tem sob a cidade.
— Que horas aconteceu isso? — Perguntou Leonis.
— Bem de manhã. Ravena mandou alguns de nossos soldados, mas como pesquisadores porque há reféns.
O loiro suspirou olhando as notícias, acaba de se arrepender por acordar tarde. Lucius tem razão, não passa de um fracassado. Deveria ter perdido na Invictus, assim não daria esse péssimo gosto para Lucius.
— O que faremos agora?
— Agora temos que esperar a próxima ordem de Ravena. Vamos nos aquecer, eu tenho certeza de que perto do anoitecer teremos que agir.
— Como assim nos aquecer?
— Treinar. — Lucius desligou os hologramas. — No nosso centro de pesquisa estamos com algo inédito. Até mesmo a Rainha está aqui para ver.
— Ah não.... — O loiro rolou os olhos, Lucius realmente não se importa com a reação do soldado. Ele não é como Ravena que demostra respeito até fora da presença de Regina.
— Junto com a Duo Corvus, a família Dise estava no projeto de criar uma robô de batalha de alto nível de conflito. Estão testando esse robô hoje, por isso a Rainha está aqui. Como punição do seu atraso quero que lute contra o robô.
— General.... — O mais novo sorriu satisfeito em saber disso, era também, um sorriso desafiador. — Isso não é castigo, isso para mim não passa de rotina. — Deu de ombros.
— Eu já sabia que você diria isso, para falar a verdade. — Disse Lucius calmamente ao mesmo tempo que concordou com a cabeça. — Mas acho que você está pensando que isso será algo bobo e simples. Você está acostumado com a força humana, porém, vai lidar com a força de algo pesado e que muito provavelmente não terá limite para parar até você morrer. Ou pelo menos pareça que morra.
— Assustador. — Leonis novamente soou irônico.
— Se é assim.....Vamos lá.
A descida para o centro de pesquisa e também treinamento era longa mesmo de elevador, Leonis sentia que estava mesmo descendo e ultrapassando o nível da rua. A única explicação para isso era de que por ser um lugar de pesquisas ligadas à vários tipos de computadores. Quanto mais baixo é o centro, mais baixo são as probabilidades de uma inversão pela rede e os dados serem roubados. Essa é era única preocupação, porque o centro tinha um alto controle sobre as pessoas que trabalhavam naquela área. A escolha dos cientistas era de homens e mulheres sem família e que quase não são vistos pela cidade, era como se não existissem.
O lugar espaçoso e de cor branca. Leonis conseguiu ouvir o som dos computadores que estavam constantemente em atividade, as luzes do grande sistema pareciam se mexer em sincronia. Logo avistou o pequeno grupo de pesquisadores cientistas. Entre eles estava Regina e Ligia que olhavam para o pequeno campo de batalha que o centro possuía. Ali estava sendo preparado o tal robô de alto combate em que Regina analisava com certo orgulho.
— Lucius, você trouxe companhia, que boa surpresa. — Regina disse assim que o General e soldado se aproximaram, entretanto, seus olhos não desviaram do robô.
— Desculpe a demora, Rainha.
— Está tudo bem, não começamos nada ainda. Icarus ainda não está aqui. Temos que esperar por ele também. — Ela olhou de canto para Leonis com certo interesse. Apesar do desconforto que o outro sentira, percebeu que não era o típico olhar malicioso de Regina, era totalmente diferente. — Por favor, me diga que você trouxe Leonis para o teste.
— Ele aceitou de boa vontade. — A resposta de Lucius foi de imediato.
— Que ótimo, estou muito ansiosa para isso. Vamos ver o prodígio da Invictus.
Leonis se privou de responder, uma resposta afiada e rude era o que Regina esperava e ele sabe disso, não vai dar a oportunidade para Regina fazer uma cena e dizer que ele está a desrespeitando. Ele nem ao menos deu a atenção devida para a Rainha porque seu olhar estava sob o robô. Era alto, bem mais alto que o próprio Leonis. Não havia o manequim de uma cabeça, o que todos estavam vendo ali era o esqueleto de aço do robô. Se essa coisa ainda não tem olhos, captar os movimentos deve ser sua visão, pensou Leonis consigo mesmo.
O último a se juntar foi Icarus com poucos minutos de atraso. Antes de estar no centro ele estava assinando alguns papéis que foram entregues pela própria Ravena. Sabia que não podia deixar a Rainha esperando então fez o possível para ler mais rápido aqueles papéis.
— Perdão pela demora. — Icarus fez uma reverência para Regina. — Espero que não tenha sido um problema.
— Claro que não, meu corvo querido. É bom ter você aqui. — Com essa fala de Regina, o soldado Sitientem teve a certeza de que ele não é o único em que Regina tenta segurar entre suas pernas, essa vadia não tem limites. Diferente de Leonis, Icarus sabe ignorar toda a malícia de Regina como se isso não existisse.
— Então vamos ver, estou ansioso mesmo que seja um simples teste. Quem vai participar?
— Será Leonis, não é incrível? Tenho certeza que ele não vai nos decepcionar já que veio direto da Invictus. — Impossível não sentir o veneno embutido nas palavras da Rainha, mas Leonis não pode reagir com toda a rudeza que tem na ponta da língua. — Já que estamos todos presentes, que tal darmos início? Leonis, está armado?
— Com a minha espada e pistola.
— Maravilha, quero que o robô esteja com algo também.
Enquanto Leonis descia para o campo de batalha alguns cientistas foram para a sala de armamento para pegar uma espada simples para o robô. Uma vez perto, Leonis sentiu-se pequeno perto da nova criação.Para olhá-lo precisava fazer o mísero esforço de levantar o rosto. Notou o reflexo de seu rosto no aço do robô e com isso sentiu estar perto demais e isso, para um inimigo de movimentos desconhecidos era muito perigoso. Os passos para trás foram dados enquanto Regina sorria de ansiedade pela ação.
— Garoto esperto. — Disse a bela Rainha em tom baixo vendo Leonis pegar sua espada.
O campo de proteção foi ativado para que nada aos visitantes acontecesse, ali o nível de perigo é alto dependendo de quem está no campo de batalha. O primeiro movimento do robô foi algo bastante estranho para Leonis que entrou em guarda, o robô acaba de fazer o mesmo lentamente. Se ele é tão lento como agora a luta será fácil e a Rainha terá de arcar com a vergonha.
Leonis permaneceu parado esperando algo acontecer. Nada foi feito. Agora um pouco mais confortável com a situação o soldado deu o primeiro passo, e talvez esse tenha sido além de seu primeiro passo, seu primeiro erro. O palpite que deu para si mesmo de que o robô capturava o movimento era certo. Com uma velocidade absurda, o robô avançou para si com a intenção certa de matá-lo. Foi assustador. Ele se defendeu com a espada e se jogou para frente desviando seu caminho do robô com os olhos arregalados. Sentiu a morte tão de perto, se não tivesse se defendido ele teria perdido a cabeça.
O medo que sentiu foi real, mas ele não foi criado para sentir medo, então se colocou de pé demostrando-se estar determinado. Pegou sua arma de fogo e olhou para os pés do robô, ali é o único contato com o chão, o segredo está ali. Mesmo com a arma de fogo, sua outra mão continua a segurar a espada.
— Hm, será que agora teremos uma boa demostração? Estava quase ficando entendiada. — A voz de Regina foi ouvida claramente por Leonis.
Ele não vai se deixar afetar por essa mulher, é hora de dar o que ela quer. Avançou para o robô, e ele que fez o mesmo, desta vez Leonis não fraquejaria facilmente. Está lidando com algo sistemático e logo aprenderá seus movimentos, ainda não é como um humano que pode pensar em algo mais elaborado e lhe dar uma péssima surpresa. Defender-se de golpes tão pesados já que está lidando com uma força acima de um humano é uma tarefa realmente complicada, mas não é impossível. Nesse pequeno tempo, quase perdeu o braço, se não perdeu é por conta da proteção quem vem embutida em seu traje que ainda assim tem tendências a falhar. Veja só....Agora ele tem um rasgo em sua roupa, mas tudo bem....Desde que não seja seu braço.
Ele tentou o mais rápido possível fingir seu passo para a direta, o robô caiu naquela enganação tão básica. Foi uma brecha para que Leonis mirasse perfeitamente em seus pés e destruísse o dispositivo que captava o movimento no ambiente, fazendo com que dos pés do robô saísse pequenas faíscas e deixasse no ar o cheiro de algo que acabou de queimar.
O robô parou em seu lugar e curvou seu corpo esquelético para frente, como se tentasse ver qual era o problema que acaba de surgir em sua estrutura, mas nenhuma ideia ou pensamento que fosse completo ou apropriado para a situação lhe veio a sua inexistente cabeça para que pudesse resolver algo. Ora, Leonis sabe que alguns robôs de grande inteligência artificial conseguem consertar suas falhar por si mesmos.
O plasma da espada de Leonis foi ativado, mas ainda não sabe se é certo dar o golpe final em algo que não está completo.
— Devo acabar com ele? Minha Rainha?
A pergunta fez com que Regina olhasse para Leonis de um jeito desafiador, como se pudesse cravar sua visão exatamente na cabeça do soldado. É muita ousadia para o gosto dela. O que sentia de atração por ele, agora começa virar raiva. Ela não deixou que essa sensação se espalhasse por toda sua face. O sorriso que deu foi tranquilo e quase perfeito em sua encenação. Ligia havia percebido, ela sempre percebe, e Lucius também percebeu.
— Basta, Sitientem. Isso ainda é um teste, se você fazer algo que seja de um dano muito grande vai dar muito trabalho para as pessoas que estão no projeto.
Ele sabe disso. Mas se fosse o contrário, se o robô o matasse para ela estaria tudo bem. Eles trocaram olhares desafiadores um para o outro sem se importar com o que os outros ali presentes poderiam dizer. Com a Rainha não aconteceria nada, mas Leonis teria a atenção chamada com toda certeza.
Enquanto breve luta estava acontecendo, um hacker da Armada estava invadindo os meios de comunicação para que fosse possível que uma gravação fosse vista para toda a cidade de Nuncii. Faz alguns minutos, para ser exatamente, três minutos. Um soldado da Duo Corvus chegou no centro de pesquisa com um tablet apressado para Lucius.
— Senhor, desculpe a intromissão, mas é urgente.
— Leonis, suba para cá agora mesmo! — Disse Lucius fazendo um gesto para que Leonis se aproximasse, e assim o soldado fez.
Por conta da curiosidade, alguns pesquisadores acessaram a internet pelos computadores do local, assim até mesmo a Rainha e Icarus poderiam ficar por dentro do que estava acontecendo.
O vídeo não tinha uma qualidade tão boa, realmente deixava a desejar, mas a pessoa que se encontrava no centro do vídeo não precisava de tantos detalhes, até porque estava mascarado. Era uma máscara que cobria todo seu rosto em forma de caveira da cor cinza. Lucius se recorda bem dessa máscara, era do antigo líder da Armanda. Não é a mesma pessoa, disso ele tem a certeza.
''Veio ao meu saber que alguns membros e membros não-oficias da Armada tomou o controle de Nuncii sem o meu concedimento ou de qualquer membro da Armada com autoridade. Vemos vocês como traidores de nossa causa e com isso, estamos em direção à Nuncii para resolver a situação. Se chegarmos e vocês ainda estiverem no comando e não terem se rendido saibam que retalharemos sem misericórdia.''
O vídeo acabou e a primeira coisa que Lucius fez foi apertar o dispositivo em seu pulso.
— Soldados, me escutem bem, não temos tempo para reunião, isso é um caso de emergência! Temos de nos mover para Nuncii agora senão perderemos os possíveis informantes da Armada. O líder acaba de declarar uma retalhação em Nuncii.
O General andou apressado para o elevador seguido pelo soldado e Leonis. Icarus não teve uma reação ao certo, pois sabia que agora isso estava nas mãos da Duo Corvus e de Lucius. Agora a Rainha......
Regina se retirou assim que o vídeo acabou para ir em um lugar mais reservado. Encostou-se na parede e levou a mão para o rosto. Sentiu uma dor de cabeça esmagadora que a fez cair de joelhos no chão. Ligia que viu a cena correu para à Rainha tocando em seus ombros para ajudá-la.
— Majestade, está bem?! O que passa?
— Vamos nos preparar, Ligia....... — Regina respirou fundo. — Nós iremos para Nuncii também.
— O quê? Nós também?
— É uma ordem! — Disse se levantando imediatante. A serviçal com o pequeno susto caiu para trás. — Levante-se, e vá pegar minha espada. Vá armada também, se você não sabe se defender vai aprender hoje. Vá!
Com gesto de expulsão, Ligia se levantou quase para cair novamente, mas foi. Agora sozinha, Regina se encostou na parece sentindo novamente aquela estranha sensação em sua cabeça, era como se sua mente estivesse rompendo. A própria não pode ver, mas os olhos da Rainha brilharam como se fossem iluminados por uma forte luz. Apesar de ser um brilho, seus olhos estavam eclipsados de uma estranha intenção obscura.
— Ela estará lá, se for esperta, estará lá.....
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