Capítulo 2
EMMA JOHNSON
A piranha de quinta da Jennifer me olhava com os olhos tão arregalados que parecia que a qualquer momento iam saltar para fora. O caos estava acontecendo e eu não estava nem aí pra nada, ódio percorria as minhas veias e até então eu não me arrependo de nada.
— VOCÊ ESTÁ MALUCA, SUA VADIA DE QUINTA? INVADIR A MINHA CASA DESSE JEITO?
A filha da puta parou de falar quando caminhei em passos firmes na sua direção e minhas mãos foram direto para os seus cabelos. Os seus gritos ecoavam pela casa que já estava pegando fogo em alguma parte dela e parecia doentio, mas quanto mais ela gritava, mais adrenalina subia pelo meu corpo.
Comecei arrastando a vagabunda pela casa até sair para fora com o olhar de todos. Não sei de onde eu tirava forças para arrastá-la até então ela se debatia tentando ficar de pé, mas eu não dava chance. Adam e os seguranças afastavam todos que tentavam socorrê-lá das minhas mãos e Isabelle continuou com o seu plano de destruir a mansão dessa família suja.
Olhares de desespero cravados sobre mim diante da cena que estava nítida, eu arrastando a pior das espécies de mulheres já existentes nesse mundo chão a fora, e ela gritava de dor e de raiva, pois me ofendia de todos só xingamentos possíveis.
Tolinha! Mal sabe ela que sou cria perfeita do mafioso mais belo e mais poderoso esse mundo já conheceu! E ele me deixou um legado e era óbvio que eu não esqueci.
"Acaba com aquela vagabunda!"
É isso que vou fazer meu amor, vou te dar tanto orgulho que quando chegar minha vez de te encontrar, será inesquecível, e esse dia está mais próximo que nunca, mas antes tenho serviço para realizar aqui nesse plano.
Continuei arrastando a mulher que eu odiava com todo meu ser até chegar no meio da rua, onde todos estavam olhando a cena que pelo o olhar deles, era a pior de todas e era exatamente isso que eu queria.
— Pelo o amor de Deus, Emma! Por que está fazendo isso comigo? — Jennifer chorava muito tentando amolecer o meu coração que já não tenho mais — Eu não tenho nada a ver com a morte dele, eu juro por tudo quanto é mais sagrado, não faça nada comigo!
— Você já está se entregando sem ao menos eu ter perguntado alguma coisa — falei com desprezo — Você é a pior das vagabundas de quinta que eu já conheci, uma cadela fraca que no primeiro sinal de perigo já se entrega!
— Eu juro, Emma, juro que...— ela tentava falar mas arranquei com força total um chumaço muito grosso dos seus cabelos e nem eu soube como eu consegui fazer aquilo — AI! Sua maluca!
— Sabe o que ele me disse dias antes morrer, Jennifer? — falei atirando seu corpo no chão com tudo, fazendo ela ficar deitada no chão chorando feito uma criança mimada — Que era para eu acabar com a sua raça, sua desgraçada!
— Como ele pode ter dito isso? Meu Deus, Ethan era maluco e você mais ainda — A sua voz já estava ficando rouca de tanto gritar.
— Pode ser, deve ser por isso que ele largou você e se apaixonou por mim — Sorri diabolicamente, tirei uma faca da minha bota e enfiei com tudo perto da sua virilha fazendo ela gritar de dor — Isso, implore pela sua vida, vadia desgraçada!
— SOCORRO PELO O AMOR DE DEUS!!
— Tenho uma coisa para te dizer — falei tirando minha faca da sua pele — Pode chamar quem você quiser, mas nem Deus irá te ajudar — baixei novamente e peguei o pouco dos cabelos fazendo ela olhar para mim — Diga agora quem ajudou você a entrar na casa dele quando você o dopou! Se não me falar, sua morte vai ser pior do que imagina!
— Eu... Emma, eu sabia entrar sozinha...– nisso ela tossiu sangue tentando falar
— Mentira! — nisso enfiei minha faca na sua coxa direita fazendo ela gritar mais ainda — Vou te dar uma última chance e eu estou ficando irritada, Jennifer! Você estava junto no dia que tiraram Ethan de mim, então anda logo que estou ficando péssima de humor!
— Miguel Arenas!
Ela disse e franzi o cenho, tentando lembrar de já ouvi esse nome que não era estranho, olhei para trás em direção a Adam que só pela expressão já sabia de quem se tratava e lendo seus lábios, li que disse que precisávamos conversar. Hora de acabar com esse show por que pelo jeito, a coisa era pior do que eu pensava.
— Meu corpo todo está quente... — Jennifer falava com dificuldade sangrando pra boca.
— Vai se acostumando, querida, por que o lugar para onde você vai, é muito pior que isso!
Tirei a faca da sua coxa que a fez gritar, fechei meus olhos e vi a imagem de Ethan e todo o pesadelo que estou vivendo, sabendo que nunca mais eu estaria em seus braços e meu coração se enchia de ódio e meus braços tremiam pela adrenalina percorrendo minhas veias. Juntei todo o ar dos meus pulmões e olhando para o lixo de mulher que se encontrava quase sem vida no chão, gritei.
— Te vejo no inferno, sua desgraçada — falei com toda a minha força, enfiei a faca no meio do seu peito e em poucos segundos, a vi perder a vida em seus olhos e eu sorri em satisfação — Isso foi pelo meu Ethan!
Tirei minha faca do seu peito, limpando o sangue que havia nela na blusa de Jennifer já morta e caminhei em direção ao meu carro. Adam gritou uma ordem para os seguranças acabarem com o resto da casa dos Laux.
Dei partida do carro e cantei pneu andando mais de cem por hora novamente e aproveitei para gritar o mais alto e o mais forte que os meus pulmões aguentavam. Adrenalina corria por todo meu corpo e eu ainda não acreditava que eu havia matado uma pessoa a sangue frio. E o que mais me deixava pasma comigo mesmo era que eu não sentia um pingo de remorso ou sentimento de arrependimento, muito pelo contrário, eu queria acabar com tudo e com todos que fizeram isso com ele.
Adam me seguia na mesma velocidade é Isabelle atrás em sua moto, e mesmo sabendo onde deveria ir, em menos de cinco minutos chegamos ao escritório. Lembro que vim aqui uma vez com ele e depois nunca mais, e eu saberia que era mais um lugar que me lembraria forte dele.
Desci do carro e entrei sentindo mais uma vez o perfume dele adrentar as minhas narinas com força, a vontade de chorar me atingiu sem dó e sem piedade, mas engoli assim que Adam e Isabelle entraram na sala ligo depois de mim.
— Eu sei que é inútil perguntar, mas como você está? — Isa perguntou.
— Uma já foi, falta o resto.
— Emma - Adam me olhava com olhar preocupado — Miguel Arenas está envolvido e não sei como deixei isso escapar, foi um erro meu!
— Claro que não, Adam, como pode ter sido um erro seu? Descobrimos juntos hoje pela boca daquela cadela, então não se preocupe.
— Eu deixei esse detalhe passar, mas com tantas coisas acontecendo depois que você foi mandada para o Brasil, acabei me esquecendo de focar nesse detalhe de quem invadiu o sistema da casa de Ethan.
— Pela sua cara, Adam, é uma pessoa que faz parte do círculo social de vocês — Isabelle comentou.
— É pior duas vezes. Uma, por que ele era sócio de Ethan, na verdade é ainda, mas com essa descoberta, tenho certeza que ele já está longe, mas temos tempo de ir atrás dele.
— E a segunda pior coisa? — Isabelle perguntou e Adam olhou em minha direção.
— Emma...
— Por favor, Adam, somos irmãos agora, não me esconda nada, preciso saber de tudo para que possamos trabalhar nisso — Falei pegando sua mão com carinho e ele me olhou com aquele olhar que um irmão mais velho lança para sua irmã caçula — Apesar desse nome não é estranho para mim.
— Então — ele disse receoso — Miguel Cárter Arenas era sócio na maior empresa de calçados que Ethan possuía, lembra dele no baile de máscaras que vocês foram?
Não! A informação me caiu como uma luva, e meu coração disparou de uma hora para a outra, meus olhos se arregalaram e Adam balançou a cabeça em concordância sabendo que eu já havia entendido tudo.
— Adam... Miguel nada mais é que... — não consegui terminar.
— Exatamente, irmã — Adam me olhou nos olhos — Miguel Carter Arenas, pai da sua amiga Clarice.
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