Capítulo 10

ETHAN MITCHELL

Conforme eu andava pelas ruas, as movimentações era grande. O burburinho que não tinha nada de burburinho estava cada vez maior por conta de eu ser o único ser humano com um neurônio a menos a forjar a minha própria morte é isso estava causando o maior caos na cidade, e não há de se duvidar que o país todo.

Minha família possui um poder muito grande nos negócios do país, das fundações, cidades e o controle total do governo, me dando plenos poderes de fazer o que eu quiser dentro dos Estados Unidos da América. Me tornando o alvo mais cobiçado de inimigos, pessoas interesseiras, assassinos da pior espécie, acionistas querendo se associar ao meu nome para obter pelo menos um por cento do que eu posso oferecer.

Só que desde cedo aprendi o que é certo e o que é errado, o que era bom e o que era ruim é definitivamente eu escolhi o caminho mais torto possível. Me orgulhava disso? Lógico que sim! Iria sair algum dia? Literalmente dentro de um caixão.

Meu celular tocava toda hora, e eu como um abobalhado olhava com a esperança de ser Emma, e eu não me importava de ser um tapado apaixonado querendo pelo menos um pouquinho da sua atenção. Essa merda vai durar pouco tempo, não irei ter saco e muito menos paciência para ficar longe dela, então meu demônio interior estava pronto para fazer a vida da minha coisa linda, um verdadeiro inferno.

Recusei no painel do meu carro mais um chamada de jornalistas dando a vida para uma entrevista comigo, seria a manchete da vez na carreira deles. Mas não darei esse gostinho, sou louco o suficiente para andar por aí como se nada tivesse acontecido.

Ouvi o barulho chato de um helicóptero muito baixo e eu não era burro para não perceber que a imprensa e o governo estava na minha cola. Baixei o vidro, coloquei um pouco a cabeça para fora e olhando pra cima de relance, o helicóptero estava a poucos metros de altura do meu carro me acompanhado.

Revirei os olhos, fechei a janela novamente, olhei pelo retrovisor e todos os meus seguranças me acompanhavam em seus carros pretos blindados. Fiz uma ligação pelo Bluetooth do meu carro e logo fui atendido.

— Senhor Mitchell? — Tavares me atendeu pronto.

— Derruba!

— Considere feito — e desligou.

Pisei fundo do acelerador e fui desviando dos outros carros em uma velocidade absurda que me fazia sorrir vendo meus seguranças atirar em direção ao helicóptero e ele se explodir no ar.

Agora sim, nunca me senti tão vivo nesse caralho!

*****

Entrei no escritório e quando passei pela porta, simplesmente essa era o momento exato que eu queria estar morto a não ter que enfrentar essa cena caótica na minha frente.

Simplesmente: minha mãe, o babaca do Evans, o insuportável do Maximiliano, meu irmão Logan e o seu demônio que ele chama de mulher, vulgo Isabelle.

Todos, eu disse todos eles me olhavam chocados, como se estivessem vendo um fantasma. Bem, menos Isabelle, ela me olhava de cima a baixo com aquele deboche insuportável dela, devolvi o mesmo olhar pra ela da mesma forma, cruzei meus braços, a olhando de cima a baixo com o meu deboche master que com certeza ganhava do dela.

A quinta série pegou forte agora.

— Ethan Mitchell! — minha mãe gritou e eu enfrentaria o inferno agora — Como você pôde? — senti tapas fortes pelos meu braços vendo minha mãe se acabar em lágrimas na minha frente — Como você teve coragem de fazer uma atrocidades dessas?

— Mãe! Para agora com essa palhaçada! Ai! — falei tentando segurar seus pulsos até que senti ela me abraçar forte chorando desesperadamente.

— Eu avisei, até achei que iria ser pior — Adam comentou atrás de mim.

— Jurava que ela iria te matar — Julian disse rindo.

— Mãe, olha pra mim — pedi e ela me olhou e aqui se encontrava a minha rainha mais frágil da família Mitchell — Explicarei tudo, ok?

— Eu não sei porque ainda estou surpreso — Logan comentou — Eu deveria imaginar que você era louco o suficiente para arquitetar um plano desses — me abraçou forte e eu retribui, logo todos eles vieram me cumprimentar.

Menos quem? Adivinhem!

— Sério, eu não sei mais o que fazer com você, Mitchell — Se você disse o policial chatão do Evans você acertou — Cada dia que passa eu tenho mais ódio por você.

— Acredite, é recíproco, amor — atirei um beijo pra ele e o mesmo ficou vermelho de raiva.

— Você não tinha esse direito, Ethan — minha mãe agora me olhava sério — Você fez todo mundo sofrer e pelo jeito os irmão resolveram se unir para se juntar a você nesse absurdo, mas agora diga, o porque disso tudo!

— Eu preciso pegar quem está por trás de toda essa invasão do meu sistema, isso passou dos limites, e acreditem que foi mais do que necessário eu arquitetar essa plano sem pé e sem cabeça. Vocês me ofendem quando pensam que eu faria isso por diverso — Acendi um cigarro já querendo ficar nervoso, sentei atrás da minha mesa para observá-los melhor.

— Irmão, eu admiro a sua coragem de fazer isso, mas não era mais fácil pedir ajuda aos seus irmão aqui de longa data? — Max perguntou.

— Entendam de uma vez por todas: eu não faria isso se não fosse necessário, e essa minha ideia absurdos também me gerou consequências e podem ter certeza que estou pagando com juros isso, mas quando eu acabar com toda essa merda, tudo vai valer a pena. Decidi forjar a minha morte no momento que Jennifer entrou na minha casa como se fosse algo normal e foi ali que percebi que tinha algo muito de errado.

— Mas tem alguém muito mais poderoso por trás com acesso ao nosso sistema — Adam comentou — Ja estamos com os peixes pequenos dessa quadrilha, mas a gente quer o topo da pirâmide. Eu fui contra a essa ideia maluca, eu sabia o que isso iria causar, mas não tínhamos mais como arriscar.

— Irmão — Logan me olhou profundamente e eu sabia que o que ele iria perguntar —  E Emma? Como ela está com essa história toda?

Fechei os olhos com força, me forçando a ficar em silêncio por longos segundos, sem coragem de seguir aquela conversa adiante.

— Ai, não! — minha mãe disse com as mãos na cabeça andando de um lado para o outro.

— Eu jamais irei esquecer a imagem dela parada em frente ao caixão — Max comentou olhando para o nada e a dor no meu peito em falar da minha coisa linda aumentava cada vez mais — Jurou vingança a quem tinha feito aquilo com você, eu me arrepio só de lembrar.

— A gente acabou com a raça daquela vagabunda de quinta — Isabelle comentou sorrindo — Foi uma adrenalina em tanto.

— Pelo o amor de Deus, não me lembre disso — Logan comentou e eu ri.

— Devo confessar, fiquei mega orgulhoso com a performace de vocês, mas já deu de emoções, McLauren, foi perigoso demais — comentei tragando o cigarro — Era para eu ter ficado mais tempo fora, para ver se o cabeça dessa farsa aprecia de vez com a minha ausência, mas Adam me trazia relatórios todos os dias do sofrimento de Emma...— Me calei porque a dor no peito se intensificou.

— E onde ela está? Porque ela não está aqui? — Evans comentou.

— Ela me deixou — todos olharam pasmos para mim, menos Isabelle.

— Eu já imaginava, ela chegou lá em casa em uma noite chuvosa, ardendo em febre falando que você estava atrás dela — Isabelle disse com a voz magoada, certo que ela iria defender a amiga.

— Você sabia que ela iria me deixar não é mesmo, demônio em forma de mulher? — levantei da cadeira irado.

— Baixa a bola comigo, seu infeliz, você não a viu como ela chegou lá em casa, Ethan! Você merecia uma surra para deixar de ser irresponsável com o sentimentos dos outros! Todos nós sentimos a sua perda, porém somos fortes, mas o que Emma sofreu, não tem nem como explicar!

— VOCÊ ACHA QUE NÃO SEI?? — gritei chutando a cadeira para longe, fazendo um barulho alto, fazendo que alguns objetos caíssem no chão — VOCÊ ACHA MESMO QUE NÃO MEREÇO SOFRER FEITO UM CONDENADO POR VER A MINHA MULHER SOFRER? ACHA MESMO QUE ESTOU FELIZ COM ISSO, MCLAUREN? VOCÊS AINDA PENSAM QUE EU FIZ ISSO TUDO NA BRINCADEIRA? ARRISCANDO A PERDER A MULHER QUE EU AMO E OLHA AÍ, EU A PERDI! Então não me venham com lições de moral que, como você mesma diz, eu não tô bom da cara hoje — a dor no meu peito ficava cada vez mais forte e minha respiração ficou ofegante.

Coloquei a mão no peito na intenção de conter a dor que cada vez ficava mais forte, me segurei com a outra mão na mesa enquanto eu ouvia meu nome sendo pronunciado por todos eles naquela sala, mas eu não queria mais ouvir.

Eu não queria mais nada, só queria Emma comigo. Pedir perdão pela cagada que fiz e implorar de joelho para que ela volte comigo. Aqui, fraquejando na frente de todos, me permiti desabar e deixar lágrimas violentas saírem pelos meus olhos, com força mesmo. Um choro de culpa, sofrimento e saudade.

Emma foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, e eu não estava aceitando perdê-la para essa vida de merda. Pela primeira vez na vida, me senti um lixo, eu quis ser um homem normal, sem toda essa loucura em cima de mim, para que eu pudesse casar com a mulher da minha vida e ter filhos, viajar e viver a vida.

Mas infelizmente não posso.

Senti uma mão delicada no meu ombro e encontro os olhos de Isabelle nos meus e ali ela falava tudo, que me compreendia, que me entendia e então eu sinto seu abraço forte, que a anos eu não sentia de ninguém e então foi aqui que eu pude ver que eu tinha amigos de verdade perto de mim.

Abracei Isabelle de volta, deixando meu peso todo sair do meu corpo até nos ajoelharmos no chão com ela acompanhado meu abraço e então eu sinto todos, eu disse todos, inclusive o otário do Evans em um abraço coletivo, me permitindo chorar a minha perda com tudo.

— Eu a amo — disse em um sussurro e Isabelle concordou com cabeça ainda me abraçando — A amo como um louco, alucinado. Eu faria tudo para tê-la de volta, inclusive eu deixaria a máfia por ela. Eu sou um bosta sem minha coisa linda de olhos verdes — Isabelle se afastou para olhar em meus olhos determinada — Não sou um homem que não pede nada, mas por tudo o quanto é mais sagrado, me ajude a trazê-la de volta para mim, McLauren!

Todos os meus amigos se entreolharam, e acredito que pela primeira vez na história, eles sentiram que era eu que precisava de ajuda deles agora. Com um aceno de cabeça de todos eles, Isabelle voltou a me olhar e soltou a brava:

— Conta conosco!



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