Capitulo 1
Eu não deveria também, mas aqui vai mais um gostinho do que esse livro promete! E acabou, o resto vai pra Amazon! Ou não, vai saber...
"Perto de umas pessoas que conheço, Judas era até gente boa."
Chorar em posição fetal em cima da cama não me traria Ethan de volta, mas faria com que eu ficasse desidratada, caísse em um hospital e em questão de dias, eu morreria. Sim, hoje seria meu desejo de morrer por que a vida para mim não faz mais sentido algum, não tenho planos e certamente meu futuro era incerto.
Eu não estava nem aí, quero que todo mundo se foda nessa merda.
Alguns dias depois do velório, criei coragem e no mesmo dia, fui para a casa dele. Assim que passei pela porta de entrada, a ficha caiu com força. Senti minhas pernas bambearem e eu caí no chão já com litros de lágrimas caindo dos meus olhos.
A sensação é como se eu tivesse levado uma facada bem no meio do meu peito e essa sensação pós luto era a pior de todas. A essência dele grita pela casa toda, parecia que a qualquer momento ele iria aparecer com toda aquela pose de todo poderoso do mundo e me chamar de "coisa linda".
Ali mesmo no chão, eu explodi toda a raiva e tristeza acumulada no meu peito. Meus gritos rasgavam a minha garganta que chegava a dar eco pela casa, isso que a casa era grande. Sinto lambidas nos meus braços e vejo os dois cachorros que ganharam meu coração com um olhar triste em minha direção na tentativa de me consolar, só Batman e Robin também sentiam demais a falta do dono.
Eu entendo vocês, meus amores, agora vocês tem a mim.
Me abracei neles com toda emoção e força que habitava em mim e chorei desesperadamente, com meu coração e além em pedaços! Eu nunca, na minha vida, senti a perda de alguém tão forte como essa. Senti braços tentando me tirar do chão com delicadeza e sentei no chão em linha reta, e vi Adam me dando um abraço fraternal e foi aí que desabei mais ainda.
— Chore, Emma — ele disse me abraçado forte — Coloque tudo isso para fora, irmã.
— Não irei suportar, Adam... — Falei com a voz trêmula — Não vou saber viver sem ele.
— Não diga isso — Adam segurou meus braços fazendo olhar para ele — Escute bem Emma, você é forte e não pode, ouça bem isso que irei falar, não pode entregar os pontos agora.
— Adam, quero ficar o resto da minha vida isolada...
— Não, Emma, você tem coisas a fazer, uma delas é pegar o desgraçado que está por trás disso.
Limpei as minhas lágrimas na força do ódio com a ajuda do meu irmão postiço me deixando em pé. Toda vez que eu penso na pessoa que fez isso a ele, meu coração se enche do pior sentimento que existe e isso me fez lembrar de uma única pessoa que prometi por minhas mãos nela.
E esse momento chegou.
— Adam — Falei olhando — Me leve até ela!
— Não se preocupe, já sei por quem você quer começar, já está tudo pronto.
— Me dê cinco minutos.
Falei e corri para o quarto onde era o dele, tentando deixar minha tristeza de lado por alguns minutos e colocando minha cabeça no lugar. Tirei a roupa que eu vertia na velocidade da luz, abri a mala com algumas roupas minhas que Katharyne mandou para cá e vesti um calça jeans, blusa de gola, botas de cano curto e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto.
Sai do quarto mas antes de sair dei uma última olhada, já sentindo o peso da ausência dele. Engoli em seco e sai em direção a Adam que já me esperava com alguns seguranças a posto. Eu numa iria me acostumar com essa vida de mafiosa, mas eu poderia facilmente conviver com ela.
— Já sei onde onde se encontra, e o que vai tornar isso muito mais interessante é a família que está toda reunida.
— Ótimo — falei e Adam estendeu uma arma na minha direção e eu a neguei, recebendo seu olhar confuso — O que vou fazer com ela, não precisará de armas.
— Sabe que nada acontecerá a você, irmã — Adam disse eu na primeira vez, esbocei um sorriso fraco. Cheguei mais perto e coloquei a mão em seu ombro.
— Eu sei disso — falei e ele sorriu — Irmão.
Não sei se vi certo, mas parece que Adam encheu de lágrimas os olhos, mas como um bom Mitchell que era, não deixou cair nenhuma. Admirável!
— Vamos no meu carro, a equipe estará a postos para caso algo aconteça — Neguei com a cabeça.
— Não, irei em um carro sozinha, vocês me seguem e me dê as coordenadas de onde entraremos. Nada pode dar errado, Adam!
— Não irá, mas Emma, não se coloque em risco, você ocupa o posto dele e ele me fez prometer cuidar de você com todas as minhas forças.
— Eu não tenho dúvidas disso, Adam, mas eu sei me cuidar, não tenho medo do que pode vir e pode confiar em mim, assim que eu por minhas mãos, não vai sobrar nada.
— Estou de acordo.
— Vou usar o carro que está na garagem.
Seguimos para a garagem com Adam passando as coordenadas para a equipe, e pelo lado de fora, a rua estava tomada de carros preto e vários homens que tenho certeza que mediam mais de um e noventa de altura e confesso que fiquei assustada com o poder que isso causava.
Cheguei na garagem e vi um Mercedes GLA 200 estacionada e meus olhos brilharam de adrenalina e de repente escuto um ronco de moto, virei-me para ver que eu já sabia que não me deixaria na mão.
— Vai algum lugar sem mim, cacete?
Isabelle falou descendo da moto usando uma calça e jaqueta de couro. Sorri e corremos na direção uma da outra e nos abraçamos forte. Segurei minhas lágrimas por que o abraço dela era outro que eu sentia uma sinceridade do tamanho do mundo.
— Você achou mesmo que eu iria correr atrás de você, garota da moto? — falei tentando sorrir fraco mas tentativa foi fracassada.
— Eu avisei você que não está sozinha, querida, sou seu braço esquerdo, lembra? Você não vai acabar com a raça desses filhos da puta sozinha não!
— A guerra começa hoje — falei olhando em seus olhos azuis.
— Eu sei disso e vamos logo começar com esse inferno que eu não acordei boa hoje!
Falou e caminhou até sua moto colocando o capacete preto, a vejo sair roncando com tudo aquele motor que se ouve a três quarteirões. Antes de entrar no carro olhei profundamente para Adam.
— Eu sei — ele disse severo — Nada acontecerá a Isabelle, ela tem a proteção total também e já adianto que com essa aí não adianta discutir.
— Caso ela corra algum risco, quero que ela saia da missão, Isabelle tem família, não me perdoaria se algo acontecer a ela e não estou preparada psicologicamente para perder mais alguém.
— Assim que você dar a ordem ela volta para casa em segurança.
Acenamos, Adam foi para o seu carro e eu entrei no meu, fazendo o mesmo que Isabelle, roncando o motor com tudo e saímos rua a fora. Eu andava a mais de 100 km/h recebendo as coordenadas do meu irmão postiço pela mídia do carro.
Minhas mãos suavam, meu coração batia aceleradamente e minha respiração estava igual meu coração, mas eu não podia arregar agora, era isso ou nada.
Eu prometi diante do seu caixão que isso não ficaria assim e quanto antes eu começar, mais cedo isso termina. Isabelle passou com a moto do meu lado e eu admirava a coragem e a garra que uma mulher da idade dela tinha.
Estávamos chegando ao local onde seria o cenário do caos é Isabelle com uma mão só, solta uma granada na direção do portão, fazendo o mesmo explodir com tudo. Não me abalo vendo aquela fumava violenta tomar conta da rua, entramos com tudo naquele condomínio que parecia e fui direto a casa.
Pessoas saiam correndo das casas em desespero, e eu não estava nem aí, por que o que iria acontecer era só o começo. Chegamos e estacionamos os carros em frente a uma casa de dois pisos, olhei para um dos seguranças.
— Derruba!
Gritei e ele sacou a metralhadora da costas atirando com tudo fazendo a porta se desmanchar em mil pedaços. Caminhei em passos firmes e eu já ouvia os gritos de dentro da casa.
Quando entrei dentro da casa eu pude vê-la e meu ódio de tornou mortal, demoníaco. Jennifer Laux estava acompanhada de algumas pessoas que olhavam ao nosso redor assustadas e quando ela pôs os olhos em mim, seu olhar era de desespero.
— Oi, vagabunda!
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