Capítulo 34
O caminho todo estava tomado pelo o silêncio, minha sobrinha acabou dormindo em meu colo, enquanto eu apenas conseguia escutar as batidas de meu coração, o nervosismo e o medo de não saber o que nos espera só me deixa mais angustiada. Olho pela janela do carro e vejo o antigo galpão, o lugar que passei meses sofrendo na mão de Nicolas, um frio percorre por todo meu corpo quando paramos o carro, um de seus capangas logo tira a Aurora de mim, enquanto o outro também me puxa com uma brutalidade me levando para dentro do galpão, ao entrar logo as memórias de quando estive aqui pela primeira vez passa em minha mente, me lembro das duas garotas que estavam aqui e me dói pensar em que fim levou elas, parte de mim crer que estejam bem.
__Para onde vão leva-la?.- Me desespero quando vejo que estão levando Aurora para longe de mim, tento me debater, mas é em vão, o capanga de Nicolas aperta mais ainda meu braço.
__Se não ficar quieta será pior.-Avisa.
__Eu só quero saber da menina, só me diz para onde vão leva-la?- imploro.
__A garota vai ficar bem, porém se você não ficar quieta, temos ordens para te machucar, não quero ter que fazer nada com você, então colabora comigo.- Dessa vez quem fala é o capanga que está subindo as escadas com Aurora nos braços, ele tem um olhar sofrido no rosto, diferente do que está me segurando, esse não tem cara de ser uma pessoa tão ruim, por mais que ser capanga de um cara como o Nicolas o torne uma pessoa ruim. Sou arrastada até um quarto, um quarto que eu bem conheço, foi aqui onde eu conheci o inferno, e o Nicolas estava bem aqui na minha frente, sentado na cama com um sorriso diabólico em seu rosto. Sinto a porta sendo fechada atrás de mim, rapidamente me encosto na mesma e me encolho
__Lembra dessa cama, amor?- Diz passando uma de suas mãos na mesma
__Lembra dos nossos momentos de amor que tivemos nela? Eu posso ouvir sua voz gritar o meu nome pedindo para parar enquanto eu me satisfazia desse seu corpinho.- a cada palavra que sai de sua boca eu tenho vontade de vomitar.
__Você não sabe o quanto é prazeroso escutar o seu gemido de dor, estou ansioso para matar a saudade.- Ele vem até a mim passando sua maldita mão em meu rosto.
__Está tão quieta, não precisa ter medo de mim, não serei mais aquele homem que você conheceu, serei alguém melhor pela nossa família.- sua mão passa para meu ombro alisando o mesmo.
__Nunca seremos uma família.!- grito e tento empurra-lo para longe de mim.
__Seremos uma família como você sempre sonhou, não era isso o que tanto queria comigo na época? Pois agora você terá.- me empurra fazendo eu cair do lado da porta, ele abre a mesma.
__Fique um tempo só, reflita sobre suas ações, qualquer passo errado seu, eu sumo com a menina.- Ameaça e logo vai embora.
Me deito no chão gelado, deixando as lágrimas caírem, dentro de mim resta alguma esperança que Henry ou meus amigos vão nos encontrar antes que Nicolas nos faça mal.
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