5.10- Breaking Ice

CAPÍTULO NÃO REVISADO!

Angelina precisou frear seu carro bruscamente, quando apareceu uma grande parede de gelo no meio da estrada escura.

A confusão tomou conta de si mesma, não fazia o menor sentido aparecer uma grande barreira de gelo no meio da rua, principalmente pelo calor que estava em Beacon Hills. As garotas com certeza não conseguiriam chegar no hospital para ajudar Scott com o garoto que chegara picado por um escorpião nas totalmente bem, mesmo prometendo por mensagem que iriam para lá ajudar ele.

Lexie desencostou do banco do passageiro, encarando o grande gelo no local com as sobrancelhas franzidas. Angelina olhou para sua beta.

— É o que? O iceberg que derrubou o Titanic? – Elizabeth perguntou

— Eu não sei, cheira a magia. – Angelina fala tirando seu cinto

Elizabeth franziu o cenho mais ainda encarando sua alfa, que abria a porta do carro.

— Você vai sair para ver isso? E se for uma armadilha? – Lexie perguntou preocupada

— Com certeza é uma armadilha, por isso... Não saia daqui. – Angel diz saindo do carro

A híbrida andou até a grande "muralha" de gelo que se formava pela rua, aumentando cada vez mais. Era pura magia, Angelina fechou seus olhos deixando a aura roda encobrir o gelo e sumir ao olhos dos humanos, criando-se uma ilusão de que a rua estava fechada para reforma.

Enquanto Angel derretia o gelo usando sua magia, um barulho chamou a atenção de sua beta pelo mato que ficava na floresta ao lado da estrada. Elizabeth viu o semblante de uma pessoa, aparentemente uma mulher, vinda pelas árvores. Uma aura azul envolvendo o seu redor.

— É, estamos lidando com a Elsa... – Lexie murmurou para si mesma, foi quando uma estaca de gelo foi jogada pela mulher em direção a sua alfa – ANGEL!

Elizabeth abriu a porta do carro quando viu Angelina desviar da estaca de gelo olhando para a floresta curiosa.

A mulher correu para fora da floresta, seus olhos brilhavam em um tom azul, Lexie não sabia se era por ter assassinado alguém inocente ou se era a cor de seus poderes, o cabelo branco era o que mais chamava atenção, seguida pelo batom azul. O que mais chocou Angel, foi conhecer a garota.

Era Cassandra, a caçadora que a ajudou com o Kanima.

— Cassandra? – Angel perguntou confusa

Outra estaca de gelo voou em direção de Angelina derretida na metade do percurso pela mesma.

— Conhece ela? – Elizabeth perguntou – Por que eu estou surpresa, todos os sobrenaturais que não são da nossa alcatéia querem te matar!

— Entra de volta pro carro! – Angelina exclamou fazendo uma bola de fogo com magia e a jogando em direção a Cassandra.

Uma barreira de gelo impediu de acertar na caçadora.

— Por um momento eu realmente acreditei que toda aquela magia do mal era de seu avô, aparentemente você é uma ótima mentirosa. – A voz da garota estava um tanto diferente – Você matou a minha família e colocou a culpa em uma pessoa inocente e eu vou fazer você pagar por isso.

Angelina correu na direção da garota, o cheiro de magia que Cassandra exalava era evidente. Cheiro que não existia quando elas se conheceram.

— Mexeram com a sua cabeça. – Angelina falou, tentando imobilizar a garota.

Ele só me mostrou a verdade. – Cassandra falou, usando magia para espalhar gelo pelos braços de Angelina na tentativa de os congelar.

A híbrida foi jogada para trás, usando sua própria magia para derreter o gelo, que já queimava a sua pele.

— Não pode acreditar em Sebastian. – Angelina diz

— Não estou falando de Sebastian. – Cassandra rebateu

Quando a bruxa usou uma rajada de gelo para jogar Angelina contra a grande parede de gelo que havia criado, Elizabeth mostrou sua face lobisomem e correu em direção a ela.

A garota acertou um chute no rosto da caçadora e tentou enfiar suas garras na mesma, que se defendeu segurando a perna da beta e espalhando gelo por ela.

Elizabeth gemeu de dor mas pegou impulso com a outra perna, passando ambas pelo pescoço da caçadora e a derrubou no chão. A beta tentou imobilizar Cassandra, acertando as garras na barriga da caçadora. Um líquido prateado saiu junto ao sangue da barriga da mesma, tudo enquanto sua alfa se levantava com um tanto de dor. Irritada, a mulher jogou Lexie para cima com magia.

A Rogers se levantou em um pulo, criando uma estaca de gelo e a enfiando na barriga de Elizabeth. A ruiva não teve muita reação, ao sentir a estaca entrando em sua barriga o ar de seus pulmões pareceu sumir, mesmo com a dor que a tomou, a Russel não conseguiu gritar ou reagir, apenas caiu para trás com a estaca sendo tirada de sua barriga e o sangue tomando seu lugar, escorrendo para suas roupas e descendo pela sua barriga.

Angel sentiu seu coração palpitar, era como se tudo o que aconteceu com Allison estivesse acontecendo novamente. A alfa estava tentando parar Cassandra, mas a raiva e o medo tomou conta de seu corpo.

A Hale lembrou-se das palavras de Deucalion: “Você precisará fazer escolhas pelo caminho que irá enfrentar, elas nem sempre são boas, mas você é uma boa pessoa, guiada pelo amor. Nenhuma dessas pessoas vai te transformar em seu pai.”

Aquele era seu momento de escolher. A mulher estava prestes a matar sua beta e talvez até ela mesma, ela precisava reagir da forma certa. Sem mais perdão.

Sempre se perguntou o que faria se precisasse escolher entre a vida de alguma de suas betas ou a de alguém que não conhecesse. Esse era o momento de sua decisão final, decisão que poderia decepcionar a todos, principalmente Scott, mas que ela tomaria sem pensar duas vezes.

— NÃO! – Angel exclamou quando viu a quimera prestes a acertar a estaca em Elizabeth novamente.

O choque tomou conta da caçadora quando a estaca em suas mãos derreteu e seus poderes começaram a desaparecer. Os cabelos brancos voltavam a ser loiros, os olhos azuis voltando ao castanho comum. A boca, antes azul, agora rosada.

Angelina a levitou, puxando-a para perto de si, suas garras apareceram e a acertou no pescoço da quimera. O sangue vermelho misturado com o líquido prateado espirrara para todos os lados, Angel enfiou suas garras na barriga da mulher, a penetrando o máximo possível. Enquanto a mesma gritava de dor, a Hale virou sua mão dentro dela, tirando um pedaço e sua pele ao puxa-la em uma posição diferente do jeito que entrara. Seu rosto ficou sujo de sangue, mas não se importou. A híbrida a levitou novamente, a jogando contra a parede de gelo que a mesma criara.

Ouviu o som do crânio da mulher se quebrando ao bater com força contra o gelo e então a jogou no chão, vendo-a cair sem vida. O líquido prateado continuou a sair da boca da garota, era uma quimera, como Tracy e o garoto do hospital. Encontraram as três Quimeras que procuravam, Theo não era uma delas.

A confusão tomou conta de seu corpo quando uma aura preta saiu pela boca  de Cassandra, uma aura conhecida por Angelina. A magia das trevas, a quimera estava sobre o domínio da magia das trevas, assim como Angel a alguns meses, a culpa invadiu seu peito quando percebeu que tudo o que a caçadora fez foi sendo controlada pela magia de seu avô, que se desintegrava, finalmente tendo o fim que merecia.

Angel matara alguém que não tinha culpa pelos seus atos. Alguém inocente. O que mais a assustava, era que, mesmo querendo se sentir mal por aquilo, não se arrependia do que fizera. Ela colocou um fim na magia das trevas e se vingou de alguém que machucara sua beta.

— Lexie... – Angel correu até sua beta enquanto a parede de gelo terminava de se derreter.

A garota ainda estava acordada, mas Angelina não sabia se aquilo iria durar muito tempo, a ferida não se curava, provavelmente o gelo era enfeitiçado. Elizabeth parecia meio aérea e não respondia quando Angel perguntava qualquer coisa.

Angel discou o número da emergência, pedindo que uma ambulância viesse o mais rápido possível. Não se importava se iriam ver o corpo de Cassandra, sua beta era mais importante.

Ela levantou o olhar ao ouvir um barulho vindo da direção de Cassandra, percebendo que o corpo não estava mais lá, talvez um dos mascarados tivesse o levado.

Discou o número de Stiles, sua mão tremia enquanto Angelina chorava com medo de perder mais uma pessoa. Seu namorado não a atendeu. Discou o número novamente, tendo o mesmo resultado. Ela não desistiu de continuar a ligar para ele, parando só depois de mais três tentativas.

Ela digitou rapidamente para Stiles: "Me encontra no hospital, Lexie foi esfaqueada". Passando para o contato de Scott quando não obteve resposta de Stiles. A garota não sabia que, assim como ela, o Stilinski estava com problemas com uma quimera na escola.

— Ei, ei, eu! Não fecha os olhos, fica comigo. – Angel falou para Elizabeth desesperada, tentando a manter acordada. O barulho da ambulância já se aproximava quando Scott atendeu o celular. – Scott, onde você tá?

— Estou no hospital com minha mãe, por que? – Scott perguntou confuso

— Ótimo, me espere ai, por favor. – A ambulância parava perto das garotas – Elizabeth levou uma facada na barriga, com uma estaca de gelo encantada. Ela não tá curando, vou ver se os médicos conseguem resolver, não me importo se vão descobrir sobre o mundo sobrenatural ou não.

— Te encontro aqui. – Scott falou e logo desligou, era possível perceber a preocupação na voz do rapaz.

(...)

Angelina esperava sentada e nervosa na sala de espera enquanto Lexie passava por uma pequena cirurgia. A garota inventou que foram assaltadas no meio da estrada e que Elizabeth reagiu e o assaltante, um velho de cabelo branco e uma cicatriz no olho, a esfaqueou e saiu correndo com sua moto.

O xerife provavelmente iria saber que era mentira, mas precisava de uma história para que pudessem saber o que fazer com Lexie.

— O que aconteceu? – Scott perguntou assim que entrou no local

— Encontramos uma quimera no meio do caminho para cá, quando chamou para ver o homem-escorpião. Cassandra... – Angelina começou a explicar

— A caçadora que te ajudou depois que Tracy te atacou? – Scott perguntou confuso

— É, ela estava sendo manipulada por alguém e sobre a magia das trevas, tentou me matar e Lexie tentou a parar e então... Ela a esfaqueou, tentou a matar também. – Angel respondeu

— Lexie está bem? – Scott perguntou com a voz chorosa

Se auto criticava em sua própria mente, poderiam perder Elizabeth. Ela poderia morrer, assim como Allison. Morreria sem saber seus sentimentos por ela.

— Está, ela chegou aqui acordada, eu não sei como... Fiz alguns feitiços e consegui parar o encantamento da estaca, mas ela só vai se curar com ajuda médica. – Angel respondeu

— E onde Cassandra está? Precisamos ir atrás dela, para ela não tentar terminar o que começou... – Scott falou andando de um lado para o outro

— Eu a matei... – Angel murmurou

Scott parou de andar, olhando para Angel confuso.

— O que? – ele perguntou

— Eu matei a Cassandra. – Angel respondeu em um tom de voz mais alto

— Angel...

— Ela iria matar minha beta, Scott. Eu não poderia deixar isso acontecer. – Angel falou

— Você não disse que ela estava sendo manipulada? – Scott perguntou

— É, mas estar sendo manipulada ou não, não muda o fato de que ela iria matar Elizabeth. – Angel respondeu

— Nós nunca matamos ninguém. – Scott diz

— Você nunca matou ninguém! – Angel rebateu – Eu sim. Já matei uma alfa, já matei mais de cem pessoas que iriam me matar, matei inocentes...

— Sendo manipulada. – Scott fala

— Ainda era eu! – Angel exclamou – Eu sou uma assassina nata, Scott! Está no meu sangue, desde o meu avô, até minha mãe e meu pai.

— Não podemos decidir quem vive e quem morre, os Quimeras não tem culpa de ser o que são. – Scott fala

— Então eu deveria deixá-la matar Lexie? – Perguntou Angel irritada

— Claro que não! – Scott respondeu, mas foi interrompido antes de conseguir se explicar

— Se eu precisar decidir entre um quimera qualquer e minha beta, eu vou salvar minha beta, não me importo se você pensa diferente, Scott. – Angel diz – Eu faria aquilo de novo por qualquer um de vocês, incluindo você. Se você não faria isso por nós, já não é problema meu.

— Qual é, você está sendo injusta. Você sabe que eu faria qualquer coisa por vocês, Angel. – Scott fala – Só não acho necessário matar, tendo outras vias para sair dessa situação.

— Chega em um momento da nossa vida que precisamos nos decidir entre uma vida ou outra, nem sempre conseguimos seguir sem matar ninguém, Scott. Nem sempre temos mais de uma opção, nem sempre conseguimos ir pelo caminho que você quer, mas isso não nos torna pessoas ruins ou acha que eu sou a vilã da história? – Angel perguntou

— Claro que não... – Scott responde, os dois se encararam em silêncio – Você sabe que não.

— Se eu não a matasse, ela iria matar Lexie e eu. – Angel diz

Scott suspirou.

— É, tem razão. Eu reconheço o que é legítima defesa. – ele sorriu para Angel

O celular de Angel vibrou e ela viu uma mensagem de Stiles.

— Ótimo, o jipe quebrou de novo, que legal! – Ela falou de forma irônica, se sentando em uma das cadeiras do hospital.

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