5.08- Cold-blood killer

Horas antes de Scott ir atrás de Angel, o grupo estava reunido no estacionamento, perto do jipe azul que pertencia ao filho do xerife da cidade.

— Tracy não tinha só dificuldade para dormir, sofria de pânico noturno. – Lydia compartilhava com o grupo

Elizabeth Russel olhou em volta, passando seu olhar cautelosamente por todos do grupo.

— É, agora ela é o pânico noturno. – Stiles resmungou

— Angel não veio? – Lexie perguntou, cruzou os braços tentando não demonstrar preocupação com sua própria alfa.

— Para a escola? Sim. – Mya respondeu, as garotas ainda moravam juntas – Mas não está muito falante, parece estar meio... Mal. Só brincou com o cachorrinho dela, o Thor, não o Scott, e saiu.

— Ela não quis vir ouvir a gente, pediu para eu contar o que resolvessem depois. – Stiles falou

— E como vamos resolver as coisas sem uma alfa? – Lexie perguntou, Scott suspirou cansado quando Liam apontou para ele. A ruiva fez uma careta. – Estou falando de uma alfa de verdade.

— Ele é literalmente um verdadeiro alfa, um alfa genuíno. – Liam rebateu

— Mas não é ele quem toma as decisões da alcatéia. – Lexie disse

— Vão começar a discutir agora? – Amaya perguntou irritada

Lydia revirou os olhos com a discussão que iria começar entre os dois betas, Madeline negou com a cabeça enquanto Kira olhava incrédula. Malia concordava com Elizabeth, Stiles respirava fundo tentando não perder a paciência e Mya encarava Scott, esperando que ele interferisse na briga dos betas.

— Podem parar por favor? – Scott pediu para os betas – Eu sei que todos estamos cansados e desanimados. Menos você. – Ele mirou Mason que estava ao lado de Liam e Lexie com uma expressão animada no rosto.

Não poderiam culpar o garoto, ele desconfiara de tudo aquilo durante meses e nunca haviam falado nada para ele. Os adolescentes porém ouviram os conselhos de Stiles – o que fez o humano se arrepender instantâneamente do que havia sugerido – e contaram a verdade sobre tudo para ele.

Era uma sensação diferente saber de tudo, Mason estava um tanto entusiasmado, quanto amedrontado, mas aquilo tudo para ele era muito intenso.

— Ah, desculpe. – Mason pediu a Scott – Mas é muita coisa para mim processar. – Ele olhou para Kira – Você é uma kitsune! E eu nem sei o que é isso.

Kira deu um sorriso sem jeito.

— Eu ainda tô aprendendo. – Kira diz

— Meus melhores amigos são lobisomens. – Pontuou Mason – E a outra adolescente que praticamente adotou eles é uma híbrida! Cara, a crush do Liam é uma vampira.

— Ei, eu não tenho crush na Amaya! – Liam exclamou

— E como você sabe que ele tava se referindo a ela quando disse vampira? – Mya perguntou para o garoto erguendo uma sobrancelha curiosa.

Liam calou-se, passando a língua contra seus próprios lábios pensativo.

— Liam, eu disse para você contar e não o trazer para a roda! – Stiles disse impaciente

— Eu faço parte da roda? – Mason perguntou empolgado

— Não! – A voz mais alta foi a de Stiles, porém Liam e Lexie falaram ao mesmo tempo que ele.

Amaya bufou irritada.

— Claro que faz. – A loira falou

— Não faz... – Lexie foi interrompida por Scott

— Tracy é uma loba solitária. – Scott voltou ao assunto – Podemos encontrá-la.

— Não esquece a parte que ela é uma assassina de sangue frio. – Lexie debochou

Mya riu ao lembrar que os kanimas se parece com largatixas gigantes, o que os tornam répteis com sangue frio de verdade.

Lydia a encarou brava, a fazendo parar de rir no mesmo momento e pedir desculpas. Porém, Malia começou a rir logo em seguida, entendendo a piada.

— O que a gente faz quando pegar ela? – Elizabeth perguntou

— Ué, matamos ela. – Malia fala como se fosse óbvio

Os olhares de todos do grupo foram atraídos para a Tate, alguns incrédulos, outros assustados. A maioria não se surpreendia com o instinto assassino de Malia.

— Intenso. – Mason falou

— Ok... – Amaya falou levemente preocupada com a coiote

— Não da para simplesmente matar ela, como iríamos nos livrar do corpo? – Lexie perguntou

— Essa é a sua maior preocupação? – Maddy perguntou para a garota

— Ninguém vai matar ninguém, tá? Vamos nos concentrar em pegá-la primeiro, veremos o resto depois. – Scott fala – Tenho certeza que Angel irá concordar comigo.

O sinal tocou, o que fez o grupo se separar, indo cada um para sua sala. Stiles estava preocupado com a namorada, mas não conseguiu se encontrar com ela antes das aulas, por mais que tenha a procurado.

O garoto decidiu ir para a própria aula depois de não encontrar sua namorada em lugar nenhum.

— Stiles. – ele ouviu a voz de Angelina o chamar, vinda de dentro de uma sala fechada

Ficou confuso quando abriu a porta e viu que a sala estava completamente vazia e escura, sem ninguém ali. Imaginou ser sua própria cabeça pregando-lhe uma peça.

Infelizmente não era possível ele ver a aura verde penetrando e se esvaindo pelos seus próprios olhos...

Lexie entrou na sua própria sala, na mesma aula que Liam e Amaya. Parou ao ver uma garota conhecida sentada no meio da sala.

— Aí merda! – Lexie exclamou ao ver Tracy no fundo da sala

— Merda... – Liam resmungou ao ver Hayden

— O que foi? – Amaya perguntou confusa

— Eu tenho alguns problemas com aquela garota, a Hayden... – Liam foi interrompido

— Ninguém quer saber quem te odeia ou não Liam. – Lexie falou rapidamente, direcionando o olhar dos amigos para a Kanima – Tracy está aqui.

— Ah, merda! – Amaya exclamou

— Vou atrás do Scott. – Lexie avisou saindo da sala rapidamente

Liam suspirou ao ver que precisaria encarar Hayden novamente, ele se sentia culpado por aquilo que havia feito com ela e ela não o ajudava a superar. Amaya tocou no ombro do lobisomem.

— Depois você me conta o que aconteceu entre vocês dois, eu quero saber. – A loira disse com um sorriso simples

Liam sorriu de volta, um sorriso meio bobo, enquanto olhava para os olhos da loira. Ao perceber o que fazia, ele ajeitou sua postura nervoso.

— Fica de olho na Tracy, vou atrás dos nossos alfas. – ele pediu e saiu correndo

Amaya franziu o cenho confusa com a saída repentina do garoto, mas logo fez uma careta ao ver Hayden mexer com Tracy.

— Deixa ela. – Amaya pediu, sentando ao lado de Tracy correndo

— Só quero ver se ela está bem. – Hayden disse

— Eu te garanto que ela está. – Amaya falou

Hayden a ignorou sem pensar duas vezes. Estava preocupada com a garota e não conhecia a Archeron, ela poderia ser uma Bully ou algo assim.

— Você está bem? – Hayden perguntou para Tracy

— Deixe-a quieta. – Amaya insistiu

— Da para parar? É visível que ela não está bem! – Hayden exclamou irritada, o alarme de incêndio tocou de repente, fazendo com que todos pegassem suas coisas e saíssem, com exceção de Hayden, Amaya, Tracy e o pai de Kira. – Temos que ir. – Ela disse para Tracy

— Tem razão, ela não está bem, por que não vamos atrás de uma enfermeira? – Amaya sugeriu

— Por que você quer tanto que eu saia de perto dela? Eu só quero a ajudar! – Hayden disse irritada

Scott, Elizabeth e Liam entraram na sala rapidamente, o que fez com que conseguissem ver a cena de Tracy levantando a cabeça de repente e agarrando o braço de Hayden com força.

Scott se aproximou rapidamente ao ver o braço da garota começar a sangrar.

— Tracy, solta. – Scott pediu

Tracy soltou o braço de Hayden logo em seguida, o que deixou os betas surpresos. Não acharam que ela iria obedecer Scott.

— Estão vindo. – Tracy disse para o McCall – Estão vindo atrás de todos nós.

— O que...? – Lexie perguntou confusa

Antes que a Kanima pudesse falar qualquer outra coisa, um líquido prateado começou a espumar pela boca da morena. Fazendo Amaya dar um pequeno pulo de susto, Scott pegou a morena no colo e saiu correndo pela escola.

O McCall correu atrás da Knight, a procurando pelos corredores. O alarme de incêndio havia sido acionado, ela deveria estar para o lado de fora.

O espanto de Scott foi encontrar Angel em um corredor completamente vazio, olhando para uma parede completamente assustada.

— Angel! – Scott a chamou com uma garota morena no colo – Precisa vir com a gente. Tracy é o Kanima.

Angel ajeitou a postura no mesmo momento, passando sua mão pelo seu rosto e andando até ele.

— É, eu já estava sabendo. – Disse ela

(...)

Malia, Angel, Stiles e Scott estavam na clínica de Deaton esperando o homem terminar de avaliar Tracy.

— As pupilas estão dilatadas e as condições estão normais. – Informou Deaton – O batimento cardíaco está a 250, há indícios de enxerto alegênico no ombro direito... Mas a substância prateada nos lábios... Nunca tinha visto.

— Parece mercúrio. – Angel palpitou

— É bem parecido, mas não é mercúrio. – Deaton afirmou

Angelina encarou a garota que tinha o líquido prateado saindo por sua boca.

— Posso tentar usar minha magia para ajudar ela. – Disse a Knight

— Não, não sabemos o que é isso e envolver com magia pode a deixar em mais perigo. – Deaton diz

— E quanto a injeção? – Malia perguntou

Deaton encarou a Kanima deitada na maca da clínica, olhando confuso para Malia em seguida.

— Ela não parece estar com dor. – o veterinário disse

— Eu disse uma injeção para mata-la. – Malia falou como se fosse óbvio

— Malia! – Angel exclamou em um tom de alerta, mesmo segurando-se para não rir

— Eu sigo um código de ética. – Deaton avisou sentindo-se insultado

— Malia, não vamos fazer isso. – Scott falou decidido

— E como vamos saber se ela não vai nos matar? – Malia perguntou, a Tate virou-se para Angelina – Ela já tentou fazer isso com você.

— Ela tem razão. E eu vou ter que avisar o meu pai que ela está aqui. – Stiles falou

— Eu concordo e embora eu seja contra a eutanásia... – Deaton falou se virando – Eu não sou contra uma segurança extra.

O homem jogou tramazeira e jogou pelo local, era a melhor precaução naquela situação. Todos se afastaram da Kanima no mesmo momento, mas Angela olhava com curiosidade.

Algo naquela menina era estranho. Estranho até mesmo para uma lagarta gigante. Ela não aparentava ser um kanima comum, não como Jackson.

Não teve tempo para raciocinar o que de diferente tinha em Tracy, já que algo começou a se remexer dentro do pescoço da menina.

— Pessoal... – Angel chamou

Quando viu o que acontecia com a Kanima, Deaton se aproximou da garota rapidamente.

— Me ajudem a vira-la. – Ele pediu

Angelina e Malia ajudaram Deaton rapidamente, levantando a blusa da garota, revelando algo estranho em suas costas.

Não precisou pensar por muito tempo, Tracy estava estranha demais e era um kanima. Mesmo depois de ter a atacado na noite anterior, ela ainda não tinha o rabo.

— É um kanima. – Relembrou Angelina – O rabo está nascendo!

Puxou sua irmã para longe da garota, mas em questão de segundos as costas dela se abriram rapidamente. Espalhando sangue para os lados, especialmente em Deaton, Scott e Stiles. A cauda de kanima apareceu em Tracy e a mesma acordou.

Angel jogou sua irmã para o lado, recebendo um grande arranhão no braço pelo Kanima. Tracy jogou Stiles contra Angel, o paralisando em cima dela. Não poupou Deaton e Malia, que também foram paralisados. Scott caindo do mesmo jeito em seguida.

A kanima correu para fora do lugar.

— Precisamos lembrar de não confiar em kanimas. – Angel falou levantando Stiles e o deitando no chão normalmente – Estão todos bem?

— Acabei de me lembrar do porquê eu odeio kanimas. – Stiles reclamou

— Estamos. Vai atrás dela. – Pediu Scott

— Beleza... Eu ia falar não saiam daqui, mas vocês não tem outra escolha. – Angel deu de ombros indo até a porta – Cuidem da minha irmã!

Ela correu para fora da clínica veterinária.

— Cuidado! – Malia exclamou

Angel não respondeu, a garota começou a correr o mais rápido que conseguia pelas ruas da cidade, seguindo a kanima.

A mesma ia na direção da delegacia da cidade. As pessoas encaravam confusas Angelina correndo na rua, kanimas se disfarçavam entre a multidão. Era o que Jackson havia falado para ela.

Angel virou uma esquina vazia, aproveitando para se transformar em loba completamente. Angel perdeu a Kanima de vista, mas sabia par aonde ela iria, então seguiu na mesma direção. Pulou atrás de um terreno baldio, antes de se transformar em humana novamente, suas roupas aparecendo com magia.

Angelina correu para dentro da delegacia rapidamente, Tracy lutava contra uma Kira raivosa. Algo estava diferente na Yukimura, seus olhos brilhavam em laranja.

Mya dava suporte para Lydia, um tanto desesperadamente, já que a ruiva estava com um corte horrível na cintura. A mãe de Lydia chamava pelo nome da banshee, com tanto desespero quanto Mya.

Uma aura roda tomou conta da sala na delegacia, erguendo a Kanima no ar. A surpresa da Knight ficou evidente quando se formou uma raposa em volta de Kira. Ela iria matar Tracy se Angel não jogasse a Kanima para longe, fazendo com que a kitsune cortasse apenas a cauda da criatura.

— Kira! – Angel a chamou, a garota pareceu voltar a si mesma – Pelo que me falaram, Tracy tinha ataques de sono, certo?

— Sim. – Kira falou – Cuidado! – exclamou quando viu a Kanima correr em direção a Hale.

Angel se virou, iria segurar Tracy quando Malia chegou correndo e a atacou. Os olhos azuis da Tate mirando Tracy antes de ficar as garras nela.

Tracy fugiu para longe, fazendo Malia se virar para sua irmã.

— Você tá bem? – A Tate perguntou

— Sim! Obrigada. – pediu – Tracy pensa que tudo isso é um sonho, não sabe o que está fazendo de verdade. – Angel concluiu

— Ela me parecia bem ciente! – Berrou Mya enquanto segurava a ferida de Lydia, Malia correu até elas rapidamente, analisando a ferida.

— É, ela realmente parece saber o que faz. – Malia concordou

O xerife pigarreou, caído no chão da delegacia. Estava paralisado.

— A Natalie está no porão! – Noah exclamou – E Tracy também!

— Ah, que merda! – Angelina exclamou irritada, correndo em direção ao porão em seguida.

Tracy puxava Natalie Martin pelo chão, enquanto a mulher gritava desesperada. Com uma rajada de magia, as duas se soltaram, Angel empurrou a Kanima contra a parede dando abertura para a Martin passar.

A menina conseguiu se soltar da magia, arranhando o rosto de Angelina. A Hale a jogou contra a parede oposta usando magia e se abaixou a encarando irritada.

— Cadê o largatinho mau? – Angelina perguntou irônica antes de fazer seus olhos brilharem em vermelho e correr na direção da Kanima.

A kanima mostrou as garras, tentando as acertar no rosto da híbrida. A Hale abaixou, desviando-se do ataque, ela segurou o braço da garota e o torceu contra as costas dela mesma.

Tracy a jogou para trás, iria acertar as garras no pescoço da menina quando Angelina chutou seu peito e a prendeu contra a parede, murmurando alguns feitiços com magia. O ar começou a faltar nos pulmões de Tracy conforme a Hale continuava com o encaminhamento.

Os olhos de Tracy pararam de brilhar, o desespero evidente. Isso não fez Angel parar de continuar com o encantamento, foi percebendo que a garota estava prestes a desmaiar que ela parou de falar, abaixando sua mão.

Ela estava prestes a matar Tracy.

— Tracy! – Angelina correu até ela rapidamente, segurando seu pulso – Olha para mim. – Pediu, a garota fez o que a Hale pediu com um tanto de receio – Você não está sonhando, está acordada e precisa parar.

Tracy se levantou, andando pelo porão confusa. Ela olhou em volta confusa.

— O que está acontecendo comigo? – Ela perguntou

— Eu juro que eu posso te ajudar, só precisa confiar em... – Angel não conseguiu completar a frase. Uma seringa foi injetada no pescoço de Tracy, uma criatura bizarra com roupas enferrujadas injetou um líquido em Tracy. – NÃO! – Angelina gritou indo na direção da morena, mas de repente outra criatura exatamente igual aquela apareceu a jogando contra a parede. Angelina se levantou, mas logo mais duas daquelas criaturas amedrontadoras a seguraram contra a parede.

O líquido prateado descia pela boca de Tracy novamente, fazendo Angelina tentar se soltar desesperadamente para ajudar a garota.

— O seu estágio é terminal. – A criatura disse, como se fosse um médico.

Ele soltou Tracy que caiu no chão sem vida, Angelina encarou a criatura tentando ver algo através das máscaras, mas não conseguia ver absolutamente nada.

Foi solta logo em seguida, e as criaturas desapareceram. Angelina se jogou perto da garota, tentando reanimar ela de alguma forma, mas nada adiantou. Ela estava morta. Aquelas criaturas mataram ela.

Se a vida de Angelina já estava ruim até ali, as coisas estavam prestes a piorar.

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