4.20- Powers of a Banshee
No dia seguinte todos se encontraram na casa dos McCall.
— Temos que trazer a Angel de volta. – Stiles falou
— Você sabe que trazer ela de volta não vai fazer com que ela te perdoe, né? – Elizabeth perguntou
— Não é por isso que eu estou falando! Quer dizer, claro que eu quero que ela me perdoe mas... – Stiles parou de falar por um momento, a beta de sua ex-namorada o encarava, provavelmente tinha assumido as dores de sua alfa. – Eu já estive possuído por um espírito do mal antes e por mais que ele controlasse tudo, eu me lembro de cada detalhe do que ele fez, do que eu fiz... Lembro de como machuquei Angel, da sensação de ter o pescoço dela entre minhas mãos o apertando e a "matando" e o pior, de estar gostando disso... Ela não merece passar por mais esse trauma.
Elizabeth ficou surpresa, sabia que Stiles havia sido possuído por um espírito de raposa, mas não que tal coisa tivesse deixado Stiles tão abalado. Ele nunca havia se aberto sobre isso, não com ela.
— É, mas aquela coisa não é um espírito, Michael. – Astrid falou
— Michael? – Henry perguntou confuso
— Você já tentou falar o nome desse garoto? Parece que os pais dele decidiram bater a cabeça no teclado na hora de fazer a certidão de nascimento! – Astrid respondeu, ela balançou a cabeça antes de olhar para o menino novamente. – Prefere Stiles né? – ele assentiu – Ótimo. Angel não está possuída, por mais que seja algo parecido, não podemos tratar a magia negra como se fosse o Nogitsune. São jogos diferentes, regras diferentes para cada um.
— Não trate isso como um jogo, por favor. – Stiles pediu, toda aquela situação não trazia boas lembranças para ele e saber que Angel não estava ali para apoiar ele, piorava tudo.
— Temos que ir atrás da Angel, mas temos que ir atrás do Benfeitor também. – Amaya lembrou – Não podemos deixar nenhum dos dois de lado.
— De um lado temos uma híbrida alfa maluca que quer vingança de todos que conhecem, do outro temos um cara... – Henry foi interrompido
— Ou uma mulher. – Malia disse ríspida
O menino a olhou com um tanto de desprezo, o que não abalou Malia que devolveu um olhar raivoso. Ela havia se resolvido com a alcatéia depois do ataque dos Berserkers e de Angel, porém ela não voltou com Mya, o que deixava um clima meio desconfortável entre elas.
Malia havia dito que Mya nunca havia gostado dela de verdade e que ela era apenas um "tapa buraco" enquanto Lydia não percebia os sentimentos dela.
— Não da no mesmo? – Henry perguntou
— Não para mim. – Malia responde
— Se fosse uma mulher porque seria "O benfeitor" e não "A benfeitora"? – Henry perguntou
— Para despistar a gente. – Lia respondeu
O garoto revirou os olhos.
— Tá bom, do outro lado temos uma pessoa pagando caçadores para matar todos os seres sobrenaturais com excessão do seu pai. – Henry diz
— E de Derek. – Astrid relembrou
— Ele saiu da lista recentemente, Liam e eu ficamos valorizados, aumentaram nosso preço. – Lexie disse
— Aparentemente Angel e eu somos as únicas Hale's caçadas... – Malia resmungou
— Temos que dar um jeito de parar os dois. – Scott fala
— Não tem como fazermos tudo ao mesmo tempo! – Mya exclama
— Já viu quantas pessoas tem aqui? – Lydia perguntou – Dá para fazer as duas coisas ao mesmo tempo, só precisamos nos organizar.
— Temos que fazer isso juntos. – Scott falou
— Exatamente, nunca viram Scooby-Doo? Toda vez que o grupo se separa da merda. – Henry diz
— Não, vocês tem que ir atrás do Benfeitor. – Elizabeth apontou para Scott, logo em seguida apontou para si mesma. – Nós vamos atrás da Angel, somos a alcatéia dela. Mya, Amaya, Madeline e eu.
— Não quero ser chato, mas não acho que Madeline esteja nas melhores condições com a garganta rasgada. – Stiles falou sarcasticamente
A porta da sala se abriu, fazendo a Calavera atravessa-la rapidamente, andando até o grupo.
— Mas eu estou. – Maddy falou, a cicatriz no pescoço da garota sumira. A aparência dela estava um tanto diferente, mas ninguém se importou. – Angel tentou me matar, mas acabou me transformando. Não estou na melhor forma, mas acho que consigo ajudar a trazer minha amiga de volta.
— A segunda beta da melhor alfa! – Lexie exclamou, piscando para Scott quando ele a encarou.
O menino sorriu de lado antes de olhar para Madeline, que agora era uma beta. Ele voltou a olhar o resto do grupo e então parou seu olhar nos olhos de Lexie.
— É exatamente por ela ser a melhor alfa que estou preocupado em vocês fazerem isso sozinhas, precisam de apoio. – Scott diz
— Não acho que ela vá matar a gente. – Elizabeth diz, Scott a encarou incrédulo novamente, fazendo-a bufar. – Talvez elas, mas não eu. Ao contrário disso, ela me salvou ontem a noite.
Astrid arregalou os olhos surpresa, mexendo no ombro de Stiles rapidamente.
— É isso, o resquício de "humanidade" dela está em Elizabeth! – Astrid exclamou
Todos franziram o cenho olhando para a Knight sem entender o que ela estava falando. A animação que ela tinha conquistado foi embora quando ela percebeu que eles não entenderam.
Ela negou com a cabeça olhando para seu sobrinho, ele estava tão confuso quanto os outros.
— O que isso quer dizer? – Scott perguntou
— Quando eu estava com a magia negra, eu estava grávida de Angel. Durante os nove meses a única coisa que não deixava eu ficar totalmente cruel era ela, a bebê na minha barriga. – Astrid diz
— Um tanto irônico já que tentou matar ela umas... Quatro vezes? – Stiles ironizou
— Cala a boca Stiles! – Elizabeth mandou
— Quando eu precisei entregar minha filha para a minha irmã, tudo o que tinha de bom em mim, a única parte que me dava esperança se foi e assim eu sucumbi as trevas. – Astrid continuou
Mya assentiu.
— O vínculo de uma alfa com sua beta é como de uma mãe com uma filha. – A Argent falou
— Exatamente, Lexie é como uma filha para Angel e, provavelmente, a única coisa que deixa o coração dela não cair na maldade pura. – Astrid diz – Podemos usar isso para a pegar.
— Mas não conseguimos prender ela, seria inútil. – Amaya diz
— Na verdade, conseguimos. – Madeline diz – Tramazeira. Ela prende qualquer tipo de sobrenatural, lobisomens, bruxas, vampiros... Se fizermos um círculo de Tramazeira ela fica presa.
— Scott conseguiu atravessar uma vez, ela consegue também. – Astrid diz como se fosse óbvio
Lexie arregalou os olhos.
— Passou por esse negócio? – Ela perguntou para o alfa
— Foi quando me tornei um alfa genuíno. – ele respondeu sorrindo para ela
Lexie sorriu sem perceber, olhando para Mya que tinha tomado a fala.
— E se usarmos Occifico nela? – Mya perguntou – A magia vai parar de ter efeito sobre ela, ela vai conseguir falar com a gente e ela é a inteligente que cria bons planos... Ela e o Stiles, mas não acho que ele vá criar um bom plano agora.
— É, vocês estão fazendo isso por mim. – Stiles deu de ombros
— Então, só temos que dar um jeito de atrair ela. – Amaya diz
(...)
Horas haviam se passado. Enquanto parte da alcatéia de Angel, juntamente com Henry e Astrid terminavam de arquitetar um plano para trazer ela de volta. Liam, Mason e Malia curtiam uma festa na escola, enquanto Mya, Lydia e Stiles estavam presos no porão da casa Eichen pelo Brunsky.
Angel pousou perto do manicômio, encarando o lugar inteiro. A menina levantou as mãos, seus olhos totalmente pretos. Uma aura se espalhou por todo o lugar enquanto ela fazia um encantamento em latim.
De repente as runas que impediam bruxas de usar magia dentro do lugar foram quebradas e a menina fez outro feitiço para ficar invisível aos olhos humanos, entrando no lugar.
Ela desceu até o porão da casa Eichen, se aproximando de lá em passos lentos. Lydia e Stiles estavam presos.
— Posso não ter os poderes dela, Stiles. Mas eu sabia que iria ter a chance de fazer isso de novo. – Brunsky falou quase colocando a seringa no pescoço de Stiles
Angel entrou no lugar, sua mão rodeada com uma aura preta fez o enfermeiro largar a seringa, mesmo sem a ver, e começar a flutuar, cercado pela magia.
— Eu acho que não. – Ela o respondeu o erguendo mais alto, jogando no chão com força.
O homem a olhou irritado, provavelmente tinha quebrado um braço com a queda. Stiles, Mya e Lydia trocaram um olhar temeroso.
— Olha só quem decidiu aparecer. – Brunsky falou irritado
— Sentiu minha falta? Infelizmente... Não posso dizer o mesmo. – Angel falou o encarando – Mas é bom finalmente te reencontrar, você estava no meio da lista de vingança, vai ser prazeroso ver seu corpo morto aqui.
— Vai me matar para salvar seu namoradinho e suas amiguinhas? – Ele caçoou
— Esse é um ponto de vista, mas o meu é outro: Ninguém, exceto eu mesma, vai matar eles. Quero ver eles morrendo pelas minhas próprias mãos. – Angel o jogou para longe, o apagando.
Os três a olharam enquanto Angel usava sua magia para injetar uma seringa com calmante em Brunsky. A garota andou até eles.
— Então... – Mya começou – Ainda tá na fase emo?
Angel riu irônica, se agachando perto do trio.
— Pode brincar o quanto quiser, Argent. – Dark Angel disse – Vai se arrepender de todas as piadinhas que fizer.
— Você não veio mesmo nos ajudar? – Stiles perguntou esperançoso
Angel encarou o garoto, parando em sua frente ela o encarou, se aproximando do rosto dele.
— A última coisa que eu quero é ajudar vocês, muito pelo contrário. Porém, eu não queria dar esse gostinho a Brunsky. Ele é tão podre quanto qualquer um de vocês. – Angel falou ajeitando o cabelo de Stiles, ela se levantou com um pequeno sorriso irônico no rosto. A garota deu alguns passos a frente e logo se virou para Lydia, ela estava chorosa. – Mesmo sendo ridículos, uma de vocês ainda é útil. Não é mesmo, Lydia?
— Eu não sei do que está falando. – Lydia disse olhando para a amiga
— Achei que banshees fossem mais espertas, especialmente você. – Angel se agachou perto dela – Consegue sentir todo o caos, que carrego, não é? Todo o poder...
— Todas as mortes. – Lydia complementou – Todos os assassinatos que você cometeu.
— Ah, eu não cometi nenhum assassinato, Lydia. Eu só dei uma forcinha, eles morreram sozinhos. Fracos demais para conseguir se manter vivos. – Angel falou um tanto irônica – De qualquer forma, ninguém é puro, todos tem alguma coisa pelo o que merecem pagar, inclusive vocês.
— Se matar a gente, não vai conseguir o que quer de Lydia... – Stiles falou
— Não. Acho que é uma das primeiras vezes que você erra, Stiles. Se eu matar Lydia não vou conseguir, mas vocês não tem utilidade.
— Você não faria isso... – Mya tentou se convencer
— Acha que não? – Angel perguntou
— Mya... Ela é imortal, uma vampira... – Stiles responde
— Ah, querido... Eu já matei tantos seres sobrenaturais, ela não será um problema. – Angel se levantou encarando os três – Você sente, não sente Lydia? Que a morte está chegando perto? Consegue sentir a sensação.
— Angel... – Lydia começou
— O mito sobre prata é uma invenção para lobisomens. – Angel arrancou o colar que Stiles havia dado para ela no começo do namoro – Mas com vampiros a história é diferente. – Angel o colocou na não de Mya e a segurou fechada, enquanto a garota começou a gemer de dor com o objeto queimando sua mão. – Está sentindo, Lydia? Sentiu Mya começar a morrer? Sabe... A sensação, só vai piorando.
Angel levantou uma mão, a corda que os prendia se transformou em uma grande corrente de ferro. Mya gritava de dor, era uma coisa agonizante.
Stiles gritava para parar com aquilo enquanto Lydia fechou os olhos chorando. Ela não podia continuar a ouvir aquilo.
— Eu falo o que quiser, só pare com isso... – Lydia falou, Angel porém não mudou as correntes – Para!
— Não antes de me dar a informação que eu quero. – Angel diz – Você descobriu que Malia e eu somos filhas de Peter. Quero que descubra o nome do meu avô, o nome completo. E o mais importante: Se ele está vivo ou se está morto. – Mya continuava a gritar – E se mentir, eu mato ela.
Lydia ficou em silêncio por um segundo.
— Sebastian... Sebastian Henry Mills. Ele... Ele tá vivo... – Lydia diz
— Onde ele está? – Angel perguntou
— E-eu não sei... – Lydia falou
— Não minta para mim. – Angel falou
— Eu não sei! – Lydia estava tão nervosa com a situação em que estavam que a garota acabou soltando um grito de Banshee.
Angel colocou a mão em frente o rosto de Lydia enquanto ela gritava, ela absorveu o grito. Sua magia mudou as correntes novamente para de metal. Mya parou de gritar, ofegante.
— Viu, Lydia? Não foi tão difícil cooperar. – Angel debochou, a garota se virou para a porta quando ouviu alguém se aproximar. Parrish entrou no local com a arma em punho. – Olha só quem o Nemeton trouxe!
— Angelina. – Parrish falou, ele havia sido alertado, mesmo sem entender muito bem o que aconteceu com a garota.
Angel usou a magia negra para jogar a arma do policial para longe dele. Assim que o cão do inferno teve contato com tal magia, seus olhos começaram a brilhar e a camisa que usava se desfazer com o fogo que começou a aparecer.
Ang deu uma pequena risada, enquanto andava em direção ao mesmo.
— Relaxa, cão do inferno. – Ela falou com sua voz um tanto diferente, seus olhos brilhavam em tom preto.
O fogo se abaixou e Dark Angel chegou perto do sobrenatural, segurando seu pescoço e o beijando. Não era um beijo que transmitia sentimento, mas o cão do inferno era um dos únicos que tinha poder suficiente para deter uma híbrida. Enquanto o beijava, A magia entrava em Parrish,.um encantamento que congelou o cão do inferno, como gelo, trazendo o policial de volta a si, aquele que retribuiu o beijo da garota, segurando sua nuca.
O plano da vilã não era o beijar daquela maneira de princípio, mas ela não achou uma má idéia continuar com aquilo. Jordan beijava bem, muito bem.
Stiles virou se olhar para o outro lado. Por mais que não estivessem mais juntos, a separação havia sido recente, ainda doía... Doía muito.
Angel separou o beijo, dando um pequeno sorriso de lado.
— Brunsky é todo seu. – Ela falou ao ver o enfermeiro se levantar.
A Knight saiu do lugar, seu plano de vingança mais fortalecido do que nunca.
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