4.11- Criminal beta
Alguns dias haviam se passado. Elizabeth andava com o grupinho de adolescentes que geralmente saiam juntos pela cidade antes de amanhecer.
A lua cheia já havia passado, então não tinha problemas. Pelo menos não ainda.
— O que vocês estão pensando em fazer? – Lexie perguntou
— Uma coisa que nunca fizemos antes – Uma garota morena falou
Todos eles andaram até uma loja vazia com portas de vidro, a câmera que ficava apontada para a porta foi quebrada por um cano de metal.
O mesmo cano usado para quebrar o vidro do lugar.
— Caralho, que porra é essa? Acabaram de cometer uns três crimes diferentes – Lexie fala
Os adolescentes não se importaram e entraram no lugar, pegando algumas roupas e vasos de porcelana.
— Vocês enlouqueceram de vez? Não podem fazer isso! – Lexie fala, mas os adolescentes riram – É bom vocês pararem antes que dê merda. Qual o problema de vocês?
Eles só não contavam que o alarme começaria a tocar, muito menos que um dos policiais do xerife da cidade estava por perto.
As coisas aconteceram rápido demais, praticamente jogaram tudo em cima de Elizabeth e saíram correndo, a garota não teve tempo de se mexer quando o policial a parou...
(...)
— É uma lista negra – Scott explicou – Uma lista das criaturas sobrenaturais, mas é só uma parte, o resto não foi decodificado.
Lydia havia encontrado a lista com seus poderes de Banshee na noite da lua cheia, ou seja, essa.
A mesma noite em que alguns sobrenaturais foram mortos por caçadores.
Scott entregou o papel para o xerife da cidade, vários nomes estavam lá, Scott, valendo 25 milhões, Kira, Derek, Lydia, um dos sobrenaturais assassinados e Angel, que valia 60 milhões.
A Knight foi impedida de ver a lista pelos amigos ja que estava com o sobrenome "Hale" na lista.
— Quem achou essa lista? – Noah perguntou
— A Lydia – Stiles diz
— Como? – Noah perguntou
— Ela é uma Banshee, então ela meio que ouviu umas vozes vindas de algum lugar não identificado e transcreveu aquilo que descobriu – Angel diz
O adulto assentiu, mesmo confuso, então olhou para o papel novamente.
— E esses números depois dos nomes? – Noah perguntou
— A gente ainda não sabe... – Stiles respondeu – Primeiro, tem que saber que o código foi quebrado com uma chave de segurança.
— Então tinha uma senha... – Noah disse
— Mais ou menos, a senha era um nome – Angel falou – Allison. O nome dela deu um terço da lista.
Scott assentiu.
— Achamos que tem mais duas senhas – Scott fala
— Que vão dar os nomes que faltam... – Noah concluiu o raciocínio – Tá bem, como conseguimos as senhas?
— Com a Lydia, estamos trabalhando nisso o fim de semana todo – Angel diz
O mais velho observou novamente as fotos dos assassinatos.
— Vocês não conheciam o Demarcou, nem a Carrie, né? – Noah perguntou – E esses dois nomes na lista, Kayleen Bettcher e Elias Town... Também são lobisomens?
— Bom, não sabemos, não é como se conhecêssemos todos os sobrenaturais da cidade – Angel falou
— Mas Deaton disse que o Nemeton traria criaturas sobrenaturais para cá – Scott fala – então, possivelmente eram.
O senhor Stilinski franziu o rosto um tanto confuso.
— Para cá? Para Beacon Hills?
— Com certeza não é sobre Miami que estamos falando – Angel diz sarcasticamente
Ao receber um olhar severo do sogro, ela levanta uma mão se desculpando.
— Poderia ser o condado de Beacon, Beacon Hills tem uns 30 mil habitantes – Noah fala preocupado
— Só isso? Eu achava que isso era o número de pessoas que morriam por ano por aqui – Angel diz
— É, com certeza esse número só diminui – Stiles concorda
— Mas se for o condado de Beacon... – Noah começou – Aí já passa para quase 500 mil, vem cá, quantos lobisomens, bruxas, vampiros, banshees, kitsunes e sei lá mais o que tem por aí?
— Bom, tem seres sobrenaturais por todo o mundo, cidades só com bruxas, só com lobisomens, só com vampiros... – Angel fala – milhares, talvez milhões.
— E se a próxima senha não me der treze nomes, mas cem... – Noah estava ficando nervoso
Angel trocou um olhar rápido com seu namorado.
— A gente não acha que tem tudo isso, tem um limite. – Stiles diz
— Por causa dos números, a gente acha que quando descobrimos os nomes, a soma dos números vai dar cento e dezessete... – Scott diz
— Cento e dezessete o que? – Noah perguntou
Stiles encarou o papel antes que Angel respondesse, para mostrar para seu pai ele teria que mostrar a lista novamente e Angel veria o Hale em seu sobrenome.
— Milhões – Angel respondeu, porém a porta do lugar foi aberta chamando a atenção da garota – Você só pode estar brincando – ela reclamou ao ver Lexie sendo carregada pelos policiais. – Licença.
Angel saiu da sala onde estava com eles.
Stiles pegou uma caneta e começou a colocar os "K" e "M" na frente dos números, Noah suspirou.
— Depois a gente vê o que deu com a Elizabeth – Stiles avisa para Scott – demos sorte dela sair... Cento e dezessete milhões de dólares, pai, roubados do cofre dos Hale, que alguém tá usando para pagar os assassinatos.
Enquanto os garotos continuavam a conversar com o xerife sobre a lista, Angel seguia os policiais que levavam Lexie para uma cela.
— Elizabeth, o que diabos está acontecendo? – Angel perguntou, ela ia em direção a sua beta mas foi segurada por um dos policiais.
— Não pode se aproximar muito, mocinha – O policial falou
— Olha só, eu passo mais tempo nessa delegacia que você, cara – Angel falou se soltando do policial – ela é minha... Amiga. Eu tenho direito de falar com ela.
— Não tem, ao menos que queira ficar presa com ela – o policial falou
Jordan Parrish estava um tanto afastado, mas levantou sua cabeça ao começar a ouvir a discussão.
O homem correu até eles que discutiam, parando ao lado de Angel, que cruzou os braços.
— O que está causando essa confusão aqui? – Parrish perguntou, ele olhou para o policial que Angel encarava com ódio.
— Ela está querendo ir atrás da nossa nova amiguinha criminosa ali – O policial apontou para a ruiva que estava na cela.
— O nome dela é Elizabeth Russel, já verifiquei a ficha dela. – Parrish falou, ele olhou para Angel – é sua amiga? – a mais nova o encarou como se fosse óbvio – certo, acho que pode deixar ela passar.
— O que?
— É a nora do xerife Stilinski, policial Darrow, acredito que ela tem autorização para falar com Elizabeth – Parrish falou
— Deixa ela passar, Darrow – Noah mandou saindo de sua sala para falar isso.
O policial saiu da frente da porta, Angel fez um joinha para seu sogro e olhou para Parrish sibilando um "Obrigada" silencioso.
A garota foi até a cela parando em frente a Elizabeth, que já estava sentada no chão.
— O que você fez? – Angel perguntou
— Você acha que eu fiz alguma coisa? Que confiança você tem na sua beta? – Lexie respondeu
— Você não me dá tanta confiança estando atrás das grades, muito menos depois de atropelar o Scott – Angel fala, a morena cruzou os braços irritada.
— Não fui eu, ok? – Lexie fala – Tá, eu tava andando junto com as pessoas que fizeram isso, mas eu tentei impedir.
— Impedir o que? – Angel perguntou
— Assaltar uma loja aleatória – Lexie responde – geralmente eles fazem merda, mas eu nunca achei que chegariam a esse ponto. Eles quebraram a porta de vidro, pegaram algumas coisas e quando viram a polícia jogaram tudo em cima de mim e saíram correndo.
— Essa é a pior desculpa que eu já vi em toda a minha vida – Angel fala
— Não é uma desculpa, Angelina, você tem que acreditar em mim. – Lexie parecia ter ficado desesperada – Christiane sempre foi meio sem noção, mas não achei que fosse chegar a esse ponto. Eu não tô mentindo.
Angelina prestou atenção em como a garota falava, ao perceber que a garota não mentia usando seu faro, ela descruzou os braços.
— Eu acredito em você, mas não sou eu quem você tem que convencer, são eles e talvez um juiz – Angel diz
— Um juiz?
— Ora, se sabia que eles eram sem noção, por que você anda com eles?
— Porque Liam e Mason são meus únicos amigos de verdade e eles sempre estão juntos fazendo alguma coisa só deles! – Lexie parecia ter surtado, ela se levantou andando de um lado para o outro – E eu? Tive a brilhante ideia de decepcionar a minha mãe durante todos esses anos, porque claro se ela não acredita que meu padrasto fez coisas que eu não queria comigo, achando que eu só estava inventando as coisas para chamar a atenção, começar a fazer as coisas para chamar a atenção dela de verdade era uma ótima idéia. Passaria muita confiança. Que droga! – Elizabeth socou a parede, o que fez cair parte do revestimento do teto enquanto seus olhos brilharam em amarelo.
Angel permaneceu parada um tanto em choque por tantas revelações que teve de uma vez. Mas depois de alguns segundos ela andou pela sala do outro lado da cela.
— Tá bom, me passa o nome das pessoas que você tava andando – Angel diz, a ruiva a olhou surpresa – se eles estão te incriminando mesmo, eu vou resolver isso.
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