O cemitério
Vede ao longe
Meu cemitério de ideias
Fantasias de amor por você.
As névoas de aspereza
Filhas da indecisão
Circundam cada lápide
Ondem jazem as histórias
De contos incompletos.
Prestai vossas condolências:
À mocinha que no quarto sonhava
Pedir em namoro o rapazinho
E em lágrima lamentava
A fraqueza de sua tolice.
Às classes do futuro em 2082
Escritas antes da inteligência artificial
Onde se criticava (que ingênuo!)
A qualidade futura e atual literária!
E que tal o pesadelo com um pneu
Que aparecia entre sonhos?
Descanse em paz, homem que casou
Com seus grãos de café e era, na verdade,
Um assassino em série medonho!
Vossos pêsames à viagem de um jovem deprimido
Ao deserto com os amigos, mas que fica preso às ruínas!
Descansem em paz, velhas histórias
Que por tanto tempo esperancei
Tanto tempo amei.
O novo há de vir um dia
Todas as coisas passam,
Toda ideia se consome.
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