Não é distopia
O que dizer da cidade
Coberta de fumaça
Vinda dos galpões industriais
Ao lado das casas?
A piada já vem escrita.
Tudo milimetricamente pintado
Aparentemente planejado
Em avenidas largas
Minhocões, túneis
Termelétricas barulhentas.
Música em público, proibido.
Uma utopia para carros
Resort das máquinas
Prisão de pedestres
(Que, de verdade, não importam)
Trens, só para exportação e olhe lá
Ônibus, só quem quiser ser roubado.
O bom cidadão livre
Deve comprar carros usados
E mora no subúrbio
De milhões de casinhas idênticas
Onde famílias felizes
Num sonho contorcido
Vivem seus problemas de primeiro mundo.
A verdade? Estamos no mundo da Lua.
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