Madame Silêncio
Tinha seu jeito frio
De ver a vida
Os olhos sempre comprimidos
Pela catarata
Lábios rachados rebaixados
Pelo peso das rugas
Mesmo seus gatos
Eram enjoados
Daquela casa antiga
De cortinas sempre fechadas
Figuras de Jesus e Santos
Abençoando as paredes!
Esperava em silêncio.
O quê? Não se sabia.
As filhas deixaram ela
Naquele calor abafado
Fazendo crochê
Acompanhando as novelas.
Nem sempre foi assim,
Recordam solenemente os vizinho.
Era linda, tocava o piano como ninguém!
O que se passou? Qual tragédia silenciosa?
Não foi o marido. Era feliz sem ele.
E então, madame Silêncio, por que não sai mais de casa?
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